terça-feira, 21 de junho de 2005

Campo Contra Campo (XVI)

Der Untergang, ***

Ainda em exibição.
Quis o destino que precisamente no dia em que se completavam 60 anos, não da capitulação, mas da queda de Berlim, assiste-se ao seu desenrolar em imagens no escuro de uma sala de cinema.
“A Queda” retracta de forma impar os últimos dias do III Reich.
Sobre o filme pouco importa falar. Bruno Ganz, o Adolfo, é monumental, mas para alem disso pouco mais fica. O filme vai muito bem enquanto se passa dentro do bunker, mas perfeitamente banal quando dele sai.




O mais importante de “Untergang” é toda a discussão que envolveu a película. Saber se o monstro deve ser retractado como homem, saber se por de traz daqueles corpos haviam almas..., bom será sempre uma discussão longa.
O filme tem algumas cenas que impressionam. É o caso da sequência em que Magda Goebbels, a mulher do Ministro da Propaganda Nazi, mata os seus filhos, porque não os quer ver viver num mundo onde não haja Nacional-Socialismo.
É aqui, a meu ver, que a discussão em torno do filme se deve situar. O que foi o Nacional-Socialismo?
O Nacional-Socialismo, foi progresso económico, sistema social, as raízes do estado providencia – a tese não é minha mas de autores alemães que têm gerado acesa polémica na Alemanha - Socialismo, nacionalista...?
Ou o Nacional-Socialismo foi morte, terror, racismo, violência...?
Provavelmente o Nacional-Socialismo não foi nem uma, nem outra coisa!
Interessa, muito, conhecer melhor o que foi o Nacional-Socialismo, destinguindo desde logo a doutrina económica e social, das loucuras de um conjunto de Homens assassinos.
Paradoxal?
Apesar de tudo o que foi dito e escrito é um debate que esta por fazer!

PSL

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