“Para mim, as religiões não deviam existir”.
“Marx não escreveu tudo, porque a religião não é uma droga, é uma praga”.
As palavras são do Nuno neste post.
Como todas as questões de fé, também o teu post me divide.
Como bem sabes, todo o ser humano, em determinados momentos, precisa de acreditar em algo que o transcenda. Chama lhe o que quiseres, uma divindade, uma ordem..., ou na simples Razão.
A Religião, para alem de outras coisas mais, é um conjunto de ritos pelos quais o ser humano traduz a sua fé.
Tu traduzes a tu a fé, no Homem, nas suas capacidades, na sua razão, com...os teus ritos. São teus. Provavelmente alguém no Mundo também pensa e age como tu. Os teus ritos não se organizam de forma sistematizada numa religião. Invertendo a ordem dos factores, os teus ritos são os actos pelos quais traduzes a tua fé na Razão Humana.
Se me dizes que ir daqui a Fátima a pé, que ir a Roma ver um Homem morto e passar vinte e quatro horas numa fila sem sequer fazer necessidades fisiológicas, se me dizes que viajar a Meca das formas mais precárias que poderemos imaginar, não são manifestações de inteligência, eu concordo. Mas são manifestações de fé por parte de quem as pratica.
Se acreditas no Homem, como elemento primo da sociedade e como fim ultimo de todas as políticas, como elemento criador de direitos e obrigações, como catalisador da sua vontade, como podes querer que esse mesmo Homem em quem tu acreditas não seja livre de acreditar no que quiser e de se manifestar como entender? Desde, claro está, respeite o seu semelhante e a autonomia deste.
Se concordo com algumas das notas que fazes quanto “às agressões contra a natureza laica do estado português”, não posso concordar com as afirmações supra.
E subscrevo-te uma vez mais: ”Tudo isto merecia bem uma algaraviada, mas fico-me por este post.”
Aguardo replica.
Grande Abraço.
PSL
1 comentário:
concordo em absoluto com o meu amigo lampião!! LOLOL mas a sério, eu tou totalmente de acordo ctg... independentemente das nossas crenças (sejam elas a quem se destinem) a tolerância é um elemento base da boa convivência entre os homens - é esta a mm intolerância que está na origem de todas as guerras santas. a propósito desta intolerância, tenho assistido recentemente e especialmente aqui na blogosfera (e não neste blog, atenção) a uma crescente intolerância para com a religião, por parte de muitos dos ateus da nossa praça (leia-se da blogosfera). parece que a mm intolerância que tantos criticam por parte da religião, é aquela que utilizam qd se referem aos sistemas religiosos. nunca mais me esqueço desta frase célebre de Gandhi que dizia: "Deus não tem religião"... talvez se consiga tirar algo deste ensinamento! 1abraço a ambos. fiquem bem[[]]
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