Foi num programa de televisão da estação publica, apresentado por Miguel Angelo, que pretendia apresentar novas bandas Portuguesas.
Já foi há uns anos, e a paixão pela magica e enérgica voz de Sonia Tavares a entoar "Ok do you want something simple?", foi imediata.
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A partir dai, tenho seguido com a máxima atenção a carreira do grupo de Alcobaça.
Normalmente ao terceiro álbum, diz se de uma banda que atingiu a maturidade. Dizer isso dos The Gift soa a anacrónico. Maturidade, musical e organizativa, é coisa que não falta aqueles meninos que parece que já nasceram a fazer musica, e para não se chatearem criaram a sua própria label e distribuíram eles próprios os seus primeiros discos, até que alguém desse conta que eles existiam…
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Por isso AM/FM, não é o disco da "maturidade" ou da "afirmação". AM mais intimista, FM mais "audível" são monumentos à electricidade. Como ela pode ser bela e harmoniosa.
Não se pense com estas palavras que o disco é fácil de ouvir. Bem pelo contrario. Das primeiras vezes que o ouvi sou-me estranho e excessivamente produzido (se é que se pode dizer isso de um disco). Contudo, hoje, estou convencido que AM/FM figurará nos anais da musica moderna Portuguesa com o uma das obras primas dos The Gift.
E ainda é demasiado cedo para sabermos até onde chegarão os The Gift.
É curiosos como não sendo músicos de pauta, os The Gift conseguem escrever, compor e produzir das melhores canções que alguma vez ouvimos a bandas Nacionais.
Como se diz agora, estão muito à frente. E por muitos anos continuarão a estar a anos luz do que se possa produzir por cá.
Ah…, e o génio tem nome. Chama-se Nuno Gonçalves e ainda nem trinta tem.
Sigamos os The Gift.
PSL
1 comentário:
Só não se entende o ar profundamente deprimido...
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