segunda-feira, 21 de julho de 2008

Estamos todos mortos

Num país onde o valor da liberdade fosse minimamente valorizado, o chip nas matrículas teria levantado um sobressalto cívico. Em Portugal, suscitou pouco mais do que um encolher de ombros.

José Manuel Fernandes escreve hoje no Público algumas palavras óbvias mas muito certeiras. Só em Portugal ou no Zimbabué ou, vá lá, na Coreia do Norte, é que uma aberrante proposta de nos “chipar” a (quase) todos passa assim pela opinião pública (e publicada) como cão por vinha vindimada.
Consta que Keynes terá dito um dia que “no longo prazo estamos todos mortos”. Keynes não se referia por certo ao Portugal do século XXI. Hoje, aqui e agora (já!) estamos todos mortos.

1 comentário:

Anónimo disse...

boa tarde,

que pena o sr jose manuel fernandes se preocupar só com o nosso país, ainda bem que o faz, mas devia começar por se preocupar pela terra dos chips e do seu desenvolvimento, os EUA.

após os atentados de 11 set 2001, e após as histórias da carochinha que a administração republicana e os democratas, sempre com a ajuda preciosa dos seus media amestrados, contaram, o estado securitário tem se vindo a acentuar.

senão vejamos:

1º habeas corpus não existe

2º o patriot act leva a que se possa deter ou entrar por uma propriedade privada a dentro sem mandato

3º a recentemente aprovada FISA, que iliba com retroactividade as empresas de telecomunicações no que respeita à espionagem de cidadãos norte-americanos, algo expressamente proibido até à anos, mas que o sr clinton ajudou a dar os primeiros passos

4º o estado de continuity of government desde o 11set2001, o qual pode caso o presidente assim o deseje, declarar o estado marcial

5º a detenção de pessoas em guantanamo sem culpa formada, bem como a criação de grandes áreas de detenção um pouco por todos os EUA

6º a quantidade de data mining a que são submetidos quer os cidadãos dos EUA quer a nível mundial através de programas como o echelon.
cidadãos sem qualquer vinculo a qualquer rede de terrorismo ou outra qq.

7º o incentivo de diversas empresas ao uso por parte dos seus empregados de chips implantados.
o uso cada vez maior de chips em cartões de crédito.
o uso, ou os futuros planos para que cada criança que nasce ser logo implantada, calro que sempre com uma desculpa fantástica para ser levada a sério.
aconselho ao sr jornalista ler o post de pacheco pereira no abrupto, sobre o tema chips.

enfim, o sr jornalista, deveria de começar a olhar mais para os seus tão amados EUA, ele é daqueles que ainda acreditam que havia WMD no iraque, e que o bin laden faz o que quer sem que o estado mais militarizado e com os maiores gastos de defesa nada consigam contra ele.

enfim!!!

rjnunes