Cena de Steiner (Alain Cuny) no filme "La Dolce Vita" (1960) - de Federico Fellini
«Qualche volta, la notte, quest'oscurità, questo silenzio, mi pesano.
E' la pace che mi fa paura. Temo la pace più di ogni altra cosa:
mi sembra che sia soltanto un'apparenza , e nasconda l'inferno.
Pensa a cosa vedranno i miei figli domani...
Il mondo sarà meraviglioso, dicono. Ma da che punto di vista, se basta uno squillo di telefono ad annunciare la fine di tutto?
Bisogna di vivere fuore dalle passione e altri sentimenti nell'armonia che c'è nell'opera d'arte reuscita, in quell'ordino incantato.
Vodremmo riuscire al amarci tanto, da vivere fuore del tempo, distacati...
distacati.»
«De quando em quando, pela noite, a escuridão e o silêncio sobrepesa-me.
E a paz, que me faz ter medo. Receio a paz mais do que outra coisa. Sinto que seja somente uma aparência, que esconda o Inferno.
Pensar que futuro resta aos meus filhos; o mundo será maravilhoso, dizem. Mas de que prespectiva, se basta uma chamada de telefone a anunciar o fim de tudo?
Necessitamos de viver para além da paixão e de outros sentimentos, qual uma obra de arte de encantamento... Queremos tanto suceder ao amar-nos tanto, de viver fora do tempo, marginalizados... marginalizados.» (trad.livre minha)
Steiner fala por todos nós neste filme lindíssimo com diálogos e monólogos fascinantes. E se alguém sente que ainda não fala, talvez seja sinal de algum medo de existir.
Se não viram o filme, não o percam. Esta passagem marcou-me bastante. E já lá vão quase 20 anos.
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