quinta-feira, 31 de maio de 2007
Sobre o debate mensal
N DIAGONAIS IX
Nike Women 2006
A rapariga chama-se Sofia Boutella e parece que é uma campeã das pistas de dança:
Da bufaria
quarta-feira, 30 de maio de 2007
Professores: Rui Ramos e Vasco Pulido Valente
Em Portugal, com exclusão da época dos Descobrimentos, pouco ou nada se sabe de história nacional. Não se sabe desde logo porque não se ensinou nem (suponho) se ensina. Aqui o século XIX é um paradigma. Quem frequentou o ensino secundário nos cada vez mais longínquos anos 80 do século passado nada aprendeu sobre o século XIX português. Os programas eram longos, o tempo curto e o interesse de docentes e discentes não era muito por uma época despida de epopeias e glórias. Mais enjoativa do que fascinante.
Como alguns sabem (e não se cansam de provar) compreender o século XIX português é fundamental para conhecer o tempo que passa. Desde há muito Vasco Pulido Valente e mais recentemente Rui Ramos não se cansam de nos ensinar coisas desse tempo das quais deveríamos (pelo menos) ter uma vaga ideia. Vejam por exemplo o texto de hoje de Rui Ramos no Público.
PSL
N MÚSICAS XIII
Esta ária única de 4 minutos foi composta por Patrick Cassidy, exclusivamente para o filme "Hannibal" de Ridley Scott. É baseada na obra de Dante "La Vita Nuova" (especificamente, no soneto do terceiro capítulo "A ciascun alma presa").
Ouçam esta música alto, muito alto, e, mesmo assim, vão ouvir-se a vós próprios. Experimentem.
Vejam a cena da música em Hannibal:
Okey-dokey, goody-goody.
terça-feira, 29 de maio de 2007
N MÚSICAS XII
Dos independentes
A Comissão de Honra de António Costa
Depois de ver Manuel João Vieira a dar “aquele abraço” ao candidato Costa com um sonoro “(...)tu não percebes nada disto, pá, e se precisares telefona-me” fiquei preocupado. Mas depois desse insigne “artista plástico” lá veio outro artista, Mega Ferreira, e fiquei mais tranquilo. Temos candidato….
De facto, Costa merece desde já o prémio “Matrix” para o candidato com melhor golpe de rins. Colocar na mesma sala Manuel João Vieira, Mega Ferreira, Feitas do Amaral e outros penduras como Vasco Lourenço, Ana Zanatti, Fátima Lopes, entre muitos, muitos outros não deve ter sido tarefa fácil.
Até lá está o José Nabais. Não sabem quem é? É o presidente do clube Oriental de Lisboa.
Estranha-se, contudo, a presença de alguma gente séria incluindo alguns prestigiados bloggers da nossa praça. Sobre estes só tenho uma dúvida: de que (ou de quem) terão eles medo?
Adeus Lisboa, que vai à vela. O Portugal do partido único segue dentro de momentos…
PSL
segunda-feira, 28 de maio de 2007
Álvaro Parente vence no Mónaco
Álvaro Parente, um jovem piloto do Norte, venceu ontem a corrida das World Series by Renault (também denominada Formula Renault 3.5 ) no difícil traçado do Mónaco. O hino português foi ouvido no Principado, não apenas pelo Álvaro e pela sua equipa, mas por toda a elite do desporto automóvel. Vencer na mítica pista monegasca significa quase tanto como triunfar no campeonato que disputa, o que poderá precipitar a ascensão do piloto. Em Portugal poucos deram pelo prodígio (que não foi propriamente obra do acaso). E mesmo a impressa dita especializada não dá o devido destaque ao resultado. Depois espantem-se quando o rapaz conseguir um lugar na fórmula 1.
Um dia da vida de João Silva por Pacheco Pereira
JPP apenas se esqueceu de acrescentar uma pequena nota. O “seu” João Silva também consulta alguns (poucos) blogues desses “sacanas” que são políticos e também comentadores, numa mistura fina que ele não entende lá muito bem. Um dos blogues por onde ele costuma passar chama-se Abrupto. O João Silva tem uma pena danada que o autor do Abrupto não disponibilize a caixa de comentários aos seus leitores, para lá gritar bem alto “umas verdades”. Anonimamente, claro.
domingo, 27 de maio de 2007
Dos plágios
Gato Fedorento (2006)
Claude François (década de 60)
Three Blind Mice (1945)
Há Liberdade (LXVI)
sexta-feira, 25 de maio de 2007
Estamos ansiosos...
Eu quero ouvir o que tens para me dizer
Como em tudo a opinião mudará consoante os gostos. Eu gosto de dias médios entre o meio-metro e o metro e meio. Com uma ligeira brisa a soprar de terra. Aguas translúcidas, sol a brilhar q.b.. Dias em que a força tranquila da ondulação beija um fundo de areia suave e transforma a espuma em simples cortesã. Nem princesa, nem rainha. Simples doce companhia.
Não gosto de ventanias que sopram dos confins lúgubres do oceano. Que revoltam as cortesãs e destroem a harmonia do palácio. Nestes outros dias do nosso descontentamento resta-nos ficar na esplanada a tomar café de perna e braços traçados em posição “calimerica”, aguardando que Neptuno, ou lá o que é, mude de humor – seja lá quando isso for…
Ou então…, bom, ou então podemos sempre lutar contra as espumas com as parcas forças de um mortal. Buscando alguma vã justiça.
Eu quero ouvir o que tens para me dizer.
Eu quero ouvir o que tens para me dizer companheiro Mário Lino. Fala à vontade caro amigo. Que nunca a voz te doa. E que nunca se embargue um pouco mais, se não deixamos mesmo de te compreender. Fala para ai. Nunca te canses. Até porque pelo computador não levamos com os teus gafanhotos nem sentimos o teu báquico bafo.
Mário Lino merece de facto ser escutado. Com atenção, pois esta é a versão longa e remisturada em Carnaxide. É uma delícia ouvir estes quinze minutos de desvarios, mentiras e vídeo. Que sirva de exemplo. Já é um clássico!
Mário Lino estava alcoolizado (3)
O senhor ministro Mário Lino nunca deveria ter referido o aquífero da margem sul... o "maior aquífero da península ibérica". Lino devia ter estar calado. Muito bem calado. Porquê? Porque ao recordar o "aquífero", Lino proporciona a ocasião para nos lembrarmos de perguntar esta coisa simples:
"É verdade, em que estado estão as águas do grande aquífero...?"
E a resposta não é bem aquela que Mário Lino gostaria de ouvir! Tavez que até acabemos por descobrir que já não há aquífero nenhum porque as águas estão poluídas e contaminadas.
O que é fácil de perceber se nos lembrarmos que a margem sul foi em todo o século a região da indústria pesada e... sem quaisquer medidas de protecção ambiental, pelo que a contaminação dos solos e dos sub-solos é bastante elevada... É assim que não aquífero nenhum, haverá águas contaminadas até com metais pesados e outros poluentes graves. Lino perdeu uma excelente ocasião de estar calado.
A melhor localização para um aeroporto
ESPUMAS XXXVII
Se sim, façam o seguinte exercício: Há quanto tempo, ou melhor, em toda a vossa vida, quantas vezes ouviram alguém dizer Eu quero ouvir o que tens para me dizer?
"I Want To Hear You What You Have Got To Say" - The Subways
Por outro lado, querem um indicador actual de como a espuma se tornou rainha - e se converteu em entidade superior ao próprio mar -, ou seja, de como as pessoas adoram falar e falar e falar (roll and roll and roll) sobre quase tudo e martelar e martelar e martelar (rock and rock and rock) sobre quase toda a gente e frequentemente com muito pouco valor, seja para o que for?
Se sim, tentem responder ao seguinte: Quantas vezes vêem uma pessoa com obra (no sentido lato) numa certa área expressá-la com humildade, profundidade e simplicidade?
E já agora, tenham paciência, e façam mais estas:
São poucos ou muitos, isto é, são milhares ou milhões?
São vidas antigas ou novas, isto é, desta era ou das anteriores?
E, enfim, natural, proporcional e hegemonicamente, são estrangeiros ou portugueses?
"Rock & Roll Quen" - The Subways
quinta-feira, 24 de maio de 2007
Calma, blogosfera...
...quem vos lê, parece que temos um novo Irmão, perdão, Rei! Eu prefiro o outro. E sou insuspeito, pois até ateu eu sou. Há que não pôr a charrrua à frente dos bois!
Para descontrairem, oiçam esta música e decorem este nome: "Bonde do Rolê". À noite vão perceber melhor.
CS quê?!
Passatempos: descubra as diferenças
tomar a nuvem por Juno
Mário Lino estava alcoolizado (2)
Mário Lino estava alcoolizado
Vi ontem as imagens e fiquei com dúvidas. Hoje de manhã ouvi o som na TSF e com duvidas fiquei. Mas à terceira foi de vez. Tudo ficou claro. A voz ligeiramente enrolada, aquele brilhozinho nos olhos. Nada engana.
A sério. Mário Lino estava embriagado quando proferiu, entre outros delírios, estas palavras: "Fazer um aeroporto na margem sul seria um projecto megalómano e faraónico porque, além das questões ambientais, não há gente, não há hospitais, não há escolas, não há hotéis, não há comércio, pelo que seria preciso levar para lá milhões de pessoas".
Já sabíamos que somos governados por analfabetos. Ficámos a saber que também somos governados por alcoólicos.
O que é mais estranho nisto tudo é a passividade com que a populaça aceita estes desvarios.
Onde andam os duros do PREC? Já não há paus nem pedras para arremessar? Os “homens da luta” estão todos mortos? Não há gente com sangue na margem sul do Tejo? Onde moram hoje os arruaceiros do “buzinão”?
O culpado disto tudo sei eu bem quem é. Aníbal. Cavaco. Silva. Esse social-democrata do “kashbah” de Boliqueime que fez dos pobres remediados, dos remediados ricos e dos ricos muito ricos. Agora? Agora uma pessoa procura alguém para fazer o trabalho sujo e não encontra. Já não ninguém para amassar os dentes a energúmenos.
PSL
A pergunta da semana
Da citação
Correcção ao título do post anterior
Deixaram o Sócrates projectá-la, agoram amanhem-se
Barreiro à poucos momentos…
Um país transformado em anedota a tempo inteiro
Montijo, ontem ao fim da tarde
quarta-feira, 23 de maio de 2007
É verão em Lisboa (VI)
Dizem ser este o slogan de campanha de Carmona, que deverá anunciar a sua recandidatura a Lisboa ainda hoje. Pode ser uma má notícia para Lisboa, mas é de certeza uma boa notícia para a democracia. Uma democracia que se pretende desjudicializada. Com a ida de Carmona a votos ficaremos a saber o que os Lisboetas pensam da personagem e do processo que conduziu ao “impeachment”.
Depois.., bom depois fica tudo muito mais divertido. Vejamos: Carmona, Roseta, Costa, Negrão, Carvalho, Sá Fernandes, Correia. E ainda Monteiro, aquele senhor Pereira do MR-Pum-Pum, aquele senhor Pereira que canta o fado e o outro senhor nacionalista com bigode que agora não me lembro o nome.
Esqueci-me de alguém?
Caso ainda não tenham reparado na publicidade que vai sendo espalhada um pouco por toda a cidade, as festas da cidade de Lisboa começam a 1 de Junho e só terminam a 15 de Julho.
Já repararam…
terça-feira, 22 de maio de 2007
No PS nem todos perderam a lucidez
As Margaridas da vida
Agora todos se ofendem...
Carlos Abreu Amorim
Quando por azar tropeço no programa, vislumbro esse pavão boçal que responde pelo nome de Carlos Abreu Amorim. Quedo-me um pouco até que a figura abra a boca, na esperança de ter uma ideia sua para comentar. A boca do Carlos abre e fecha, abre e fecha, abre e fecha, qual ventrículo, e… nada. Sai som, sai ar. Mas nada parecido com uma ideia. Tenho pena. Julgava que era desta que CAA iria criar algum valor. Não foi. Tenho mesmo pena. Coitado do homem, veio de tão longe. E sem TGV…
segunda-feira, 21 de maio de 2007
A mística do Benfica
Do humor (2)
- Se o bufo levou a notícia é porque sabia que a mesma tinha compradora;
- Perante a piada buafada, Margarida Moreira podia ter estado quieta, mas optou por retirar consequências disciplinares da piada bufada;
- O funcionário foi suspenso e viu ser cessada a sua comissão de serviço;
Eu nem gosto do homem, mas se isto fosse no tempo do Santana... ou se fosse na Madeira...
Do humor
O gozo ainda agora vai começar
«Quero deixar-vos também uma palavra de confiança, confiança em vós, nas vossas famílias e a certeza que cada um de vós dará o seu melhor para um país mais justo, para um país mais pobre... perdão, para um país mais solidário, mais próspero, evoluído», disse o chefe do Governo, corrigindo de imediato a «gafe».
[fonte]
Para já só uma perguntinha: e se o protagonista da cena tivesse sido Pedro Santana Lopes?
Embaixador da Ota e betoneiro em Lisboa*
"se for eleito presidente o que vai acontecer ao aeroporto de Lisboa? - Deve ser desactivado. O futuro grande debate em Lisboa deve centrar-se no destino a dar aos terrenos devolutos."
[*titulo roubado daqui]
Diz que é uma espécie de pocilga
N ARIANES I*
Imaginem um mundo fechado, como aquele onde vivem, construído com o suor e a inteligência das gerações anteriores, como aquele que conhecem, habitado por pessoas diferentes de vós, como aquelas que tentam evitar ou desprezam, serviçais do deus tempo segundo a escritura da rotina disciplinada, como são testemunhas do vosso mundo contemporâneo, típica das redomas psicológicas do espaço conhecido, como aquelas onde vós sois perecíveis praticantes, e de repente, continuem a imaginar, tudo se transforma e nada se cristaliza: o mundo abre-se, não se vêem casas com alma, os corpos desabitam as estruturas frias criadas por mãos humanas, e a caixa, essa obra-maravilha da humanidade, essa âncora de todos os corpos globalizados, esse tecto do mundo continuamente escalado, descobre-se que é uma caixa feita de nada... simplesmente, nada. Nada, integralmente nada. Esteve sempre ali, sempre possível e existente, sempre acessível e disponível, transparente como água desanuviada de bênçãos e preconceitos. E é surpreendentemente nada. Revelou-se a sua fantástica e nula existência. Não havia, nesse mundo imaginado, qualquer caixa limitada da liberdade. Havia liberdade, espante-se, para além dela!
Imaginem, afinal, ser possível viver num mundo assim, onde exista verdadeiramente liberdade, ou seja, aquele em que a liberdade é praticada por todos sem violar a de nenhum ser humano. É difícil de imaginar ou é mais cómodo acreditarmos que somos mais felizes assim-assim, ou seja, como se não houvesse nada mais para imaginar, de todo?
*Mais uma nova rubrica, desta vez sobre cinema. A selecção terá duas limitações naturais: o facto de a escolha ser minha e a disponibilidade nos sítios da Internet. Embora pensada há muito, julgo que só agora há condições suficientes para criar esta rubrica, pois não havia muitas oportunidades de publicar cenas preferidas num blogue, dada a sua escassez na digitalosfera. E no que toca à primeira limitação que referi, como calculam, estou bem longe de ser um crítico ou um viciado em cinema. Vejo cinema como o comum dos mortais portugueses, talvez a única nota acima da média seja a de possuir pouco mais de 800 filmes (em VHS e DVD). Todavia, repito, o que colocarei nesta rubrica é uma selação pessoal, porventura algo intimista, daí que não tenha necessariamente a ver com a qualidade do filme ou da cena, bem pelo contrário. Mais importante do que a qualificação, como em qualquer gosto de qualquer arte, é a mensagem, o substantivo, o sentido que a obra, ou o pedaço da obra, representa ou significa para mim.
Quanto à razão do título da rubrica, acho que vão ter que descobrir por vós próprios.
Está por ai alguem?
Terei sido o único que ouviu esta coisa na rádio? Terei sonhado?
Foi uma gaffe ou ele estava a falar a sério?
Estou tão confuso...
domingo, 20 de maio de 2007
N MÚSICAS XI
sábado, 19 de maio de 2007
ESPUMAS XXXVI
Das demissões
sexta-feira, 18 de maio de 2007
Uma grande pergunta
ou os valores desconhecidos de um homem pouco transparente
José Sá Fernandes apela hoje a uma unidade à volta dos "valores" que ele defende, para conquistar a câmara de Lisboa…
Mas que “valores” defende ele? E desde quando defende ele esses e não outros "valores"?
Mas quem é este homem? Que andou ele a fazer na vida antes de aparecer do nada com as suas tentativas fracassadas de inviabilizar “túneis das amoreiras” e outras iniciativas em Lisboa?
Alguém sabe quem é, de facto, este homem e que valores andou ele a defender durante a sua vida…?
Eu não sei. Nem quem ele é, nem por onde ele andou e nem que valores realmente defendeu ou defende…
José Mateus Cavaco Silva, Claro
quinta-feira, 17 de maio de 2007
É a vida...
17 de Maio de 2007: Desemprego no primeiro trimestre subiu para 8,4 por cento.
Aquele abraço
Aquele abraço entre a equipa de António Costa na sua despedida é revelador de muita coisa. E é porco.
Ornatos Violeta
Cannes 2007
Ontem, o realizador de cinema português mais famoso do mundo (provavelmente o único) Manoel de Oliveira, de 99 anos (não é por acaso que Manoel se escreve com "o") abriu o 60.º Festival de Cannes, de 2007, o circo cinematográfico europeu da flor de palma.
A palmeira foi, assim, aberta pou uma oliveira. Mas o que é incrível, acaso existam ainda coisas assim neste veritiginoso mundo, é que este Senhor Cinema é, segundo consta nalguns jornais de referência estrangeiros, o único realizador em actividade do tempo do cinema mudo!
É fantástico o que se aprende por ser bloguista: finalmente, percebi porque os filmes do Senhor Manoel são de poucas falas.
quarta-feira, 16 de maio de 2007
N MÚSICAS X
Blade Runner
E 2019 está tão perto...
São jobs, mas dos outros,...
...os que não são da BAYER!
Se a moda pega, quais rebuçados, quais quê,......benditas quotas eleitorais!
As tensas relações na mais velha aliança do Mundo
À guisa do tema ler Notícias da Civilização por Hugo Chelo no Cachimbo de Magritte
Verdades que doem e que nem todos têm coragem de escrever
O longo nariz de Sócrates
Aumentar a parada
É verão em Lisboa (V)
Faltou alguém? Sim, faltei eu. Que tal como o Negrão escolhido não sou filiado no partido. O PSD não escolhe uma figura de segunda ou terceira mas sim das "distritais".
Ao invés do que escrevi um deste dias ainda há heróis no PS - e a sorte lá está para os proteger. António Costa é um político profissional, ambicioso, com agenda bem definida. E experiência bastante para qualquer desafio. Vai fazer uma campanha excelente e dificilmente perderá a eleição.
Resta saber se Carmona avança e se Portas consegue convencer Maria José Nogueira Pinto a regressar.
Sim, claro. A eleição na capital é passível de leituras nacionais. Uma derrota (que nem necessita de ser esmagadora) do PSD é claramente o fim de Mendes.
Nota: indecente o convite a Rui "desculpem-lá-mas-eu-vou-a-todas" Pereira para o MAI. Lamentável a aceitação do mesmo por quem há menos de dois meses tinha aceite um mandato de nove anos no Tribunal Constitucional.
terça-feira, 15 de maio de 2007
As razões de Seara
É verão em Lisboa (IV) - jogo limpo, se faz favor.
Como já terei escrito é provável que me abstenha ou vote em branco na eleição lisboeta. O que não significa que me mantenha alheado do processo eleitoral.
Jogo limpo, se faz favor!
Não será por mim que Roseta não irá a votos. Não me custa nada passar pelas Portas de Santo Antão e convido todos os leitores do Arcádia, a começar pelos meus camaradas de blogue, a fazerem-no.
O blogue da candidatura está aqui. A declaração de propositura está aqui.
Eu vou assina-la!
É verão em Lisboa (III)
Governo v. 2.0
Está encontrado o bode expiatório que faltava...
…e que os histéricos media tanto procuravam.
[The Portuguese police now consider Robert Murat to be an "Arguido" which translates as a formal suspect.]
Do funcionalismo
segunda-feira, 14 de maio de 2007
O divorcio unilateral proposto pelo Bloco de Esquerda
Já defendi na Universidade, pelos menos em duas ocasiões distintas, aquilo a que a ordem jurídica Brasileira denomina “divórcio direto”. A ideia é simples: se somos livres para unilateralmente nos decidirmos por casar faz todo o sentido que sejamos livres para unilateralmente nos decidirmos pelo divórcio.
Defender o divórcio unilateral não é fácil devido ao melindre do tema – por isso é que o post do Daniel é longo. O que é fácil é ser autista e demagogo como o deputado socialista Ricardo Rodrigues que apelidou de “divórcio na hora” a iniciativa do Bloco.
Voltarei ao tema - aproveitando algumas coisas que tenho escritas sobre o mesmo - até porque politicamente estou à vontade. Deve ser a primeira vez que me coloco inequivocamente ao lado de uma iniciativa do Bloco de Esquerda.
PSL
pobreza cibernético-partidária
- o site concelhio do PS está "em actualização" (já há mais de um mês...),
- do PSD, só um distrital (e mesmo assim, a última notícia fala sobre... Oeiras),
- o BE tem um bom site, actualizado e com as propostas à vista,
- o PCP só tem um regional, mas não trata sobre a cidade,
- o PEV tem um site lisboeta, com algumas ideias e denúncias,
- o do CDS está em construção,
- e, por fim, o MPT que tem algumas ideias para a cidade, no site nacional.
Zimbabwe líder da Comissão das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável
O Zimbabwe é uma ditadura hedionda onde não se respeitam os mais elementares Direitos Fundamentais. Não há liberdade de expressão, de opinião, de reunião. Há violência brutal, corrupção, inflação galopante, morte, dor, sofrimento. Tudo para que Robert Mugabe e os seus capangas possam sobreviver politicamente.
Ainda assim o Zimbabwe foi, no passado sábado, escolhido para chefiar a Comissão das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável. Confrontado com as críticas de parte da sociedade (que não comunidade) internacional o embaixador zimbabweano nas Nações Unidas, Boniface Chidyausiku, respondeu em declarações à BBC (citadas no Público de ontem) com a seguinte pérola: "Mas o que é que o desenvolvimento sustentável tem a ver com direitos humanos?".
É este o estado actual das coisas do Mundo. Enquanto a opinião pública mundial continuar a meter a cabeça na areia, enquanto a elite das Nações Unidas mantiver a hipocrisia como norma fundamental, nunca existirá uma verdadeira comunidade internacional, nunca existirá uma verdadeira ordem jurídica mundial que ponha em pratica à escala global o profético discurso dos “Direitos Humanos” .
Tirania, Intolerância, Fanatismo
La lapidación de una chica de 17 años de la secta yazidí -una antigua minoría religiosa kurda que venera al Diablo- ha recrudecido la violencia en el norte de Irak. Doaa Aswad Dekhil se enamoró de un musulmán y se convirtió al islam con la intención de casarse con él. De vuelta a casa, 2.000 personas de su pueblo, Bashika, cerca de la localidad de Mosul, observaron cómo un grupo de ocho o nueve hombres, presuntamente de su familia, la apedrearon hasta la muerte mientras un vecino anónimo grabó la escena con el teléfono móvil. Las imágenes no tardaron en colarse en Internet y lo que se ve en ellas pone los pelos de punta. Una chica morena vestida de rojo intenta evitar las piedras. Está cubierta por su propia sangre. La muchacha intenta levantarse, pero alguien la empuja y otra persona le machaca la cabeza con un trozo de hormigón. Todo indica que el asesinato tuvo lugar el 7 de abril pasado. la chica tardó 30 minutos en morir y que un líder religioso de la secta intentó acogerla en su casa. Los fieles pueden comer cerdo y beber alcohol, pero de ninguna forma pueden comer lechuga. Su religión -una mezcla de islam, judaísmo y cristianismo- tiene muchas reglas: los varones no deben arrancarse ni un solo pelo, ni lavarse, ni siquiera la cara, y las mujeres tienen que ir siempre de blanco, y no pueden aprender a leer ni a escribir. El azul es un color prohibido.
domingo, 13 de maio de 2007
Carta aberta a Nossa Senhora de Fátima
Eu sei que a minha fé já viveu melhores dias e confesso que sou um blasfemo. Sei também que não se brinca com estas coisas da fé e tal. Mas também sei que a Senhora sabe que os tempos são o que são e como diz o adagio popular só nos lembramos de Santa Barbara quando troveja. Quando a razão não pode é a fé que nos salva. É, não é?
Venho então fazer um pedido que só a Senhora na sua infinita sabedoria, poder e humildade pode concretizar.
Desejava que a Senhora intercedesse no sentido de fazer com que o Porto perdesse o seu próximo jogo com o aflito Desportivo das Aves, que o Sporting empatasse (ou perdesse, tanto faz) o seu próximo jogo - e já agora o outro a seguir também - com o Belenenses e que o Benfica vencesse o seu próximo jogo com a Académica de Coimbra.
Eu sei que haverá coisas mais importantes para pedir. Sei igualmente que haverá outros mais crentes que eu a pedir coisa contraria à minha. Mas sei também que uma Senhora assim tão linda, angelical e com um tal brilho piedoso no olhar só pode ser benfiquista como todos os homens e mulheres de bom coração.
Caso a Santa Senhora oiça este pobre pecador e blasfemo comprometo-me em momento oportuno - agora é que são elas!!! - a caminhar de minha casa até ao seu lindíssimo Santuário para acender não uma mas tantas velas quantos os campeonatos nacionais de futebol ganhos até à data pelo meu mui amado, querido e glorioso Sport Lisboa e Benfica.
O seu, Pedro Soares Lourenço
A frase do dia [de ontem]
Da perspectiva
sábado, 12 de maio de 2007
Live from Praia da Luz
A emissão é da Sky News é em bom inglês "disgusting". Repugnante, nojenta, repulsiva explica o dicionário.
Todos aqueles - nos quais me incluo - que têm criticado a cobertura mediática dos nossos media ao desaparecimento da miúda inglesa engolem um sapo gordo e feio ao ver a emissão desta tarde da Sky News.
Em directo do "Allgarve" a Sky não faz televisão. Nem lixo sequer. Faz, literalmente, o inferno. A TVI ao lado da Sky é uma menina do coro que cora.
PSL
sexta-feira, 11 de maio de 2007
É verão em Lisboa (II)
É quase certo que Sá Fernandes irá às urnas como independente pelo Bloco e Ruben de Carvalho pelo PCP e pelo outro partido da flor que costuma concorrer coligado com os comunistas e do qual agora não me lembro o nome.
Quanto ao PS, como escreve o corta-fiteiro Francisco Almeida Leite, "a verdade é que Sócrates está num beco sem saída, depois do anúncio de candidatura de Helena Roseta e das recusas de Ferro Rodrigues e supostamente de António José Seguro, um nome que o primeiro-ministro nunca quis, mas que chegou a testar em sondagens. Resta quem?"
Restará, por certo, uma segunda ou mesmo terceira figura socialista. Ali há muito que não há heróis.
Citando Paulo Gorjão: "Ruben de Carvalho, José Sá Fernandes e Helena Roseta. Goste-se ou não deles, todos são candidatos credíveis. Todos conhecem bem os dossiers de Lisboa. Pela parte que lhes toca, o candidato socialista não terá a vida fácil."
À direita um mar de incertezas, com a excepção (quase) insignificante de Manuel Monteiro que provavelmente será candidataro pela Nova Democracia.
Para apimentar a contenda e baralhar um pouco mais o jogo só resta uma candidatura: Carmona. Este tem de ir votos. Sob pena de morrer politicamente e aceitar tacitamente as “acusações” de que tem sido alvo.
PSL
Regulamentar o sexo oral
"O meu país" - Luar na Lubre
O meu país/ é verde e neboento
É saudoso e antergo,/ é unha terra e un chan.
O meu país/ labrego e mariñeiro
É un recuncho sin tempo/ que durme nugallán.
Q quece na lareira,/ alo na carballeira
Bota a rir.
E unha folla no vento/ alento e desalento,
O meu país.
O meu país/ tecendo a sua historia,
Muiñeira e corredoira / agocha a sua verdá
O meu país/ sauda ao mar aberto
Escoita o barlovento/ e ponse a camiñar
Cara metas sin nome/ van ringleiras de homes
E sin fin.
Tristes eidos de algures,/ vieiros para ningures,
O meu pais.
O meu país/ nas noites de invernía
Dibuxa a súa agonía/ nun vello en un rapaz.
O meu país/ de lenda e maruxias
Agarda novos días/ marchando de vagar.
Polas corgas i herdanzas
Nasce e morre unha espranza/ no porvir.
E unha folla no vento/ alento e desalento
O meu país.
Um trabalho que nunca está acabado
Na blogosfera não estar atento ao que se passa no quintal do vizinho do lado para alem de falta de educação (digital) é sinónimo de falta de prazer. Sucede que o dever mutila o prazer mais do que gostaríamos e quando damos conta andamos a perder o que não devemos.
Tanta conversa para dizer que o trabalho aqui ao lado a que se chama links mais apropriadamente se deveria denominar work in progress.
Não tenho por hábito destacar em post os blogues que entram e saem dessa coluna; mas as excepções são isso mesmo:
Tal como a Fernanda Câncio há algum tempo que ando para dizer uma coisa: Mel com Cicuta não me era um nome estranho, mas reconheço que apenas (recentemente) me apercebi de como a Laura Abreu Cravo escreve bem nas páginas da Atlântico (querem um exemplo recente: Noticias light) e do 31 da Armada. Afinal Mel com Cicuta é o nome do blogue da Laura. Obrigatório.
Obrigatórios são também os instantâneos diários que Francisco Costa Afonso nos oferece no seu Berra-boi.
quinta-feira, 10 de maio de 2007
Obrigado Carmona
Sobre Lisboa ler: Outra vez? por Paulo Gorjão no Bloguitica e Agora é que são elas por Francisco Almeida Leite no Corta-fitas.
Madalena
Se assim for porquê tanto barulho (em especial do lado de lá da Mancha) por apenas mais uma criança que desaparece.
PS: O desaparecimento de uma criança, independentemente das condições em que sucede, é uma dor incocebivel para quem não pertence à sua família.
Leitura obrigatória…
É verão em Lisboa
Helena Roseta é uma mulher do "combate", da "luta". Uma "resistente". Roseta já foi militante e deputada na AR pelo PSD (lembram-se?). Roseta é do PS. Roseta já foi autarca nos arredores de Lisboa (lembram-se?). Roseta é Bastonária da Ordem dos Arquitectos. Roseta não cheira a Lisboa. Roseta é mais do mesmo. Basta!
Os estilhaços de Lisboa rapidamente chegaram ao PS. Manuel Alegre acusa de arrogância (que novidade!) a direcção do seu partido. Por não atender a Roseta. Basta!
Lisboa é o espelho do estado a que chegou a velha classe política portuguesa. Santana fala em auto-implosão. Auto-implosão? Uma palavra nova para Lisboa? Lisboa está viciada pelo poder. Tal como Portugal.
Não vislumbro alternativa para Lisboa. Não embarcarei em coligações de "salvação nacional" à esquerda. Nunca votei, não voto, não votarei ao lado do Bloco de Esquerda. Porque amo a liberdade, porque amo a democracia. Não quero estar ao lado dos hipócritas que as proclamam e que as esfaqueiam nas urnas.
À direita o deserto. A mesma pérfida nauseabunda. O mesmo cadáver político que nos trouxe até aqui.
Não vislumbro alternativa para Lisboa. Neste momento considero a abstenção e o voto em branco. E a campanha por tais gritos de revolta.
As eleições serão num fim de semana quente de verão. Os lisboetas querem lá saber do poder político. Os lisboetas não irão votar. A abstenção vai ganhar. Uma vez mais.
Tudo isto é triste. Tudo isto é fado. Da Mouraria à Madragoa. Da Bica a Alcântara. Pelo meio teremos os santos populares. Marchas. Casamentos. Sardinhas, sangria e manjericos. Arroz doce com muita canela.
Quem quer saber de Lisboa?
PSL
quarta-feira, 9 de maio de 2007
segunda-feira, 7 de maio de 2007
Recebido por e-mail
Compreendam. Eu estive uns dias fora. É natural que as piadas ainda estejam em actualização. Que é como quem diz: é bom que isto não caía em esquecimento com Jardins absolutos, Sarko´s galvanizadores e meninas desaparecidas.
!?
Há segundas-feiras que não deviam de o ser
sábado, 5 de maio de 2007
...ainda da rica vida
...nem mal que nao acabe: Outra coisa... E no minimo decepcionante ligar a tv na CNN e ver que Portugal e noticia pelas piores... muito mas... razoes. Gostava de ser mosca para ver a histeria tabloide dos nossos media. Infelizmente ja falta pouco.
sexta-feira, 4 de maio de 2007
Sá Fernandes
CRONOS XIV
"Home by the sea" (1983) - Genesis
Esta música era ícone nos tempos idos da segunda metade da década de 80. Era um tempo que fervilhava de tendências e de sofreguidão por sons novos, diferentes ou de vanguarda. Anunciar um autor, grupo ou música fabulosa que se estava a ouvir (antes de «estar a dar») era quase como anunciar a chegada de um extraterrestre. Era o tempo, também, das cassetes, dos gravadores e dos primeiros walkman, o sonho de qualquer adolescente na altura. As festas faziam-se sem DJ e com discos de vinil. O nível económico de uma família, entre amigos, era medido pela qualidade da aparelhagem de som que se tinha na sala ou no quarto. Eram tempos diferentes, sem dúvida. Tão diferentes nalguns aspectos, que me parecem estranhos. Sentimento que comprovo e reforço quando vejo o documentário do António Barreto na RTP1 sobre o retrato social dos portugueses. Quanto aos Genesis, lembro-me de quase tudo dessa época, pois era uma das minhas bandas preferidas. Quanto à Home By The Sea, do usualmente designado álbum "Mamma" que nunca foi, lembro-me especialmente de a ouvir dias a fio no caminho casa-escola, e vice-versa, de sentir a intensidade da voz (e dos grasnidos) do Tio Phill ser quase canção residente da Discoteca Bananas, com direito a visualização do vídeo através de projector da música em concerto, que suscitava o delírio da rapaziada na discoteca, em especial o fabulástico solo de bateria de Phil Collins. Imperdível. A bateria de Collins era uma «pedrada» da juventude dos 60's e 70's. Ver aqui e aqui, alguns exemplos desse histórico. Atente-se igualmente a Chester Thompson (baterista buscado à banda de Frank Zappa pelos Genesis, depois de Phil Collins sair da bateria para o microfone principal em resultado da saída de Peter Gabriel) e de Luis Conti na percussão (no segundo vídeo).
A mudança, todavia, não é o mesmo que transformação. Por isso considero que, como diz Barreto, «os portugueses mudaram». Mas, há sempre um mas, os hábitos e as mentalidades não terminam abruptamente, nem com séculos de gerações. Ao fim e ao cabo, de algum modo, somos todos filhos da mamma cultura.
O teste da semana na blogosfera
Os meus resultados são:
# 1: You are an ecologist or green
# 2: You adhere to the Third Way
# 3: You are a social liberal
# 4: You are a social democrat
# 5: You are a classical socialist.
É... tudo misturado... confere.
quinta-feira, 3 de maio de 2007
Mais seriedade...
quarta-feira, 2 de maio de 2007
Só Lisboa?
Allez Sego
É curioso notar que os moderadores não reivindicam qualquer protagonismo para si, ao contrário do que sucede cá no burgo...
A criação do mundo
Um lei desequilibrada?
N LEITURAS VII
- "In the beginning", Artigo especial na The Economist (19 Abril 2007)
- "The DNA of Religious Faith", David P. Barash, na Chronicle Review (20 Abril 2007)
- "Evolution myths", Jim Endersby no The Times Literary Supplement (Março 2007)
- "Darwin's doubts revealed in his letters to friends", Anthony Barnes no The Independent (Abril 2007)
- "Evolution of the theses", Jonathan Gottschall no The Age (21 Abril 2007)
Outros temas:
- "The Return of the Idiot", Alvaro Vargas Llosa, na Foreign Policy (Maio/Junho 2007)
- "The Age of Innocence" de Caitlin Flanagan (recensão do livro "College Girls: Bluestockings, Sex Kittens, and Co-Eds, Then and Now", de Lynn Peril) na The Atlantic Monthly (Março 2007)
N PUBLICIDADE X
(o pagamento de direitos de autor deste anúncio não deve ter sido barato)
N PERGUNTAS XXXII
Um dia, com mais vagar, gostava de descobrir, por mim ou por terceiros, por que há um efeito especial e profundo da música de Sigur Rós nas pessoas, nas quais me incluo. Uns dizem que a música é muito triste, e assim descartam-na para que evitem a melancolia e tristeza supostamente produzidas, outros, apelidam-na de demasiado profunda e vaga e 'parada'. Penso que a música dos Sigur Rós tem muito de tudo isto, por isso concordo genericamente com o que a maioria diz deles, ou da sua música. Mas para quem não a descarta, para quem sofregamente a ouve há anos, para quem sente necessidade de lá voltar e, por mais incrível que possa parecer, para quem esta música é uma fonte de alegria e vitalidade, não pode nunca, não é, uma música para ser apenas ouvida, sem advérbio de continuidade, sem qualquer preposição de sentidos apurados ou verbalização da informação musical processada de modo reflectido e persecutório.
Um dia ainda hei-de saber a influência e o papel da música dos Sigur Rós nos sentidos, na filosofia e no apuramento da qualidade auditiva de música fora da maioria. Mais do que transcendentalidade, trata-se de uma resposta por descobrir.
terça-feira, 1 de maio de 2007
Das cedências
Assim, na sequência deste post sobre o arrendamento a uma associação (religiosa? política? filosófica? filantrópica?) de um palacete de Lisboa, julgo que devemos dar todo o apoio a Sá Fernandes e exigir da Câmara Municipal de Lisboa uma lista de:
- Edifícios, apartamentos e terrenos arrendados a privados de índole não comercial (v.g. escuteiros, paróquias, associações, etc.), respectivos valores e fundamentos da decisão;
- Edifícios, apartamentos e terrenos arrendados a privados de índole comercial (v.g. quermesses, parques de estacionamento, centros comerciais, feiras de rua, etc.), respectivos valores e fundamentos da decisão;
- Edifícios, apartamentos e terrenos cedidos a título gratuito a privados de índole não comercial (v.g. escuteiros, paróquias, associações, etc.), e fundamentos da decisão;
- Edifícios, apartamentos e terrenos cedidos a título gratuito a privados de índole comercial (v.g. quermesses, parques de estacionamento, centros comerciais, feiras de rua, etc.), e fundamentos da decisão;
- Transportes oferecidos a privados de índole não comercial (v.g. lares de 3.ª idade, escuteiros, etc.), custos da liberalidade e fundamentos da decisão;
- Lugares de estacionamento reservados na via pública, oferecidos a pessoas colectivas não públicas e a pessoas individuais que não exercem qualquer cargo público (v.g. há um ex-presidente da república que continua a ter todo o espaço em frente da fachada do seu prédio reservado, como quando exercia funções...).
A razão para esta lista é simples: o nosso juízo sobre os factos não deve ser alterado em função dos sujeitos neles intervenientes. A partir do momento em que isso acontece, ultrapassamos as fronteiras do preconceito. Se achamos natural que a CML ajude escuteiros, também devemos achar natural que ajude os correspondentes da IURD. Se achamos natural que a CML ajude uma associação de gays, lésbicas e transgéneros, também devemos achar natural que ajude uma associação de promoção de actividades circences.
É disso que se trata quando falamos de igualdade e não-discriminação. Ou estarei enganado?
Da Rica Vida
Amanha a vida segue ainda mais para Sul. En busca de outros mares calidos. De pedra e areia.