terça-feira, 4 de setembro de 2007

Enforcar o último economista nas tripas do último consultor (III)

Parece que não estou desacompanhado no meu olhar assombrado sobre as opções que o Banco Central Europeu tem estado a tomar. Aqui vai o post de Henrique Burnay, no 31 da Armada:
A subida das taxas de juro levanta a discussão sobre o que deve ser central na política macroeconómica. A inflação? A tese generalizada diz que a inflação é um imposto que sobrecarrega os pobres. Será. E a subida das taxas de juro, não será um imposto cego que sobrecarrega as classes médias? Pior ainda quando a despesa não pode ser diminuída. Quando a crise é generalizada e os preços aumentam, posso trocar o peixe pelo atum em lata, mas não posso vender a casa amanhã só porque as taxas subiram hoje. Não sendo economista, estou convencido de que os bancos centrais subvalorizaram a relevância da subida do preço do petróleo na inflação, e desvalorizaram a relevância da subida dos juros para o rendimento disponível. Agora, que é tarde, talvez valesse a pena discutir a sacrossanta independência. Pelo menos independência com dever de explicação, não?

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