Diz o Público que a Polícia Judiciária «desmente coincidência total com ADN de Madeleine».
Tal afirmação da PJ não me surpreende. É que - ao que julgo - um teste de ADN nunca dá um resultado totalmente coincidente entre os objectos comparados.
Há tempos fui advogado num processo de averiguação oficiosa de paternidade. O resultado do teste, que comparou o ADN da criança em causa e do homem que pretendia ser reconhecido como pai, não foi de 100%. O Instituto de Medicina Legal apresentou um resultado de 99,9999999% de compatibilidade.
Isso mesmo: noventa e nove, vírgula sete noves!
Apesar disso a conclusão do IML foi a expressão oracular "paternidade praticamente provada".
Assim, a divergência nas declarações entre a PJ e os media ingleses pode não passar de uma mera questão de... semântica...
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