…desta vez em dose dupla, pois esta miúda canta que se farta; e porque o que faz falta é espalhar a noticia e agitar a malta.
Adele - "Hometown Glory"
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
Frase do ano
O "mal-estar difuso" é simplesmente o regresso à realidade.
Vasco Pulido Valente, no Público
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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Onde está o Wally?
A história conta-se em duas penadas.
Ontem o “Tribunal” estava encerrado. Logo, foi com desagrado que tive de suportar a penosa primeira parte do “embate” contra o Moreirense no Piso 0 da Catedral. Como nessa primeira metade de jogo tínhamos atacado para Sul, acabei por me deslocar para Norte afim de acompanhar mais de perto o ataque do Benfica no segundo tempo. “Perdidos por cem perdido por mil”, diz o meu velhote. Para variar, vamos assistir à segunda parte bem junto ao relvado; um lugar que tem tanto de péssimo para a globalidade do jogo como de revelador para as suas minudências. Quando o Rui decide abrir o livro com um bonito pontapé arqueado que me fez recordar a longínqua noite de 26 de Junho de 1991 – foi mais ou menos assim que o então rapazito da Damaia eliminou a Austrália na meia-final do Campeonato Mundial de Juniores – corre para os que como ele sentem o Manto Sagrado.
E o Wally? O Wally lá está no canto superior esquerdo da imagem de André Kosters (para a Lusa) publicada no Destak de hoje, de sorriso aberto e mãos cerradas a agradecer a bênção…
Ontem o “Tribunal” estava encerrado. Logo, foi com desagrado que tive de suportar a penosa primeira parte do “embate” contra o Moreirense no Piso 0 da Catedral. Como nessa primeira metade de jogo tínhamos atacado para Sul, acabei por me deslocar para Norte afim de acompanhar mais de perto o ataque do Benfica no segundo tempo. “Perdidos por cem perdido por mil”, diz o meu velhote. Para variar, vamos assistir à segunda parte bem junto ao relvado; um lugar que tem tanto de péssimo para a globalidade do jogo como de revelador para as suas minudências. Quando o Rui decide abrir o livro com um bonito pontapé arqueado que me fez recordar a longínqua noite de 26 de Junho de 1991 – foi mais ou menos assim que o então rapazito da Damaia eliminou a Austrália na meia-final do Campeonato Mundial de Juniores – corre para os que como ele sentem o Manto Sagrado.
E o Wally? O Wally lá está no canto superior esquerdo da imagem de André Kosters (para a Lusa) publicada no Destak de hoje, de sorriso aberto e mãos cerradas a agradecer a bênção…
Boa pergunta
A questão não anda só a angustiar Coutinho Ribeiro: por que será que as chefias na Polícia Judiciária têm uma rotatividade tão grande?
Seminário SEDES
-O Grupo de Gestão Pública da SEDES organiza mais um seminário sobre a gestão e administração pública, que se realizará no próximo dia 28 de Fevereiro, às 18h30m, na SEDES, 5.ª Feira, subordinado ao tema: «Os Novos Desafios do Sistema de Gestão e Avaliação do Desempenho para a Administração Pública». Serão oradores Miguel Rodrigues (Investigador do INA) e João Pedro Correia (Consultor Especialista em SIADAP).
A entrada é gratuita.
Rua Duque de Palmela, n.º 2 - 4.º D.º, ao lado da Livraria Buchholz. Metro Marquês de Pombal.
LEMBRAS BEM
O secretário de estado Walter Lemos lembrou ontem, no telejornal das 13 horas da SIC, e a propósito da dívida de 3 milhões de euros que a Fenprof reclama, que quando as aulas de substituição foram anunciadas a mesma Fenprof disse que eram um "ataque aos professores porque estes não faltam assim tanto". Eu também me lembro. E muito bem.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Millenium BCP: o Banco Sweeney Todd?
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"old habits die hard"... Mesmo!!!
PCP quer terminar com voto secreto obrigatório
O PCP apresentou ontem um projecto de alteração à Lei dos Partidos que propõe o fim da obrigação, introduzida em 2003, de todas as eleições internas dos partidos serem feitas por voto secreto.
O PCP apresentou ontem um projecto de alteração à Lei dos Partidos que propõe o fim da obrigação, introduzida em 2003, de todas as eleições internas dos partidos serem feitas por voto secreto.
Jornal Meia Hora
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Campo Contra Campo (CIV)
Este ano estive totalmente "fora" dos Óscares. Mas nem tudo é mau na grande festa Universal do cinema. Reparo agora que dois dos filmes mais fantásticos que vi o ano passado foram premiados. Curiosamente são duas obras de “famílias cinematográficas”, que raramente tocam o grande público (ou que são menorizadas por este). Para mim, existe ainda algo que aproxima estes dois filmes: não escrevi sobre eles. Como nunca é tarde…
Ratatui (****), venceu o Óscar para Melhor Filme de Animação. É uma fábula incrível e bela que nos lembra como é bom estar vivo e que não há tempo para desistir de lutar por aquilo que mais desejamos. Relembro ainda de Ratatui a sua beleza plástica. Hoje o “grande cinema espectáculo” aproxima-se com uma velocidade impressionante da criação de “mundos virtuais e paralelos”. E a animação não foge a esta tendência.
Taxi To The Dark Side (*****), venceu o Óscar para Melhor Documentário. Foi num Domingo – ultimo dia do DocLisboa 2007, pelas onze (!) da manhã, que entrei no São Jorge para ver o pesadelo do pobre Dilaware, taxista afegão. Partindo da história simples deste homem simples, o filme demonstra de forma rigorosa (não panfletária) os exageros e atropelos cometidos pelo amigo americano na batalha contra o terrorismo. Num post já antigo, o suspeito Daniel Oliveira, escreve assim sobre o objecto deste filme: “Não são os campos de concentração nazis, mas ali está tudo a que se referem: a bestialidade, a desumanização do outro, o absoluto desrespeito pela vida humana, o fim de todas as fronteiras em nome de uma causa.”. Tem razão, o Daniel.
Este prémio trará o reconhecimento e exposição devida a este soberbo documentário. Em DVD ou em exibição comercial não pode deixar de ser visto por todos. A propósito, fiquem com o trailer, que não revela nem um pouco a dureza da obra.
Ratatui (****), venceu o Óscar para Melhor Filme de Animação. É uma fábula incrível e bela que nos lembra como é bom estar vivo e que não há tempo para desistir de lutar por aquilo que mais desejamos. Relembro ainda de Ratatui a sua beleza plástica. Hoje o “grande cinema espectáculo” aproxima-se com uma velocidade impressionante da criação de “mundos virtuais e paralelos”. E a animação não foge a esta tendência.
Taxi To The Dark Side (*****), venceu o Óscar para Melhor Documentário. Foi num Domingo – ultimo dia do DocLisboa 2007, pelas onze (!) da manhã, que entrei no São Jorge para ver o pesadelo do pobre Dilaware, taxista afegão. Partindo da história simples deste homem simples, o filme demonstra de forma rigorosa (não panfletária) os exageros e atropelos cometidos pelo amigo americano na batalha contra o terrorismo. Num post já antigo, o suspeito Daniel Oliveira, escreve assim sobre o objecto deste filme: “Não são os campos de concentração nazis, mas ali está tudo a que se referem: a bestialidade, a desumanização do outro, o absoluto desrespeito pela vida humana, o fim de todas as fronteiras em nome de uma causa.”. Tem razão, o Daniel.
Este prémio trará o reconhecimento e exposição devida a este soberbo documentário. Em DVD ou em exibição comercial não pode deixar de ser visto por todos. A propósito, fiquem com o trailer, que não revela nem um pouco a dureza da obra.
Povo de merda
O Insurgente (Okupado) não é uma vergonha como tenta explicar aqui JPP. É um caso de polícia, para os Tribunais julgarem.
...
Partilho no substancial com a tua análise, João. Camacho não está cá e resta saber se é apenas por questões pessoais. Não sei se mais alguém reparou – ainda não li jornais – mas ontem entramos com uma novidade táctica: 4x1x4x1 com Binya entre linhas e Cardozo sozinho na frente. A brincadeira rapidamente deu frutos: um Benfica paralisado fruto de um meio campo hiper-povoado a consentir um golo infantil. Com o decorrer da partida Camacho nem se importou que o 4x1x4x1 resvalasse para o menos anormal 4x2x3x1 – com o recuo de Petit mas sem que os extremos esticassem o jogo - e os equívocos mantivera-se até dez minutos do final da partida. Nesses últimos minutos, ie a partir do momento em que Camacho apostou em dois avançados (mesmo sendo um Mantorras) jogou-se mais, rematou-se mais, criaram-se mais oportunidades de golo do que nos demais oitenta minutos. No fim, Camacho, ainda teve a lata de se aborrecer com os jornalistas por estes lhe mostrarem o obvio.
Não será de estranhar que o princípio do fim de Camacho comece já esta quarta feira. Pelo sim pelo não quero lá estar e já tenho bilhete para esse “terrível” embate com o…, Moreirense.
Não será de estranhar que o princípio do fim de Camacho comece já esta quarta feira. Pelo sim pelo não quero lá estar e já tenho bilhete para esse “terrível” embate com o…, Moreirense.
Os bodes expiatórios
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Será que a crónica de Rui Moreira de hoje no Público, em que ele diz que «a culpa morrerá solteira. Cada um garante que não sabia o que se passava, porque foi antes ou depois do seu tempo, ou porque foi feito por alguém do lado. Em caso de necessidade, descortinarão um humilde e triste director que se sacrificará à causa e à obra e confessará ter sido ele, e por sua alta recreação, o autor de tudo isto», tem alguma coisa a ver com a entrevista ao SOL de Joaquim Caldeira, antigo Inspector-Geral de Jogo?
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Vamos vender frigoríficos no Pólo Norte!!!
sábado, 23 de fevereiro de 2008
Há Liberdade (XCIII)
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
ArcádiaQuiz (XXII)
O chumbo do Tribunal de Contas ao pedido de empréstimo da Câmara Municipal de Lisboa, e a entrevista de ontem de Guilherme d'Oliveira Martins, em que este já definiu - na prática - a posição final do Tribunal demonstra que:
- Guilherme d'Oliveira Martins está apostado em suceder a Cavaco e quer queimar António Costa, um possível opositor;
- Guilherme d'Oliveira Martins está apostado em suceder a Cavaco e quer fazer o país esquecer que foi Ministro das Finanças de António Guterres; ou
- Guilherme d'Oliveira Martins está apostado em suceder a Cavaco e quer demonstrar à Direita que é muito independente de quem sempre o nomeou para altos cargos públicos?
Às vezes é porque chove, outras porque faz sol
Recomenda-se a leitura destes dois postais do A Causa foi Modificada (I e II). É que não querendo desculpar as responsabilidades de autarquias, governo e cidadãos em geral, o facto é que também há cheias na Primeira Divisão quando chove demasiado. Aí também morrem pessoas. É lixado. Podia ser evitado. Mas a incúria não é exclusivo nacional...
Luís Filipe diz que não gosta de alguns comentários...
Vejam só o minuto 4 deste resumo...
Já para o quarto escuro!
Vitalino Canas, porta-voz do Partido Socialista diz que as conclusões do estudo da SEDES são «tremendistas».
Tremendistas?!! Isto existe?! Esta palavra dá erro ortográfico nos melhores e piores dicionários, mas ainda não vi na versão macaense. Talvez precise de ser mocho ou de um globo no olho e de um compasso e esquadro...
Mal estar difuso mas muito sentido
O mal-estar e a degradação da confiança, a espiral descendente em que o regime parece ter mergulhado, têm como consequência inevitável o seu bloqueamento. E se essa espiral descendente continuar, emergirá, mais cedo ou mais tarde, uma crise social de contornos difíceis de prever. A sociedade civil pode e deve participar no desbloqueamento da eficácia do regime – para o que será necessário que este se lhe abra mais do que tem feito até aqui –, mas ele só pode partir dos seus dois pólos de poder: os partidos, com a sua emanação fundamental que é o Parlamento, e o Presidente da República. A regeneração é necessária e tem de começar nos próprios partidos políticos, fulcro de um regime democrático representativo. Abrir-se à sociedade, promover princípios éticos de decência na vida política e na sociedade em geral, desenvolver processos de selecção que permitam atrair competências e afastar oportunismos, são parte essencial da necessária regeneração.
Em geral o Estado, a esfera formal onde se forma a decisão e se gerem os negócios do país, tem de abrir urgentemente canais para escutar a sociedade civil e os cidadãos em geral. Deve fazê-lo de forma clara, transparente e, sobretudo, escrutinável. Os portugueses têm de poder entender as razões que presidem à formação das políticas públicas que lhes dizem respeito.
Em geral o Estado, a esfera formal onde se forma a decisão e se gerem os negócios do país, tem de abrir urgentemente canais para escutar a sociedade civil e os cidadãos em geral. Deve fazê-lo de forma clara, transparente e, sobretudo, escrutinável. Os portugueses têm de poder entender as razões que presidem à formação das políticas públicas que lhes dizem respeito.
texto integral da tomada de posição da Sedes, aqui
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
En(m)terra de bicudos quem tem barbatanas é Rei (II)
Este é o blogue da Rita que viaja pelo paraíso. Às vezes, quando os passeios pelo mundo lhe deixam um pouco de tempo livre, desliza no mar, já ali, ao lado "da minha" praia.
Portugal, coitado, não sabe. Mas esta rapariga é só cinco vezes (cinco!) Campeã Europeia de bodyboard. Não pede centros de estagio ou melhores condições de treino. Sem o Estado (directa ou indirectamente - espero que me faça entender) lhe dar qualquer avença ou alvíssara, lá anda ela a lutar pela vida e pelas cores da Nação de que alguns tanto dizem gostar. Mas anda também a divertir-se. À grande. Suspeito até que se diverte muito mais do que alguns "Cristianos Ronaldos" de outros desportos. Agora a Rita está no Hawaii. Porque quer se uma das melhores do Mundo.
Entretanto, aproveito para actualizar o marcador com mais um resultado, desta feita em "femininos":
…um a zero para o BB…
…um a zero para o BB…
…um a zero para o BB…
Só mais uma pequena coisa. A Rita não leu, mas se tivesse lido tinha percebido na totalidade estas minhas palavras. E sei ser assim, porque também ela se emocionou com aquela capa do Público.
PS: este post já estava escrito há uns dias. Entretanto a prova feminina já decorreu com a Rita a sagrar-se vice-campeã do evento. Porra…, que grande resultado, Rita. Muito parabéns. A continuar assim ainda te arriscas a ser Campeã do Mundo. E já agora: por esta moçoila linda ninguém coloca a bandeirinha à janela?
Portugal, coitado, não sabe. Mas esta rapariga é só cinco vezes (cinco!) Campeã Europeia de bodyboard. Não pede centros de estagio ou melhores condições de treino. Sem o Estado (directa ou indirectamente - espero que me faça entender) lhe dar qualquer avença ou alvíssara, lá anda ela a lutar pela vida e pelas cores da Nação de que alguns tanto dizem gostar. Mas anda também a divertir-se. À grande. Suspeito até que se diverte muito mais do que alguns "Cristianos Ronaldos" de outros desportos. Agora a Rita está no Hawaii. Porque quer se uma das melhores do Mundo.
Entretanto, aproveito para actualizar o marcador com mais um resultado, desta feita em "femininos":
…um a zero para o BB…
…um a zero para o BB…
…um a zero para o BB…
Só mais uma pequena coisa. A Rita não leu, mas se tivesse lido tinha percebido na totalidade estas minhas palavras. E sei ser assim, porque também ela se emocionou com aquela capa do Público.
PS: este post já estava escrito há uns dias. Entretanto a prova feminina já decorreu com a Rita a sagrar-se vice-campeã do evento. Porra…, que grande resultado, Rita. Muito parabéns. A continuar assim ainda te arriscas a ser Campeã do Mundo. E já agora: por esta moçoila linda ninguém coloca a bandeirinha à janela?
E isto, não conta para Bolonha como habilitação superior?
«Discotecas querem passar a associações sem fins lucrativos para permitir o fumo.
Associação promete apoiar empresários que queiram transformar as respectivas casas de animação em associações sem fins lucrativos relativamente às quais a lei é omissa»
inPúblico
Associação promete apoiar empresários que queiram transformar as respectivas casas de animação em associações sem fins lucrativos relativamente às quais a lei é omissa»
inPúblico
O meu discurso é nórdico mas as minhas práticas são italianas. Quem sou eu?
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
O argumento definitivo contra a independência do Kosovo
Vital Moreira apresenta um argumento importante. Mas esqueceu-se do argumento decisivo. Este que está aqui acima: a bandeira do Kosovo...Há quem não queira ver a óbvia diferença entre a saída de Estados-membros da federação a que pertenceram (por exemplo, as antigas repúblicas da Jugoslávia) e a secessão de partes do território de um Estado unitário (caso do Kosovo)...
(Vital Moreira)
O êxodo
Se não me falham as contas esta semana já é o terceiro. Depois do Zero de Conduta e do E Deus Criou a Mulher foi a vez do Corta-fitas fugir do blogger para o sapo.
A misteriosa estrada para um tal Abrantes
Já cá ando há uns anos mas não me lembro de episódio tão patético e rocambolesco como este do ser ou não ser do Abrantes. Eis a questão:
Comecei a prestar mais atenção ao Câmara Corporativa (CC) quando em conversa com um sagaz (mas actualmente algo desaparecido) blogger de esquerda, este me terá dito, que tinha cada vez menos tempo para a blogosfera mas esse tal CC não perdia por nada. É um blogue anónimo disse eu (coisa que não costumo frequentar). Mas "aquilo é tudo feito por gajos do Ministério Publico" disse o meu interlocutor, que tenho como rapaz bem informado. Achei estranho mas lá comecei a passar cartão ao CC.
Entretanto estalou a polemica, cuja genealogia me parece estar relativamente bem documentada neste post.
Com o devido respeito, penso que a coisa não teria qualquer valor caso a acusação fosse leviana. Mas não é. E acho ter ficado mais feia (a coisa) quando o tal Abrantes insultou aqui o Francisco Almeida Leite e o Paulo Pinto Mascarenhas.
Neste "caso", não devemos fugir do essencial. Há ou não assessores do governo, pagos com os nossos impostos, travestidos de bloggers?
Se é verdade que a prova de um facto recai sobre quem o invoca (mais do que um Principio Geral de Direito deve esta ser uma lei da vida), verdade é que sobre a criatura Abrantes impende um ónus de retirar a mascara, sob pena de da fama alcançada jamais se livrar.
Comecei a prestar mais atenção ao Câmara Corporativa (CC) quando em conversa com um sagaz (mas actualmente algo desaparecido) blogger de esquerda, este me terá dito, que tinha cada vez menos tempo para a blogosfera mas esse tal CC não perdia por nada. É um blogue anónimo disse eu (coisa que não costumo frequentar). Mas "aquilo é tudo feito por gajos do Ministério Publico" disse o meu interlocutor, que tenho como rapaz bem informado. Achei estranho mas lá comecei a passar cartão ao CC.
Entretanto estalou a polemica, cuja genealogia me parece estar relativamente bem documentada neste post.
Com o devido respeito, penso que a coisa não teria qualquer valor caso a acusação fosse leviana. Mas não é. E acho ter ficado mais feia (a coisa) quando o tal Abrantes insultou aqui o Francisco Almeida Leite e o Paulo Pinto Mascarenhas.
Neste "caso", não devemos fugir do essencial. Há ou não assessores do governo, pagos com os nossos impostos, travestidos de bloggers?
Se é verdade que a prova de um facto recai sobre quem o invoca (mais do que um Principio Geral de Direito deve esta ser uma lei da vida), verdade é que sobre a criatura Abrantes impende um ónus de retirar a mascara, sob pena de da fama alcançada jamais se livrar.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
"Lapsus linguae" ou "old habits die hard"?
Ontem à noite, nas reacções partidárias à entrevista de Sócrates, o "pivot" da SIC-Notícias, após a Raquel Alexandra ter recolhido o depimento de Zita Seabra, disse qualquer coisa como:
«E foi Raquel Alexandra, em directo da sede do PCP a recolher as reacções de Zita Seabra»
Olá, bom dia
"Fidel Castro renunciou à presidência de Cuba", escreve a comunicação social esta manhã.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Já há quem diga que o assunto é mesmo sério
Este post que aqui escrervi na passada terça feira não era inocente. O assunto está em cima da mesa há alguns dias e Scolari é mesmo forte possibilidade. Entretanto, na passada quarta feira surgia este post no Bola na Rede. Depois do choque veio o espanto de ver José Peseiro (mais do que) apontado como futuro treinador do Benfica. E depois do espanto veio a incredulidade. Caros benfiquistas leitores deste blogue: muito provavelmente os próximos dias serão clarificadores. Contudo sou da opinião que o Estádio da Luz é pequeno demais para o José Peseiro e para os sócios do Benfica. A questão não deve ser colocada de outra forma: ou ele ou nós!
Kosovo
Alguém sabe quando é que a Rússia vai invadir o Kosovo?
Liberais salvos por socialistas, outra vez...
Governo britânico nacionaliza banco Northern Rock
A decisão do executivo surge depois das duas ofertas de compra do banco, especializado na concessão de crédito hipotecário, terem sido "chumbadas"
O Governo britânico de Gordon Brown anunciou o que já todos previam: a nacionalização "temporária" do Northern Rock, que tem estado sob protecção do Banco de Inglaterra. Esta medida, de natureza extrema, visa "travar" a sua falência (ou a venda ao desbarato), na medida em que a instituição enfrenta dificuldades financeiras graves, desencadeadas pela crise do subprime, e que levaram as autoridades a injectar mais de 35 milhões de euros.
A decisão do executivo surge depois das duas ofertas de compra do banco, especializado na concessão de crédito hipotecário, terem sido "chumbadas"
O Governo britânico de Gordon Brown anunciou o que já todos previam: a nacionalização "temporária" do Northern Rock, que tem estado sob protecção do Banco de Inglaterra. Esta medida, de natureza extrema, visa "travar" a sua falência (ou a venda ao desbarato), na medida em que a instituição enfrenta dificuldades financeiras graves, desencadeadas pela crise do subprime, e que levaram as autoridades a injectar mais de 35 milhões de euros.
A meter água
Em Portugal já deixou de chover há muito anos. Quando éramos miúdos o inverno era o outono da nossa alma. Chovia copiosamente durante dias seguidos. As rua ficavam mais silenciosas sem as nossas jogatanas de bola e demais algazarras. Trancados em casa, sem Playstations ou afins, lá inventávamos jogos e outras brincadeiras. Ao fim de algum tempo adaptávamo-nos e quando, enfim, o céu ficava menos cinzento era necessário reinventar as brincadeiras de rua. Hoje tudo mudou, a começar pelo tempo. Em Portugal deixou de chover para, muito a espaços, levarmos com estas cargas de água.
Mas estes novos dias aquáticos são bem divertidos. Por varias razões. Desde logo porque são dias fáceis de prever para quem acompanha com atenção a meteorologia (não a portuguesa do INMG). Depois ligamos a televisão e vemos alguém nos arredores de Lisboa a ser resgatado do seu BMW como se de um pedinte do Bangladesh ou um mutilado do Camboja se tratasse - há coisa mais divertida? Há. O supremo gozo, para mim, é chegar de mota, espantosamente seco e a horas a qualquer local que precise; enquanto os demais pategos esperam, a ferver em stress, enlatados no transito.
Mas estes novos dias aquáticos são bem divertidos. Por varias razões. Desde logo porque são dias fáceis de prever para quem acompanha com atenção a meteorologia (não a portuguesa do INMG). Depois ligamos a televisão e vemos alguém nos arredores de Lisboa a ser resgatado do seu BMW como se de um pedinte do Bangladesh ou um mutilado do Camboja se tratasse - há coisa mais divertida? Há. O supremo gozo, para mim, é chegar de mota, espantosamente seco e a horas a qualquer local que precise; enquanto os demais pategos esperam, a ferver em stress, enlatados no transito.
domingo, 17 de fevereiro de 2008
PALETA DE PALAVRAS LXVII
La Vanguardia
11-02-2008
"Cheguei a um ponto em que era mais feliz louco que são",
John Forbes Nash, prémio Nobel de Economia,
cientista esquizofrénico e que inspirou o filme "Uma Mente Brilhante"
«"É um génio": foram as três palavras com que o recomendaram a
Princeton. Sua irmã, ao saber, acrescentou: "É muito estranho". Aos 21
anos, enunciou a tese de equilíbrio que desbancou Adam Smith e fundou
a economia moderna. Participou como cientista militar até o delírio
-literal- na Guerra Fria que sua esquizofrenia paranóica simboliza à
perfeição: acabou acreditando ser perseguido por conspiradores
comunistas. Internado depois de uma crise psicótica, passou 30 anos
alheio, vagando pelo campus de Princeton, onde o apelidaram de o
fantasma. Conseguiu recuperar a sanidade de forma milagrosa e
suficiente para receber o prêmio Nobel em 1994.
Tenho 79 anos. Nasci na Virgínia Ocidental. Tenho dois filhos: estive
casado, deixei de estar e agora volto a estar. As estatísticas
demonstram que é melhor estar casado. Seria penoso explicar toda a
minha evolução religiosa. Votar é fácil e pouco. Colaboro com a
Universidade Pompeu Fabra (Barcelona). A entrevista:
La Vanguardia (LV) - Por que lhe deram o prêmio Nobel de Economia?
John Forbes Nash - Descobri uma forma de equilíbrio -hoje chamado de
Nash- na teoria dos jogos: um ponto em que nenhum dos jogadores pode
melhorar sua situação. Hoje esse conceito é aplicado de forma
interdisciplinar.
LV - Fez essa descoberta apesar de sua enfermidade mental?
Nash - Tenho um histórico, sim, de distúrbio mental temporário que se
manifestava de diversas formas. Hoje temos medicamentos que na época
não existiam, que tratam os sintomas e permitem continuar com o que se
considera uma vida normal, mas têm efeitos indesejáveis.
LV - Quais?
Nash - Para restituir sua normalidade, reduzem sua atividade
neurológica e suas funções cognitivas. O devolvem à normalidade, sim,
mas às custas de sua capacidade pessoal de raciocínio.
LV - E hoje o senhor o exerce integralmente?
Nash - Eu posso trabalhar, mas meu filho, que também sofre esse
distúrbio, toma esse medicamento que não lhe permite se dedicar a nada
concretamente; mas pode observar um comportamento normal.
LV - Como se manifestou esse transtorno?
Nash - Tive de ser internado em um hospital depois de vários episódios
de disfunção social, e afinal melhorei, mas não pude evitar um poço de
infelicidade em meu ânimo e em minha conduta.
LV - A que se refere?
Nash - Era infeliz ao me recuperar, porque a normalidade não me
deixava feliz. A loucura começa quando você descobre uma segunda
realidade em sua mente e às vezes a prefere, porque o faz mais feliz
que a normalidade. Assim, cheguei a um ponto em que eu era mais feliz
louco do que são.
LV - Mas era capaz de distinguir entre a realidade e sua ilusão?
Nash - Chega um momento em que fica difícil distingui-las e você vai
escolhendo cada vez mais a ilusória. Assim se transforma em
disfuncional.
LV - Disfuncional em que sentido?
Nash - É natural que um ser humano deva atuar com o resto do grupo:
trabalhar, observar as normas, comportar-se como todos...
LV - Há exceções.
Nash - Correto. Suponhamos que eu não trabalhe nem seja rico e diga
que ouço vozes, tenho visões e as desenho ou escrevo: o que você
pensaria?
LV - Talvez sugira que poderiam interná-lo.
Nash - Suponhamos que eu lhe diga que sou um monge enclausurado. Você
aceitaria que uma freira ou um monge em seu convento pode não
trabalhar, ter visões e explicá-las, no entanto esse monge não será
considerado anormal por isso.
LV - Certamente.
Nash - A sociedade os aceita porque, fora eles, há muitos e
suficientes outros homens e mulheres que se comportam de forma normal.
LV - A maioria tem senso comum.
Nash - Falso. O senso comum não é majoritário: por exemplo, na
Espanha e no Ocidente o cristianismo é a religião majoritária...
LV - Continua sendo, sim.
Nash - ... mas o cristianismo exige de seus fiéis fé cega em dogmas
que em caso algum poderiam ser considerados senso comum.
LV - A trindade ou a virgindade de Maria.
Nash - Hoje eu vi a obra de Gaudí: magnífica.
LV - Sem dúvida.
Nash - Apesar de não conhecer sua vida, tenho certeza de que foi
considerado um anormal, um louco.
LV - Creio lembrar-me que sim.
Nash - Van Gogh também tinha problemas para discernir a realidade de
suas visões. O que me pergunto é se a medicação que temos hoje teria
sido capaz de devolver a normalidade a Van Gogh sem privá-lo de seu
talento.
LV - ...
Nash - No entanto, o progresso teria sido difícil sem as visões de Van
Gogh ou o autismo de Newton. Newton também foi considerado um tipo
suspeito: não se casou, era estranho...
(continua aqui)
Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves
11-02-2008
"Cheguei a um ponto em que era mais feliz louco que são",
John Forbes Nash, prémio Nobel de Economia,
cientista esquizofrénico e que inspirou o filme "Uma Mente Brilhante"
«"É um génio": foram as três palavras com que o recomendaram a
Princeton. Sua irmã, ao saber, acrescentou: "É muito estranho". Aos 21
anos, enunciou a tese de equilíbrio que desbancou Adam Smith e fundou
a economia moderna. Participou como cientista militar até o delírio
-literal- na Guerra Fria que sua esquizofrenia paranóica simboliza à
perfeição: acabou acreditando ser perseguido por conspiradores
comunistas. Internado depois de uma crise psicótica, passou 30 anos
alheio, vagando pelo campus de Princeton, onde o apelidaram de o
fantasma. Conseguiu recuperar a sanidade de forma milagrosa e
suficiente para receber o prêmio Nobel em 1994.
Tenho 79 anos. Nasci na Virgínia Ocidental. Tenho dois filhos: estive
casado, deixei de estar e agora volto a estar. As estatísticas
demonstram que é melhor estar casado. Seria penoso explicar toda a
minha evolução religiosa. Votar é fácil e pouco. Colaboro com a
Universidade Pompeu Fabra (Barcelona). A entrevista:
La Vanguardia (LV) - Por que lhe deram o prêmio Nobel de Economia?
John Forbes Nash - Descobri uma forma de equilíbrio -hoje chamado de
Nash- na teoria dos jogos: um ponto em que nenhum dos jogadores pode
melhorar sua situação. Hoje esse conceito é aplicado de forma
interdisciplinar.
LV - Fez essa descoberta apesar de sua enfermidade mental?
Nash - Tenho um histórico, sim, de distúrbio mental temporário que se
manifestava de diversas formas. Hoje temos medicamentos que na época
não existiam, que tratam os sintomas e permitem continuar com o que se
considera uma vida normal, mas têm efeitos indesejáveis.
LV - Quais?
Nash - Para restituir sua normalidade, reduzem sua atividade
neurológica e suas funções cognitivas. O devolvem à normalidade, sim,
mas às custas de sua capacidade pessoal de raciocínio.
LV - E hoje o senhor o exerce integralmente?
Nash - Eu posso trabalhar, mas meu filho, que também sofre esse
distúrbio, toma esse medicamento que não lhe permite se dedicar a nada
concretamente; mas pode observar um comportamento normal.
LV - Como se manifestou esse transtorno?
Nash - Tive de ser internado em um hospital depois de vários episódios
de disfunção social, e afinal melhorei, mas não pude evitar um poço de
infelicidade em meu ânimo e em minha conduta.
LV - A que se refere?
Nash - Era infeliz ao me recuperar, porque a normalidade não me
deixava feliz. A loucura começa quando você descobre uma segunda
realidade em sua mente e às vezes a prefere, porque o faz mais feliz
que a normalidade. Assim, cheguei a um ponto em que eu era mais feliz
louco do que são.
LV - Mas era capaz de distinguir entre a realidade e sua ilusão?
Nash - Chega um momento em que fica difícil distingui-las e você vai
escolhendo cada vez mais a ilusória. Assim se transforma em
disfuncional.
LV - Disfuncional em que sentido?
Nash - É natural que um ser humano deva atuar com o resto do grupo:
trabalhar, observar as normas, comportar-se como todos...
LV - Há exceções.
Nash - Correto. Suponhamos que eu não trabalhe nem seja rico e diga
que ouço vozes, tenho visões e as desenho ou escrevo: o que você
pensaria?
LV - Talvez sugira que poderiam interná-lo.
Nash - Suponhamos que eu lhe diga que sou um monge enclausurado. Você
aceitaria que uma freira ou um monge em seu convento pode não
trabalhar, ter visões e explicá-las, no entanto esse monge não será
considerado anormal por isso.
LV - Certamente.
Nash - A sociedade os aceita porque, fora eles, há muitos e
suficientes outros homens e mulheres que se comportam de forma normal.
LV - A maioria tem senso comum.
Nash - Falso. O senso comum não é majoritário: por exemplo, na
Espanha e no Ocidente o cristianismo é a religião majoritária...
LV - Continua sendo, sim.
Nash - ... mas o cristianismo exige de seus fiéis fé cega em dogmas
que em caso algum poderiam ser considerados senso comum.
LV - A trindade ou a virgindade de Maria.
Nash - Hoje eu vi a obra de Gaudí: magnífica.
LV - Sem dúvida.
Nash - Apesar de não conhecer sua vida, tenho certeza de que foi
considerado um anormal, um louco.
LV - Creio lembrar-me que sim.
Nash - Van Gogh também tinha problemas para discernir a realidade de
suas visões. O que me pergunto é se a medicação que temos hoje teria
sido capaz de devolver a normalidade a Van Gogh sem privá-lo de seu
talento.
LV - ...
Nash - No entanto, o progresso teria sido difícil sem as visões de Van
Gogh ou o autismo de Newton. Newton também foi considerado um tipo
suspeito: não se casou, era estranho...
(continua aqui)
Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves
En(m)terra de bicudos quem tem barbatanas é Rei
Não gostam do titulo do post? Não comam.
[E se me chateiam muito ainda passa a serie…]
…
Quando "a coisa" corre bem para a Rapaziada Sem Nome, eles acabam o jogo a gritar - como em Coimbra já lá vão uns meses: "Três a um…, para o SLB!!! Três a um…., para o SLB!!! (…)"…
É o que me apetece cantar ao ler esta noticia da Vert (link) que dá conta que sete jovens bodyboarders lusos, sete, já estão no Hawaii prontinhos para iniciar o ataque à coroa mundial da modalidade
…
E por esta rapaziada ninguém põem a bandeirinha à janela?
…
…sete a um para o BB…
…sete a um para o BB…
…sete a um para o BB…
PS: E quanto às meninas, perguntam vossemeçes? Já lá vamos, digo eu!
[E se me chateiam muito ainda passa a serie…]
…
Quando "a coisa" corre bem para a Rapaziada Sem Nome, eles acabam o jogo a gritar - como em Coimbra já lá vão uns meses: "Três a um…, para o SLB!!! Três a um…., para o SLB!!! (…)"…
É o que me apetece cantar ao ler esta noticia da Vert (link) que dá conta que sete jovens bodyboarders lusos, sete, já estão no Hawaii prontinhos para iniciar o ataque à coroa mundial da modalidade
…
E por esta rapaziada ninguém põem a bandeirinha à janela?
…
…sete a um para o BB…
…sete a um para o BB…
…sete a um para o BB…
PS: E quanto às meninas, perguntam vossemeçes? Já lá vamos, digo eu!
sábado, 16 de fevereiro de 2008
Poderá uma fotografia mudar o fado de um desporto? (II)
Leiam - os que conseguirem - Eduardo Cintra Torres no suplemento P2 do Público de hoje.
Hoje de manhã, naquela direita sem fim...
Há dias, em que por breves momentos, tenho a certeza absoluta que Deus existe.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
É por isso que são bombistas suicidas, não é?
«As espécies com comportamento poligâmico (aquelas em que várias fêmeas partilham um macho) ou poliândrico (onde se partilha uma fêmea) possuem, por regra, cérebros menos desenvolvidos».
in Público
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Em 1962: Benfica 6 - 0 Nuremberga
O estranho caso de Santana Lopes
-
No mesmo dia em que o Diário de Notícias noticia que Santana Lopes quer "apertar" regras e mexer no regime de incompatibilidades dos deputados, como forma de "eliminar tanto quanto possível focos de suspeição", o Correio da Manhã dá conta que o mesmo Santana Lopes, enquanto primeiro-ministro assinou uma Resolução do Conselho de Ministros que “aprova a minuta do contrato de compra e venda de acções da sociedade Serviços Portugueses de Handling, SA”, na sequência de um processo de privatização iniciado no Governo de Durão Barroso, sendo que em Junho de 2007, o director da Globalia, Carlos García, revelava que a empresa espanhola ia “apoiar-se no doutor Santana Lopes como assessor neste processo legal” das negociações com a TAP.
os pontos nos ii
As nossas sociedades tornaram-se modernas derrotando o obscurantismo. Nem todas as culturas deram esse passo - é o caso da islâmica, entre outras.
O multiculturalismo (...) tem uma fronteira, que é o ponto em que as culturas com as quais partilhamos o dia-a-dia (quantas mais melhor) colidem com direitos que consideramos universais.
O multiculturalismo (...) tem uma fronteira, que é o ponto em que as culturas com as quais partilhamos o dia-a-dia (quantas mais melhor) colidem com direitos que consideramos universais.
Miguel Gaspar, no Público
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Campo Contra Campo (CIII)
Atonement - Expiação, *****
O que será preciso para que a critica especializada e os "intelectuais da moda" classifiquem uma fita como obra-prima?
Não sou leitor de Ian McEwan, nem tinha visto o anterior filme de Joe Wright ("Orgulho e Preconceito", 2005). Nem sequer sabia bem ao que ia. Talvez por tudo isto, mas seguramente não apenas por tudo isto, achei "Expiação" uma obra maior, fresca e surpreendente até ao seu suspiro final. Concordo que a mestria da primeira parte do filme, que nos chega a retirar o fôlego, surge apenas a espaços no restante da obra. No entanto, o espantoso e inesquecível plano-sequência do inferno em Dunquerque remete por si só (perdoem-me os puristas se estou a ser algo redutor) este filme para um patamar superior. Mas, "Expiação", é muito mais que isto. Eu é que não consigo traduzi-lo por palavras - e acho que não estou sozinho nesta ratoeira…
O que será preciso para que a critica especializada e os "intelectuais da moda" classifiquem uma fita como obra-prima?
Não sou leitor de Ian McEwan, nem tinha visto o anterior filme de Joe Wright ("Orgulho e Preconceito", 2005). Nem sequer sabia bem ao que ia. Talvez por tudo isto, mas seguramente não apenas por tudo isto, achei "Expiação" uma obra maior, fresca e surpreendente até ao seu suspiro final. Concordo que a mestria da primeira parte do filme, que nos chega a retirar o fôlego, surge apenas a espaços no restante da obra. No entanto, o espantoso e inesquecível plano-sequência do inferno em Dunquerque remete por si só (perdoem-me os puristas se estou a ser algo redutor) este filme para um patamar superior. Mas, "Expiação", é muito mais que isto. Eu é que não consigo traduzi-lo por palavras - e acho que não estou sozinho nesta ratoeira…
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Cinco anos de Scolari
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Mamasé mamasa mama cusa
Toma lá esta, amigo Nuno; até porque nestas coisas não devemos deixar os nossos créditos por mãos alheias…
No mesmo dia em que andavas tu distraído com um tal obscuro e muito tecnológico Ulrich Scnhauss (lembras-te?) já este blogue dava hossanas nas alturas à bela Rihanna e ao seu fantástico guarda-chuva (vale a pena recordar esse clip aqui). Pois bem, agora deu-te para isto. E deu-te muito bem. Aliás estou contigo. De corpo inteiro. E para te provar – salvo seja – deixo-te este post em forma de clip que já há uns dias andava cá na cúca a roer-me o juízo. É o que dá quando a musica foge para o chinelo. E sabe mesmo bem...
No mesmo dia em que andavas tu distraído com um tal obscuro e muito tecnológico Ulrich Scnhauss (lembras-te?) já este blogue dava hossanas nas alturas à bela Rihanna e ao seu fantástico guarda-chuva (vale a pena recordar esse clip aqui). Pois bem, agora deu-te para isto. E deu-te muito bem. Aliás estou contigo. De corpo inteiro. E para te provar – salvo seja – deixo-te este post em forma de clip que já há uns dias andava cá na cúca a roer-me o juízo. É o que dá quando a musica foge para o chinelo. E sabe mesmo bem...
domingo, 10 de fevereiro de 2008
Nem Ota nem Alcochete pois é na Portella que eu gostava de aterrar para sempre
Deve ser deste sol quentinho e do cheiro primaveril pois isto está assim um bocadinho pró marialva. Mais um enorme argumento para o Portella+1.
sábado, 9 de fevereiro de 2008
Poderá uma fotografia mudar o fado de um desporto?
Hoje, neste post, apetece-me dizer uma verdades inconvenientes. Vamos por pontos, talvez seja mais agradável:
1. Quantas vezes na vida nos arrepiamos com a capa de um jornal?
2. Desde sempre, hoje, pela primeira vez, um jornal de referência ocupa quase toda a largura da sua primeira pagina com a foto de um desporto de ondas.
3. E surpreendentemente, ou nem tanto, o desporto em causa não é o surf - ao qual chamam o desporto Rei das ondas, mas sim o bodyboard.
4. Aqui há uns dias, Tiago Pires, surfista que pela primeira vez levará este ano as cores de Portugal ao Olimpo da modalidade, disputando durante um ano o titulo mundial, disse ao jornal a A Bola - cito de memória - que o bodyboard estava em queda e que os seus praticantes davam um ar de patinhos devido ao uso de barbatanas.
5. Na altura estas palavras patéticas não me caíram nem bem nem mal, caíram sim em saco roto. Mas, se ontem foi dia de dar os parabéns aos protagonistas da foto que irá correr mundo, hoje é dia de puxar pelos galões
6. De facto, o surf é o deporto Rei da ondas mas não em Portugal. Porquê? Desde logo porque ao nível competitivo nunca nenhum português venceu nada de verdadeiramente relevante nessa modalidade. Ao invés, o bodyboard carrega um passado e um presente de gloriosas conquistas europeias e mundiais por este pobre país ignoradas.
7. Poderia também argumentar com a subjectividade do arrojo e da audácia. Quem gosta de ondas sabe que têm sido os bodyboarders e não os surfistas a sulcar os mares nunca navegados dos desportos de ondas. Se me permitem, pouparei nois exemplos.
8. Em Portugal, do que os surfistas se podem verdadeiramente gabar é da cagança e da inveja. As duas combinadas levam até os mais avisados, como Tiago Pires, a não perderem uma oportunidade de tentar achincalhar os bodyboarders, seus companheiros de fortuna no deslize pela superfície da cor do céu (obrigado NCR).
9. Curiosamente, ou talvez não, o reconhecimento pela audácia de uma organização, pela coragem de um atleta e pela perspicácia de um fotografo vem de fora. Passe a redundância, é um habitual lugar comum.
10. De facto, foi preciso um prémio na área da comunicação social e da imagem com uma relevância mundial enorme - não se olvide, a foto em causa irá correr mundo e ser vista por milhões de pessoas - para que os desportos de ondas, no caso o bodyboard, rompessem em definitivo a barreira que existe entre país real e país publicado.
11. Como disse, é tempo pois de puxar pelos galões. É uma organização portuguesa, é um destemido jovem atleta português, é um fotografo português amante do mar e é, ele mesmo, o mar português, sem o qual nada disto existiria. Estas as quatro traves que emolduram a fotografia premiada.
12. Respeitinho é muito bonito e eu gosto, seus "bicudos". Da próxima vez que passe pela tola de um "sempre em pé" - seja ele "prózinho" ou paparuco - faltar ao respeito a um "sapo" era bom que o pequeno cérebro do artista soubesse sequer que existe mundo para além do seu "aquário".
13. Levará o seu tempo, como tudo na vida, mas saiba o bodyboard português apanhar o "swell" poderoso que se levantará com esta simples imagem descolorida.
1. Quantas vezes na vida nos arrepiamos com a capa de um jornal?
2. Desde sempre, hoje, pela primeira vez, um jornal de referência ocupa quase toda a largura da sua primeira pagina com a foto de um desporto de ondas.
3. E surpreendentemente, ou nem tanto, o desporto em causa não é o surf - ao qual chamam o desporto Rei das ondas, mas sim o bodyboard.
4. Aqui há uns dias, Tiago Pires, surfista que pela primeira vez levará este ano as cores de Portugal ao Olimpo da modalidade, disputando durante um ano o titulo mundial, disse ao jornal a A Bola - cito de memória - que o bodyboard estava em queda e que os seus praticantes davam um ar de patinhos devido ao uso de barbatanas.
5. Na altura estas palavras patéticas não me caíram nem bem nem mal, caíram sim em saco roto. Mas, se ontem foi dia de dar os parabéns aos protagonistas da foto que irá correr mundo, hoje é dia de puxar pelos galões
6. De facto, o surf é o deporto Rei da ondas mas não em Portugal. Porquê? Desde logo porque ao nível competitivo nunca nenhum português venceu nada de verdadeiramente relevante nessa modalidade. Ao invés, o bodyboard carrega um passado e um presente de gloriosas conquistas europeias e mundiais por este pobre país ignoradas.
7. Poderia também argumentar com a subjectividade do arrojo e da audácia. Quem gosta de ondas sabe que têm sido os bodyboarders e não os surfistas a sulcar os mares nunca navegados dos desportos de ondas. Se me permitem, pouparei nois exemplos.
8. Em Portugal, do que os surfistas se podem verdadeiramente gabar é da cagança e da inveja. As duas combinadas levam até os mais avisados, como Tiago Pires, a não perderem uma oportunidade de tentar achincalhar os bodyboarders, seus companheiros de fortuna no deslize pela superfície da cor do céu (obrigado NCR).
9. Curiosamente, ou talvez não, o reconhecimento pela audácia de uma organização, pela coragem de um atleta e pela perspicácia de um fotografo vem de fora. Passe a redundância, é um habitual lugar comum.
10. De facto, foi preciso um prémio na área da comunicação social e da imagem com uma relevância mundial enorme - não se olvide, a foto em causa irá correr mundo e ser vista por milhões de pessoas - para que os desportos de ondas, no caso o bodyboard, rompessem em definitivo a barreira que existe entre país real e país publicado.
11. Como disse, é tempo pois de puxar pelos galões. É uma organização portuguesa, é um destemido jovem atleta português, é um fotografo português amante do mar e é, ele mesmo, o mar português, sem o qual nada disto existiria. Estas as quatro traves que emolduram a fotografia premiada.
12. Respeitinho é muito bonito e eu gosto, seus "bicudos". Da próxima vez que passe pela tola de um "sempre em pé" - seja ele "prózinho" ou paparuco - faltar ao respeito a um "sapo" era bom que o pequeno cérebro do artista soubesse sequer que existe mundo para além do seu "aquário".
13. Levará o seu tempo, como tudo na vida, mas saiba o bodyboard português apanhar o "swell" poderoso que se levantará com esta simples imagem descolorida.
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
ArcádiaQuiz (XXI)
Em Portugal o Ministério Público promove a Acusação em processo penal:
- Por engano;
- Se um dos autores confessar a autoria moral; ou
- Se o Arguido for pobre?
ArcádiaQuiz (XX)
O Governo pediu ao LNEC para estudar a localização:
- Da nova ponte em Lisboa;
- Do sentido de oportunidade de Alípio Ribeiro; ou
- Da taxa do IVA e do Imposto sobre os combustíveis?
Fotojornalista Miguel Barreira do Record distinguido pela World Press Photo 2008 na área de desporto
Não é todos os dias que uma noticia nos dá uma alegria enorme.
Conta-nos aqui (link) o Público: O repórter fotográfico Miguel Lopes Barreira, do jornal "Record", foi hoje distinguido com um prémio World Press Photo 2008, com a imagem do desportista Jaime Jesus numa competição de bodyboard na Nazaré.
De acordo com a fundação World Press Photo, que anunciou hoje os vencedores das melhores imagens captadas em 2007, Miguel Lopes Barreira ficou em terceiro lugar na categoria "Sport Action" com uma fotografia a preto e branco captada a 16 de Dezembro na Praia do Norte, Nazaré.
A imagem mostra o bodyboarder Jaime Jesus em suspenso no ar, prestes a cair num turbilhão de ondas no mar.
Em declarações à agência Lusa, Miguel Lopes Barreira disse ter ficado surpreendido com a distinção: "Não estava nada à espera".
Miguel Barreira, 33 anos, trabalha no jornal desportivo Record desde 1999, depois de se ter iniciado profissionalmente no Jornal de Negócios.
Há nove anos a captar imagens no desporto, o repórter referiu que nesta área recorre mais "à intuição, porque as coisas acontecem a outra velocidade".
Parabéns ao Miguel e um Viva gigante ao bodyboard português e ao seu santuário, a Praia do Norte na Nazaré.
Conta-nos aqui (link) o Público: O repórter fotográfico Miguel Lopes Barreira, do jornal "Record", foi hoje distinguido com um prémio World Press Photo 2008, com a imagem do desportista Jaime Jesus numa competição de bodyboard na Nazaré.
De acordo com a fundação World Press Photo, que anunciou hoje os vencedores das melhores imagens captadas em 2007, Miguel Lopes Barreira ficou em terceiro lugar na categoria "Sport Action" com uma fotografia a preto e branco captada a 16 de Dezembro na Praia do Norte, Nazaré.
A imagem mostra o bodyboarder Jaime Jesus em suspenso no ar, prestes a cair num turbilhão de ondas no mar.
Em declarações à agência Lusa, Miguel Lopes Barreira disse ter ficado surpreendido com a distinção: "Não estava nada à espera".
Miguel Barreira, 33 anos, trabalha no jornal desportivo Record desde 1999, depois de se ter iniciado profissionalmente no Jornal de Negócios.
Há nove anos a captar imagens no desporto, o repórter referiu que nesta área recorre mais "à intuição, porque as coisas acontecem a outra velocidade".
Parabéns ao Miguel e um Viva gigante ao bodyboard português e ao seu santuário, a Praia do Norte na Nazaré.
Testas de ferro
Esta foi a a semana dos testas-de-ferro: depois dos projectos de engenharia de Sócrates que, segundo Público, assinou projectos de outros engenheiros que o não podiam fazer por se tratar de obras a ser por si fiscalizadas no âmbito de funções em câmaras municipais, eis que vem uma espécie de confissão:
Também no Público, José Miguel Júdice (o tal que chamou "gordo" a Marinho Pinto, enquanto argumento de retórica) diz que não só não concorreu ao concurso pelo qual o "Eleven" nasceu, como foi um amigo do filho que o aproximou do vencedor desse concurso, tendo depois Júdice "arranjado" duas mãos cheias de sócios para o negócio.
Ora, ressalvados os aspectos formais, há aqui três questões que merecem ter resposta:
Como é que o vencedor do concurso pôde ganhá-lo se imediatamente após se mostrou incapaz de prosseguir o negócio por falta de capacidade financeira?
Algum (ou alguns) dos sócios do Eleven estaria impedido de concorrer por algum impedimento legal?
Algum (ou alguns) dos sócios do Eleven tinha ligações (pessoais, profissionais ou políticas) a quem pudesse decidir do mérito do concurso?
Também no Público, José Miguel Júdice (o tal que chamou "gordo" a Marinho Pinto, enquanto argumento de retórica) diz que não só não concorreu ao concurso pelo qual o "Eleven" nasceu, como foi um amigo do filho que o aproximou do vencedor desse concurso, tendo depois Júdice "arranjado" duas mãos cheias de sócios para o negócio.
Ora, ressalvados os aspectos formais, há aqui três questões que merecem ter resposta:
Como é que o vencedor do concurso pôde ganhá-lo se imediatamente após se mostrou incapaz de prosseguir o negócio por falta de capacidade financeira?
Algum (ou alguns) dos sócios do Eleven estaria impedido de concorrer por algum impedimento legal?
Algum (ou alguns) dos sócios do Eleven tinha ligações (pessoais, profissionais ou políticas) a quem pudesse decidir do mérito do concurso?
Minuto Verde
Nas manhãs informativas da RTP (Canal 1 da televisão e Antena 1), a Quercus apresenta um programa de um minuto, que se chama "Minuto Verde" em que, teoricamente, se "ensina" um conjunto de práticas que favorecem tanto o meio ambiente como a carteira do consumidor.
No início (nos primeiros 10 ou 15 programas), aquilo ainda tinha algumas ideias interessantes, mas com o passar do tempo - e com a falta de ideias que dêem suporte a este financiamento público da Quercus - esse programa assume cada vez mais uma índole religiosa, indicando os comportamentos individuais "adequados" para cada momento da vida.
Ontem de manhã o "Minuto Verde" aconselhava quem pretende casar a optar por locais onde sirva cozinha vegetariana, por forma a incluir um prato vegeteriano na ementa da boda, uma vez que o consumo de carne será prejudicial ao meio ambiente.Julgo que a Quercus passou das marcas. Não se limitando a dicas úteis sobre poupança amiga do ambiente, já entrou na esfera da liberdade pessoal que pretende assim limitar.
Urge por isso acabar com os "Minutos Verdes": se querem propagandear a vossa religião, que o façam às vossas custas!
Aqui fica o "áudio" do programa... e já sabem: não comam nem carne nem bacalhau!!!
Aqui fica o "áudio" do programa... e já sabem: não comam nem carne nem bacalhau!!!
Luciana Abreu
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
Ide bugiar
E querem lá pôr quem? O Fernando Rosas, não? Ou o Anacleto, talvez? A Helena Pinto é que ficava lá a matar…
chamam-lhe incentivo
O melhor resumo da "máfia" dos transplantes é o feito pelo 31 da Armada:
Pode ser que agora comece a despertar o interesse jornalístico sobre situações idênticas.
Por exemplo, sabiam que os pilotos e assistentes de bordo da TAP recebem um salário (para estarem físicamente nos aviões) e mais uns trocos de cada vez que o avião levanta vôo (para trabalharem enquanto lá estão)?...
Inaugurações, implosões, panegíricos e vitupérios
Referência. Leitura diária.
Sem favor, o Corta-fitas é provavelmente o meu blogue preferido. Faz hoje dois anos, e nos é que agradecemos a perseverança. Que nunca falte engenho e arte a todos (as) os Corta-fiteiros.
Sem favor, o Corta-fitas é provavelmente o meu blogue preferido. Faz hoje dois anos, e nos é que agradecemos a perseverança. Que nunca falte engenho e arte a todos (as) os Corta-fiteiros.
N MÚSICAS XLVIII
Há um nome na chamada música pop, ligeira para alguns, que me tem surpreendido pela positiva. Comcecei por Umbrella, visto por acaso na MTV, depois quis saber quem cantava aquela música com uma voz tão poderosa e colocada. Perdi a legenda e fui à minha vida. Mais tarde, voltei a ouvir a música e o ritmo era de facto atraente. Ouvi na rádio também por mero acaso, visto que a rádio que oiço não 'gira' música deste género. Mas estava no destino. Aquela música tinha qualquer coisa que prendia-me a atenção. A mim e a uma criança de 5 anos, tornando-se na música de canto e dança nas viagens de carro. Nem queiram olhar, se nos encontrarem...
Ainda assim pensei, preso aos piores preconceitos, é «one hit sound» e de Rihanna só mesmo aquela música e a sua beleza. A história poderia terminar aqui, mas este fim-de-semana fui à FNAC e, toma!, lá estava o CD da Rihanna em escuta. Ainda hesitei, as précompreensões pejorativas são lixadas, mas arrisquei, como gosto de fazer na música, provavelmente não tanto em outras coisas. E ouvi o último álbum "Good Girl Gone Bad". Ena, boa surpresa. Separei-a imediatamente das Britney, Shakiras, Beyoncés e companhia, embora pareça estar dentro do género. Esta menina nascida no Mar das Caraíbas (depois de sabermos, parece elementar, não é?) de nome Robyn Rihanna Fenty (com apenas 19 aninhos!), poderá ser, com juízo e trabalho, a Madonna dos seus fãs. E parece que ela tem juízo sim, isto a atentarmos à sua performance musical... e física!
Isto não é nenhuma apologia de Rihanna, não sou fã, não conheço as músicas todas dela e há algumas que já ouvi e que seria incapaz de ouvir duas vezes. Acresce que a música é como a água do rio de Heraclito. Mas, para mim, e neste momento, chega-me o prazer de ouvir a sensualíssima voz grave (como eu gosto), a excelente produção musical e a interpretação natural que esta beleza americana é capaz de oferecer, sobretudo enquanto faço jogging e danço com uma criança de 5 anos. Ora vejam...a Rihanna:
"Shut up and drive"
Bónus: "Umbrella"
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
Campo Contra Campo (CII)
4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias, ****
Depois de "A Morte do Sr. Lazarescu" e de "12.08 a Este de Bucareste", "4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias" vem encerrar o triângulo perfeito daquilo a que já se convencionou apelidar de Novo Cinema Romeno. Todavia, "4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias", vai muito além dos restantes no realismo com que filma o passado de um povo e o nauseabundo cheiro dos seus esqueletos acumulados no armário. O que mais surpreende no filme de Cristian Mungiu - como lhe fica bem a Palma d' Ouro arrebatada na ultima edição de Cannes - é a forma neutra, isenta de juízos de valor (por vezes quase documental) com que nos atira para o problema (intemporal?!) do aborto. "4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias" não é um filme nem pró nem anti aborto, mas sim uma obra que agita, que perturba, centrada no drama emocional e social da interrupção voluntária da gravidez. Uma decisão que vai muito para lá, nas implicações físicas e morais, da mulher que a toma. Mas "4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias" é geográfica, temporal e socialmente situado. E é aqui que reside a sua mais valia como obra cinematográfica. Paradoxalmente, de todas as múltiplas cenas marcantes do filme, a que mais me tocou foi a do longo plano do jantar de aniversário da mãe do namorado de Otília, a estranha e bela jovem romena, estudante de tecnologia, que se prontifica para dar o corpo ao manifesto (literalmente) pela sua amiga Gabita. Nessa cena, que dura bem mais de dez minutos, a câmara contempla ininterruptamente, de forma sublime, uma refeição de uma pobre família da classe media-alta romena do final dos anos 80 do século passado. Com o nosso olhar concentrado no cabisbaixo rosto de Otília, vemos e ouvimos o desfilar de uma sociedade que (pateticamente!) nem sequer coloca a hipótese de se libertar. Nessa inesquecível cena, Cristian Mungiu vai muito além do cinema e oferece-nos uma magnifica lição de historia social.
Há ainda algo mais que gostava de dizer sobre este filme: Curiosamente, "4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias" nem sequer nomeado está para o Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira. O que só demonstra cabalmente o que vale hoje essa festarola americana.
Depois de "A Morte do Sr. Lazarescu" e de "12.08 a Este de Bucareste", "4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias" vem encerrar o triângulo perfeito daquilo a que já se convencionou apelidar de Novo Cinema Romeno. Todavia, "4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias", vai muito além dos restantes no realismo com que filma o passado de um povo e o nauseabundo cheiro dos seus esqueletos acumulados no armário. O que mais surpreende no filme de Cristian Mungiu - como lhe fica bem a Palma d' Ouro arrebatada na ultima edição de Cannes - é a forma neutra, isenta de juízos de valor (por vezes quase documental) com que nos atira para o problema (intemporal?!) do aborto. "4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias" não é um filme nem pró nem anti aborto, mas sim uma obra que agita, que perturba, centrada no drama emocional e social da interrupção voluntária da gravidez. Uma decisão que vai muito para lá, nas implicações físicas e morais, da mulher que a toma. Mas "4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias" é geográfica, temporal e socialmente situado. E é aqui que reside a sua mais valia como obra cinematográfica. Paradoxalmente, de todas as múltiplas cenas marcantes do filme, a que mais me tocou foi a do longo plano do jantar de aniversário da mãe do namorado de Otília, a estranha e bela jovem romena, estudante de tecnologia, que se prontifica para dar o corpo ao manifesto (literalmente) pela sua amiga Gabita. Nessa cena, que dura bem mais de dez minutos, a câmara contempla ininterruptamente, de forma sublime, uma refeição de uma pobre família da classe media-alta romena do final dos anos 80 do século passado. Com o nosso olhar concentrado no cabisbaixo rosto de Otília, vemos e ouvimos o desfilar de uma sociedade que (pateticamente!) nem sequer coloca a hipótese de se libertar. Nessa inesquecível cena, Cristian Mungiu vai muito além do cinema e oferece-nos uma magnifica lição de historia social.
Há ainda algo mais que gostava de dizer sobre este filme: Curiosamente, "4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias" nem sequer nomeado está para o Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira. O que só demonstra cabalmente o que vale hoje essa festarola americana.
O saque II
Toda a gente via que isto estava a chegar...
O saque I
O restaurante "Eleven" paga 500 euros por mês pela concessão num dos espaços mais caros da cidade de Lisboa.
José Miguel Júdice, bastonário de má memória para os advogados de bem, justifica-se com o facto de ter sido ele a construir o contentor a que chama de restaurante, e que no fim da concessão aquilo revertará para o município.
Mas alguém acredita que haverá um fim da concessão?
Mas alguém acredita que haverá um fim da concessão?
Alguém acredita que a concessão não vai ser renovada?
vista do Eleven sobre Lisboa
terça-feira, 5 de fevereiro de 2008
O início da história - A última democracia (II)
Até ao século XXI, uma 'universalização' poderia fazer-se no que respeita à democracia: onde ela é estável, não há guerra. Não significa que seja sempre assim, não podemos comprovar esta relação em absoluto, mas parece que não se têm registado excepções.
O ex-líder do Partido Liberal e Vice-primeiro-ministro da Suécia Per Ahlmark efectuou algumas estatísticas a este respeito no livro "An Open Sore" (1997), sem tradução para português [?!](deste autor, está disponível um outro artigo interessante na Internet: este de 2004 no Project Syndicate). De acordo com o estudo de Ahlmark, durante os primeiros oitenta anos do século passado, 170 milhões de pessoas foram mortas em situações de paz política (ou melhor, de não-beligerância). Desse total, 99% das mortes ocorreram em regimes totalitários e autoritários. As ditaduras comunistas massacraram mais de 100 milhões de pessoas. Na China, morreram 35 milhões. A União Soviética matou 62 milhões de pessoas. Números não faltam.
Todavia, e apesar do exposto, não há consenso substantivo sobre as fronteiras de uma democracia, ou seja os limites da sua corrupção, e se é ou não o Graal dos regime políticos aplicáveis às sociedades humanas. Parece haver consenso sim, quando se fala de direitos humanos, estado de direito, separação de poderes, liberdade económica, independência judicial, etc. Mas basta surgir um Hugo Chávez, um Putin, e a ferida ontológica da democria vem ao de cima. Como resolver esta incerteza pragmática do conceito?
Podemos ir pelo caminho seguinte, pelas respectivas razões principais:
Primeiro, o poder não tem uma única leitura das regras e princípios constitucionais e legais, nem há uniformização de interpretação da utilização do poder quanto aos que o exercem. Ou seja, o exercício do poder pode ter uma leitura e práticas antidemocráticas com as mesmas regras jurídicas e sociais e a mesama vontade popular. Aqui reside, aliás, uma das diferenças essenciais entre o direito constitucional e a ciência política, entre a regra e o facto, entre o dever-ser e o ser.
Segundo, pensemos na fórmula democrática atribuida a Lincoln «a democracia é o governo do povo, pelo povo e para o povo». Será assim, o governo do povo? E pode sê-lo, actualmente, sem cair na demagogia? Será boa ideia, e prática, tudo o que o povo ter tudo o quer? Então, se assim é, é democrática a nação onde o povo votou contra ela (Ex. Venezuela)? E se o povo validar titulares e práticas tendencialmente não democráticos (Ex. Rússia)? E se a cultura do povo integrar normas consideradas anti-democráticas (Ex. Egipto)? E se o povo apoiar governantes que instituam liberdades económicas e possuam regras constitucionais inconstitucionais para o referencial democrático (Ex. Burkina Faso)?
Diferente é a fórmula de Popper, mais protectora da 'democracia' do próprio povo «a democracia nunca foi a soberania do povo, não pode ser, não o deve ser». E este ponto, acrescido do factor cultural específico de cada povo, é importante para melhor conhecer (ou tolerar) as diferentes práticas da democracia. A democracia não tem uma via única, nem é estática, mas tem um núcleo essencial. Que núcleo essencial é esse?
(continua)
O ex-líder do Partido Liberal e Vice-primeiro-ministro da Suécia Per Ahlmark efectuou algumas estatísticas a este respeito no livro "An Open Sore" (1997), sem tradução para português [?!](deste autor, está disponível um outro artigo interessante na Internet: este de 2004 no Project Syndicate). De acordo com o estudo de Ahlmark, durante os primeiros oitenta anos do século passado, 170 milhões de pessoas foram mortas em situações de paz política (ou melhor, de não-beligerância). Desse total, 99% das mortes ocorreram em regimes totalitários e autoritários. As ditaduras comunistas massacraram mais de 100 milhões de pessoas. Na China, morreram 35 milhões. A União Soviética matou 62 milhões de pessoas. Números não faltam.
Todavia, e apesar do exposto, não há consenso substantivo sobre as fronteiras de uma democracia, ou seja os limites da sua corrupção, e se é ou não o Graal dos regime políticos aplicáveis às sociedades humanas. Parece haver consenso sim, quando se fala de direitos humanos, estado de direito, separação de poderes, liberdade económica, independência judicial, etc. Mas basta surgir um Hugo Chávez, um Putin, e a ferida ontológica da democria vem ao de cima. Como resolver esta incerteza pragmática do conceito?
Podemos ir pelo caminho seguinte, pelas respectivas razões principais:
Primeiro, o poder não tem uma única leitura das regras e princípios constitucionais e legais, nem há uniformização de interpretação da utilização do poder quanto aos que o exercem. Ou seja, o exercício do poder pode ter uma leitura e práticas antidemocráticas com as mesmas regras jurídicas e sociais e a mesama vontade popular. Aqui reside, aliás, uma das diferenças essenciais entre o direito constitucional e a ciência política, entre a regra e o facto, entre o dever-ser e o ser.
Segundo, pensemos na fórmula democrática atribuida a Lincoln «a democracia é o governo do povo, pelo povo e para o povo». Será assim, o governo do povo? E pode sê-lo, actualmente, sem cair na demagogia? Será boa ideia, e prática, tudo o que o povo ter tudo o quer? Então, se assim é, é democrática a nação onde o povo votou contra ela (Ex. Venezuela)? E se o povo validar titulares e práticas tendencialmente não democráticos (Ex. Rússia)? E se a cultura do povo integrar normas consideradas anti-democráticas (Ex. Egipto)? E se o povo apoiar governantes que instituam liberdades económicas e possuam regras constitucionais inconstitucionais para o referencial democrático (Ex. Burkina Faso)?
Diferente é a fórmula de Popper, mais protectora da 'democracia' do próprio povo «a democracia nunca foi a soberania do povo, não pode ser, não o deve ser». E este ponto, acrescido do factor cultural específico de cada povo, é importante para melhor conhecer (ou tolerar) as diferentes práticas da democracia. A democracia não tem uma via única, nem é estática, mas tem um núcleo essencial. Que núcleo essencial é esse?
(continua)
CRONOS XXII
"Blister the Sun" (1982) - Violent Femmes
video oficial
concerto
video oficial
concerto
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
Há Liberdade (XCII)
Campo Contra Campo (CI)
Sweeney Todd: O Terrível Barbeiro de Fleet Street, ****
Seis meses, seis, afastado do cinema (no cinema) de massas hollywoodesco. Só me fez bem. Até porque o regresso foi em grande. O "culpado"? Tim Burton e o seu "rapaz" maravilha Johnny Depp. É um lugar comum dizer que Burton, ao lado da Tarantino e de alguns poucos respeitáveis decanos, é dos maiores do nosso tempo. Lugar comum é, dizer que com Depp forma uma das mais criativas e fascinantes duplas do cinema contemporâneo. Lugares comuns de todo o mundo, uni-vos!
Sweeney Todd não é "gore" coisa nenhuma, como dizem alguns críticos de "meia-tigela". Sweeney Todd é cinema fantástico, do melhor, que começa a levantar cabelo quando o barbeiro de Londres recupera as suas "naifas" e as empunha ao céu de Londres gritando: "At last, my arm is completed". A vingança, a puta da vingança, estava jurada. E seria cumprida à lei de navalhada colorida com jorrante encarnado vivo.
Sweeney Todd é quase sempre cinzento, como o ambiente do sec. XIX londrino (fotografia perfeita e irrepreensível). Mas o final anuncia-se a outros tons. A ultima meia hora do filme é inesquecível, entrando directamente para a galeria dos clássicos do universo Burtoniano.
Seis meses, seis, afastado do cinema (no cinema) de massas hollywoodesco. Só me fez bem. Até porque o regresso foi em grande. O "culpado"? Tim Burton e o seu "rapaz" maravilha Johnny Depp. É um lugar comum dizer que Burton, ao lado da Tarantino e de alguns poucos respeitáveis decanos, é dos maiores do nosso tempo. Lugar comum é, dizer que com Depp forma uma das mais criativas e fascinantes duplas do cinema contemporâneo. Lugares comuns de todo o mundo, uni-vos!
Sweeney Todd não é "gore" coisa nenhuma, como dizem alguns críticos de "meia-tigela". Sweeney Todd é cinema fantástico, do melhor, que começa a levantar cabelo quando o barbeiro de Londres recupera as suas "naifas" e as empunha ao céu de Londres gritando: "At last, my arm is completed". A vingança, a puta da vingança, estava jurada. E seria cumprida à lei de navalhada colorida com jorrante encarnado vivo.
Sweeney Todd é quase sempre cinzento, como o ambiente do sec. XIX londrino (fotografia perfeita e irrepreensível). Mas o final anuncia-se a outros tons. A ultima meia hora do filme é inesquecível, entrando directamente para a galeria dos clássicos do universo Burtoniano.
domingo, 3 de fevereiro de 2008
A blogosfera da direita liberal
Entretida e desenterrar o fantasma do penúltimo regicídio verificado em Portugal (não se esqueçam do Sidónio...), a blogosfera da direita liberal apenas tem feito pausas para se referir a José Sócrates.
Aponta o dedo a José Sócrates por este - há 20 anos - ter assinado uns projectos privados de engenharia de duvidosa beleza, e especulando que não seria o verdadeiro autor dos mesmos.
Esquece-se a blogosfera da direita liberal das responsabilidades (pelo menos) políticas de Telmo Correia que - na madrugada da tomada de posse de Sócrates, assinou 300 despachos (tre-zen-tos!!!), entre os quais uma verdadeira doação do edifício onde funciona - concessionado - o Casino de Lisboa.
Seria curioso sabermos quantos dos 300 despachos que Telmo assinou foram preparados pelos mesmos bloggers que agora assobiam para o ar...
PALETA DE PALAVRAS LXVI
"No Banquete de Platão, a profetisa Diotima de Mantineia ressaltou para Sócrates, com a sincera aprovação deste, que ´o amor não se dirige ao belo, como pensa; dirige-se à geração e ao nascimento no belo´. Amar é querer ´gerar e procriar´, e assim o amante ´busca e se ocupa em encontrar a coisa bela na qual possa ´gerar´. Em outras palavras, não é ansiando por coisas prontas, completas e concluídas que o amor encontra o seu significado, mas no estímulo a participar da gênese dessas coisas. O amor é congénere da transcendência; não é senão outro nome para o impulso criativo e como tal carregado de riscos, pois o fim de uma criação nunca é certo.
Em todo amor há pelo menos dois seres, cada qual a grande incógnita na equação do outro. É isso que faz o amor parecer um capricho do destino – aquele futuro estranho e misterioso, impossível de ser descrito antecipadamente, que deve ser realizado ou protelado, acelerado ou interrompido. Amar significa abrir-se ao destino, a mais sublime de todas as condições humanas, em que o medo se funde ao regozijo num amálgama irreversível."
"Amor Líquido – Sobre a Fragilidade dos Laços Humanos", Zygmunt Bauman
(via Agenda Cultural Lisboa)
Em todo amor há pelo menos dois seres, cada qual a grande incógnita na equação do outro. É isso que faz o amor parecer um capricho do destino – aquele futuro estranho e misterioso, impossível de ser descrito antecipadamente, que deve ser realizado ou protelado, acelerado ou interrompido. Amar significa abrir-se ao destino, a mais sublime de todas as condições humanas, em que o medo se funde ao regozijo num amálgama irreversível."
"Amor Líquido – Sobre a Fragilidade dos Laços Humanos", Zygmunt Bauman
(via Agenda Cultural Lisboa)
sábado, 2 de fevereiro de 2008
Se todos fossem tão nobres como tu Anibal...
"Genuinamente interessado pela cultura, pela arte e pelos progressos da vida moderna, D. Carlos foi mais do que um homem culto. Foi um praticante empenhado da arte e da ciência. Um rei, um sábio, mas também um fazedor.(...)
Quis o destino que D. Carlos, como rei, enfrentasse tempestades. Quiseram os homens que lhe não fosse dado tempo para as superar. Neste momento em que se completam cem anos sobre a trágica morte do rei D. Carlos, é nosso dever honrar a memória de um português que sempre procurou servir a pátria."
Intervenção do Presidente da República por ocasião da Inauguração da Estátua do Rei D. Carlos. Cascais, 1 de Fevereiro de 2008.
Quis o destino que D. Carlos, como rei, enfrentasse tempestades. Quiseram os homens que lhe não fosse dado tempo para as superar. Neste momento em que se completam cem anos sobre a trágica morte do rei D. Carlos, é nosso dever honrar a memória de um português que sempre procurou servir a pátria."
Intervenção do Presidente da República por ocasião da Inauguração da Estátua do Rei D. Carlos. Cascais, 1 de Fevereiro de 2008.
Afinal parece que temos um Primeiro-ministro que é mesmo ladrão
No Público deste sábado haverá mais novidades:
"O ex-deputado José Sócrates recebeu indevidamente um subsídio de exclusividade da Assembleia da República, entre finais de 1988 e princípios de 1992, por acumular as suas funções parlamentares com a actividade profissional de engenheiro técnico, enquanto projectista e como responsável pelo alvará de uma empresa de construção civil. Sócrates nega que tal tenha acontecido, mas diversos documentos por ele assinados confirmam a violação do regime legal de dedicação exclusiva."
"O ex-deputado José Sócrates recebeu indevidamente um subsídio de exclusividade da Assembleia da República, entre finais de 1988 e princípios de 1992, por acumular as suas funções parlamentares com a actividade profissional de engenheiro técnico, enquanto projectista e como responsável pelo alvará de uma empresa de construção civil. Sócrates nega que tal tenha acontecido, mas diversos documentos por ele assinados confirmam a violação do regime legal de dedicação exclusiva."
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
Foi na Argentina e é do Boca do meu coração…
Via Encarnado e Branco chego a este golo fantástico de Martim Palermo que marca que se farta ao serviço "do meu" Boca Juniors. Até ver, é o golo do ano e só entenderá isto quem tem uma pequena ideia do que é o futebol Argentino. Palermo, empoleira-se na trave da baliza para humilhar pela segunda vez o River. Apesar de ser um torneio de verão, na guerra entre millionarios e xeneizes não há jogos a feijões. Mais uma vez a festa foi dos bosteros.
Regicídios
É lixado estar do lado errado da História. Aquilo que para uns é heroísmo, para outros é traição. O que para uns é calculismo para outros é abnegação. Enfim, todos as acções têm dois lados, duas versões, duas motivações.
Para os monárquicos, D. Carlos e o príncipe herdeiro Luís Filipe morreram pela Pátria. Para os republicanos, Manuel Buíça e Alfredo Costa também morreram pela Pátria.
Os quatro morreram acreditando que matavam e morriam por Portugal.
Não faz por isso sentido transformar o regicídio de há cem anos numa nova questão portuguesa, e deve-se reduzi-lo ao que - hoje - verdadeiramente é: História. Como factos meramente históricos e já sem significado político hoje em dia, como os outros regicídios ocorridos na História portuguesa: ninguém se lembrará de querer "enlamear" a reputação de D. Manuel I pela morte de D. João II (provavelmente envenenado por partidários daquele), pois não?
Caso contrário, que nos impedirá de ressuscitar (para além do aspecto histórico-científico) as atrocidades cometidas entre portugueses na Monarquia do Norte? A marcha sobre Lisboa de Paiva Couceiro? O "regicídio" de Sidónio Pais? O golpe de Braga? O assassinato de Humberto Delgado?
De nada serve reabrir feridas antigas:
Fez-se o luto por Carlos, Luís Filipe, Manuel e Alfredo.
Repousem os quatro em paz, e saibamos nós pegar neste país que as gerações anteriores a nós , de monárquicos e republicanos, não souberam honrar.
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