segunda-feira, 30 de junho de 2008
Sport Lisboa, e Benfica, O Campeão
A minha final foi outra. A minha e a de cerca de outros três mil que encheram de paixão o Pavilhão da Luz, para apoiar a melhor equipa de sempre do futsal português e vibrar intensamente com a conquista do quarto titulo nos últimos seis anos – segundo consecutivo.
Sem penduras orelhudos nem sorridentes Rui Costas, o futsal do Benfica lá vai fazendo o seu caminho de trabalho, suor e glória. Eles e a inesgotável energia da Rapaziada Sem Nome representam actualmente o melhor do Espírito (chamam-lhe Mística) Benfiquista.
Viva o Benfica!
domingo, 29 de junho de 2008
Por supuesto
O salário do Bastonário
Quer a remuneração mensal, quer este subsídio de reintegração são inéditos na Ordem, instituição com mais de 80 anos. "Facto inédito e sem precedentes", explicou uma fonte próxima daquela estrutura, que preferiu o anonimato. O valor em causa será retirado dos cofres da própria Ordem dos Advogados, que são preenchidos pelas quotas pagas por advogados, muitos deles em situações profissionais precárias. Em média, os advogados portugueses recebem cerca de mil euros mensais pelos seus serviços.
Mariquinhas pé-de-salsa
As agressões do Tribunal da Feira deviam ter convencido os juízes, assim: "Olha, sou mesmo necessário." Em vez disso, suspenderam-se. Um juiz que suspende julgamentos porque durante um julgamento se cometeu um crime, é um juiz que não acredita que os julgamentos servem para combater os crimes. E, já agora, do ponto de vista do criminoso: se um crime num julgamento acaba temporariamente com os julgamentos numa comarca, porque não mais crimes desses para prolongar a suspensão de julgamentos? E porque não estender a táctica a todos os tribunais portugueses?
sábado, 28 de junho de 2008
Há Liberdade (CIII)
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Dois olhos no burro e no cigano
Podem ser dadas algumas explicações históricas (a fundação da nacionalidade, o domínio filipino, a promiscuidade e inconstância típicas da monarquia portuguesa, a duração do Estado Novo) e, consequentemente políticas, a falta de liberalismo cívico e político, conotado com a responsabilidade efectiva e a liberdade garantida, ou mesmo com o estatismo, a providência, ou, quem sabe, Fátima ou qualquer outra senhora aparecida. O impacto na História e na Economia, sobretudo na produtividade e na competitividade, ou, por outro lado, a influência do passado no presente futuro português, desta falta de confiança nos próprios e nos outros ainda, julgo eu, está por estudar e comprovar.
Todavia, sendo eu um leigo da sociologia (ciência aliás pela qual não morro de amores, sobretudo na retórica) e mediano cidadão, por vezes, a ler o jornal, a ver umas notícias ou a ouvir um noticiário, penso como alguns casos são quase uma prova irrefutável de um impacto negativo de algo que aconteceu outrora neste quarto ibérico.
O problema não é português, como se viu na recente crise das hipotecas sobrevalorizadas sobre bens com valor não correspondente. A principal causa desta crise está na falta de confiança dos que definiam Quem era de Confiança, ou seja, no mundo das finanças designam-se por empresas de 'rating', que avaliam qual o risco de determinada operação financeira. A promiscuidade também aqui vingou, e piorou, quando aquelas faziam o papel duplo e simultâneo de consultoras e avaliadoras de risco da mesma empresa.
A confiança é mais do que um sentimento, é um valor primordial de qualquer relação, seja social ou individual. Por isso a regulação jurídica e a governância são tão aclamadas e declamadas, vivendo o seu momentum paradigmático. Quanto aquela falta, estas soçobram, em abundância.
José Tomás
De facto, a bela arte do toureio apeado vive dias de glória com o regresso triunfal de José Tomás a Las Ventas. Com a devida vénia a Carlos Miguel Fernandes transcrevo parte do seu extraordinário post: (...) foi em Las Ventas, no passado dia 5, que José Tomás acedeu à tribuna dos mitos, com uma tarde que, contam os aficionados, é fronteira para um antes e um depois no toureio. O feito abriu noticiários e fez manchete dos jornais. Ya es una leyenda, clamava o El País no dia seguinte, na primeira página. Na difícil praça de Madrid alcançou aquilo que o público não via há mais de 30 anos: quatro orelhas e saída pela porta grande.
Deliciem-se com a beleza da arte de José Tomás.
Ataca, Benfica ataca
Baixo, preto e coxo
Quatro anos mais tarde Manniche abandonava o clube da Luz com quase oitenta golos marcados e com, entre outros troféus, dois campeonatos e três Taças de Portugal.
Quando no longínquo verão de 1983 o dinamarquês Michael Manniche chegava ao Benfica, Javiern Ángel Balboa Osa ainda não era sequer nascido.
O jovem Balboa, comprado ao Real Madrid pela pequena fortuna de quatro milhões, chega ao Benfica com 57 (cinquenta e sete) – leram bem – minutos jogados em toda a época passada.
Por quanto mais tempo continuará Rui Costa a sorrir?
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Bebé, repara só nessa metonímia a seguir à hipálage
(carregar na imagem para aumentar, pois é lindo de ser visto)
Vão lá vão, porque eles merecem. O silly e a season.
Fífia tira seis pontos ao Benfica
A comunicação social cá da santa terrinha tem vindo a especializar-se no jornalismo do “se”. Se isto seria aquilo. Se fulano daria beltrano. Se sim então sopas. Se, se, se.
Se a minha avó não morresse ainda hoje era viva.
O anteriormente conhecido como jornal de referência Diário de Noticias, titula hoje em garrafais: “FIFA mandou tirar seis pontos ao Benfica”. Mas, basta ir ao encontro da página digital do jornal para logo ficarmos com outra ideia do “caso”. Afinal o Benfica quase perdeu seis pontos. Portanto, não saindo da riquíssima linguagem do pontapé na bola, a FIFA nada tirou, o DN é que deu uma fífia.
Mas, entretanto, o estranho vírus do “se” já se espalhou e ameaça mesmo provocar uma pandemia; apesar de apresentar algumas mutações. Para o Público é noticia o facto de o Benfica ter estado “muito perto de perder seis pontos”.
Estamos esclarecidos quanto à importancia do Sport Lisboa e Benfica no fabuloso negocio da venda de papel e electrões?
Renovamos os nossos mais sinceros votos de uma óptima silly season.
Vida de cão…
Olá, bom dia e bem vindos à silly season.
Há falta de melhor, o Público, desde ontem a meio da tarde, alerta-nos na sua página principal que um cão foi “mutilado e deixado sem assistência no distrito de Aveiro”.
Coitado do bicho, os portugueses continuam a ser uns animais, blá blá blá e outros lugares comuns. Comentam cerca de cem pessoas na página do jornal.
“Quatro blogues ligam para este artigo” diz-nos o twingly. Agora são cinco.
Que passem uma silly season divertida, regada com muita imperial e colorida por muitos tremoços (a crise é a crise) é o desejo deste vosso ARCÁDIA.
terça-feira, 24 de junho de 2008
Foram à procura do bodyboarder da fotografia
segunda-feira, 23 de junho de 2008
sábado, 21 de junho de 2008
Espero que tenhas o mesmo destino que o Sokota
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Carro a água
Notas sobre uma eliminação ridiculamente prematura (III) - Perdemos unicamente por culpa própria
Mas afinal porque é esta eliminação ridícula?
É ridícula porque, fundamentalmente, a equipa que ontem entrou em campo não soube ou não quis lutar por outro resultado. Houve medo (pareceu-me mesmo ver pavor nalguns olhares dos nossos durante a cerimonia do hino), houve falta de ambição, houve fraqueza no momento de lutar pela posse de bola e pelo controlo do jogo. Houve temor reverencial aos germânicos.
No plano individual dois jogadores deixaram a sua nódoa profunda no jogo, Ricardo e Paulo Ferreira. Mas o meio campo não sai ileso. Deco não existiu, Moutinho enquanto esteve em campo falhou um golo (com o resultado em branco) certo. E por onde terá andado o putativo Melhor Jogador do Mundo?
Haverá ainda mais razões para justificar a expressão ridícula?
Com certeza que sim. Mas não tão evidentemente demonstráveis. Como liberal que sou custa-me ter de dar razão aos que criticaram as “Nereidas” deste grupo de trabalho. A saber, entre outras, o anuncio da saída de Scolari para o Chelsea a troco de uma pequena fortuna para o brasileiro, o inédito (no meio de um estagio para uma competição de futebol profissional de topo) passeio de Deco até Barcelona (?!) para resolver “assuntos pessoais”, a novela Real-Ronaldo…
Na imagem (Lars Baron/Bongarts/Getty Images), os adeptos germânicos (tão bem organizado como o seu Estado ou as suas empresas) puxam dos galões e fazem a mais eficaz coreo deste Euro 2008 mostrando um pano, sob fundo das cores alemãs, a reclamar o título de tri-campeão europeu. Respeito...
Notas sobre uma eliminação ridiculamente prematura (II) - A cultura da desresponsabilização
É importante compreender o porquê das derrotas? Não é importante. É fundamental. Sob pena de não haver evolução positiva. Isto é senso comum? Duvido. Passados que estão os olhos pela comunicação social em geral e pelos blogues (alguns ditos de referência) fico estupefacto com a lenga-lenga do costume.
Perdemos por culpa do arbitro, por culpa da sorte, ou da falta dela, por culpa da relva, por culpa sei lá do que. Há até quem tenha o desplante de escrever que fomos melhores. Pior que tanta aleivosia só um pasquim que escreve na sua primeira pagina, “Por favor, hoje não nos falem de futebol!”.
É assim o espírito “tuga”. Quando as coisas correm mal a culpa nunca é nossa mas sim dos outros, ou de quem julga, ou do transcendental, ou…, bem o melhor é nem falar no que aconteceu. Esquecer…
Assim, na vida como no futebol, nunca passaremos da cepa torta. É uma questão mental. E estas, as mentalidades, não se mudam de hoje para manhã, muito menos de uma geração para outra.
Triste fado ser “tuga”...
[Ph:Alexander Hassenstein/Bongarts/Getty Images]
Notas sobre uma eliminação ridiculamente prematura (I) - Fernando Santos
Por volta das seis e meia da tarde, num post a intitular “Enrola a bandeira Portugal”, estive para escrever qualquer coisa como isto: mesmo sem sequer ainda ter entrado em campo, Portugal já perdeu. A razão é simples, não sendo do domínio da alia ou da metafísica mas sim da evidencia. Ao ligar a televisão na TVI cerca de hora e meia antes do jogo começar, vejo Fernando Santos, sim esse, a pisar o relvado de Basileia., conversando amenamente com alguns jogadores portugueses e dando palmadinhas nas costas de Madail e de Amândio de Carvalho (mais tarde tratarei da saúde a este).
Perdi o post do ano mas ganhei uma convicção. Portugal já não passaria dali. E fiz saber isso mesmo quando cheguei mal-humorado a casa dos meus pais para ver o jogo.
Relvado que aquele homem pise é relvado “entornado” para as cores que ele defende.
É inquestionável. Fernando Santos, com aquele irritante tique de coçar o pescoço, carrega consigo uma aura da mau agoiro, derrota, azar, pessimismo, que alastra por todo o espaço onde o seu bafo chega.
E repito. Não estou no domínio de “bruxarias”, mas sim no domínio do real. É inquestionável. Curiosamente, depois de mostrar Fernando Santos a pisar o relvado de Basileia, a TVI passou o directo para o exterior do estádio onde entrevistou um bruxo-mágico (não estou a brincar…) onde este garantiu que os alemães, embora sendo mais (!?) estariam bloqueados por sua acção (do magico) e Portugal iria vencer…
Duas perguntas não me saem da cabeça:
Mas que raio estaria ali a fazer Fernando Santos?
Quem lhe terá “arranjado” um passe de acesso aos bastidores da selecção portuguesa, em dia de “juízo final”?
Na imagem (JOHN THYS/AFP/Getty Images): Germany's Chancellor Angela Merkel and Portugal's Prime Minister Jose Socrates arrive for a working session of a European Council at the headquarters of the European Council on June 19, 2008 in Brussels.
Notas sobre uma eliminação ridiculamente prematura (0)
quinta-feira, 19 de junho de 2008
That boy Ronaldo
No campo da teoria e no campo de jogo, Portugal tem tudo e mais alguma coisa para bater uma selecção germânica cansada, desorganizada na defesa, sem ideias no meio campo e pouco criativa no ataque. Para bater os germânicos a Portugal bastará..., ser Portugal.
Contudo, dava jeito ter uns adeptos assim...
O vídeo que vos trago, foi feito no novo Wembley e mostra uma multidão apaixonada e rendida de vinte, trinta, quarenta mil adeptos do Man. United a gritar bem alto pelo nome da sua estrela da sorte.
Em Inglaterra (provavelmente o único país do mundo onde há verdadeiros adeptos de futebol) é assim. Os adeptos vão à bola porque não podem estar todos dentro de campo. E como não podem tocar na bola, “rematam” com o cântico que está mais à mão. “That boy Ronaldo”, um cântico simples mas eficaz pela sua sonoridade, encantou-me durante toda a época, quando via os jogos do United.
Pode ser que por um qualquer milagre conjunto da Senhora de Fátima e da Senhora de Caravaggio, os “adeptos” portugueses que logo à noite estiverem em Basileia leiam este post e decidam incentivar assim Ronaldo, apenas trocando a palavra England por Germany. Vá lá, cantem comigo:
He plays on the left
He plays on the right
That boy Ronaldo
Makes England look shite
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Cada país tem os adeptos que merece (VI)
terça-feira, 17 de junho de 2008
Miguel, podia ter sido um bom jogador
Clube que "o compre" agora já sabe que, no Verão de 2010, Miguel dirá que, durante a época de 2009/2010, foi desconsiderado pelo clube, e que o mesmo não se portou bem consigo. É pena, podia ter sido um bom jogador, mas para isso o carácter também conta.
Touradas e Homossexuais
Escolher o lado da luta
Com um Deco assim, quem precisa de uma DECO?
O que só reforça a grandeza do “mágico”. O brasileiro, para além de se preocupar com a moral dos portugueses tratando a bola com pés de veludo, cuida ainda da sua saúde pública.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
A União como associação voluntária de Estados
Apito contínuo em Palermo
E se algum dia alguém lhe oferecer Pessoa...
Cada país tem os adeptos que merece (V)
domingo, 15 de junho de 2008
Suíça ganha pela primeira vez numa fase final
O Quarteto Fantástico conseguiu ser comido por uma equipa mediana no talento, mas excelente na motivação.
Foi aí que perdemos: os miúdos julgam-se estrelas...
"É bom ser monopolista"
sábado, 14 de junho de 2008
Cada país tem os adeptos que merece (IV)
Magrinha, ou será escanzelada?, como o país de Sócrates. Sem curvas, com ar debilitado, provavelmente, cheiinha de fomeca. Amarelita, como a cor da camisola que veste, com acessórios de pechisbeque..., mais ranhosos impossível.
Ora digam lá se não apetece mesmo gritar…, VIVA PORTUGAL!
sexta-feira, 13 de junho de 2008
Onde é que eu já ouvi isto?
Cada país tem os adeptos que merece (III)
Escritos com raça...
Cantar vitória antes do tempo, por Rui Costa Pinto no Mais Actual.
Alma portuguesa, poer Tomás Vasques no Hoje há Conquilhas.
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Más notícias
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Procura-se
(não, já não é Menezes...)
O Estado vai nu
Ao contrário do que o nosso Santos Silva pensa, o problema não se coloca no plano das ideias, mas sim no plano da acção. Ao contrário do que o nosso Santos Silva pensa, este ainda não é o “buzinão de Sócrates”.
Não é necessário ser cientista politico ou sequer politólogo, para compreender que estamos perante a maior manifestação em Portugal daquilo que algumas correntes sociológicas têm vindo a apontar como a deterioração do Estado ie o seu atrofiamento e enfraquecimento, a sua incapacidade para resolver problemas, enfim, a sua demissão do papel de garante da paz e segurança.
Agora vemos constitucionalistas (diz que são uma espécie de sábios do regime!) sugerir o “estado de emergência”. Para quê?
O Estado de Direito Democrático e Social, desenhado por esses mesmos “paizinhos”, tem mecanismos mais simples para resolver problemas simples. Numa palavra: força.
Este ainda não é o “buzinão de Sócrates” porque Sócrates na sua louca ânsia de se perpetuar no poder nunca despirá o fato de cobarde e tudo fará para não ter de sujar as mãos.
Este nunca será o “buzinão de Sócrates” porque a malta quer comer, beber e encher o depósito. A malta quer que os camionistas labregos se fodam. Quer sangue, carga policial. Porrada neles!
Pior do que entregar a chefia de governo a um paneleiro é ter entregue a chefia de Governo a um maricas. Mas como já disse pelo menos uma vez, a culpa também é vossa. De quem o lá pôs.
O buzinão de Sócrates
Especulação dos camionistas
terça-feira, 10 de junho de 2008
Campo Contra Campo (CXVIII)
10 de Junho
- 24 de Junho (de 1128), dia da Batalha de São Mamede, em que Afonso, o filho de Henrique, arreou uma valente tareia na mamã;
- 25 de Julho (de 1139), dia da Batalha de Ourique, da vitória de Afonso sobre os cinco reis mouros, das quinas e do "real, real, por Afonso alto rei de Portugal";
- 5 de Outubro (de 1143), dia da assinatura do Tratado de Zamora, que reconheceu a independência do nosso país face a Leão;
- 14 de Agosto (de 1385), dia da Batalha de Aljubarrota, do herói Nuno Álvares Pereira, da heroína Brites Almeida, da Ala dos Namorados, do Campo de S. Jorge, fonte da ínclita geração; e,
- 1 de Dezembro (de 1640), quando se restaurou a independência (os espanhóis devem ter-se esquecido de pagar as pensõezinhas aos conjurados...).
A blogosfera não quer saber de feriados...
Lodo no Cais, por João Gonçalves no Portugal dos Pequeninos.
Má raça a desta gente, por Nuno Miguel Guedes no 31.
A ASAE da linguagem, por Paulo Tunhas no Blogue Atlântico.
Cada país tem os adeptos que merece II
Viva Portugal
Presidente da República convoca emigrantes a investir no país e confunde Dia de Portugal com “dia da raça”
Governo de Santana Lopes alterou Lei do Jogo para favorecer Estoril Sol
Jovem atingido por descarga eléctrica em fábrica desactivada em Palmela
Camionistas: homem atropelado no Carregado
119 incêndios em Junho
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Cada país tem os adeptos que merece
domingo, 8 de junho de 2008
Um abraço para ti, António!
Em fendas e ouro ornamental.
Sem atenção, absorto sigo
Os passos lentos do ritual.
E são os cantos que não são
E os incensórios de outros níveis
Que vê e ouve o coração.
Ah, sempre que o ritual acerta
Seus passos e seus ritmos bem,
O ritual que não há desperta
E a alma é o que é, não o que tem.
Oscila o incensório visto,
Ouvidos cantos stão no ar,
Mas o ritual a que eu assisto
É um ritual de relembrar.
No grande Templo antenatal,
Antes de vida e alma e Deus...
E o xadrês do chão ritual
É o que é hoje a terra e os céus...
sábado, 7 de junho de 2008
Arkadiusz, o cromo acidental
Pois é amigos. Não basta dizer que estamos saudosos dos anos 80. É preciso praticar esse saudosismo…
Podia contar diversas historias engraçadas em torno da verdadeira aventura urbana que é tentar terminar uma colecção de quase 600(!) cromos na era da Sociedade da Informação. Podia…, mas não conto - sim, sim, acho que nesta ultima semana conheci mais gente a partir da internet do que em toda a minha vida. E não conto porque o espirito de missão impele-me a incansavelmente procurar os mais de sessenta "trambolhos" que me faltam para acabar a colecção, por essa Rede fora.
O que me fez quebrar o silêncio foi…, um cromo acidental que tem apaixonado os participantes dos foruns sobre o assunto.
Do lado esquerdo vemos o cromo numero 240, um tal de Pawel Golanski jogador polaco do clube romeno Steua de Bucareste. E do lado direito vemos o falso cromo 240, um tal de Arkadiusz Glowacki. Este cromo que não deveria existir, é o capitão do clube polaco Wisla Cracóvia.
Um cromo, acidental, que se chama arcadiano ou arcadico em polaco. As coisas divertidas que as viagens no tempo nos proporcionam ou…, quem não tem mais nada que fazer faz colheres. E gasta dinheiro em coisas parvas.
A propósito, tens prá troca?
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Não se esqueçam, eh!
Nunca é demais relembrar que Vasco Pulido Valente escreve às sextas no Público (ao sábado e ao domingo também). Pela milionésima vez, VPV acerta em cheio no alvo. Nem à barra nem ao poste. É golo…
Mas está na altura de tentar dar um passo em frente. Basta de responsabilizar Sócrates pelo vazio. Sócrates não tomou São Bento de assalto. Está lá porque alguém o colocou lá. As reformas que nunca serão feitas, o caos e a fraqueza, também são da responsabilidade de quem votou Sócrates. Assumam-se, tenham vergonha e pena de nós.
Eu sei que custa, dói que se farta, ouvir certas verdades. Mas não se queixem, ainda estão em tempo de não voltar a cometer o mesmo erro.
Preocupante
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Leituras obrigatórias
Quem os viu e quem os vê, por Tomás Vasques no Hoje Há Conquilhas.
O alarme de Alegre, por João Távora no Corta-fitas.
Causas do atraso português, por João Miranda [em especial para o nosso Santos Silva].
Então e o Telejornal?, por André Azevedo Alves n'O Insurgente.
As certezas de Pinto da Costa
Dúvida inocente
* O que justifica do lado da empresa a subida dos preços dos combustíveis paralelamente à subida do preço da matéria prima.
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Responsabilidades
Hoje há beiça à moda do Porto
Já que se fala por ai tanto de Justiça, eu também achei, digamos, útil, dizer da minha, face à decisão proferida pela UEFA que afasta o Futebol Clube do Porto das competições europeias no ano que vem.
Aquela decisão da UEFA é clara e manifestamente injusta. E é injusta porque eu acho que sim. Que sim, que é injusta!
No meu entendimento de Justiça, com tudo o que gamou ao longo das últimas três décadas, aquele clube regional deveria ser afastado de todas as competições nacionais e internacionais por um período nunca inferior a cinquenta anos. Melhor Justiça que esta só se o Futebol Clube do Porto desaparecesse do mapa e levasse com ele os seus labregos adeptos a começar por meia dúzia de notáveis labregos que pululam por essa blogosfera fora.
A decisão da UEFA peca por escassa, repito, valendo essencialmente pelo seu cariz moral: por essa Europa e Mundo fora nunca mais o nome do Futebol Clube do Porto deixará de ser conotado com o estrume, local onde os porcos corruptos gostam de chafurdar.
terça-feira, 3 de junho de 2008
Stress dos Justice ou La Haine de Mathieu Kassovitz revisto e ampliado
Em 1995 Mathieu Kassovitz chocou Cannes e o mundo com La Haine, um fresco realista sobre a sobrevivência nos subúrbios parisienses. Em La Haine tudo começa com uma agressão policial a um grupo de jovens. Dez anos mais tarde, fora do grande ecrã, nas ruas francesas, um episódio semelhante provocou o caos durante cerca de um mês. Caos só contido com tanques nas ruas.
Depois de Machine Gun dos britânicos Portishead a guerrilha urbana dos Justice. De facto os tempos não estão fáceis, muito menos para brincadeiras. O clip dos Justice apresenta-se como um golpe comercial muito bom. Mas é impossível reduzi-lo apenas a “isso”.
Os franceses Justice que ajudaram a emoldurar o nosso verão de 2007 com Dance, uma vibrante e fresca pitada de “french touch” embrulhada num dos clips do ano, perderam a paciência para ritmos delicodoces e partem a loiça toda com o seu novo tema: Stress, pujante electro-house à beira do colapso techno(lógico).
Jus†ice, Stress from ROMAIN-GAVRAS on Vimeo.
Lixo, grita o povo a plenos pulmões em fóruns e caixas de comentários espalhadas por essa Rede fora. Luxo, afirmo eu. Obra-prima do videoclip, seguramente, uma das melhores manifestações artísticas do ano. Neste Stress não fica pedra sobre pedra na Polis. Nem nós, confortáveis espectadores, estamos a salvo. Cuspidos e agredidos na sequência final do pequeno filme, acabamos com a visão tolhida. Estaremos todos cegos?
Bem podem os meus queridos amigos apelidarem-me de fascista (não se apoquentem há outros tantos que me apontam o dedo e gritam “comunista”!) que não mudo de opinião.
A realidade (sim é de realidade e não de fantasia que nos fala Stress) aqui apresentada está em expansão mas tem solução. E esta não está no pomposo e decadente Estado de Direito Democrático e Social, na polícia, nos tribunais ou muito simplesmente num cobarde cavalo-marinho. Não é com flores ou amor que se combate o ódio. Nunca foi e nunca será.
Ganhou o monstro
1- Alguém com dois dedos de testa acredita nisto?
2- O estudo parece justificar "cientificamente" a subsistência do monopólio da refinação...
3- Será interessante acompanhar o futuro dos subscritores do estudo e dos dirigentes da AdC.
4- É mais fácil actuar contra pescadores e feirantes que contra os vendilhões do regime...
segunda-feira, 2 de junho de 2008
O peixe, o mercado e o Estado
Ilusão e emoção
Hoje a tal selecção saiu de Lisboa rumo à Suíça para jogar o Europeu da modalidade. Ao chegar às cercania dos Alpes, a alguns milhares de quilometras de casa, aqueles homens tinham à sua espera milhares e milhares e milhares e milhares…, de compatriotas que apesar de "andarem lá fora a lutar pela vida" a única coisa que desejavam era gritar o nome daquela que consideram ser a sua pátria e receber em troca um pequeno aceno, vá lá um sorriso, de um dos seus heróis.
Como cabra cegas, bem podem berrar os intelectuais. Quem não se emocionou com as imagens da chegada da selecção portuguesa à Suíça ou já não tem coração ou é pessoa de companhia a evitar (onde é que eu já ouvi isto?).
A questão que se coloca, aos tais intelectuais pois claro, é se a ilusão e emoção com que os portugueses tratam a sua selecção nacional de futebol é produto dos media (que maximizam as bem produzidas campanhas de marketing) ou se estes, os media, apenas se limitam a cumprir a sua função prima: informar.
Ao ver o mar encarnado e verde que banhou hoje na Suíça a selecção nacional, a única coisa que penso é que se o povo quer pão e circo, deixem-no lá ficar com o circo, pois o pão já lhe vai faltando de quando em vez.
E que se saiba nunca os elevados pensamentos de um qualquer intelectual matou a fome a ninguém.
Adenda: sobre o tema ver o post As Elites Lusitanas de Fernando Martins no Cachimbo de Magritte.