Este é um post politicamente incorrecto, ideologicamente desalinhado e susceptível de irritar algumas consciências mais frágeis. Por favor, se é susceptível ao livre debate de ideias é favor mudar de canal neste momento!
Depois não diga que eu não avisei…
Hoje não é dia da Raça. Mas apetece-me dar corda à minha costela fascizoide e salazarenta - no fundo, no fundo cada um tem a sua. É verdade, por vezes tenho assim uns ataques. Normalmente sento-me e espero que passe. Hoje sentei-me, não passou rápido. Pelo contrario, intensificou-se. E decidi escrever.
A culpa é do Sol, provavelmente o semanário mais pop-chunga da Europa ocidental e arredores. Não conheço pior. O Sol vem confirmar na primeira pagina aquilo que em surdina passou primeiro para as redacções dos jornais e em seguida se foi espalhando rapidamente. Salazar foi o grande vencedor daquela coisa dos maiores portugueses. Armados em batoteiros os senhores organizadores decidiram mudar as regras do jogo. Mas Salazar, rapidamente e em força, voltou ao comando! É bem feito! Quiseram tirar os esqueletos do armário, agora aguentem-se. Viva Salazar!
Mas esta vitoria de pirro do aldeão tiranete - a confirmar-se - apresenta alguns aspectos interessantes. A meu ver, por um lado, demonstra (e confirma) que o Portugal rural, boçal, analfabeto e andrajoso é como a natureza: está ai. As elites só vão ao café com as elites e tem conversas de elites. Porque se as elites fossem ao café com o português médio facilmente se deparavam com aquele desabafo típico do "isto está mesmo a precisar é de um Salazar!". Será mesmo só um desabafo, ou mais qualquer coisa?
Por outro, demonstra a existência em Portugal de uma "direita" para alem da direita que quando quer se sabe organizar. Mas é cobarde. Tapa a cara, esconde a sua pessoa - como vimos domingo na cauda da manif do Não ao aborto. Lá, no conforto e segurança do lar, em frente ao computador ou com o telefone na mão vota…, Salazar! É curioso, não é? Vota Salazar!
O interesse da questão está precisamente nestes últimos. À ultra direita que existe em Portugal só resta a seria reorganização, e a profunda ideoligização. A ultra direita existe, ávida de um líder, ávida de um ideólogo, esfomeada por um programa de acção. E a extrema-esquerda está a pedi-la. Cada vez mais intensamente.
A ultra direita portuguesa é uma inevitabilidade. Resta saber quanto tempo mais teremos de esperar por ela.
E voltando ao tal concursito, devo ser claro; demonstrando ao que chegou a brincadeira: Antes Salazar que Cunhal!
PSL
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