quarta-feira, 15 de junho de 2005

VPV

Será que o artigo «Crescer com "o Álvaro"», publicado ontem no Público era mesmo do Vasco Pulido Valente?!
Um artigo com mais de 9 500 caracteres e com quase 2 000 palavras?!
Provavelmente, o artigo mais longo da carreira de articulista de Vasco Pulido Valente nas últimas décadas!

NCR

1 comentário:

Anónimo disse...

É fácil falar em Liberdade.
É fácil viver em Liberdade.
Não se falava na Ditadura.
E foi difícil viver em Ditatura.
Mais difícil ainda foi o que uns poucos fizeram.
Lutar contra ela. Sofrer a tortura. Morrer por ela. Com informação, divulgando-a. Poderão dizer que essa era pró-comunista. Mas isso é acessório! O objectivo principal era consciencializar, motivar e sobretudo informar, em Ditadura, missão quase impossível.

Falar agora é fácil, para o bem ou para o mal. Fazer o bem é mais difícil. Mas temos Liberdade de escolha e essa dádiva, aos comunistas o devemos. Pois foi a única força em Ditadura, que se organizou com um único objectivo, acabar com a ditadura. E conseguiu, conseguiu passar a ideia, a ideia de democracia. A tal ponto que originou o MFA.

Como se pode afirmar que queria a Guerra Civil, se todos afirmam que a ele se deve esta não ter ocorrido. Não concordo com os ideais comunistas, por um simples facto, na prática não funcionam. Mentalmente a humanidade não está preparada, ainda não chegou a esse ponto de abnegação. Há sempre quem queira o poder a todo o custo. Quem queira mais que o vizinho a todo o custo. A ambição desmedida arruina qualquer ideologia e foi isso que ocorreu com a Ex URSS. Julgo que é da constatação deste facto que advém a frase “A Democracia é o menor dos males”.
Pois na sociadade actual, não se pode esperar que cada um dê o melhor de si mesmo, para o resultado do somatório das partes, ser superior ao resultado da soma das parcelas. Daí se premiar o indivíduo e se preterir o colectivo, no sentido do bem comum.

Quando fiz o meu curso superior, recordo-me de uma cadeira de Teoria Geral da Administração, que versava, entre outras, as diversas teorias e meios de incentivo que um administrador tinha ao seu dispor para incentivar a produtividade. Numa pesquisa para um trabalho, li entre outros um livro que era uma tradução de um livro editado na Ex URRS. Este livro, ia buscar o que de pior tinham as diversas Teorias para fundamentar uma visão completamente inversa da realidade e assim criticar o capitalismo, no que dizia ser as novas técnicas capitalistas de exploração dos trabalhadores. Dei um exemplo oposto para exemplificar o que o autor deste post fez. Peca precisamente devido a isto. Vê-se o que se quer, só o que interessa, para fundamentar um só ponto de vista, tudo o que vá contra, não é importante. Revela estreiteza de ideias.

E no meu entender, é errado comparar um governo, ou os resultados de um governo, qualquer um, com a ideologia que lhe está por trás, fundamentalmente porque os governos, são feitos por homens e porque a teoria nunca é igual à prática.

Espero só que Portugal, não chegue ao ponto de estar tão mal, que dê a viragem que se deu no Brasil. Porque isso significa que chegamos mesmo ao fundo do poço. E contra todas as previsões dos “analistas”, o Brasil não se afundou, pelo menos mais do que afirmaram.
Para finalizar, acho que é só de “mau gosto”, falar mal por falar, e não agradeçer sequer a possibilidade de o poder fazer, em democracia, em liberdade, e estereotipar o que se desconhece, pondo palavras na boca de um morto. Como é que alguém pode ser tão maléfico como se entende no seu primeiro parágrafo, se deu tanto de si em prol da liberdade? É falar mal por falar e não revela inteligência.