segunda-feira, 2 de maio de 2005

O estranho triângulo (IV)

Para ter uma palavra activa no Sec. XXI a União Europeia terá de se transformar na Europa Unida.
Os Estados que enformam a UE terão de abdicar um pouco mais das suas políticas unilaterais e da sua soberania, no sentido de enfrentar os novos desafios transcontinentais. Será necessário criar um espirito de unidade e coesão únicos.
Aqui chegados mais do que certezas, tenho duvidas.
A veia atlântica terá de ser mitigada. Os EUA tem de passar a ser encarados como parceiros que dão jeito. Só isso. Não podemos seguir o “cherne” para todo o lado. Mas tal terá de ser feito com ritmo e não a espaços.
Sobretudo o que falta para uma verdadeira Europa Unida é estratégia. Uma estratégia ambiciosa assente em políticas económicas vanguardistas mas também proteccionistas. Será sempre necessário evoluir economicamente mas também manter a liderança nos direitos humanos, sociais, económicos e culturais.
Uma Europa rica não só no aspecto económico mas também em todos os outros que conformam a vida humana.
Serão ainda necessárias políticas no âmbito demográfico. Mais do que políticas coesas de imigração é fundamental aumentar a natalidade no espaço da União. Isso só será possível com políticas que apoiem a família de forma eficaz. Portugal é um exemplo a não seguir....
Os últimos dados revelam que caso a Europa não reaja rapidamente e de forma muito seria, em poucas anos, talvez décadas ficará na cauda das civilizações.
O assunto é serio e não está a ser debatido ao mais alto nível.
Não gostaria de viver num espaço comunitário, onde a única solução fosse ir a reboque dos diktat de Washington.
Este é um desafio imenso. É o desafio.
Será que a geração política que conduz os destinos da União Europeia se encontra ao seu nível?

PSL

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