segunda-feira, 14 de fevereiro de 2005

The Gift ou como a electricidade pode soar tão bem

Ainda me lembro da primeira vez que ouvi The Gift.
Foi num programa de televisão da estação publica, apresentado por Miguel Angelo, que pretendia apresentar novas bandas Portuguesas.
Já foi há uns anos, e a paixão pela magica e enérgica voz de Sonia Tavares a entoar "Ok do you want something simple?", foi imediata.



A partir dai, tenho seguido com a máxima atenção a carreira do grupo de Alcobaça.
Normalmente ao terceiro álbum, diz se de uma banda que atingiu a maturidade. Dizer isso dos The Gift soa a anacrónico. Maturidade, musical e organizativa, é coisa que não falta aqueles meninos que parece que já nasceram a fazer musica, e para não se chatearem criaram a sua própria label e distribuíram eles próprios os seus primeiros discos, até que alguém desse conta que eles existiam…



Por isso AM/FM, não é o disco da "maturidade" ou da "afirmação". AM mais intimista, FM mais "audível" são monumentos à electricidade. Como ela pode ser bela e harmoniosa.
Não se pense com estas palavras que o disco é fácil de ouvir. Bem pelo contrario. Das primeiras vezes que o ouvi sou-me estranho e excessivamente produzido (se é que se pode dizer isso de um disco). Contudo, hoje, estou convencido que AM/FM figurará nos anais da musica moderna Portuguesa com o uma das obras primas dos The Gift.
E ainda é demasiado cedo para sabermos até onde chegarão os The Gift.
É curiosos como não sendo músicos de pauta, os The Gift conseguem escrever, compor e produzir das melhores canções que alguma vez ouvimos a bandas Nacionais.
Como se diz agora, estão muito à frente. E por muitos anos continuarão a estar a anos luz do que se possa produzir por cá.
Ah…, e o génio tem nome. Chama-se Nuno Gonçalves e ainda nem trinta tem.
Sigamos os The Gift.

PSL

1 comentário:

Anónimo disse...

Só não se entende o ar profundamente deprimido...