segunda-feira, 25 de abril de 2005

ESPUMAS IV



Por vezes não é difícil, não é esforçado, não é como gostaríamos que fosse, mas é. O problema não está no “é”, está no “ser”. Confusos ou certos, para além de palavras diferentes, são conceitos distintos. A vida é assim, mas o que somos nós? O nosso comportamento é mau ou bom, e o que fazemos? O sentimento é forte e somos capazes de atingir o outro? De que é feito os nossos sonhos, daquilo que é ou daquilo que podemos ser? Procuramos isto, aquilo, aqueloutro, percebemos o que não temos, mas e o que nos faz falta? É ou não é, é a questão. O ser deixou de ser. Deixámos de ser nós, para sermos o que há e aquilo que é, visível, palpável, seguro, e aquilo que dá, prazer, reconhecimento, dinheiro, bem-estar exterior, e aquilo que pouco ou nada nos pede. Sabemos que temos que andar, correr, atingir, subir, mas porquê? Porque os outros fazem, é o que se faz, há muito tempo que é assim, é aquilo que é, é a vida.
E não há ninguém que diga que aquilo que é, não pode ser o que andamos a viver!



NCR

2 comentários:

ana disse...

Este teu post fez-me pensar em coisas aqui da minha pessoa...

Quanto ao resto... não, não tive essa sorte. E tu, já?

Anónimo disse...

Privilegia-se o Ter em detrimento do Ser...
Vive-se pela aparência e esquece-se a essência...
E eu questiono-me...
Será que se Vive?

Lília