quarta-feira, 16 de março de 2005
PALETA DE PALAVRAS IV
«Respiramos o mar
e sopramos em terra,
não saímos do mar
e voltamos a ele,
saudamos as ondas
e fugimos dela, da sua queda,
para a esquerda e para a direita,
a vê-las pelas costas,
antes da quebra
espuma manobrada.
Oh meu Mar respirado e distante,
vives pelo fio de uma corrente
e tão descontente é o teu tardar.
Porque flutuas no meu corpo dormente
sem que te veja navegar?
Oh meu Mar acordado e iluminado,
porque cegas de prazer o teu rebanho guerreiro
quando a noite é inimiga do teu deleite pranchado?»
© Miguel Pessoa Campomaior, "Poesias Urbanas", Lisboa, 2005.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
O mar é a fonte da vida, o mar é a cor do sonho, o mar é um poço de prazer para quem nele desliza ;)...Boas surfadas!!!
Obrigado, anónimo.
NCR
Miguel, Miguel...
O teu melhor Pessoa!
Enviar um comentário