quarta-feira, 14 de março de 2007

A instrumentalização da informação por parte do serviço publico de televisão

Tenho acompanhado pouco atentamente este debate. Em diferentes momentos, Eduardo Cintra Torres, Pacheco Pereira e Paulo Gorjão (entre muitos outros, como alguns corta-fiteiros) têm feito referência ao facto da RTP, nos seus serviços noticiosos, manufacturarem a informação à medida dos interesses da tutela ou pura e simplesmente ignorar informação relevante para o interesse público.
Ontem, no noticiário da meia-noite da SIC noticias e da RTPN, a propósito dos tumultos na empresa Pereira da Costa, pude constatar com os meus próprios sentidos (qual S. Tomé) a vergonha em que se está a tornar a informação do serviço público de televisão. Ainda assim, ingenuamente crente que tivesse sido um lapso, confirmei hoje nos noticiários das dez da manhã.
Eu não sei o que se passou à porta das instalações da Pereira da Costa – os sindicalistas falam em carga policial, a policia desmente. Mas sei que a SIC noticias cumpriu a sua função noticiando e a RTPN não. Para esta, pura e simplesmente nada (sublinho, nada) se passou à porta das instalações da Pereira da Costa. Nem um segundo, nem uma linha. O que tivesse acontecido, pura e simplesmente não aconteceu.
Há momentos o jornal da tarde da RTP1 dedicou pouco mais de um minuto ao tema com uma peça ridícula e infame entalada entre duas tentativas de lançar uma peça sobre Pinto da Costa.
Hoje na informação da RTP não há só amadorismo. Há servilismo, lambebotismo e uma tentativa absurda e fascizante de apagar o presente, rescrever o passado e pré-fabricar o futuro.

NOTA: O que as imagens da SIC permitem ver dos desacatos na Pereira da Costa? Meia dúzia de boçais arruaceiros a ofender física e verbalmente outra meia dúzia de pspzecos, mal preparados, mal equipados e sobretudo impotentes para controlar uma fúria digna dos piores tempos do PREC.

PSL

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