quinta-feira, 31 de agosto de 2006
Um manifesto da direita em Portugal
Li com curiosidade e atenção o documento elaborado por Manuel Monteiro, e pelo Partido da Nova Democracia (PND), "Um manifesto da Direita em Portugal", também aqui (link) publicado.
E devo afirmar que gostei bastante do que li.
Desde logo, gostei, pela surpresa do facto em si. Das cinzas, num quente Agosto, o PND consegue (tenta, pelo menos) despertar as consciências, trazendo à colação do debate político; a fundamental, e nunca defunta, questão ideológica.
Mas mais do que da forma, gostei, genericamente, do conteúdo. É na verdade um manifesto "que, no essencial, se dirige não a politólogos, mas a pessoas comuns" como todos nós; onde se defende, que no essencial o actual regime - a terceira republica - "nasceu centrado à esquerda"; como tal urge recentra-lo, cabendo "à direita portuguesa, fundar-se como tal".
Para tal, vem o manifesto sustentar, de forma, diria, muito simples (há quem diga que lhe faltam tomates…), sem recurso ao peso da ciência e filosofia políticas três ideias chave dinamizadoras para uma direita moderna: Em primeiro lugar uma direita humanista em que o Homem surja como principio e fim de toda a acção política; em segundo lugar uma direita Nacionalista, onde uma Nação - aberta ao mundo e à competição - seja o quadro de referência da acção do Homem; e, enfim, uma direita a-estadualista, onde exista, aquilo a que denominamos, "Estado mínimo garantido", um Estado arbitro e regulador.
Defende-se então a fundação de uma direita moderna assente: num realismo antropológico, "(…)o Homem não é "bom" nem "mau", o homem é o que é(…)"; na defesa da presença de um Estado que tenha como principal papel a função de arbitro imparcial; na segurança como condição de liberdade; na dinamização de um mundo aberto e concorrencial; uma direita conservadora, que não abandone a tradição como quadro de referências.
O que dizer deste manifesto?
Em primeiro lugar, saúda-se - sublinhamos - que o mesmo tenha visto a luz do dia. Na minha modesta apreciação, parece ser uma base de trabalho interessante para construir pontes entre este povo desavindo e desunido dos homens e mulheres de direita em Portugal.
De resto…, sabe-se que o manifesto foi entregue por Manuel Monteiro nas sedes do PSD e CDS-PP que o acolheram, pelo menos até ao momento com olímpica indiferença. Por outro lado, a opinião publica, em especial a atenta blogosfera, recebeu - salvo raras excepções - o documento com idêntica indiferença. Da comunicação social nem vale a pena falar; bastaria ter lido a noticia no publico da passada quarta-feira para entender de imediato que o tom roça o gozo.
Na verdade, não me recordo de ter assistido a momento idêntico no que à direita em Portugal diz respeito. Esta pérfida, longa e incaracterística maioria Socrática trouxe um deserto para ser percorrido à direita. Mas trouxe, também, um mar de oportunidades. assim as pessoas desejem que a alquimia se faça.
Quer queiram quer não, este manifesto tem de ser levado a serio!
PSL
Em cheio
Irra…, acertar tanto é difícil.
PSL
Na verdade…
PSL
Lx em Agosto (dia trinta e um)
No entanto, ainda hoje provei deste pitéu. Estar em Lisboa em Agosto é hoje um privilégio incalculável. De manhã foi possível realizar, rapidamente, uma montanha de aborrecidos afazeres, inclusive um que devia ter sido feito ontem, mas “porque estamos em Agosto” - disse-me, simpaticamente a senhora – pude fazer hoje.
Outro exemplo: ainda no sábado foi possível, o impossível. Arranjar mesa, em cima da hora, no restaurante da moda. O Luca (link) é um dos melhores, e mais criativos, restaurantes de Lisboa. Sem duvida. É um prazer para os sentidos. Devia de ter um menu de degustação, tal o gozo que dá a prova de tanta coisa diferente. O pior vem no fim.
Pela arte e engenho na confecção dos pratos, pela qualidade do serviço, pelo esfusiante prazer que confere aos sentidos o Luca não é caro. Nos é que não temos o dinheiro bastante para lá jantar as vezes que desejaríamos.
Termina assim Lx Agosto. Termina de forma deliciosa.
PSL
Não há pachorra
Prova disso mesmo é a edição de hoje do DN. À falta de melhor (?) o matutino foi entrevistar (link) Mário Soares. Quem? Mário Soares, sim, esse.
Directamente do caixote do lixo da historia; a cores do seu jazigo político; ai está ele. Quatro paginas quatro. De nada vezes nada.
PSL
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
T.P.C.
Um manifesto da direita em Portugal
PSL
O fim d’ O Independente?
A morte de um jornal é sempre motivo de tristeza.
Mas o Independente é (foi?) muito mais do que um jornal.
Todos aqueles que no início dos noventa, se deliciaram com a pena agressiva e irascível de, entre outros, Miguel Esteves Cardoso, Vasco Pulido Valente e Paulo Portas, só podem ficar desapontados com a notícia.
E aquele caderno 3?
Nunca mais houve um suplemento com aquela qualidade gráfica e literária.
O Independente foi um projecto jornalístico como até ai Portugal nunca tinha visto. Uma enorme pedrada no pântano.
Há muito despido do sentido programático e ideológico que marcou o seu nascimento, estava moribundo. Agora desaparece. Perigoso sinal dos tempos…, sem duvida.
PSL
O laicismo está de luto
Morreu um homem cuja sombra valerá tanto como a sua vida. Um escritor egípcio, árabe, ex-perseguido, ex-presidiário, laico, foi o primeiro e único premiado árabe com o Nobel da Literatura (em 1988) e tinha 94 anos quando morreu hoje no Hospital da Polícia do Cairo.
Aquando da polémica das caricaturas dinamarquesas exarcebada pelo mundo islâmico não moderado, li em Março, no El Pais, uma entrevista que Naguib Mahfuz deu a Volkhard Windehur do Der Spiegel e posso afirmar, com toda a honestidade, que, não obstante a simplicidade atroz, foram das palavras mais sábias que li e ouvi na altura e das que mais formaram e fundamentaram a minha opinião sobre o assunto. A entrevista, como se pode ver, foi uma conversa clara, com perguntas directas e respostas, surpreendentemente, ainda mais serenas e directas. A universal liberdade de expressão, a compatibilidade do Islão com a democracia e a defesa da convivência pacífica entre comunidades religiosas antagónicas são algumas das ideias que defendeu em vida, e continuará nos seus escritos. Um mundo laico, sem dúvida, é um mundo melhor.
«PREGUNTA. Señor Mahfuz, el mundo islámico se muestra indignado por las caricaturas del profeta Mahoma. Su libro
Hijos de nuestro barrio también fue incluido en el índice de publicaciones prohibidas confeccionado por eruditos en islamismo de la Universidad cairota de Azhar. ¿Puede ser blasfema la literatura?
RESPUESTA. Ese libro fue publicado en Líbano hace ya muchos años y ahora lo puede encontrar prácticamente en cualquier quiosco de prensa de Alejandría. La prohibición ya no se toma en serio y eso es lo que importa.
P. La lucha por la libertad de expresión entre Oriente y Occidente se ha recrudecido de nuevo. La condena a muerte del escritor Salman Rushdie decretada por el líder revolucionario Jomeini aún sigue presente en la memoria de todos. En su opinión ¿dónde están las fronteras de la libertad de expresión?
R. Yo defiendo el derecho de todo individuo a expresar libremente lo que piensa. En caso de injurias o ataques contra las religiones y sus símbolos que hieran los sentimientos de mucha gente, existen los tribunales. Ahora bien, en este contexto no hay lugar para sentencias de muerte.
P. En el mundo árabe-islámico rigen valores distintos de los occidentales. ¿Cree que se llegará a resolver algún día este problema básico?
R. La existencia de diversas culturas es un hecho histórico y es evidente que esta diversidad no se limita a los estilos arquitectónicos o a los trajes regionales. Nosotros los egipcios hemos desarrollado una de las culturas más antiguas, si no la más antigua, de la historia del género humano, a lo largo de un proceso que ha abarcado milenios y que ha desembocado en determinadas normas y formas de ver el mundo que nos diferencian de otras naciones. Las concepciones y las máximas vitales de, por ejemplo, los babilonios o, más tarde, los griegos y los romanos eran de carácter diferente. Pero la diversidad de valores ha sido frecuentemente un elemento enriquecedor, algo positivo.
P. Aunque también es cierto que los principios religiosos enfrentados han desembocado en guerras espantosas. Ha sido el factor explosivo que ha desencadenado terribles derramamientos de sangre.
R. En ese caso estamos ante una malinterpretación deliberada de los valores religiosos. Las religiones que llevan la voz cantante en esta parte del mundo son el islam y el cristianismo, al menos en lo que respecta a su proporción numérica. Si analizamos la situación cada vez que se produce un enfrentamiento, veremos que los valores anclados en el islam y el cristianismo no fomentan el conflicto de ningún modo, sino todo lo contrario, ambas religiones hacen un llamamiento a la convivencia pacífica.
P. Nadie lo diría a la vista de un conflicto como la guerra civil libanesa, ni tampoco parecen traslucir nada semejante los llamamientos al asesinato por parte de los extremistas islámicos en Irak y Afganistán.
R. Hasta ahora los extremistas religiosos, sean del signo que sean, nunca se han distinguido por ser guardianes de los valores fundamentales del ser humano. Es algo que hemos podido constatar no sólo en Líbano, sino también en otros muchos lugares. Los valores religiosos han sido manipulados para justificar la injusticia. Las religiones no son congruentes entre sí pero, por lo que respecta a su concepción de los valores básicos, no soy capaz de detectar diferencias de peso, y menos aún contraposiciones, entre el islam y el cristianismo.
P. Casi la mitad de los más de 6.000 millones de personas que pueblan nuestro planeta no son ni musulmanes ni cristianos. La ONU ha definido una serie de derechos humanos que son válidos para toda la humanidad...
R. ...y esos derechos humanos rigen tanto para los musulmanes como para los cristianos, por un motivo de lo más concluyente: los derechos humanos definidos por la ONU son plenamente conciliables con los valores del islam y el cristianismo.
P. No todos los eruditos musulmanes comparten su opinión.
R. No obstante, las cosas son así. Ése es el motivo por el que todos los Estados islámicos han aceptado los derechos humanos promulgados por Naciones Unidas. "Libertad, igualdad, fraternidad", las exigencias de la Revolución Francesa de 1789, son máximas que hoy siguen conservando toda su validez y que para mí son de obligado cumplimiento.
P. Predicadores y políticos islamistas rechazan el estado secular que usted defiende.
R. Sí, algunos lo hacen porque equiparan el concepto de "secularismo" con el de "ateísmo" o incluso creen que implica una actitud antirreligiosa. Pero lo hacen por pura ignorancia, porque no han profundizado lo suficiente. Ahora bien, también existe una minoría que hace todo lo posible para que la gente tenga la impresión de que el sistema secular supone un desafío a la religión. Por supuesto, eso es un disparate. Son personas que no desean el diálogo, a pesar de que el diálogo es la clave para resolver todos los problemas.
P. En Egipto también hay gente que condena las ideas laicistas. ¿Qué propone para solucionar este conflicto?
R. La democracia es la única solución. Tenemos que abrirnos. Cuantas más ventanas se abran, más logrará imponerse la voluntad del pueblo.
P. En ese terreno el mundo islámico tiene mucho pendiente por hacer.
R. Pero lo conseguiremos.
P. ¿Son compatibles el islam y la democracia?
R. Lo son, y yo diría que mucho. Egipto optó por la vía de la sociedad civil -condición previa indispensable para una democracia- ya en la primera mitad del siglo XIX, con el virrey Mohammed Alí.
P. Pero entonces, ¿por qué muchos islamistas lo único que asocian al concepto de democracia es la invasión cultural sacrílega por Occidente?
R. No existe semejante invasión. Lo que hace cualquier cultura es tomar de otros círculos culturales aquello que da por bueno. Siempre ha sido así y así seguirá siendo en el futuro. ¿Qué perjuicio puede depararme el análisis de las obras de Shakespeare y de Goethe?
P. ¿Cuánto tiempo habrá que esperar aún hasta ver consolidada la democracia en el mundo islámico?
R. Probablemente ocurrirá antes de lo que muchos escépticos piensan. Las elecciones democráticas limpias celebradas en Palestina son un buen indicio que apunta en ese sentido.
P. Sólo que han sido ganadas precisamente por el grupo islamista Hamás, que en Occidente está desacreditado por ser organización terrorista.
R. Los palestinos han votado en unas elecciones libres, tal y como prescriben las reglas de juego democráticas. Y eso es algo que debe ser respetado. Por muy embrollada que parezca estar la situación en estos momentos, de lo que no me cabe la menor duda es de que los palestinos y los israelíes sólo podrán superar su problema a través del diálogo y la democracia.
P. Cuando vuelve la vista atrás y repasa su larga vida en una región sometida a tantas tensiones políticas, ¿no se pregunta a veces qué es lo que ha conseguido con su obra?
R. Mi escritura no ha sido fruto de la asunción de determinados objetivos políticos. Ahora bien, me sentiría muy satisfecho si, al final, resulta que he contribuido a impulsar el desarrollo social de mi país.»
(Traducción de News Clips. © Der Spiegel)
Campo Contra Campo (LVIII)
A partir de hoje em Veneza, com Catherine Deneuve e Paulo Branco no júri.
Para acompanhar aqui (link). O festival, claro.
PS:Imagem de lá... (link)
PSL
terça-feira, 29 de agosto de 2006
Músicas e videos do fim-de-semana
As minhas rosas preferidas são de cor branca, a cor do descanso do céu e ele não se vinga. Pelo contrário, recebe e partilha sem cobrar nenhum momento humano de felicidade. White Rose Movement e She Wants Revenge, nomes que só são novos para quem não anda atento há uns meses. E como tenho partilhado estes dois nomes nos últimos meses.
Girls in the back - White Rose Movement
Love is a number - White Rose Movement
These things - She Wants Revenge
Tear you apart - She Wants Revenge
Out of control - She Wants Revenge
NCR
A ler
Um país que só cresceu em automóveis (link), no Combustões: "Só somos desenvolvidos em sinais de status: cartões de crédito, automóveis de alta gama, trapos e telemóveis. No restante, continuamos uma sociedade rural, reaccionária, pequena e semi-letrada.". Sem duvida, Miguel.
PSL
Perdidos & achados
Nunca fui fã (como se pode ler aqui – link). Mas sou adepto de segundas oportunidades. Assim sendo, lá decidi perder o meu serão com a coisa. E perdi, mesmo.
Depois de ter assistido à retrospectiva da primeira temporada e ao primeiro episódio da segunda a ideia com que fico de Lost é de oportunidade perdida.
Quer em termos plásticos, quer em termos narrativos a série assenta num jogo de entediantes lugares comuns, pouco importando, como dizia ontem ao Publico o realizador português Joaquim Sapinho que “(…) há uma expansão infinita para o passado, o presente tem cada vez mais mistério, e o futuro é uma completa incógnita(…)” se tais momentos são explorados com o vazio.
Vejamos Cold Open e flashback´s: são técnicas de sempre, que pelo seu simples emprego não traduzem qualidade. Os pedaços de filme têm de fazer algum sentido, ter algum nexo plausível sob pena de tudo ser oco. Um ecran negro ou um imaculado espaço em branco têm o mesmo efeito que a plasticidade de Lost.
No processo narrativo, para alem do texto ter sido construído para analfabetos (não sendo assim estranho o monstruoso sucesso da série na América Latina, maxime no Brasil…) o debate Metafísica Vs Ciência é tão ingenuamente aflorado que mais parece estaámos a ler o Diário da Maria.
Enfim…, unhas e cabelos tratados e brilhantes, pele alva, barbas feitas, bem nutridos, fisicamente em forma…, que merda vem a ser esta para quem está à cerca de um mês numa ilha deserta, sem tecto e agua potável.
Apesar dos prémios, ir dar sangue ou vender chuchas à porta de um maternidade parecem-me actividades mais estimulantes do que estar sentado no sofá a achar perdidos. E no fundo, no fundo, devem estar todos mortos. Todos numa espécie de purgatório. Todos são todos. Os protagonistas, “os Outros” e sobretudo os espectadores.
PSL
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
Novidade, novidade…
Pelo menos na forma…, mais nítido, mais brilhante.
Deviam experimentar...
PSL
Fado Carioca (II)
Advertência: as linhas que se seguem foram previamente manuscritas num 12º andar de fronte para o imenso Atlântico Sul. Visual guardado pelo Pão de Açúcar à esquerda e Niterói ao fundo. E um imenso azul que intensamente banha os sentidos.
O Rio de Janeiro é uma cidade de um pais onde, no dia em que estas linhas foram manuscritas, se comemora um feriado a que chamam de Tira-dentes.
O Rio de Janeiro tem gente, com que diariamente nos cruzamos, a morrer à fome e à sede sentados ou deitados numa qualquer esquina ou viela. Para ali a morrer. Impressionante.
O Rio de Janeiro é também a eterna capital de um pais com gente do tamanho do Mundo, mas desgovernado por um "lulismos" hiper-populista, "Robinwodesco", onde se rouba dez aos ricos para distribuir nove pelos amigos e um pelos pobres.
O Rio de Janeiro, do ar, do cimo dos morros do Pão de Açúcar e do Corcovado, parece, enfim, a cidade maravilhosa que encantou, encanta e encantará, poetas, músicos, artista vários…, até o mais gélido dos corações.
PSL
sexta-feira, 25 de agosto de 2006
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
PALETA DE PALAVRAS LII
por Carla Machado (fonte)
«Todos passamos a vida a desejar a vida que não temos.
Queixamo-nos do emprego, dos colegas que são chatos, do chefe que não nos dá valor, do muito que trabalhamos e do ordenado que é fraco.
Reclamamos do tempo, que chove e não se pode ir à praia, que não chove e faz mal à agricultura, do sol que é pouco ou demasiado, do suor, do frio e do vento, do calor que nunca mais se vai embora e do Verão que nunca mais chega.
A família cansa-nos, mas odiamos quando esta nos ignora; dizemos mal do amigos sem os quais não sabemos passar; suspiramos pelo fim do serão em que as visitas se vão embora, mas despedimo-nos combinando um novo jantar.
Estamos fartos dos filhos, mas passamos o tempo a falar deles e a mostrar as suas fotografias aos amigos. O barulho que fazem enlouquece-nos, mas o silêncio da sua ausência é insuportável.
Queixamo-nos do marido ou da mulher, que não são como dantes, que nos irritam, que não nos surpreendem, mas suspiramos quando nos faltam e reclamamos quando fazem alguma coisa com a qual não contávamos.
Estamos no Algarve a suspirar pela frescura do Minho, no Minho damos por nós desejosos da brisa costeira, na cidade irrita-nos o artificialismo e em Trás-os-Montes formigamos com a ânsia de fugir à ruralidade.
E do país, todos nos queixamos do país até ao momento em que "lá fora" concluímos com um orgulho disfarçado que realmente "comer, comer bem, só mesmo em Portugal".
De queixume em queixume, passamos pela vida muitas vezes sem deixar verdadeiramente que a vida nos atravesse. E só quando somos roubados ao quotidiano que tanto maldissemos damos conta do tempo que perdemos nos lamentos sobre o tempo que os outros nos fazem perder.
Há pouco mais de um mês, numa consulta que era suposto ser de rotina, foi-me diagnosticado um tumor. Felizmente benigno, como soube após 24 horas de espera. E, tal como seria de prever, naquele momento inicial em que o espectro de algo mais grave ainda não tinha sido afastado, o meu pensamento imediato foi: "Mas afinal porque é que eu estou aqui, afundada em Braga a trabalhar, em vez de ter já há muito tempo fugido para Bora-Bora?" Passado contudo tal instante, e nas 23 horas que se seguiram, foi da vida normal que tive saudades antecipadas. A vida normal: trabalhar, ir ao cinema, abraçar quem amo, rir-me das pequenas parvoíces do quotidiano, ver a minha filha a dormir e sentir o seu cheiro.
A vida normal está aqui mesmo ao lado. E aposto que Bora-Bora tem imensos mosquitos. Professora universitária»
A ler
Carta aberta ao Camarada Vladimir no Tomar Partido (link).
Zeca Afonso ou o ódio idolatrado no Combustões (link).
O que é estúpido é mau na Bomba Inteligente (link). Ah, aqui é aproveitar o delicioso tango que por lá toca...
A propósito de tango, desculpem lá a perguntinha: Já falta pouco para Dezembro, não falta?
Eheh...
PSL
Deixem-me sonhar…
Hoje é dia de sorteio da Liga dos Campeões, a maior e mais importante competição futebolística do Mundo, jogada por clubes. E pela primeira vez na história da competição, e para sorte dela própria, conta com os chamados três grandes do futebol Português. Tal significa que por cá (quase) ninguém fica de fora da elite do futebol mundial, pelo menos nos próximos meses.
E se eu pudesse escolher, para o nosso Benfica?
Penso que o piorzinho que nos pode suceder seria ter pela frente Barcelona, Chelsea e Dínamo de Kiev. O possível grupo mais fácil seria encontrar Valência, Celtic e FC Copenhaga. Como no meio está a virtude, aquilo a que se chamaria um grupo equilibrado passaria por Real Madrid, PSV Eidhoven e Anderlecht.
Mas como nestas coisa não se brinca já visitei uma macumbeira que me disse ainda ontem quais os adversários do Benfica: Arsenal, PSV Eindhoven, Levski de Sofia.
imagem: via megafone
Eis os potes definitivos e as equipas neles incluídas:
Pote 1
Barcelona, 127.006
Milan, 129.020
Real Madrid, 120.006
Inter, 112.020
Liverpool, 105.950
Arsenal, 101.950
Manchester United, 100.950
Valencia, 95.006
Pote 2
Lyon, 89.757
FC Porto, 87.533
PSV Eindhoven, 81.640
Bayern, 80.960
Chelsea, 79.950
AS Roma, 76.020
Celtic, 60.023
Lille, 54.757
Pote 3
Sporting, 54.533
Benfica, 51.533
Bordéus, 47.757
Steaua, 46.381
Werder Bremen, 43.960
Olympiakos, 43.587
CSKA Moscovo, 42.504
AEK Atenas, 39.587
Pote 4
Anderlecht, 38.981
Dinamo Kiev, 36.777
Levski Sofia, 35.016
Shakhtar Donetsk, 33.777
Galatasaray, 33.634
Hamburgo, 30.960
Spartak Moscovo, 21.504
FC Kobenhavn, 16.593
Se dizem que o sonho comanda a vida.., então deixem-me sonhar!
Até porque o Benfica, nas duas vezes anteriores em que defrontou clubes de Viena nas provas europeias, empatou fora a uma bola, ganhou em casa, e… foi campeão europeu.
PSL
Fado Carioca (I)
Mas afinal o que é que o Rio de Janeiro tem?
O Rio de Janeiro tem o privilégio, concedido pelos Deuses, é certo, de fazer parte daquele punhado de cidades únicas no Mundo. Únicas, não pelo que são em si. Na sua essência podiam ser outras, diferentes do que são. Únicas, sim, pelo destino. Únicas porque não podiam ser noutro sitio qualquer. Porque o tempo assim o quis. O Tempo moldado pelos homens; a cultura, a historia. O Rio de Janeiro tal como Veneza ou Florença, por exemplo (ou Lisboa porque não?), é a cidade que é, porque está onde está. Proponho-vos um simples exercício: já imaginaram se Lisboa não fosse aqui, de onde escrevo, mas em Sines, ou em Setúbal, ou na Figueira da Foz ou em Viana do Castelo. Lisboa nunca seria esta Lisboa, seria, sim, outra coisa qualquer.
O Rio de Janeiro não é como a "a-característica" - que não incaracterística - Londres. Londres, tal como suspeito ser Paris, ou como é Madrid ou até Barcelona, poderiam ser mais a Norte ou a Sul ou para o interior ou Litoral. Sim, claro, Barcelona não poderia ser mais litoral. Ou não!
Mas o Rio de Janeiro, tal como Sevilha ou mesmo Granada, foram o que foram e são o que são porque estão onde estão.
No esplendor, ao mesmo tempo tenebroso, da sua localização geográfica começou a desenhar-se o fado carioca. E assim será por todos os tempos.
PSL
quarta-feira, 23 de agosto de 2006
Campo Contra Campo (LVII)
Eu também, maxime, de "Sound of Music" que é muito mais bonito e soa muito melhor do que escrever/dizer "Música no Coração".
Por falar nela…
Um destes dias revi, numa sala de cinema – que é o local ideal para rever um filme, "O Infiltrado" de Spike Lee, de que vos falei na longínqua tarde de 7 de Julho (link).
Desta vez o meu Pai também lá andava, pela sala de cinema. Foi ver o filme, bem aconselhado por mim. Para retribuir a dica, à saída, e como “o jovem” sabe mais de cinema a dormir do que eu com meia dúzia de cafés e um par daquelas bebidas que a publicidade diz darem asas, largou-me o menino nos braços: “Olha lá, sabes quem é o gajo que faz de Arthur Case, o banqueiro que fez fortuna à custa do ouro dos amigos judeus?”
Ou de como as iludencias aparudem. Afinal a "Musica no Coração" tem alguma coisa a ver como "O Infiltrado": Christopher Plummer e quarenta anos entretanto.
PSL
Ainda a procissão vai no adro…
Enquanto na Luz gritava golo...
Parece que ontem, em horário nobre, houve um grande momento televisivo.
PSL
Sintra Portugal Pro 2006
O evento é organizado pela Federação Portuguesa de Surf e pela Câmara Municipal de Sintra.
O Campeonato Mundial realiza-se sob a égide da (IBA) International Bodyboard Association e terá em jogo um prize money de 30.000 dólares para os homens e 20.000 dólares para as mulheres.
Este ano, a etapa contará pontos para as duas Divisões do Bodyboard Mundial, a Super Tour, uma divisão de elite onde apenas entram os 32 melhores atletas mundiais e a World Qualifying Tour, onde estão presentes todos os atletas que pretendem ascender a Super Tour. Assim, teremos, sem dúvida, os melhores do mundo em competição na Praia Grande. Esta prova contará ainda para o Circuito Europeu e os pontos que os atletas europeus ganharem serão acumulados no ranking europeu.
No circuito feminino estarão presentes algumas das melhores atletas da modalidade, com maior destaque para as brasileiras que nos últimos anos se têm afirmado como a grande potência do Bodyboard feminino. Espera-se um grande número de participantes, com especial incidência para as espanholas, francesas e australianas.
A Praia Grande, que é conhecida pelas suas boas ondas, recebe pela 11º vez consecutiva esta prova do Circuito Mundial, estando reunidas as condições necessárias para todos aqueles que venham competir ou assistir ao Sintra Portugal Pro 2006.
Creditos: C.M.Sintra e FPS
PSL
terça-feira, 22 de agosto de 2006
Ecos blogosfericos
Impõem-se, pois, a pergunta que Paulo Gorjão lança no Bloguitica: A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) vai ignorar as graves afirmações de Eduardo Cintra Torres?
Quem não leu o texto de Eduardo Cintra Torres pode faze-lo aqui (link) no Blasfémias.
PSL
Campo Contra Campo (LVI)
A pergunta "o que é que nos temos a ver com a Bosnia?" é uma maneira de pensar que diz tudo sobre nós próprios. Mas eu, ao contrario, sempre me senti no mundo.
As palavras são de Joaquim Sapinho, ao suplemento Y do jornal publico, realizador de "Diários da Bosnia", ainda em exibição entre nós. E dizem (pelo menos) muito dos trabalhos do realizador para esta película, meio termo entre o filme e o documentário.
No ano passado, por esta altura, também eu estive na Bósnia. Com Sapinho, também eu me "sinto no Mundo", e de todas as Europas, com excepção da Europa-jangada-de-pedra, aquela que mais me fascinou até hoje é a Europa Islâmica. Elas está ai: em Silves, Istambul, Granada, Sarajevo. Ou não; uma Europa, sim, com um arco imaginário dos Algarves à Babilónia com passagem pelo Magrebe. Sim o Magrebe também é Europa, ou pelo menos já foi. Antes mesmo da Europa o ser. Já a Babilónia…
O filme de Sapinho, como escreveu algures Adelino Gomes é de facto um "poderoso documento estranho" sobre a mártir Bósnia-Herzegovina. O realizador não se deixa prender pela facilidade catartica das arrepiantes imagens do pós-guerra, preferindo antes compor/decompor os seus fantasmas recolhidos nas duas viagens efectuadas aos Balcãs.
Rigor, maturidade, arte e magia na dialéctica da luz (a verdadeira razão de ser do cinema) são os trunfos da câmara de Sapinho, acompanhados por uma narração do próprio que sublinha indelevelmente as imagens recolhidas pela lente. Para quem não tenha compreendido, durante os cerca de oitenta minutos de película, qual o grande contributo deste filme impar, Sapinho, quase no fim do mesmo, ajuda: para que o esquecimento não se abata suavemente sobre tudo o que aconteceu na Bósnia, como a neve "tão densa e tão alta" que esconde nalguns sítios, uma imensa floresta de pinheiros.
Filme enorme!
Nota: As fotos que acompanham este post são parte integrante do excelente portfolio “Remember Sarajevo” de Roger Richards que pode ser visualizado aqui (link)
PSL
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
N LEITURAS I
- Goodbye, Blog, The friend of information but the enemy of thought, por Alan Jacobs
- Can Humanists Talk to Postmodernists?, por Mark Goldblatt
- Farewell to Warblogging (I used to think blogs would transform ideologues into nonpartisan truth-seekers. Man, was I wrong.), por Matt Welch
- The Last Judicial Idealist? (sobre Ronald Dworkin), por Carlin Romano
- The decline of New Labour and the rise of no-party politics, por Mick Hume
- PowerPoint Politics, por James Pinkerton
- Thoroughly Modern Mill (A utilitarian who became a liberal--but never understood the limits of reason), por Roger Scruton
- After the “end of history”, por Francis Fukuyama
- The Self-Inflicted Wounds of the Academic Left, por Todd Gitlin
NCR
Para as vóvós
NCR
O positivo quer-se esclarecido
«Lendo a imprensa impressiona como é cada vez mais forte o derrotismo puro, em versões brutas ou sofisticadas, mas derrotismo. Não sou particularmente optimista por sistema, bem pelo contrário, não costumo tomar os meus desejos por realidades, mas também não gosto de dar a pele quando querem tirar-ma e o espantoso é que mil e uma variantes do better red than dead circulam por aí. A forma mais peculiar do derrotismo é a de achar que tudo está mal, mas também não há nenhuma receita para ficar bem. Os que agem (EUA, Reino Unido, Israel) fazem tudo mal e só agravam o problema; os que não agem (França. UE, “comunidade internacional”, ONU) fazem também tudo mal porque não agem. Bem faz o Irão, o Hezbollah, a Al Qaida, o Hamas, e, numa versão mais caseira, os émulos de Zapatero.
Isto vai durar sempre? As minhas últimas reservas de optimismo alimentam debilmente a esperança de que não, em grande parte por um argumento ad terrorem: as coisas ainda vão piorar muito, muito mesmo, e pode ser que a catástrofe possa ser salvadora. Não é garantido, mas é uma esperança. Entretanto a tribo dos últimos moicanos continuará a ser dos últimos moicanos. Até ao último.»
NCR
Por um ambiente humano e natural de qualidade
A Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável encontra-se em procedimento de discussão pública até dia 15 de Setembro. Esta Estratégia visa colocar Portugal em 2015 na lista dos países mais competitivos e desenvolvidos da União Europeia, em ambiente de governância, sem pôr em causa os recursos e a qualidade de vida das gerações futuras.
A Estratégia diz respeito a um conjunto de temas fundamentais para a promoção do crescimento e desenvolvimento nacionais, nomeadamente a sociedade de informação e do conhecimento, administração pública, ambiente, património, qualidade de vida social, construção europeia, acompanhamento tecnológico, entre outros.
Aqui, pois, está uma excelente, e única, oportunidade para os portugueses contribuirem com as suas ideias e críticas, sobretudo aqueles que, constantemente, se lamentam do país que têm e, também, como julgo ser o meu caso, dos que se lamentam dos lamúrios portugueses.
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NCR
N PERGUNTAS XXII
No El Pais de hoje. 80% disseram que sim, aqui.
NCR
A pouco e pouco a bola está de regresso
Amanhã as tuas hipóteses são três: Ou ganhas. Ou empatas. Ou vais à tua vidinha chatear outros!
PSL
sexta-feira, 18 de agosto de 2006
Assalto à portuguesa
…aquele pais, tão pobrezinho, tão pobrezinho, que até os ladrões de bancos não tem dinheiro para armas a serio, tendo de levar para os assaltos, os brinquedos que deram aos filhos no ultimo Natal.
PSL
Onde estão os amigos de Marcello?
São de certeza…, coisas portuguesas.
PSL
As mais belas rotundas de Portugal
Ahh, como eu gostava de morar em Matosinhos!
PSL
Campo Contra Campo (LV)
Miami Vice não é um filme para meninos.
Michael Mann decidiu pegar na clássica serie “pop-chunga” dos anos 80 e sem lhe retirar os cliches que a caracterizavam (crime, policias, droga, mulheres, noite, carros, barcos..., tudo muito veloz...) deu-lhe uma fantástica roupagem de film noir que lhe cai tão bem. Com tal vestido preto Mann nada compromete. Muito pelo contrario, são quase duas horas e meia filmadas no limiar do excesso de velocidade mas com uma classe digna da tropical Miami.
Miami Vice é um filme muito equilibrado, com algumas sequências muito bem filmadas e melhor montadas. Por exemplo, a longa sequência de abertura, é digna de entrar nos livros.
Mann só peca por não ter sabido fugir às lamechas do costume. Operacionais daqueles não tem tempo para se apaixonar, muito menos por colegas de profissão. Alias quando isso acontece a coisa dá para o torto. E não é pouco...
Apenas mais duas notas, pois um filme de pura acção como este vê-se mais do que se lê:
Existe um preciosismo técnico – se assim se pode dizer – muito bem explorado e que muito revela. As chamadas telefónicas “importantes” efectuadas pela bandidagem não são feitas com recurso ao banal telemóvel mas sim por telefone satélite com recurso à rede Iridium. Um pequeno pormenor cinematográfico mas que acentua o que há muito se sabe: A rede iridium não permite a mesma facilidade de “escuta” que a rede telemóvel.
A sequência final é fantástica. Depois de Heat, Mann comprova que não há como ele em Hollywood a filmar “bang-bang”. Tudo sóbrio sem dramatizar com excesso de “fogo de artificio” .
PSL
Lx em Agosto (dia dezoito)
Este é claramente o típico post de verão. Temas que só vêm à liça nesta altura do ano…
Ontem tropecei por acaso, na sic noticias, num programa a que denominaram de grande reportagem, sendo o tema o boato.
Tudo previsível, banal e quase sem graça nenhuma, sem brilhar mas também sem errar, muito. Porque isto de boatos…, não há fumo sem fogo. Ou não, sei lá!
Até que no fim o pivot fala com a repórter (terá sido a Susana André?). Esta diz que apenas ficou com pena de não ter inserido a história do Ronaldo (ex-jogador do Benfica) com Laura Diogo, porque não conseguiu encontrar o primeiro.
É natural que não o tenha encontrado, pois o rapagão não se chamava Ronaldo, mas sim Reinaldo…
A lenda já aqui (link) neste blogue abordada começou a ser contada andava eu na escola primária e reza que o tal negro avançado Benfiquista não era apenas poderoso dentro de campo com a bola nos pés, mas também noutros “teatros de guerra”. Um dia apanhou a loira das Doce, Laura Diogo, disparando com tanta força rumo à sua baliza que a rapariga teve de entrar nas urgências do Hospital de São José para receber uns pontos.
Como se escreve aqui (link) no blogue do Shark: a “história do Reinaldo e da Laura Diogo não passou de uma lenda urbana para papalvos atesoados e doentios...” que apenas serviu para densificar (ainda mais) o mito do sexo anal em Portugal numa altura em que as liberdades de Abril começavam a chocar as consciências mais empedernidas.
PSL
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
Ecos blogosféricos
RCP no Mais Actual (link) lança umas pistas, aos que se interessam pelo que se passa do lado de lá do Atlântico.
Momento pepsodente?
Separados à nascença aqui (link) na Atlântico.
Fidel “Lili Caneças” Castro?
Rejuvenescimento (link) n'A Arte da Fuga.
Blogosfera contra promessosfera no Abrupto (link).
Isso também gostaríamos nós de saber! Estes ministros existem? Pergunta Pedro Correia (link) no Corta-fitas.
Razões várias levaram a que estes ecos blogosféricos surgissem, digamos, a conta-gotas, ao longo da manhã. A principal das quais?
Neste Agosto grande parte da blogosfera não foi a banhos num Sul qualquer. Muito pelo contrario. Parece que nunca esteve tão viva, atenta e acutilante.
PSL
Lx em Agosto (dia dezassete)
Ontem percebi, finalmente, o porque da minha insistência stressante em ter em casa o pacote funtastic life da TV cabo. Eu sabia que havia de haver alguma razão em concreto, das cerca de setenta possibilidades em abstracto.
Ou será que talvez apenas ontem consegui chegar à posição 68?
Depois de ter visto o video em anexo no VH1 CLASSIC entendi porque gosto tanto de todos os cêntimos que gasto no pacote plus da nossa querida TV Cabo.
(Re)vivam os Wham! Eles sim, o supra sumo do piroso.
PSL
Estou muito curioso...
PSL
quarta-feira, 16 de agosto de 2006
Lx em Agosto (dia dezasseis)
A borrasca de sudoeste entrou à hora marcada aqui (link). Como sempre ele nunca se engana e raramente tem duvidas.
PSL
Fado Carioca (O)
Após muitas horas a voar de cá para lá e ter sido "descarregado" à porta do hotel na Avenida Atlântica, largadas as malas no quarto, senti-me impelido por uma estranha energia; nunca esquecerei a sensação - era de noite, algo tarde… - de atravessar o asfalto, percorrer escassos metros até uma das muitas barraquinhas do mítico calçadão que nunca fecham, e ai pedir em português uma agua de coco gelada. Fechar os olhos, abrir os olhos, voltar a fechar e a abrir: repousava finalmente o espirito naquela terra dada ao Mundo por alguém que falava a mesma língua com que escrevo esta palavras.
Apenas há uns pares de horas, junto ao local que vos descrevo um jovem caia por terra com um único golpe de navalha. Não se levantaria mais pelos seus próprios meios. Directamente, nada neste facto me diz respeito. Mas perturbou-me!
Fez me recordar o turbilhão de emoções que diariamente de mim se apossavam sempre que calcorreava aquele espaço. Fi-lo a todas as horas. De manhã, à tarde, à noite. Fossem duas ou seis da manhã. Inconsciência ou uma sorte danada?
O jovem André nunca poderá recordar ou contar-nos o que viveu quando o seu olhar se cruzou com a baia de Guanabara. Eu devo recordar-me e já agora, se não for grande maçada para quem me lê, contar-vos o que senti.
Fado Carioca é uma curtíssima serie de postais manuscritos na memória e em aleatórios pedaços de papel, que finalmente ganham vida com a luz do vosso écran.
PSL
PALETA DE PALAVRAS LI
Immanuel Kant
ESPUMAS XXXII
NCR
terça-feira, 15 de agosto de 2006
Lx em Agosto (dia quinze)
Lisboa atinge o auge da desertificação. Para o bom e para o mau, apenas por breves momentos.
Não há sol, repito. Não há praia, portanto.
Tempo para ter tempo de fazer aquelas outras coisas que tanto prazer dão. Escolher um filme, um livro, um jardim, uma rua, uma montra.
Vai haver tanta coisa para fazer em Lisboa nestes dias, em que não há sol.
PSL
segunda-feira, 14 de agosto de 2006
Lx em Agosto (dia catorze)
muito tempo que não escrevo sobre tal.
O vinho tal como uma viagem encontra três grandes e destinos momentos.
Um primeiro que corresponde à sua escolha (na viagem é a preparação da
mesma); um segundo que é a sua degustação (na viagem corresponde à
propriamente dita); e, enfim, um terceiro que corresponde às notas
retiradas da experiência. Uma garrafa de vinho bem apreciada, com
amigos ou familiares, é de facto uma viagem. E, felizmente, viagens
destas é o que não tem faltado neste quente Agosto alfacinha. Sejamos
egoístas: Privilegiados têm sido os néctares frescos que nos tem
acompanhado. Sim, a brisa quente convidada a vinhos frescos, muito
frescos. A experiência do verde branco e do rosé.
Começando pelos primeiros. Dois mil e cinco não foi um ano fácil para
o vinho do verde Minho. Até aqui as nossas escolhas recaíram no Quinta
da Aveleda (notado com 16 na Revista de Vinhos de Junho) e no Muralhas
de Monção (15 na mesma publicação). O primeiro apresenta-se pouco
cheio no nariz e na boca; fresco mas com final pouco persistente;
jovem mas um pouco aquém. Pelo contrario o segundo surge muito fresco
e cítrico; não deslumbra mas o seu gás e doçura final sugerem um
grande equilíbrio e uma óptima companhia.
Na "experiência cor-de-rosa" a aventura tem sido mais profícua. Até
aqui provaram-se: Casa de Santa Vitoria (16 na Revista de Vinhos de
Julho, e melhor da prova); Quinta da Alorna (15,5 e segundo melhor);
Casaleiro, Mateus Rosé e Quinta de Cabriz (todos notados com 14,5). O
primeiro, com notas de cacau, madeira e groselha, revelou uma
estrutura e complexidade nada típicas de um rosé, sendo uma óptima -
mas exigente - companhia para a mesa. O segundo - o nosso preferido
deste pequenissimo painel - apresenta-se cheio no nariz e muita furta fresca na
boca; muito refrescante e saboroso apesar de ter um grau elevado; é um
vinho muito bem feito que se recomenda para os dias de verão a vencer
(pode ser encontrado a pouco mais de 4€ os supermercados El Corte
Inglês). Os restantes rosés apresentaram alguma banalidade, não
merecendo a recomendação.
Uma ultima nota: Se gostam de vinhos, de os degustar e compartilhar
assumam a paixão e não tenham medo de cometer erros: nas compras, nas
conversas, nas notas que retiram. Este percurso é muito mais fácil se
gastarem mensalmente 4€ na Revista de Vinhos. A que está neste momento
nas bancas traz um destacável com 200 pequenas dicas sobre vinhos que
pode fazer pequenos milagres. Experimentem.
PSL
Nesta casa também existe um detector de spin
A Polícia Judiciária (PJ) vai adquirir a uma empresa israelita equipamento para vigilância nas comunicações pela Internet, num investimento de 500 mil euros (cem mil contos). Esta tecnologia vai permitir à PJ realizar intercepções de e-mails e até "escutar" conversas em programas de conversação online como o MSN Messenger.
Como se pode ler supra é mais um anuncio de algo que irá acontecer – só não se sabe quando – e não de algo que aconteceu.
Não é só naquela casa que se detecta o spin. Na nossa também.
Garanto-vos que o mais fantástico da fantasia em causa é o preço. O preço vejam só!
Cem mil contos por tanta tecnologia?
Será que os Israelitas estão a fazer saldos? Agora como cessar-fogo será que os judeus estão a mostrar a face de bons cristãos?
Baratuxo, não vos parece?
PSL
E nós os monárquicos é que somos conservadores?
PSL
sexta-feira, 11 de agosto de 2006
Há Liberdade (XXXIV)
Deep by Tim Jones
..até segunda!
PSL
Fazer do povo pateta
Fazer do povo pateta, é a única coisa que este governo, de vez em quando, sabe fazer bem.
Adenda: Nem de propósito, escreve a ultima hora do Público: Embraer adia decisão de construir aviões Afinal tudo não passou de um processo de intenções.
PSL
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
Lx em Agosto (dia dez)
E são tão agradáveis estas noites quentes em Lisboa - como a de ontem - passadas à conversa, debruçados sobre um Tejo luar de prata, de copo fresco na mão e batida lounge no ouvido.
Os “Meninos do Rio” estão a ficar na moda. É uma pena. Ainda na sexta-feira passada, noite que permite mais algum tempo de prazer noctívago, mal se conseguia romper no passeio fronteiro ao bar ribeirinho.
Ontem, não! Estava tranquilo, bem frequentado, calmo, gente bonita, som a condizer…. Estes “Meninos” fazem uma casa tão agradável, tão agradável, que até têm, vejam lá…. bebidas bem servidas. Pelo menos fora do fim-de-semana, onde reina – como quase em todo o lado – a ditadura do copo de plástico.
A graça que estes “Meninos” têm está na essência sazonal da coisa. É um bar que reabre assim que as noites ficam mais amenas e encerra quando a gelada brisa marinha começa a tomar conta do antigo cais da fruta ali ao Cais do Sodré. Valendo-se do anfiteatro nocturno entre o mar da palha e o conjunto Cristo-Rei/Ponte, não há noite que lá vá e não augure futuro mais mexido, e menos sossegado para aquela zona.
Definitivamente: Os Meninos do Rio são o meu bar lisboeta de verão.
PSL
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
Alguém me sabe explicar...
O que me preocupa – uma vez mais – é o governo, desta feita o MNE, tentar dar mais um “bailinho” aos governados. Eu sei que estamos em Agosto. O tempo é de romarias, procissões, musica pimba, sardinhas e tinto do garrafão, tudo acompanhado de muita folia e muito sol na pinha. Mas..., repito..., diz o MNE: “material bélico não ofensivo”? Estamos a falar de quê? Cuecas, meias ou botas da tropa?
PSL
terça-feira, 8 de agosto de 2006
Lx em Agosto (dia oito)
Têm sido noites quase tão quentes como os dias. E sabe bem ficar junto do rio na casa dos seus meninos (também hei-de escrever um postal sobre o meu bar predilecto de verão): Meninos do Rio. Ali ao pé do Rio e dos barcos que vão parar à outra margem.
Sabe também muito bem: Estar com os velhos amigos; conhecer nova gente. Dedos dos pés enterrados num fresco relvado, enquanto se petisca. E se rega bem a comida, o espírito e a conversa. E ficar para ali adormecido pelo espírito estival lançando para o ar umas patetices que a vida nestes dias é feita de coisas pouco serias. E muitas gargalhadas.
E depois percorrer o Rio que banha a nossa terra…, em sentido avesso ao seu curso natural. E deliciarmo-nos com o doce sabor desse ar marítimo que arrefece as nossas noites e dá sentido aos nossos dias.
Já agora. Porquê Lx para designar Lisboa? Alguém sabe?
O Ciberduvdas responde:
Lisboa já se grafou «Lixbõa», e é essa a razão da abreviatura Lx, que foi ficando.
Depois o x, pouco natural na língua antes de b, passou para s, e o til caiu. Ora o s antes de consoante sonora (neste caso o b) tem o som ¦j¦ atenuado, e daí hoje Lisboa se pronunciar: ¦lijboa¦ (como em mesmo ¦mejmo¦; consoante sonora m; em desde ¦dejde¦, consoante sonora d; em fisga ¦fijga¦, consoante sonora g, etc.).
PSL
4x4x1x2
“4x4x1x2 ?” Questiona com veemência alguém da equipa técnica.
- Vai por o guarda-redes a jogar no apoio aos pontas de lança? Diz outrem.
Ao que o “engenheiro”, retorquiu:
- Claro que não, vocês não percebem nada de “bola”. Então ponho o Rui no apoio ao ataque como sempre!
- Mas… Mister. Não podemos jogar em 4x4x1x2 mais o guarda redes. Isso dá 12 jogadores.
- Pois…, é pá eu sou um pândego, nem parece que me conhecem…
PSL
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
Indispensável
Muito pelo contrário, neste Agosto a Blogosfera está viva e bem viva, acompanhando de perto a realidade.
Oportuno e absolutamente imprescindível é o post de Gonçalo “A crise no Líbano e o Direito Internacional”, no Reforma da Justiça. Onde se prova, que na verdade, o Direito Internacional (Publico) de Direito nada tem.
Com a devida vénia transcreve-se o último paragrafo:
O direito internacional transformou-se numa vaca sagrada que lembra aquela tonteria do jusnaturalismo grotiusiano. É quase uma obscenidade intelectual, mas tem a marca do legalismo primário: o poder é mau e as leis são boas. E quem fez as leis? Deve ter sido alguém com um grande coração. Uma ingenuidade sinistra! Não admira que a economia positiva e a teoria dos jogos se divirtam até fartar com o direito e as relações internacional e a economia normativa, depois de passar os olhos pela miséria institucional que é a sociedade internacional, fuja do direito e das relações internacionais a sete pés...
PSL
Parabéns
Só hoje (link) me apercebi que houve tempos que convivi diariamente com o Miguel.
A Blogosfera está a ficar pequena!
PSL
Fernando Pinto Monteiro
Aposto que ficaria-lhe grata a Justiça, caso o Conselheiro Pinto Monteiro fosse o próximo Presidente do STJ.
PSL
sábado, 5 de agosto de 2006
sexta-feira, 4 de agosto de 2006
Há Liberdade (XXXIII)
And now…
Vem isto a guisa deste sítio (link) indicado por um amigo, onde podem encontrar mil e quinhentos vídeos dos oitentas.
Deliciem-se.
PSL
Bom dia, Portugal
A anedota desta manhã (pelas oito e meia) é um patético directo do Aeródromo da Covilhã onde o repórter assim que entra no ar, lapidarmente afirma que o Ministro António Costa – não esqueçamos que estando Sócrates de ferias é o Primeiro Ministro em exercício – chegou há 15 segundos (repito 15 segundos!) para esclarecer afinal que coisa é essa do “alerta laranja” em que o pais se encontra mergulhado desde a manhã de hoje.
Depois, o ufano e serviçal repórter fala…, fala…, fala…, durante vários minutos enquanto o tal Ministro troca umas palavras com as chefias, ou lá o que é, de uns bombeiros – ou seriam soldados da GNR? – que combatem fogos.
Sempre de “rabinho entre as pernas” – com o devido respeito, ao homem só lhe faltava um cajado para parecer um pastor – o repórter lá interrompe o Sr. Ministro. E este, tem então os seus (primeiros) cinco minutos matutinos na televisão paga por todos nós.
O Sr. Ministro vai estar no terreno todo o dia – e com muito calor – portanto preparem-se para a propaganda oficial revelar que este ano, finalmente, o combate aos incêndios está a ser eficaz.
Aliás isso foi bem patente neste “Bom dia, Portugal” e antes mesmo que eu terminasse de escrever estas linhas lá aparecia o Ministro de novo no ecran: a gravação do que há cerca de dez minutos vimos ao vivo.
Não há vergonha na cara!
PSL
Crise financeira agrava-se na PJ
"(...)há várias situações em que são os inspectores a pagarem do seu próprio bolso despesas da responsabilidade do PJ, sem que depois sejam ressarcidos da verba que gastaram em proveito da segurança comum.(...)"
Já não há palavras para descrever o assassínio da principal polícia de investigação criminal portuguesa por parte do actual governo.
PSL
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
Lx em Agosto (dia três)
Sim, Lisboa vai aquecer – com temperaturas a beijar os quarenta, nos próximos dias – e não é por causa de uns Daft Punk quaisquer. Esses, os The Prodigy, Nouvelle Vague (esta rapaziada é o meu amor musical do deste verão e vai merecer, espero, um post em breve), e essa lokura rítmica que são os Buraka Som Sistema vão aquecer, sim, mas as almas que descem até ao Sudoeste.
Leiam bem o que eu vou escrever: este ano, tenho pena de não ir ao Sudoeste! Foi preciso passar uma década para eu ter pena de não ir para o pó da Zambujeira. Com aquele cartaz, a provar que o Rock está mais que morto, o Sudoeste deste ano tem tudo para ser o melhor de sempre...
Ahhh, e lembram-se da minha teimosia descrita aqui, no dia um (link). Pois deu em mais uma lição (gastronómica também). Alguns complexos conservadores (estamos a falar de gastronomia) afastara-me do vizinho do Ponto Final, o Atira-te ao Rio. Amaldiçoados sejam. Os complexos. Foi dos Deuses a noite de terça, sempre à beira rio. Que é como quem diz, ou dissemos: Da dialéctica ribeirinha entre o Ginjal e o Cais do Sodré. Tudo sítios finos, embora os nomes tal não indiciem. Mas esta já é outra historia, para outro postal.
PSL
Eu assumo desde os três meses de idade!
E vocês?
PSL
quarta-feira, 2 de agosto de 2006
Será a lama o limite?
Mas escrever o quê sobre alguém que não existe enquanto treinador de futebol, e que enquanto pessoa pauta a sua conduta por mediocridade atroz.
Acreditem, pelo menos quem me conhece acredita, é com profunda tristeza que vejo o meu querido clube ser treinado(?!) por tal criatura.
Sinceramente nem sei bem o que escrever.
Indo directo ao assunto: a resolução do problema no imediato passava pela saída do treinador já hoje. Infelizmente isso não vai acontecer. Antes o meu querido clube ainda terá de passar mais um bom par de vergonhas: Ser achincalhado na Liga dos Campeões (sim, é impossível perdermos com o Áustria de Viena, o problema é que no futebol não há impossíveis); ser humilhado por meia dúzia de equipas de província no campeonato nacional; ser gozado pela comunicação social dita especializada (...basta dar uma vista de olhos aos desportivos de hoje para perceber onde pode chegar a dimensão do gozo...)
Lá mais para o Natal, quando a época estiver irremediavelmente perdida, então sim, Fernando Santos sairá sem honra ou gloria, mas com a sensação de dever cumprido: Atirando o Benfica para uma crise de consequências imprevisíveis mas com os bolsos cheios de massa.
PSL
terça-feira, 1 de agosto de 2006
Lx em Agosto (dia um)
Hoje o dia acordou cinzento, a querer contrariar a velhinha canção dos Xutos aqui (link) recordada o ano passado, dando razão ao velho ditado popular (link).
As memórias nos blogues fazem-se rapidamente. Basta passar um ano...
A propósito. Sim..., este ano tem havido muitos e bons dias atlânticos. Mas não por aqui.
Bem me quis parecer que isto do Lx em Agosto ia fugir para o chinelo intimista. Não faz mal, é verão e ninguém leva a mal.
O pior de tudo é que hoje apetecia-me jantar aqui (link) à beira rio. Logo hoje terça, que é o dia de descanso semanal.
PSL
ALERTA!!!
Está em curso um acção de "fishing" através de e-mail que pode causar prejuízos.
Consiste no seguinte:
Alguém envia e-mails em nome da Caixa Geral de Depósitos (endereço:CGD.PT), com o timbre daquela instituição bancária, solicitando elementos sobre o cliente.
Trata-se de uma burla informática destinada a que alguém recolha elementos bancários nossos e os utilize para seu proveito.
Ignorem esses e-mails. Apaguem-nos de imediato. Não liguem aos links que vêm indicados.
PSL
Complicadex?
A trapalhada que o governo arranjou este ano com o “selo do carro” apenas se pode justificar de duas formas: Ou é incompetência absoluta ou apenas serve de tentativa (frustrada...) de desviar as atenções do essencial para o fútil.
Uma coisa eu garanto: se todos os demais Portugueses se preocupassem tanto com o imposto municipal sobre veículos como eu me preocupo, o Governo não teria de ter tanta trabalheira com coisa tão simplex.
PSL