Na pagina 8 do Público do passado sábado (noticia “invisível” na edição em linha) ficámos a saber que uma “mulher de 66 anos que estava a vender seis cigarros a um miúdo de 13 anos, que se abeirara do Quiosque do Largo, na Praça Machado dos Santos, mesmo no centro de Valongo” foi apanhada em flagrante delito, detida e conduzida na passada sexta feira ao Tribunal de Valongo onde terá sido sujeita a julgamento sumario.
A mulher incorre em duas contra-ordenações: uma por vender tabaco a um menor, outra por falta de informação no seu estabelecimento que é proibida tal venda.
Mas o espantoso do episódio está em que a mulher, ao ter vendido ao rapaz seis cigarros avulsos por 1,50 euros, incorreu no crime (pasme-se) de especulação!
Vamos lá ver se nos entendemos. Uma pobre velhota da província, que vende tabaco e jornais, foi apanhada pela polícia em flagrante delito a vender seis cigarros a um puto por trezentos “paus” e por isso vai acusada pela prática do crime de especulação? O que vem a ser isto? Que país será este? Para onde caminha?
Oh tempo, volta para traz…
Se os pides voltassem cá agora, teriam por certo vergonha do local onde poisaram e saudades do seu "tempo nobre" comparado com a porcalhota em que se tornou este Portugal.
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