Death Proof, À Prova de Morte, *****
O que é que andaram a fazer durante o ultimo mês e meio para ainda não terem ido ver "À Prova de Morte"? Não vale a pena perder mais tempo com "rodriguinhos". Death Proof é uma obra prima e o resto é conversa de quem não gosta de cinema mas sim de filmes. Duas cenas, pelo menos, ficaram nos anais. A primeira, durante a "primeira metade" do filme, mostra-nos uma "lap dance" (como nunca ninguém terá ousado…) que nos afoga em sensualidade. "Aquilo", assim filmado a partir do chão, mostra uma voluptuosa rapariga perdida em álcool, droga e outros prazeres que sabemos ter as noites contadas. Renoir dizia que a arte do cinema consistia em por mulheres bonitas a fazer coisas bonitas. Tarantino coloca mulheres bonitas, tantas mulheres bonitas, a fazer amor com a câmara. Não sei descrever melhor. A segunda, já na "segunda parte" do filme, mostra em longo plano único (dez ou mais minutos), ao redor de uma mesa de café americano, a conversa grandiloquentemente fútil e oca - como todas as conversas neste filme - de quatro jovens raparigas com sangue na guelra. Esta cena será mostrada nas escolas…
Mas, "À Prova de Morte", é (ainda) muito mais. É também um manifesto panfletário pró classicismo cinematográfico (que não anti modernidade). É em parte sonho tornado realidade de um magico que não para de nos surpreender. E a banda sonora, senhores. E a banda sonora? Fiquem com um “cheirinho” via Há Vida em Markl.
Felizmente este festival de "Grindhouse" não fica por aqui. E depois de Tarantino filmar o fado de um psicopata que mata mulheres lindas em excesso de velocidade vem ai, já neste setembro, o seu amigo Rodriguez, que filma a historia de uma "stripper" que com uma metralhadora a servir de prótese numa das pernas tenta salvar a humanidade de um grupo horroroso de zombies. Viva o cinema!
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