Quatro filmes quatro. E apenas um post.
Little Children - Pecados Íntimos, ***
Tradutor traidor. Se todos achamos que os que traduzem os títulos dos filmes não sabem o que fazem porque é que continuamos a cruzar os braços e não tomamos uma posição? Pecados íntimos, quem os não tem. Mas só alguns grandes parecem crianças pequenas.
Todd Field é um pirómano. Gostei do ritmo com que filma. E da recuperação do narrador. Mas sobretudo gostei do seu olhar penetrante que nos lança directamente para o centro das fogueiras que vai ateando.
Kate Winslet quase banal.
Flags Of Our Fathers - As Bandeiras dos Nossos Pais, ***
Haverá melhor realizador em actividade do que Clint Eastwood?
Duvido; ainda assim o lado americano da conquista de Iwo Jima não irá para a galeria das grandes obras do norte-americano. Sendo um filme sobre os temas caros a Eastwood (valores, a natureza humana, regressos) Flags Of Our Fathers demonstra alguma preguiça em abandonar os infelizes lugares comuns da guerra. Muito bem fotografado, embora as sequências de guerra sejam mais do mesmo.
Déjà Vu, ***
Tony Scott é o “feiticeiro” que fez um dos filmes fetiche da minha geração: Top Gun. E só por isso, para alem de merecer uma estátua, deveria ser sinónimo de visionamento obrigatório. O problema é que o mano de Ridley tem feito muito filme bera; o que não é o caso de Déjà vú. Podemos mal dizer a fantasia do argumento ou o final previsivelmente happy. Mas as cenas apertadamente filmadas junto à máquina do tempo são dignas de um génio da sétima arte.
Unforgiven – Imperdoável, *****
Ainda existirá algum cinéfilo que não tenha visto a maior obra-prima de Clint Eastwood? Bom até há uma semana atrás havia pelo menos um. Provavelmente, pela primeira vez em muitos anos, o canal Hollywood serviu-me para algo.
Em bom rigor já tinha visto Unforgiven. Mas nunca como verdadeiramente gosto. Como se fosse no cinema. Com pouca luz, sem intervalos compensando o pequeno ecrã com a ausência do cada vez mais insuportável ruminar de pipocas.
Unforgiven dava tema para um post grande; para um blogue; para uma tese de doutoramento. Não é bom nem mau. É perfeito e inesquecível.
PSL
1 comentário:
vi o segundo e gostei muito.
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