quinta-feira, 26 de maio de 2005

Jamor (I)

O ano passado no defunto ad libitum publiquei alguns textos sobre memorias, minhas e de terceiros, dos míticos jogos do Jamor. Falo claro de finais da Taça de Portugal.
Parece me uma boa altura para recuperar, pelo menos excertos do que ai foi escrito.


"Não me recordo bem qual a primeira final a que assisti no Jamor.
Mas a primeira que me marcou para sempre foi a da época 1978-79, teria eu perto de 6 anos, em que o nosso querido clube defrontou um Porto em crescimento.
A equipa do Benfica não era das melhores mas era pendular.
Recordo uma tarde de intenso calor, ir pela mão do meu Pai, uma enchente brutal, por certo mais de 60000 pessoas hoje o estádio leva pouco mais de 35000 e uma vitória encarnada sofrida por um magro golo marcado por César, um dos primeiros estrangeiros a jogar no Benfica.
Recordo que César era um ponta de laça Brasileiro pouco eficaz e atípico, mas que marcava golos importantes. O meio campo e a defesa do Benfica fizeram o resto.
Mas o que mais me marcou nesse dia em que ocupei o meu lugar na lateral Norte do Jamor foi a lesão de Alberto.
Alberto era um defesa, penso que central, tosco e pouco apto. Mas também ele muito pratico e eficaz.
Logo nos primeiros momentos do jogo Alberto é carregado por um jogador "tripeiro". Alberto fractura a perna e sai em maca perante uma enorme ovação. À época só se podiam fazer duas substituições, e logo de inicio o Benfica ficava limitado
Lembro me bem da minha fúria perante a entrada assassina do portista, que me levou quase às lagrimas.
Por estas e por muitas outras, tenho para mim o Benfica como algo de muito especial.
São cenas que marcam indelevelmente e explicam o amor que sentimos pelo nosso querido clube."

PSL

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