Nos tempos que correm, porque verdadeiramente são outros, o amor parece-se cada vez mais com uma estrela. Reflectida na retina, está sempre lá, no céu, ninguém diria que já lá não está, que é um mero rasto passageiro do que foi. Também não se pode chegar muito perto dela, porque cega os olhos de quem se aproxima ou a toca, mas não pode ser muito longe, pois nega o vislumbre de toda a sua beleza.
Então, a meia distância é a mais duradoura e frutífera relação que podemos ter com uma estrela – como quem tudo não quer, tudo não perde -, e é a melhor posição para se ver o seu mais brilhante sorriso, todos os dias.
Assim, no meio, aqui sim, está o rosto ideal da felicidade.
NCR
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