É Amanhã...
sábado, 31 de julho de 2010
Primeiro de Agosto
Há Liberdade (CXLII)
Com três metros ou um palmo.
Faz sorrir as crianças. Os jovens, os adultos, os velhos. Faz sorrir ricos e pobres. Brancos e pretos. Amarelos. Faz sorrir em Portugal ou na Indonésia. Na Micronésia. Profissionais e amadores. Ilustres e desconhecidos. Faz sorrir tudo e todos. Sem excepção.
Faz sorrir as crianças. Os jovens, os adultos, os velhos. Faz sorrir ricos e pobres. Brancos e pretos. Amarelos. Faz sorrir em Portugal ou na Indonésia. Na Micronésia. Profissionais e amadores. Ilustres e desconhecidos. Faz sorrir tudo e todos. Sem excepção.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
O PSD e a Jabulani
No dia em que se anuncia que o PSD desce pela primeira vez nas sondagens desde que Passos Coelho chegou a líder (queda de 47,7% para 37,3% das intenções de voto), a Liga Portuguesa de Futebol Profissional anuncia que a Jabulani vai deixar de ser laranja e será branca desde a primeira jornada do campeonato...
Licença para queimar II
«Depois de Valentim Loureiro e Avelino Ferreira Torres, entre outros ilustres políticos, também José Sócrates foi ilibado pela justiça portuguesa.»
Será que o 31 da Armada, no "entre outros ilustres políticos" inclui Leonor Beleza?
Ou há ilibados de primeira e ilibados de segunda?
Ou a presunção de inocência só funciona para aqueles sobre os quais não temos qualquer preconceito de culpa?
Licença para queimar
Deve ser a primeira vez que um despacho de Acusação contém diligências de prova a ser requeridas para justificar a abertura de instrução...
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Estação Primavera/Verão 2010 (VI)
Fresquinho, fresquinho!
Pimba, pimba!!
Pimba, pimba!!
terça-feira, 27 de julho de 2010
segunda-feira, 26 de julho de 2010
“Eu é que sou o rei dos gnomos” (I)
Agora que o rei dos gnomos foi finalmente preso (ainda que preventivamente) o que não falta por ai são candidatos à sucessão. Com este calor em plena silly season, a quantidade de, vá lá, digamos, merda a sair pela boca de gente mais ou menos conhecida, mais ou menos ilustre, mais ou menos pública é digna de uma imponente diarreia.
Querem ler?
“Sócrates é como Deus nosso Senhor, está em todo o lado”.
Quem o afirma (link) é o impagável cadáver político que responde pelo nome de Almeida Santos. No PS – anteriormente um partido respeitável – a bajulação ao Querido Líder tem, nos últimos anos, atingido um nível pornográfico.
Haverá limite para o excesso de parvoíce?
domingo, 25 de julho de 2010
Estação Primavera/Verão 2010 (V)
Parece estar encontrada a “próxima coisa grande” do ano da graça de 2010.
Esta rapaziada de Brooklyn (sim, “again”!) enquanto revisita o que de melhor se fez há vinte e tal, trinta anos, assume uma atitude descontraída com uma pinta do caraças.
Num ano que, musicalmente, prometia muito, os The Drums assumem claramente a dianteira.
Estiveram cá no OptimusAlive e prometem estar para este ano como estiveram os MGMT, os Vampire Weekend e os The XX para os últimos dois.
Ora tomem lá.
Esta rapaziada de Brooklyn (sim, “again”!) enquanto revisita o que de melhor se fez há vinte e tal, trinta anos, assume uma atitude descontraída com uma pinta do caraças.
Num ano que, musicalmente, prometia muito, os The Drums assumem claramente a dianteira.
Estiveram cá no OptimusAlive e prometem estar para este ano como estiveram os MGMT, os Vampire Weekend e os The XX para os últimos dois.
Ora tomem lá.
Roberto
Roberto!
Este ano a silly season escreve-se com sete letrinhas apenas: Roberto.
Os jornaleiros ululam; os inimigos divertem-se. E até os (melhores) benfiquistas começam a perder a paciência. Hoje escrevo (também) eu.
Jesus, o Jorge, tem defendido o keeper com mãos de aço. As mesmas que carregam, provavelmente, o maior problema que encontrou desde que chegou ao Benfica; até porque foi ele que o criou.
Calma Mister, não se apoquente, eu explico como deve agir.
O Mister tem toda a razão em ter querido pagar o que pagou por Roberto, fazendo dele o oitavo guarda-redes mais caro da história do futebol: o rapaz tem qualidades, o Mister nunca se engana e, com muito trabalho, vai fazer dele um excelente guardião, quiçá, um dos melhores que algum dia defendeu as redes do Glorioso.
Mas…, Mister, que não haja dúvida no momento da decisão: enquanto a bola for a feijões ponha lá o espanholito nas redes, mas quando chegar o futebol a doer, se o rapaz continuar a tremer daquela forma, com aquele olhar esgazeado, com os sentidos tolhidos pelo medo…, não vacile: Roberto terá de ficar a ver de fora!
Para já é só.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Há Liberdade (CXLI)
#4. Laura Enever
….porque hoje é sexta feira, mas também pelo seguinte: para compreender melhor a razão da tag que acompanha esta serie, é ler a coluna “O Sal na Terra” do Pedro Adão e Silva na SurfPortugal deste mês.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
No país do rei ghob
O rei ghob saiu enfim do Lugar da Carqueja (um sítio remoto com menos de meia dúzia de casas) e das esquinas escuras da Rede. Por estes dias dorme no centro de Lisboa (no Estabelecimento Prisional da Polícia Judiciária) e tem a sua fotografia na primeira página dessa enorme instituição de combate ao crime chamada Correio da Manhã.
Tudo, rigorosamente tudo, nesta história muito portuguesa, com certeza, do rei ghob é triste e pobre. Vejam apenas este cenário, estas personagens, esta miséria.
“Pensas que eu sou um caso isolado?”.
No fundo, este é o país do rei ghob; aquele onde os Órgãos de Polícia Criminal correm com a comunicação social quando não lhes dá jeito, mas correm para o colo da mesma quando se sentem entalados, pois não encontrem provas dos crimes cometidos.
O país em que um sucateiro constrói um castelo com estátuas de gnomo, anda de Audi (todos os labregos têm um Audi) e ouve house azeiteiro. Um país moderno, sem dúvida, onde um sucateiro já pode casar com outro sucateiro. O país em que um tio tira leite de um bode (?) para a cara do sobrinho com o pai deste a filmar; e mostra ao mundo, porque sabe “trabalhar” com os “Magalhães” desta vida.
Desenganem-se. O rei ghob está longe de ser um caso isolado. Se bem procurarmos…, gente que se julga profeta, constrói castelos de tijolo, muge bodes(?) e anda de Audi é coisa que não falta por ai; podendo ser encontrados nos locais onde menos se espera..
Tudo, rigorosamente tudo, nesta história muito portuguesa, com certeza, do rei ghob é triste e pobre. Vejam apenas este cenário, estas personagens, esta miséria.
“Pensas que eu sou um caso isolado?”.
No fundo, este é o país do rei ghob; aquele onde os Órgãos de Polícia Criminal correm com a comunicação social quando não lhes dá jeito, mas correm para o colo da mesma quando se sentem entalados, pois não encontrem provas dos crimes cometidos.
O país em que um sucateiro constrói um castelo com estátuas de gnomo, anda de Audi (todos os labregos têm um Audi) e ouve house azeiteiro. Um país moderno, sem dúvida, onde um sucateiro já pode casar com outro sucateiro. O país em que um tio tira leite de um bode (?) para a cara do sobrinho com o pai deste a filmar; e mostra ao mundo, porque sabe “trabalhar” com os “Magalhães” desta vida.
Desenganem-se. O rei ghob está longe de ser um caso isolado. Se bem procurarmos…, gente que se julga profeta, constrói castelos de tijolo, muge bodes(?) e anda de Audi é coisa que não falta por ai; podendo ser encontrados nos locais onde menos se espera..
Tags:
polícias e ladrões,
rei ghob,
viva portugal
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Como pegar um carro com a bateria descarregada?
Os blogues servem para tanta coisa…, também devem servir para estas.
Hoje precisei disto (link). Não vá o diabo tece-las e voltar a precisar, é melhor deixar aqui esta nota.
[:)]
Hoje precisei disto (link). Não vá o diabo tece-las e voltar a precisar, é melhor deixar aqui esta nota.
[:)]
Cortaram as unhas ao tigre celta
O défice irlandês estava, no final de 2009, "nos 14,3%, o mais elevado da UE, mas pode estar agora perto dos 20%".
Vê-se mesmo que a solução certa era cortar os salários e o investimento público como fizeram...
“Brutalmente interrompido"
Que figurinhas tão patéticas...
Então são estes miúdos (independentemente da idade e apesar dos cabelos brancos, não passam de uns putos ranhosos) que dizem que o mundo vai acabar quando o PSD apresenta a sua proposta de revisão Constitucional?
Ah, pronto. Sendo assim ficamos todos mais esclarecidos!
Então são estes miúdos (independentemente da idade e apesar dos cabelos brancos, não passam de uns putos ranhosos) que dizem que o mundo vai acabar quando o PSD apresenta a sua proposta de revisão Constitucional?
Ah, pronto. Sendo assim ficamos todos mais esclarecidos!
terça-feira, 20 de julho de 2010
Estação Primavera/Verão 2010 (IV)
Esta estação, afinal, tem sido pouco progrida.
Há que dar novos andamentos e novas rotações ao vinil. Por isso, aproveitando este súbito arrefecimento, nada melhor do que recomeçar no “iPod de inverno”.
Adoro a música destas meninas. E as meninas também. Muito menos que perfeitas, a música e as meninas, mas, todas, adoráveis.
Escuta!
Há que dar novos andamentos e novas rotações ao vinil. Por isso, aproveitando este súbito arrefecimento, nada melhor do que recomeçar no “iPod de inverno”.
Adoro a música destas meninas. E as meninas também. Muito menos que perfeitas, a música e as meninas, mas, todas, adoráveis.
Escuta!
"justa causa" vs. "razão atendível"
Há pouco na TSF o Prof. Calvão da Silva esclarecia, na qualidade de membro do grupo de trabalho que preparou as propostas de alterações à Constituição, que na prática não há diferença entre "justa causa" e "razão atendível".
Assim sendo... por que alterar?
A verdade é que para os liberais todos os contratos devem ser cumpridos, excepto os de trabalho: mas na lei actual sempre que um trabalhador incumpra os seus deveres, ou mesmo sempre que um trabalhador se mostre inadaptado ao seu posto de trabalho, pode ser despedido. Devem é ser cumpridas as regras básicas de contraditório, para que a ruptura do contrato não resulte apenas dos humores da entidade patronal.
A verdade é que praticamente metade dos trabalhadores portugueses estão em situação precária, e os liberais continuam a dizer que a culpa da falta de competitividade de toda a economia é da outra metade, onde se incluem - claro - os funcionários públicos.
A verdade é que os liberais sonham com um mundo em que é mais fácil despedir um trabalhador do que rescindir contrato com a Zon ou com a MEO, do que mudar de banco, ou do que mudar de operador telefónico.
Estranho é que, para uma doutrina que - teoricamente - coloca o Homem no centro da civilização, na prática trata-o como mera mercadoria.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Do Facebook
O Edson Athayde compreende na perfeição o ser em si do Facebook. Deve ser por isso que escreve uma fabulosa crónica semanal sobre o tema, ao sábado, no magnífico i.
Gosto de analogias. Costumo imaginar o Facebook como um grande e infindável cocktail, um evento onde entramos porque a porta está aberta e lá dentro encontramos conhecidos e desconhecidos. Com quem já temos relações anteriores, vamos pondo as novidades em dia. Com os outros, vamos trocando olhares, cumprimentos simpáticos, pequenas conversas. Como sou tímido, nunca fiz grandes amigos em festarolas. Não estou à espera que seja diferente no Facebook.
Nem mais nem menos. Identifico-me exactamente, com este excerto da sua crónica de sábado passado.
Gosto de analogias. Costumo imaginar o Facebook como um grande e infindável cocktail, um evento onde entramos porque a porta está aberta e lá dentro encontramos conhecidos e desconhecidos. Com quem já temos relações anteriores, vamos pondo as novidades em dia. Com os outros, vamos trocando olhares, cumprimentos simpáticos, pequenas conversas. Como sou tímido, nunca fiz grandes amigos em festarolas. Não estou à espera que seja diferente no Facebook.
Nem mais nem menos. Identifico-me exactamente, com este excerto da sua crónica de sábado passado.
terça-feira, 13 de julho de 2010
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Um dia nos festivais
Ontem fui matar saudades de música ao vivo ao Optimus Alive. Confesso, foi a primeira vez que fui a um Shopping Center de música ao vivo. E como sempre que vou a uma grande superfície comercial..., enfim.
Só vi com ouvidos de ver três bandas.
The Drums: a tarde-noite não poderia ter começado melhor; estes quatro rapazes das avenidas novas (de NY), provaram em palco que a energia positiva do seu som, meio caminho entre os The Cure e os The Beach Boys (sim é possível!), não vale apenas nos iPod. Fecharam em alta e com chave de ouro, assim (se isto não é o Rock and Roll onde está o Rock and Roll?):
Florence and the Machine: de vez em quando arranjo uma embirração musical. Agora é esta; mas será apenas embirração? Sejamos sinceros, o que em questão de paixões musicais nem sempre é fácil: Florence vale pela voz magnífica e (praticamente) única. As máquinas estão lá quase todas a mais, numa chinfrineira que não é carne, nem peixe, nem nada. Fraco!
The XX: com uma incrível legião de fans (que encheram a tenda do palco secundário e arredores) que sabe todas as letras de cor e salteado, o agora trio britânico, impôs a sua pop minimal mas grandiosa. Excelente concerto, apenas prejudicado – digo eu -, pelo som demasiado sujo.
Em suma: boas bandas, boa musica, gente a mais, espaço a menos. Gostei, mas podia ter sido bem melhor.
Só vi com ouvidos de ver três bandas.
The Drums: a tarde-noite não poderia ter começado melhor; estes quatro rapazes das avenidas novas (de NY), provaram em palco que a energia positiva do seu som, meio caminho entre os The Cure e os The Beach Boys (sim é possível!), não vale apenas nos iPod. Fecharam em alta e com chave de ouro, assim (se isto não é o Rock and Roll onde está o Rock and Roll?):
Florence and the Machine: de vez em quando arranjo uma embirração musical. Agora é esta; mas será apenas embirração? Sejamos sinceros, o que em questão de paixões musicais nem sempre é fácil: Florence vale pela voz magnífica e (praticamente) única. As máquinas estão lá quase todas a mais, numa chinfrineira que não é carne, nem peixe, nem nada. Fraco!
The XX: com uma incrível legião de fans (que encheram a tenda do palco secundário e arredores) que sabe todas as letras de cor e salteado, o agora trio britânico, impôs a sua pop minimal mas grandiosa. Excelente concerto, apenas prejudicado – digo eu -, pelo som demasiado sujo.
Em suma: boas bandas, boa musica, gente a mais, espaço a menos. Gostei, mas podia ter sido bem melhor.
Estação Primavera/Verão 2010 (III)
Com quatro palavras apenas: de ir às lágrimas!
Mas não tinham sido roubados? E o conteúdo apagado?
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Pangeia (XXXI)
Já não é novidade; muito pelo contrário, é um perfeito lugar-comum: o polvo acertou uma vez mais!
Poucos acreditavam na vitória espanhola; mas nestes incluíram-se uns tantos alemães: aqueles que entraram em campo e os que os puseram lá.
O colectivo que equipou de branco, constituído por meia dúzia de germânicos e outros tantos de origem turca, bósnia, polaca, brasileira, ganesa e até tunisina, foram uma sombra (uns ratos cegos na expressão feliz do meu pai, que viu quase todos os mundiais) da pujante equipa de alguns dias atrás. Medrosos, cobardes, frios, desalmados, ofereceram o meio campo e o jogo ao perfume castelhano, que nem precisou de vestir o “traje de luces” (bastou o traje de passeio) para “matar” o inofensivo miura alemão.
Espanha junta-se à Holanda na final e, em 2010, vamos ter um Campeão Mundial de Futebol inédito.
Poucos acreditavam na vitória espanhola; mas nestes incluíram-se uns tantos alemães: aqueles que entraram em campo e os que os puseram lá.
O colectivo que equipou de branco, constituído por meia dúzia de germânicos e outros tantos de origem turca, bósnia, polaca, brasileira, ganesa e até tunisina, foram uma sombra (uns ratos cegos na expressão feliz do meu pai, que viu quase todos os mundiais) da pujante equipa de alguns dias atrás. Medrosos, cobardes, frios, desalmados, ofereceram o meio campo e o jogo ao perfume castelhano, que nem precisou de vestir o “traje de luces” (bastou o traje de passeio) para “matar” o inofensivo miura alemão.
Espanha junta-se à Holanda na final e, em 2010, vamos ter um Campeão Mundial de Futebol inédito.
Pangeia (XXX)
Extraordinário jogo de futebol, esta primeira meia-final mundial que colocou frente a frente Holanda e Uruguai; duas escolas diferentes, duas filosofias de jogo antagónicas, um único objectivo: vencer!
Gostaram desta última frase? Não? Nem eu.
Eu explico. Pela primeira vez neste torneio, assisti ao jogo na RTP, o canal que o servia em sinal aberto. E a partida, que fica de certeza no top3 dos melhores encontros do África do Sul 2010, fica para mim ferida de morte com o enjoo que tive de suportar à sobremesa; não falo naturalmente no futebol mas sim da narração do encontro por Rui Loura e dos comentários de Freitas Lobo.
O primeiro, deve ser o pior papagaio da televisão portuguesa. Não se cala um minuto; narra, descreve, comenta o que esse passou, o que se passaria “se” e o que poderia ter-se passado “se e se”. Já Freitas Lobo é uma espécie de “brinca na areia” do comentarismo desportivo: “aquele meio campo come a relva e come os espaços”, “o jogador hipnotizou a bola”, “o avançado rendilhou a bola”.
A mediocridade e o mau gosto de Loura e Freitas Lobo são em sim um problema? Não seria se a RTP fosse um canal privado de televisão; é porque sou eu e o leitor que lhes pagamos o vencimento!
E por que raio não tiro o som da televisão? Porque gosto de ouvir o som ambiente, o que se passa em torno do jogo. Perante o ruído do ar que sai daquelas bocas, o som das vuvuzelas soam-me ao encantamento provocado pela musica dos Sigur Rós.
Até quando teremos de aturar estes desmandos na televisão publica?
Gostaram desta última frase? Não? Nem eu.
Eu explico. Pela primeira vez neste torneio, assisti ao jogo na RTP, o canal que o servia em sinal aberto. E a partida, que fica de certeza no top3 dos melhores encontros do África do Sul 2010, fica para mim ferida de morte com o enjoo que tive de suportar à sobremesa; não falo naturalmente no futebol mas sim da narração do encontro por Rui Loura e dos comentários de Freitas Lobo.
O primeiro, deve ser o pior papagaio da televisão portuguesa. Não se cala um minuto; narra, descreve, comenta o que esse passou, o que se passaria “se” e o que poderia ter-se passado “se e se”. Já Freitas Lobo é uma espécie de “brinca na areia” do comentarismo desportivo: “aquele meio campo come a relva e come os espaços”, “o jogador hipnotizou a bola”, “o avançado rendilhou a bola”.
A mediocridade e o mau gosto de Loura e Freitas Lobo são em sim um problema? Não seria se a RTP fosse um canal privado de televisão; é porque sou eu e o leitor que lhes pagamos o vencimento!
E por que raio não tiro o som da televisão? Porque gosto de ouvir o som ambiente, o que se passa em torno do jogo. Perante o ruído do ar que sai daquelas bocas, o som das vuvuzelas soam-me ao encantamento provocado pela musica dos Sigur Rós.
Até quando teremos de aturar estes desmandos na televisão publica?
terça-feira, 6 de julho de 2010
Cortes na Cultura
Acerca da "polémica" dos cortes orçamentais na Cultura, creio que há uma questão que deve ser feita, por mais dolorosa que seja a resposta:
Quem, além dos beneficiários dos subsídios, daria conta do fim desses apoios?
Pangeia (XXIX)
Enquanto o Mundial definha - estas paragens, embora necessárias, dão cabo do torneio – vamos voltando, pouco a pouco, a olhar para o nosso pequeno umbigo.
À falta de melhor, hoje trago-vos algo verdadeiramente sensacional. Já alguma vez viram um calendário sem datas? Sim leram bem, um calendário sem datas? Não?? Então tomem lá (link).
[Sim, este Pangeia nada tem a ver com o Mundial, mas é muito mais interessante]
À falta de melhor, hoje trago-vos algo verdadeiramente sensacional. Já alguma vez viram um calendário sem datas? Sim leram bem, um calendário sem datas? Não?? Então tomem lá (link).
[Sim, este Pangeia nada tem a ver com o Mundial, mas é muito mais interessante]
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Sporting procura alternativas a Moutinho
domingo, 4 de julho de 2010
Pangeia (XXVIII)
E se..., oitenta anos depois, o Uruguai repetisse a façanha?
sábado, 3 de julho de 2010
Pangeia (XXVII)
Ah! A velha Europa…
Quando todos nós ditávamos loas ao novo mundo, a múmia paralítica, limpou o pó da velha carcaça, e fez de novo brilhar a celebre frase de Gary Lineker."Football is a simple game; 22 men chase a ball for 90 minutes and at the end, the Germans win". A Alemanha e não só!
A cumprir a cota dos novos mercados – pese o seu historial – lá está o paupérrimo (sócio-economicamente falando) Uruguai. No mais, nas meias-finais, só da Europa. Velha sim, mas pragmática, eficaz, e muito provavelmente vencedora.
Quando todos nós ditávamos loas ao novo mundo, a múmia paralítica, limpou o pó da velha carcaça, e fez de novo brilhar a celebre frase de Gary Lineker."Football is a simple game; 22 men chase a ball for 90 minutes and at the end, the Germans win". A Alemanha e não só!
A cumprir a cota dos novos mercados – pese o seu historial – lá está o paupérrimo (sócio-economicamente falando) Uruguai. No mais, nas meias-finais, só da Europa. Velha sim, mas pragmática, eficaz, e muito provavelmente vencedora.
Albino Mendes Baptista
Hoje, aos 54 anos de idade, faleceu o Professor Albino Mendes Baptista.
Descanse em paz.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Pangeia (XXVI)
O dia em que o torneio dobra o “cabo das três semanas” fica marcado como o dia mais interessante da prova.
Com a reviravolta da Holanda sobre o Brasil (salvo o erro, nunca os brasileiros tinham perdido um encontro mundial depois de estarem a vencer), suprema ironia, do denominado “grupo da morte” (Brasil, Portugal, Costa do Marfim e Coreia do Norte) já ninguém resta.
À noite, o confronto mais intenso (e por certo, um dos mais dramáticos da historia dos mundiais) da prova; com o Uruguai a alcançar o que não conseguia há quarenta anos: meias-finais.
Mas a história faz-se do passado. E recuando ao Portugal-Brasil da fase de grupos, ficamos a saber que embora dentro do campo tudo tenha ficado empatado, no terreno do jornalismo desportivo, continuamos a levar valentes cabazadas. Ora vejam lá estes momentos geniais.
Com a reviravolta da Holanda sobre o Brasil (salvo o erro, nunca os brasileiros tinham perdido um encontro mundial depois de estarem a vencer), suprema ironia, do denominado “grupo da morte” (Brasil, Portugal, Costa do Marfim e Coreia do Norte) já ninguém resta.
À noite, o confronto mais intenso (e por certo, um dos mais dramáticos da historia dos mundiais) da prova; com o Uruguai a alcançar o que não conseguia há quarenta anos: meias-finais.
Mas a história faz-se do passado. E recuando ao Portugal-Brasil da fase de grupos, ficamos a saber que embora dentro do campo tudo tenha ficado empatado, no terreno do jornalismo desportivo, continuamos a levar valentes cabazadas. Ora vejam lá estes momentos geniais.
A todos um muito obrigado
Obrigado, obrigado, obrigado; mil vezes obrigado. Não consigo cansar-me de agradecer a todos aqueles que elegeram (duas vezes!) este governo. Obrigado amigos, obrigado amigas…, muito obrigado.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Pangeia (XXV)
Este é daqueles momentos que faz jus à máxima: “uma imagem vale por mil palavras”. Mais a mais, sendo três minutos delas.
Aqui fica; porque faz parte da história deste torneio e…, para memória futura.
Aqui fica; porque faz parte da história deste torneio e…, para memória futura.
"A estupidez colonial ainda não morreu" (II)
As "golden-share" nas empresas privatizadas no tempo em que Cavaco era primeiro-ministro serviam para proteger o interesse do Estado. Foi essa a cláusula de segurança criada para aliviar consciências aquando da onda privatizadora.
Creio que não houve nenhum accionista da PT que desconhecesse a existência da "golden-share" no momento da compra de acções.
Por isso, creio que é surpreendente o coro contra a "golden-share" do Estado, mais até do que contra a opção do Estado na utilização dessa mesma "golden-share".
De Espanha vêm vozes indignadas pela "ilegal golden-share". De Espanha, o mesmo país em que não há empresa estrangeira que meta estopa...
Resumindo:
o tempo dirá se a opção do Governo foi adequada à protecção do interesse nacional mas, por agora, condená-la apenas porque "sim", parece-me algo preconceituoso.
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