sábado, 19 de março de 2005

Campo Contra Campo (VII)

O Segredo dos Punhais Voadores ***

Na valsa dos Detectives, épico disco dos GNR, existe uma musica onde algures se canta:

”Ao abrir a porta ao escolher a sorte
Sai ou dama ou tigre sai amor ou morte”

Vem isto a propósito do Segredo dos Punhais Voadores, superiormente dirigido por Zhang Yimou.
Este filme tem muito de surpreendente.
A começar na produção. Sem capitais ocidentais, apenas chineses e chineses, de Hong Kong.
Em segundo lugar temos a confirmação de que para filmar efeitos especiais de superior qualidade não será necessário trabalhar nos Estados Unidos. O mito de que apenas nos “states” se fazem bons efeitos especiais, é isso mesmo, um mito.
Depois temos uma historia de amor, crime, guerra, ciúme, ódio, luta, passada há mil e duzentos anos.
E o melhor de tudo. Uma fotografia longe de qualquer paralelo. Lembrei me do Mestre Benard da Costa e das suas resistências ao digital. Em Segredo dos Punhais Voadores, podemos ver um filme filmado em película com uma fotografia que dificilmente podia ser melhor. Com exemplos deste quem precisa do digital?
Mas o filme não é só uma mar de rosas.., e os espinhos (punhais) voam com fartura, as vezes até demais. Há erros infelizes e desnecessários, e agora nem de inverosimilhanças estou a escrever. Erros inadmissíveis em telas tão bem pintadas.
Inspirado de forma plurifacetada, O Segredo dos Punhais Voadores merece ser visto.
E como na letra de Reininho, em cada fotograma de Segredo dos Punhais Voadores “Sai ou dama ou tigre sai amor ou morte”.
Pensar eu que o culpado é o King Kard...

PSL

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