segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Campo Contra Campo (CI)

Sweeney Todd: O Terrível Barbeiro de Fleet Street, ****

Seis meses, seis, afastado do cinema (no cinema) de massas hollywoodesco. Só me fez bem. Até porque o regresso foi em grande. O "culpado"? Tim Burton e o seu "rapaz" maravilha Johnny Depp. É um lugar comum dizer que Burton, ao lado da Tarantino e de alguns poucos respeitáveis decanos, é dos maiores do nosso tempo. Lugar comum é, dizer que com Depp forma uma das mais criativas e fascinantes duplas do cinema contemporâneo. Lugares comuns de todo o mundo, uni-vos!
Sweeney Todd não é "gore" coisa nenhuma, como dizem alguns críticos de "meia-tigela". Sweeney Todd é cinema fantástico, do melhor, que começa a levantar cabelo quando o barbeiro de Londres recupera as suas "naifas" e as empunha ao céu de Londres gritando: "At last, my arm is completed". A vingança, a puta da vingança, estava jurada. E seria cumprida à lei de navalhada colorida com jorrante encarnado vivo.
Sweeney Todd é quase sempre cinzento, como o ambiente do sec. XIX londrino (fotografia perfeita e irrepreensível). Mas o final anuncia-se a outros tons. A ultima meia hora do filme é inesquecível, entrando directamente para a galeria dos clássicos do universo Burtoniano.

2 comentários:

Frásia disse...

Sou fã incondicional do Tim Burton. Sempre que sai um filme dele, lá estou eu para o ver.

Fui ontem ver o "Sweeney Todd". A fotgrafia é maravilhosa (à Tim Burton), Johny Dep e Helena Bonham Carter continuam muitissimo bem e foi uma grande surpresa para mim eles cantarem daquela maneira.

Só não gostei da história. É chata. É previsivel. Ele poderia ter feito uma adaptação da história original e dotá-la de um bocadinho mais de surpresa. Sim, o final foi a única coisa (em termos de história), que gostei verdadeiamente. Mas valeu a pena.

Até à próxima e bons filmes!!!

Pedro Soares Lourenço disse...

Bom…, quanto à historia, sim. É uma “estorieta de faca e alguidar”. Mas aqui tal não é defeito, é feitio. Não nos esqueçamos que estamos perante a adaptação de um musical. E por falar em histórias de “faca e alguidar”, quantas grandes operas conhecemos que não passam disso mesmo…?