terça-feira, 30 de maio de 2006

A quadratura da bola (IV)

Das escolhas de Scolari

Meio a brincar, e outro tanto a sério vou dizendo que não torço pela equipa das quinas, mas sim pelos "Palancas Negras", a selecção Angolana. Mesmo nunca tendo ido a Angola, não tendo qualquer ligação a essa terra nem tendo sequer grandes amigos angolanos. Simplesmente apetece-me gostar de Angola. E, claro, não gostar de Portugal. Porque Portugal merece que cada vez gostemos menos dele.
Mas este (des)gosto nada deve ao seleccionador nacional.
Luís Felipe Scolari, é um enorme profissional do futebol Mundial.
Na minha recente passagem pelo Brasil, todo o local que comigo trocou mais de dois minutos de conversa invariavelmente perguntava com um misto de desafio, saudade, respeito e uma pitada de inveja: "Então e o "Felipão"?".


Tentei sempre ser fiel ao "treinador de bancada médio português" e, invariavelmente, lá respondia que era admirado pelo seu profissionalismo, mas tanto quanto era detestado pela sua "cabeça dura". Que era exigente, mas também companheiro e amigo. Que deu uma dinâmica única ao Europeu jogado em Portugal, mas que já ninguém se lembrava disso ao fim de dois anos. Que gostava de estar na Europa e muito de Portugal. Que era invejado e tão odiado como qualquer brasileiro que se destaque em Portugal pelas suas qualidade profissionais e não cante música palerma, ou dê pontapés numa bola.



Das escolhas de "Felipão"…., para os amigos, na verdade tenho pouco a dizer. Gosto mais de falar da obra do Homem:
Scolari é o treinador campeão do Mundo.
Scolari é o treinador vice-campeão da Europa.
Ainda assim fica o recadinho para fazer a tal quadratura da bola e dar conteúdo à forma.
Claro que o "guru" Mourinho tem razão quando defende que Portugal tem obrigação de passar à fase seguinte da competição vencendo o grupo. Não por ser fácil, acrescento eu, mas porque sim…, e porque nós cremos.

PSL

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