quinta-feira, 17 de julho de 2008

A guerra de corso

Pinto da Costa, que não destoaria como senhor da guerra na Somália, tem adoptado nos últimos anos por uma guerra de corso contra Benfica e Sporting. Para os mais esquecidos lembro os casos de Paulo Ferreira e de Paulo Assunção.
Paulo Ferreira era pretendido pelo Benfica e até já haveria acordo, e Pinto da Costa - sabe-se lá por que artes - conseguiu desviá-lo no último momento para "seu" clube. São famosas as imagens dele dentro de um carro exibindo uma primeira página do Record ou da Bola, desse dia, que dava como garantido o jogador no Benfica. Não se tratou de uma mera actuação resultante de prospecção. Tratou-se simplesmente de, anunciado um "alvo" pelo rival, de o roubar em cima da hora.
Paulo Assunção era pretendido pelo Sporting e até já haveria acordo, e Pinto da Costa - sabe-se lá por que artes - conseguiu desviá-lo no último momento para o "seu" clube. Sabemos o que sucedeu depois. O jogador foi emprestado (salvo erro) durante dois anos até assentar arraiais no clube.
Este ano, Pinto da Costa quis marcar o Benfica "homem a homem". Ganhou o primeiro "round", ao criar dificuldades de última hora na negociação com o Benfica, ao levar Rodriguez para o Porto, tornando-o o jogador mais bem pago do plantel.
Perdeu o segundo "round", pois apesar de ter tentado Balboa, o Real Madrid acabou por fazer negócio com o Benfica.
Perdeu o terceiro "round", pois apesar de ter metido os trunfos todos na mesa (convenceu - sabe-se lá por que artes - o empresário de Carlos Martins a promover uma reunião consigo já em Lisboa, quando o jogador pensava que se estava a dirigir para o Estádio da Luz), o jogador disse que tinha uma só palavra.
Perdeu o quarto "round", pois apesar de ter pressionado o empresário de Aimar e de ter conseguido criar problemas de última hora, o jogador já tinha dado a sua palavra.
É assim a vida. Pinto da Costa tem sucesso junto dos bandidos.
Mas não junto das pessoas de palavra.

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