Como é que se gere a posição de ter estado contra uma intervenção armada no Iraque e o sentimento de ter visto a coragem de milhões de iraquianos a irem votar?
Só suspeito o que Maquiavel responderia. Pai do realismo político, contra o idealismo ético, para quem a Política era amoral, expurgando-a de leis sociais e universalmente bondosas, talvez respondesse com a famosa frase do seu Príncipe que tornou o seu nome num adjectivo:
« (…)nas acções de todos os homens, em especial nas dos príncipes, onde não existe tribunal a quem recorrer, o que importa é o sucesso das mesmas. Procure, pois, o príncipe, vencer e manter o Estado: os meios serão sempre julgados honrosos e por todos louvados, porque o vulgo sempre se deixa levar pelas aparências e pelos resultados, e no mundo não existe senão o vulgo»
Maquivel nunca escreveu a frase «os fins justificam os meios». Julgo que era Fernão Mendes Pinto que dizia que a História é feita pelos outros...
NCR
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