quarta-feira, 7 de julho de 2010

Pangeia (XXX)

Extraordinário jogo de futebol, esta primeira meia-final mundial que colocou frente a frente Holanda e Uruguai; duas escolas diferentes, duas filosofias de jogo antagónicas, um único objectivo: vencer!
Gostaram desta última frase? Não? Nem eu.

Eu explico. Pela primeira vez neste torneio, assisti ao jogo na RTP, o canal que o servia em sinal aberto. E a partida, que fica de certeza no top3 dos melhores encontros do África do Sul 2010, fica para mim ferida de morte com o enjoo que tive de suportar à sobremesa; não falo naturalmente no futebol mas sim da narração do encontro por Rui Loura e dos comentários de Freitas Lobo.

O primeiro, deve ser o pior papagaio da televisão portuguesa. Não se cala um minuto; narra, descreve, comenta o que esse passou, o que se passaria “se” e o que poderia ter-se passado “se e se”. Já Freitas Lobo é uma espécie de “brinca na areia” do comentarismo desportivo: “aquele meio campo come a relva e come os espaços”, “o jogador hipnotizou a bola”, “o avançado rendilhou a bola”.
A mediocridade e o mau gosto de Loura e Freitas Lobo são em sim um problema? Não seria se a RTP fosse um canal privado de televisão; é porque sou eu e o leitor que lhes pagamos o vencimento!

E por que raio não tiro o som da televisão? Porque gosto de ouvir o som ambiente, o que se passa em torno do jogo. Perante o ruído do ar que sai daquelas bocas, o som das vuvuzelas soam-me ao encantamento provocado pela musica dos Sigur Rós.
Até quando teremos de aturar estes desmandos na televisão publica?

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