quarta-feira, 31 de março de 2010
Dragão de Ouro para Ana Lourenço
Ana Lourenço (mas sempre se confirma que ela é amiga de família de Pinto da Costa?), entrevistou Ricardo Costa, presidente da comissão disciplinar da Liga de clubes de futebol.
Tirando a defesa ao Porto e a Pinto da Costa («o Dr. Pinto da Costa foi ilibado de todas as acusações», disse), Ana Lourenço manteve-se constantemente ao ataque a Ricardo Costa e ao Benfica.
As suas últimas perguntas (suas mesmo?) foram «O senhor é benfiquista?», «é verdade que esteve na tribuna de honra no Leixões-Benfica?» (Ricardo Costa disse que sim, como esteve noutros, sendo que o primeiro estádio a que assistiu a um jogo na qualidade de presidente da comissão disciplinar tinha sido do fcp no estádio do dragão...), «por que não foi aberto inquérito ao que se passou no intervalo do Benfica-Nacional» e «vai para a SAD do Benfica?»
Naquilo que mais pareceu mais um frete Ana Lourenço ao fcp (está-se a fazer ao dragão de ouro?), salvou-se a prestação juridicamente brilhante de Ricardo Costa.
Luís Filipe Vieira vs. Pinto da Costa
Acompanhei (e gostei) com atenção o duelo televisivo da noite.
Na minha opinião a entrevista de LFV foi entediante. Nada de verdadeiramente novo foi ali dito. Reforcei a ideia que tinha de que o Benfica apresenta um projecto empresarial sólido, serio e competente. Tendo também um projecto desportivo putativamente vencedor. No mais, apesar de em noventa e nove por cento do tempo se ter falado do Benfica, nada de revelador veio a lume.
Já a entrevista de PC foi bem mais reveladora a até divertida. Destilando ódio por todos os poros, PC passou, pelo menos, oitenta por cento do tempo a falar do Benfica e não do Porto. Titubeante, trapalhão, por vezes mesmo contraditório, PC limitou-se a atacar “ad hominem” LFV e descrever intrigas, casos e subjectividades.
Em suma: enquanto LFV demonstra desejar um Benfica jovem, rejuvenescido e positivo, PC bate na velha e gasta tecla do discurso negativo e negativista.
Sucede que o futebol-empresa do século XXI é substancialmente diferente do futebol-capela dos anos 80 do século passado. O futuro dirá quem apresenta a aposta acertada. Por mim, rejubilo com a noite de hoje.
Na minha opinião a entrevista de LFV foi entediante. Nada de verdadeiramente novo foi ali dito. Reforcei a ideia que tinha de que o Benfica apresenta um projecto empresarial sólido, serio e competente. Tendo também um projecto desportivo putativamente vencedor. No mais, apesar de em noventa e nove por cento do tempo se ter falado do Benfica, nada de revelador veio a lume.
Já a entrevista de PC foi bem mais reveladora a até divertida. Destilando ódio por todos os poros, PC passou, pelo menos, oitenta por cento do tempo a falar do Benfica e não do Porto. Titubeante, trapalhão, por vezes mesmo contraditório, PC limitou-se a atacar “ad hominem” LFV e descrever intrigas, casos e subjectividades.
Em suma: enquanto LFV demonstra desejar um Benfica jovem, rejuvenescido e positivo, PC bate na velha e gasta tecla do discurso negativo e negativista.
Sucede que o futebol-empresa do século XXI é substancialmente diferente do futebol-capela dos anos 80 do século passado. O futuro dirá quem apresenta a aposta acertada. Por mim, rejubilo com a noite de hoje.
terça-feira, 30 de março de 2010
Estação Primavera/Verão 2010 (0)
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
(...)
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
(...)
(...)
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
(...)
...
[cada vez mais] belo blogue (link).
segunda-feira, 29 de março de 2010
O Benfica como religião
Pela segunda vez num curto período de tempo, a blogosfera benfiquista, ajuda a “desenterrar” um documento precioso para compreender melhor o nosso Querido Clube.
Desta vez foi o Ricardo (link), a sugerir-nos a leitura de “O Benfica como Religião”.
Neste pequeno livro, que em bom rigor mais não é do que a publicação de um trabalho académico elaborado no âmbito da realização de uma licenciatura em Ciência das Religiões, José Jacinto Pereira questiona radicalmente a ontologia do Sport Lisboa e Benfica recorrendo para isso ao estudo – ainda que sucinto – das origens do clube, raiz do seu emblema e lema, fazendo também um percurso pela mística benfiquista.
Se o tema do texto está bom de ver no seu próprio titulo a tese nele defendida não deixa de surpreender: existe de facto”a religião do Glorioso Benfica”. E tal prova-se, segundo José Jacinto Pereira, pelas origens do clube, pela figura e obra de Felix Bermudes, pelo emblema adoptado, pela assumpção do epíteto “O Glorioso”, pala adopção de um conjunto de residuais místicos aos quais se convencionou chamar “mística benfiquista” (mística esta que, por exemplo, nas palavras do “Feiticeiro húngaro” Bela Guttmann faz de simples jogadores “futebolistas assombrosos e terríveis” – pensem nalguns meninos que temos no plantel esta época) mas também pela adopção de expressões como “Catedral da Luz”, “Inferno da Luz” e acrescentamos nós – se tal nos for permitido - “Manto Sagrado” em referência à camisola do Benfica.
Pelo que vai dito, está bom de ver que a leitura deste pequeno mas riquíssimo texto não é apenas obrigatória mas sim fundamental para benfiquista que se preze.
Agradeço de novo ao Ricardo (link) pela dica e ao José Jacinto Pereira (link) a quem, se me permite, sugiro o aprofundamento do estudo aqui descrito.
Desta vez foi o Ricardo (link), a sugerir-nos a leitura de “O Benfica como Religião”.
Neste pequeno livro, que em bom rigor mais não é do que a publicação de um trabalho académico elaborado no âmbito da realização de uma licenciatura em Ciência das Religiões, José Jacinto Pereira questiona radicalmente a ontologia do Sport Lisboa e Benfica recorrendo para isso ao estudo – ainda que sucinto – das origens do clube, raiz do seu emblema e lema, fazendo também um percurso pela mística benfiquista.
Se o tema do texto está bom de ver no seu próprio titulo a tese nele defendida não deixa de surpreender: existe de facto”a religião do Glorioso Benfica”. E tal prova-se, segundo José Jacinto Pereira, pelas origens do clube, pela figura e obra de Felix Bermudes, pelo emblema adoptado, pela assumpção do epíteto “O Glorioso”, pala adopção de um conjunto de residuais místicos aos quais se convencionou chamar “mística benfiquista” (mística esta que, por exemplo, nas palavras do “Feiticeiro húngaro” Bela Guttmann faz de simples jogadores “futebolistas assombrosos e terríveis” – pensem nalguns meninos que temos no plantel esta época) mas também pela adopção de expressões como “Catedral da Luz”, “Inferno da Luz” e acrescentamos nós – se tal nos for permitido - “Manto Sagrado” em referência à camisola do Benfica.
Pelo que vai dito, está bom de ver que a leitura deste pequeno mas riquíssimo texto não é apenas obrigatória mas sim fundamental para benfiquista que se preze.
Agradeço de novo ao Ricardo (link) pela dica e ao José Jacinto Pereira (link) a quem, se me permite, sugiro o aprofundamento do estudo aqui descrito.
domingo, 28 de março de 2010
Quarta de dez finais
Ansiedade, ansiedade, ansiedade. A puta da ansiedade.
Ansiedade nas bancadas, que teve o sue expoente máximo quando um estádio inteira grita “Quiimm!!”, numa bola perfeitamente controlada; ansiedade no terreno de jogo, quando o Benfica por vezes, paradoxalmente, no processo ofensivo, joga depressa demais; ansiedade até no banco, com a saída de Ramires.
Porquê tanta ansiedade, porquê tanta fome de glória?
Foi assim no sábado à noite. Sessenta e muitas mil almas ansiosas nas bancadas, onze jogadores com pressa de vencer. E, como se disse anteriormente, um Benfica que encontra em si mesmo o maior adversário que pode ter pela frente.
Com tanta ansiedade junta, só deu para obter uma vitória “à braguinha”. Curta, pouco radiosa, mas ainda assim vitória. É o futebol: um a zero, basta!
No mais foi um espectáculo glorioso nas bancadas, com a maior “casa” da época a transformar a Catedral no verdadeiro Inferno que tantas vezes no passado nos trouxe fama e glória.
No Topo Sul, a mãe de todos os panos. Nos Diabos, uma das melhores frases dos últimos anos: “Escuta, da curva, o desejo de uma Nação. Nós só queremos Benfica campeão” – impossível sintetizar melhor em tão poucas palavras tantos e tantos sentimentos. Um pouco por todo o estádio, vão surgindo cada vez mais bandeiras, tochas…, e até o Grupo Manks estreou um belo pano que podem ver aqui (link).
Era o tal ciclo terrível, não era? Em quatro finais do campeonato, outras tantas conquistas. Numa final da Taça da Liga, um troféu e uma humilhação ao adversário. Na Europa, prosseguimos o nosso caminho já na quinta-feira.
No futuro…, menos ansiedade, por favor!
Ansiedade nas bancadas, que teve o sue expoente máximo quando um estádio inteira grita “Quiimm!!”, numa bola perfeitamente controlada; ansiedade no terreno de jogo, quando o Benfica por vezes, paradoxalmente, no processo ofensivo, joga depressa demais; ansiedade até no banco, com a saída de Ramires.
Porquê tanta ansiedade, porquê tanta fome de glória?
Foi assim no sábado à noite. Sessenta e muitas mil almas ansiosas nas bancadas, onze jogadores com pressa de vencer. E, como se disse anteriormente, um Benfica que encontra em si mesmo o maior adversário que pode ter pela frente.
Com tanta ansiedade junta, só deu para obter uma vitória “à braguinha”. Curta, pouco radiosa, mas ainda assim vitória. É o futebol: um a zero, basta!
No mais foi um espectáculo glorioso nas bancadas, com a maior “casa” da época a transformar a Catedral no verdadeiro Inferno que tantas vezes no passado nos trouxe fama e glória.
No Topo Sul, a mãe de todos os panos. Nos Diabos, uma das melhores frases dos últimos anos: “Escuta, da curva, o desejo de uma Nação. Nós só queremos Benfica campeão” – impossível sintetizar melhor em tão poucas palavras tantos e tantos sentimentos. Um pouco por todo o estádio, vão surgindo cada vez mais bandeiras, tochas…, e até o Grupo Manks estreou um belo pano que podem ver aqui (link).
Era o tal ciclo terrível, não era? Em quatro finais do campeonato, outras tantas conquistas. Numa final da Taça da Liga, um troféu e uma humilhação ao adversário. Na Europa, prosseguimos o nosso caminho já na quinta-feira.
No futuro…, menos ansiedade, por favor!
sábado, 27 de março de 2010
Mantém te original
...excelente!
sexta-feira, 26 de março de 2010
Imagens eventualmente chocantes
Que, todavia, devem ser vistas por todos.
...eu avisei!
Eu hoje acordei assim...
Diz-se por ai, que uma tal Carbonara - Movimento Monárquico para as Massas (link), foi a autora do belo trabalho que as fotos documentam.
quinta-feira, 25 de março de 2010
Foto: arquivo (I)
Afinal o “Foto: arquivo” (link) teve um parto tardio.
Já não é mau, com este post salvou-se de ser um nado morto. Veremos se sobrevive aos primeiros dias…, coitado.
Graças a um grupo que foi criado no facebook entreguei-me ao trabalho de, finalmente, digitalizar uma dúzia das muitas dezenas de fotografias que os meus pais têm sabido bem guardar ao longo destes anos todos.
O túnel do tempo remete-nos então para o longínquo dia 14 de Dezembro de 1980 e para o salão de festas da Igreja de São Domingos de Benfica, em Lisboa, onde se realizou uma determinada festa de Natal.
A legenda desta foto, ou melhor a sua descrição ou significado, dava pano para mangas e caracteres para muitos posts.
Não vou por ai. Sorrio, e vou apenas chamar a este post (não à fotografia, claro) o meu momento ("diz que é uma espécie de") Dias Assim (link).
Já não é mau, com este post salvou-se de ser um nado morto. Veremos se sobrevive aos primeiros dias…, coitado.
Graças a um grupo que foi criado no facebook entreguei-me ao trabalho de, finalmente, digitalizar uma dúzia das muitas dezenas de fotografias que os meus pais têm sabido bem guardar ao longo destes anos todos.
O túnel do tempo remete-nos então para o longínquo dia 14 de Dezembro de 1980 e para o salão de festas da Igreja de São Domingos de Benfica, em Lisboa, onde se realizou uma determinada festa de Natal.
A legenda desta foto, ou melhor a sua descrição ou significado, dava pano para mangas e caracteres para muitos posts.
Não vou por ai. Sorrio, e vou apenas chamar a este post (não à fotografia, claro) o meu momento ("diz que é uma espécie de") Dias Assim (link).
Tags:
fotoarquivo,
graças ao facebook
Campo Contra Campo (CXLVIII)
Segundo o Público, 2010 vai ser o ano do cinema português no IndieLisboa, claramente o melhor Festival de Cinema que Lisboa acolhe.
A programação da 7ª edição do IndieLisboa será divulgada amanhã diz o sítio do festival (link).
Como sempre..., a não perder.
quarta-feira, 24 de março de 2010
Se os stewards são "público" e não "intervenientes"...
... poderei recusar-me a ser revistado à entrada dos estádios e ainda assim assistir aos jogos?
Imaginem que eram adeptos do Porto...
...vá, eu sei que é difícil, impossível, quase; mas façam um esforço, grande, claro.
Pronto, peço desculpa.
Façamos então o exercício de forma diferente. Imaginem que a justiça desportiva vos "roubava" um jogador por quatro meses. Depois, passados três desses quatro meses, em sede de recurso, a mesma justiça vinha dizer que a pena afinal é de “apenas” três jogos, ie cerca de 3 semanas.
Pois. E agora?
Como se sentiriam caso um jogador do nosso Querido Clube fosse impedido de jogar durante dois meses pela (in)justiça desportiva?
E agora? Como vai o clube corrupto reagir perante tamanha incompetência, tamanha incúria, vá…, tamanha estupidez humana?
Há cerca de um mês deixei aqui o alerta (link). Depois não venham dizer que não foram avisados.
Pronto, peço desculpa.
Façamos então o exercício de forma diferente. Imaginem que a justiça desportiva vos "roubava" um jogador por quatro meses. Depois, passados três desses quatro meses, em sede de recurso, a mesma justiça vinha dizer que a pena afinal é de “apenas” três jogos, ie cerca de 3 semanas.
Pois. E agora?
Como se sentiriam caso um jogador do nosso Querido Clube fosse impedido de jogar durante dois meses pela (in)justiça desportiva?
E agora? Como vai o clube corrupto reagir perante tamanha incompetência, tamanha incúria, vá…, tamanha estupidez humana?
Há cerca de um mês deixei aqui o alerta (link). Depois não venham dizer que não foram avisados.
Ainda a conquista da Taça da Liga
Estas coisas são para serem degustadas, fundamentalmente com tranquilidade – como diria o outro.
Hoje é um dia como outro qualquer para continuar a festejar a primeira conquista oficial do ano. Conquista essa que me fez recordar algumas ideias que tenho defendido com afinco.
Primeira: sempre achei (e continuo a achar) que existe espaço no calendário nacional par mais esta competição oficial. Coisa diferente é o seu modelo e calendário. A prova de que uma Taça da Liga vale a pena está ai. Este ano serviu para jogarmos em Alvalade e no Algarve com lagartos e tripeiros; dois jogos que acabaram da mesma maneira: “às tantas” no “Sem Palavras”, uma cervejaria catita ali para os lados da Rio de Janeiro, a comer pregos, beber sagres e dar vivas ao Benfica.
Depois: desde o inicio da época que venho dizendo, ter este Benfica de ser muito, mas muito, mas mesmo muito, mas mesmo mesmo muito muito roubado para não vencer títulos. A prova está ai. Nem (mais!) um árbitro que confunde as leis do futebol com as leis da selva impediram uma vitória, feliz, é certo, mas inteiramente justa da equipa de futebol que defrontou a turba de trogloditas.
Falando do futuro. Esta vitória elevou os meus níveis de confiança para máximos históricos. Prosseguindo na metáfora dos mercados financeiros, o Benfica está fortemente bullish. Eu repito. É o Benfica que está bullish não o meu (ou nosso) sentimento. Por outras palavras. Pelo que joga e pela “estrela” que o acompanha, o Benfica pode vencer as demais competições em que está inserido. Admito-o pela primeira vez esta época ao mesmo tempo que afirmo (há quantos anos não poderíamos dizer a meio de Março?), o Benfica pode ser campeão e pode vencer um título europeu!
O Benfica pode, claramente, bater qualquer um dos adversários que terá ainda de enfrentar. Para tal bastará manter a humildade, o trabalho, a ambição, a própria fé que tem demonstrado até aqui.
Hoje é um dia como outro qualquer para continuar a festejar a primeira conquista oficial do ano. Conquista essa que me fez recordar algumas ideias que tenho defendido com afinco.
Primeira: sempre achei (e continuo a achar) que existe espaço no calendário nacional par mais esta competição oficial. Coisa diferente é o seu modelo e calendário. A prova de que uma Taça da Liga vale a pena está ai. Este ano serviu para jogarmos em Alvalade e no Algarve com lagartos e tripeiros; dois jogos que acabaram da mesma maneira: “às tantas” no “Sem Palavras”, uma cervejaria catita ali para os lados da Rio de Janeiro, a comer pregos, beber sagres e dar vivas ao Benfica.
Depois: desde o inicio da época que venho dizendo, ter este Benfica de ser muito, mas muito, mas mesmo muito, mas mesmo mesmo muito muito roubado para não vencer títulos. A prova está ai. Nem (mais!) um árbitro que confunde as leis do futebol com as leis da selva impediram uma vitória, feliz, é certo, mas inteiramente justa da equipa de futebol que defrontou a turba de trogloditas.
Falando do futuro. Esta vitória elevou os meus níveis de confiança para máximos históricos. Prosseguindo na metáfora dos mercados financeiros, o Benfica está fortemente bullish. Eu repito. É o Benfica que está bullish não o meu (ou nosso) sentimento. Por outras palavras. Pelo que joga e pela “estrela” que o acompanha, o Benfica pode vencer as demais competições em que está inserido. Admito-o pela primeira vez esta época ao mesmo tempo que afirmo (há quantos anos não poderíamos dizer a meio de Março?), o Benfica pode ser campeão e pode vencer um título europeu!
O Benfica pode, claramente, bater qualquer um dos adversários que terá ainda de enfrentar. Para tal bastará manter a humildade, o trabalho, a ambição, a própria fé que tem demonstrado até aqui.
terça-feira, 23 de março de 2010
Estação: Outono/Inverno 09/10 (XVI)
A primavera chegou no sábado passado; e hoje, depois das ondas, já deu para fingir que era verão…
Nada a fazer. Esta “estação” termina aqui ao décimo sétimo post (pois houve um numero zero). Umas melhores outras piores aqui (link) ficaram quase duas dezenas de musicas que marcaram o tempo que passou.
E como não podia deixar de ser esta rubrica termina ao som do tempo que chega; nos próximos seis meses por certo que nos dedicaremos a coisas menos elaboradas, mais ligeiras e, quem sabe, até bem mais divertidas.
Fica então este electro-chunga, fateloso até dizer basta, Stereo Love (com um video a condizer) que, em bom rigor, é uma cançoneta que já vem do verão passado; no entanto - tal como nós -, atravessou estoicamente este Outono/Inverno e ameaça (literalmente) continuar a arreliar-nos, mas também a nos fazer sorrir, nos próximos meses.
Nada a fazer. Esta “estação” termina aqui ao décimo sétimo post (pois houve um numero zero). Umas melhores outras piores aqui (link) ficaram quase duas dezenas de musicas que marcaram o tempo que passou.
E como não podia deixar de ser esta rubrica termina ao som do tempo que chega; nos próximos seis meses por certo que nos dedicaremos a coisas menos elaboradas, mais ligeiras e, quem sabe, até bem mais divertidas.
Fica então este electro-chunga, fateloso até dizer basta, Stereo Love (com um video a condizer) que, em bom rigor, é uma cançoneta que já vem do verão passado; no entanto - tal como nós -, atravessou estoicamente este Outono/Inverno e ameaça (literalmente) continuar a arreliar-nos, mas também a nos fazer sorrir, nos próximos meses.
segunda-feira, 22 de março de 2010
Dois Pedro Nunes, um é uma grande figura Portuguesa...
... outro é Bastonário da Ordem dos Médicos. Vejam lá se acertam no que o Bastonário dos Médicos relatou ao Público de hoje.
Se fosse verdade, os médicos já tinham reparado que:
Se fosse verdade, os médicos já tinham reparado que:
- Não picar o ponto nos estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde é prejudicial para a sua assiduidade e pontualidade;
- O controlo de número de vagas em Medicina nas Universidades Portuguesas é prejudicial para a Saúde pública;
- O número de mortos nos hospitais portugueses sobe aos fins-de-semana.
sábado, 20 de março de 2010
A “Chama Imensa” de Ricardo Araújo Pereira
Líder como Luisão, eficaz como David. Incansável como Maxi, lutador como Fábio. Forte como Garcia, rápido como Ramires. Genial como Aimar, decisivo como Kardec.
Quando martela no teclado e o tema é a “Chama Imensa”, Ricardo Araújo Pereira vale, no mínimo, por meia equipa do Benfica.
Leio-o semanalmente; mas desta vez, com a devida e enorme vénia, reproduzo-o também:
'Welcome' to Algarve
Sendo o Algarve praticamente solo inglês, tenho expectativas mais ou menos elevadas para a final da Taça da Liga. Todos sabemos o que acontece ao Porto quando tem de jogar em Inglaterra contra equipas que vestem de vermelho e branco. Provavelmente por isso, a Liga tomou medidas com o intuito de equilibrar o desafio: a nomeação de Jorge Sousa é um sinal claro de que se pretende um jogo bastante nivelado. Que diriam os portistas se um antigo elemento dos No Name Boys fosse nomeado para arbitrar uma final entre Benfica e Porto? Haveria certamente vigílias lacrimejantes e pungentes comunicados. Que dizem os benfiquistas quando Jorge Sousa é nomeado para arbitrar o jogo de amanhã? Encolhem os ombros. E dizem que o jogo de Marselha, com a arbitragem que teve, foi um bom treino para esta final. É assim que se chama público aos estádios: a maior parte dos Super Dragões vai assistir à partida na bancada, mas um deles terá o privilégio de ver o jogo mesmo no relvado. Ninguém pode acusar a Liga de não saber promover o espectáculo — que terá, aliás, outros motivos de interesse. Depois das escaramuças com José Lima, no intervalo do Sporting-Porto, e com Vilas Boas, no intervalo do Académica-Porto, com quem irá desentender-se o treinador-adjunto José Gomes no intervalo da final? Como é que os stewards da Luz conseguirão provocá-lo de forma infame a 300 quilómetros de distância? Quantos jogos de suspensão serão aplicados aos jogadores do Benfica que não agredirem ninguém, como aconteceu com Cardozo no Braga-Benfica (arbitrado por Jorge Sousa)? Tal como sucedeu no ano passado, irá algum portista sugerir que o Porto perca o jogo por falta de comparência, ou esta época já lhes apetece disputar este troféu? Que inquietação.
Foi uma excelente quinta-feira europeia para os portugueses: o Benfica passou aos quartos-de-final da Liga Europa e Simão Sabrosa também. Aconteceu, em todo o caso, um episódio triste: por uma daquelas coincidências inexplicáveis, dois dias depois de Salema Garção ter instigado os adeptos do Sporting a criarem um ambiente hostil ao Atlético de Madrid, vários sportinguistas apedrejaram os adeptos espanhóis. Quem diria? No entanto, tenho a certeza de que as pedras foram trazidas de Alcochete por sócios do Benfica, os mesmos que, naquele jogo decisivo do campeonato de juniores, atiraram pedras aos inocentes sportinguistas que nunca tinham visto um paralelepípedo na vida. Entretanto, Costinha parece ser o director desportivo de que o Sporting precisava: Sá Pinto tentou expulsar Liedson do clube e não foi capaz, mas Costinha mostrou mais talento e, ao que parece, conseguiu mesmo afastar definitivamente Izmailov. A generalidade dos directores desportivos tem a responsabilidade de recrutar jogadores para a equipa que dirige; no Sporting, compete ao titular do cargo expulsar os que lá estão. É, sem dúvida, um clube diferente.
Que azar teve o Marselha: no espaço de uma semana passou de equipa que, finalmente, mostrou ao Benfica o que era ter pela frente um adversário a sério, com excelentes jogadores de nível mundial, a equipa composta por coxos que, afinal, qualquer um eliminava. Quanto aos benfiquistas, apesar da liderança do campeonato, do melhor ataque, da melhor defesa, do melhor marcador e dos quartos-de-final da Liga Europa, continuam a não embandeirar em arco. Quem quiser saber o que é embandeirar em arco, leia o que se escreveu na semana em que o terceiro classificado ganhou ao Arsenal em casa com um frango e um golo à chico-esperto. Euforia ridícula é aquilo, como os factos viriam a demonstrar com alguma dureza.
Quando martela no teclado e o tema é a “Chama Imensa”, Ricardo Araújo Pereira vale, no mínimo, por meia equipa do Benfica.
Leio-o semanalmente; mas desta vez, com a devida e enorme vénia, reproduzo-o também:
'Welcome' to Algarve
Sendo o Algarve praticamente solo inglês, tenho expectativas mais ou menos elevadas para a final da Taça da Liga. Todos sabemos o que acontece ao Porto quando tem de jogar em Inglaterra contra equipas que vestem de vermelho e branco. Provavelmente por isso, a Liga tomou medidas com o intuito de equilibrar o desafio: a nomeação de Jorge Sousa é um sinal claro de que se pretende um jogo bastante nivelado. Que diriam os portistas se um antigo elemento dos No Name Boys fosse nomeado para arbitrar uma final entre Benfica e Porto? Haveria certamente vigílias lacrimejantes e pungentes comunicados. Que dizem os benfiquistas quando Jorge Sousa é nomeado para arbitrar o jogo de amanhã? Encolhem os ombros. E dizem que o jogo de Marselha, com a arbitragem que teve, foi um bom treino para esta final. É assim que se chama público aos estádios: a maior parte dos Super Dragões vai assistir à partida na bancada, mas um deles terá o privilégio de ver o jogo mesmo no relvado. Ninguém pode acusar a Liga de não saber promover o espectáculo — que terá, aliás, outros motivos de interesse. Depois das escaramuças com José Lima, no intervalo do Sporting-Porto, e com Vilas Boas, no intervalo do Académica-Porto, com quem irá desentender-se o treinador-adjunto José Gomes no intervalo da final? Como é que os stewards da Luz conseguirão provocá-lo de forma infame a 300 quilómetros de distância? Quantos jogos de suspensão serão aplicados aos jogadores do Benfica que não agredirem ninguém, como aconteceu com Cardozo no Braga-Benfica (arbitrado por Jorge Sousa)? Tal como sucedeu no ano passado, irá algum portista sugerir que o Porto perca o jogo por falta de comparência, ou esta época já lhes apetece disputar este troféu? Que inquietação.
Foi uma excelente quinta-feira europeia para os portugueses: o Benfica passou aos quartos-de-final da Liga Europa e Simão Sabrosa também. Aconteceu, em todo o caso, um episódio triste: por uma daquelas coincidências inexplicáveis, dois dias depois de Salema Garção ter instigado os adeptos do Sporting a criarem um ambiente hostil ao Atlético de Madrid, vários sportinguistas apedrejaram os adeptos espanhóis. Quem diria? No entanto, tenho a certeza de que as pedras foram trazidas de Alcochete por sócios do Benfica, os mesmos que, naquele jogo decisivo do campeonato de juniores, atiraram pedras aos inocentes sportinguistas que nunca tinham visto um paralelepípedo na vida. Entretanto, Costinha parece ser o director desportivo de que o Sporting precisava: Sá Pinto tentou expulsar Liedson do clube e não foi capaz, mas Costinha mostrou mais talento e, ao que parece, conseguiu mesmo afastar definitivamente Izmailov. A generalidade dos directores desportivos tem a responsabilidade de recrutar jogadores para a equipa que dirige; no Sporting, compete ao titular do cargo expulsar os que lá estão. É, sem dúvida, um clube diferente.
Que azar teve o Marselha: no espaço de uma semana passou de equipa que, finalmente, mostrou ao Benfica o que era ter pela frente um adversário a sério, com excelentes jogadores de nível mundial, a equipa composta por coxos que, afinal, qualquer um eliminava. Quanto aos benfiquistas, apesar da liderança do campeonato, do melhor ataque, da melhor defesa, do melhor marcador e dos quartos-de-final da Liga Europa, continuam a não embandeirar em arco. Quem quiser saber o que é embandeirar em arco, leia o que se escreveu na semana em que o terceiro classificado ganhou ao Arsenal em casa com um frango e um golo à chico-esperto. Euforia ridícula é aquilo, como os factos viriam a demonstrar com alguma dureza.
sexta-feira, 19 de março de 2010
Elogio à felicidade
Cerca de vinte e quatro horas após a épica eliminação do Marselha no seu território, nada mais há para dizer sobre o jogo.
Mas muito haverá por contar sobre essas horas de supremo prazer. É esse o tema desta crónica.
Ao ver a segunda parte do jogo de Marselha num bafiento bar de aspecto vagamente British, no muito alfacinha Cais do Sodré, acompanhado de amigos maioritariamente lagartos, sabia de antemão, estar a optar por uma espécie de imolação.
Foi assim que me senti imediatamente após o golo francês. E depois…, depois como tinha dito há uma semana atrás no rescaldo da primeira mão, o Benfica até podia sofrer um golo que nada alteraria a nossa forma de encarar o jogo.
E assim foi…, quem porfia mata caça e a sorte dá, na maior parte das vezes, um trabalhão tremendo. Nunca tendo medo de ser feliz, o Benfica acabou por cumprir o seu destino.
Está na hora de puxar pelos galões…
Para além de outras coisas mais, Sexta-feira, dia 12 de Março escrevia eu aqui no rescaldo do empate caseiro com o Marselha: penso que nada está perdido na aventura europeia. Sendo certo que daqui por uma semana vamos jogar num dos palcos mais difíceis do futebol mundial, certo é que o Benfica tem qualidade para derrotar este Marselha no seu doentio território.
E depois?
Depois houve um berro que me saiu das entranhas mais obscuras após aquele remate do Maxi; depois houve cerveja a voar após o pontapé do “espírita”. E abraços a gente que nunca tinha visto na vida, de outras raças, cores e, suspeito, credos. Houve beijos à cadeira que "me deu sorte” e a um amigo (tão sabedor de futebol que minutos antes perguntou-me de que cor estava a jogar o Benfica) que ao ver o David a afagar a bola antes do lançamento disse pela primeira e única vez nesse fim de tarde, “olha, que vai ser o golo do Benfica”.
Possuído pela luz da felicidade, só após o apito final realizei que o jogo estaria “automaticamente” ganho após o golo do meu amor Kardec.
E depois?
E depois jantou-se por ali saboreando também a queda dos vizinhos do lado. E no fim, no fim da Rua do Alecrim, o trânsito parou por momentos porque abracei um estranho que possuído só gritava Benfica, Benfica, Benfica!!!
E subiu-se ao Bairro (mais) Alto para continua a viver.
Não sei se o consigo com estas palavras. Mas, no fundo, o que eu queria dizer era algo muito simples: o Benfica (para além das ondas) é neste momento da minha vida das poucas coisas que me fazem sentir verdadeiramente vivo. E por isso fico muito contente com este ciclo de jogos (link) que ai vem.
Sim, foi por certo em momentos como o que estamos a viver há semanas e continuaremos a viver até que as pernas lhes doam, que os homens que inventaram o “Football Association” (link) pensaram há mais de século e meio.
[Se me permitem…, só mais uma coisa. Foi dificílimo escolher a imagem que ilustra este longo texto. Foi esta. Porque na sua riqueza de pormenores sintetiza tantos, tantos sentimentos]
Mas muito haverá por contar sobre essas horas de supremo prazer. É esse o tema desta crónica.
Ao ver a segunda parte do jogo de Marselha num bafiento bar de aspecto vagamente British, no muito alfacinha Cais do Sodré, acompanhado de amigos maioritariamente lagartos, sabia de antemão, estar a optar por uma espécie de imolação.
Foi assim que me senti imediatamente após o golo francês. E depois…, depois como tinha dito há uma semana atrás no rescaldo da primeira mão, o Benfica até podia sofrer um golo que nada alteraria a nossa forma de encarar o jogo.
E assim foi…, quem porfia mata caça e a sorte dá, na maior parte das vezes, um trabalhão tremendo. Nunca tendo medo de ser feliz, o Benfica acabou por cumprir o seu destino.
Está na hora de puxar pelos galões…
Para além de outras coisas mais, Sexta-feira, dia 12 de Março escrevia eu aqui no rescaldo do empate caseiro com o Marselha: penso que nada está perdido na aventura europeia. Sendo certo que daqui por uma semana vamos jogar num dos palcos mais difíceis do futebol mundial, certo é que o Benfica tem qualidade para derrotar este Marselha no seu doentio território.
E depois?
Depois houve um berro que me saiu das entranhas mais obscuras após aquele remate do Maxi; depois houve cerveja a voar após o pontapé do “espírita”. E abraços a gente que nunca tinha visto na vida, de outras raças, cores e, suspeito, credos. Houve beijos à cadeira que "me deu sorte” e a um amigo (tão sabedor de futebol que minutos antes perguntou-me de que cor estava a jogar o Benfica) que ao ver o David a afagar a bola antes do lançamento disse pela primeira e única vez nesse fim de tarde, “olha, que vai ser o golo do Benfica”.
Possuído pela luz da felicidade, só após o apito final realizei que o jogo estaria “automaticamente” ganho após o golo do meu amor Kardec.
E depois?
E depois jantou-se por ali saboreando também a queda dos vizinhos do lado. E no fim, no fim da Rua do Alecrim, o trânsito parou por momentos porque abracei um estranho que possuído só gritava Benfica, Benfica, Benfica!!!
E subiu-se ao Bairro (mais) Alto para continua a viver.
Não sei se o consigo com estas palavras. Mas, no fundo, o que eu queria dizer era algo muito simples: o Benfica (para além das ondas) é neste momento da minha vida das poucas coisas que me fazem sentir verdadeiramente vivo. E por isso fico muito contente com este ciclo de jogos (link) que ai vem.
Sim, foi por certo em momentos como o que estamos a viver há semanas e continuaremos a viver até que as pernas lhes doam, que os homens que inventaram o “Football Association” (link) pensaram há mais de século e meio.
[Se me permitem…, só mais uma coisa. Foi dificílimo escolher a imagem que ilustra este longo texto. Foi esta. Porque na sua riqueza de pormenores sintetiza tantos, tantos sentimentos]
Alan Kardec
Kardec é uma espécie de Jardel do Século XXI. Não encanta, mas é prático. E resolve.
É o que dizem do lado de lá do Atlântico. A ler com carácter de urgência (link).
quinta-feira, 18 de março de 2010
Novo episódio na intifada de Telheiras
Começa a ser comum ver os lags tentarem resolver os seus problemas à pedrada.
Foi assim na época passada em Alcochete na decisão do campeonato nacional de Juniores; foi assim, já esta época, quando as coisas começaram a correr mal à então equipa do saudoso Paulo Bento (link).
E provando que não há duas sem três, foi assim uma vez mais já hoje.
Apesar da imbecilidade dos comentários do repórter Nuno Pereira da SIC – que por palavras suas tenta negar a evidencia das imagens – fica claro o selvagem ataque que é feito aos adeptos do Atlético ainda estes não tinham posto os pés em Lisboa.
Vejam as imagens e tirem as vossas próprias conclusões.
Foi assim na época passada em Alcochete na decisão do campeonato nacional de Juniores; foi assim, já esta época, quando as coisas começaram a correr mal à então equipa do saudoso Paulo Bento (link).
E provando que não há duas sem três, foi assim uma vez mais já hoje.
Apesar da imbecilidade dos comentários do repórter Nuno Pereira da SIC – que por palavras suas tenta negar a evidencia das imagens – fica claro o selvagem ataque que é feito aos adeptos do Atlético ainda estes não tinham posto os pés em Lisboa.
Vejam as imagens e tirem as vossas próprias conclusões.
O telejornal das 8 não “dá” destas coisas…
…o Prós e Contras muito menos.
Felizmente, em Portugal, ainda há quem pense. São poucos, é certo. Mas bem bons.
Felizmente, em Portugal, ainda há quem pense. São poucos, é certo. Mas bem bons.
Surf & Cidade 2 from Surf/Sociedade/Economia/Cidade on Vimeo.
Surf & Cidade 3 from Surf/Sociedade/Economia/Cidade on Vimeo.
[mais aqui (link)]quarta-feira, 17 de março de 2010
O céu como futuro
Este artigo do The New York Times (link) é exemplar a vários títulos.
Era tão bom que a impressa on-line portuguesa fosse assim escorreita, perspicaz, informada, clara, sucinta, esclarecedora; que, numa palavra, fosse impressa.
Era tão bom que a impressa on-line portuguesa fosse assim escorreita, perspicaz, informada, clara, sucinta, esclarecedora; que, numa palavra, fosse impressa.
terça-feira, 16 de março de 2010
Uuooohhhhhhhh
Concentrem-se nesta imagens. Vejam-nas com olhos de ver.
É ou não impossível não ficar com um ar meio marado e um sorriso de orelha a orelha?
[via Palavras de Sal]
É ou não impossível não ficar com um ar meio marado e um sorriso de orelha a orelha?
[via Palavras de Sal]
Go Pro HD first surf from goosesPOV on Vimeo.
Campo Contra Campo (CXLVII)
Precious, ****
The Hurt Locker – Estado de Guerra, *****
O que é que “Precious” tem a ver com “The Hurt Locker”?
Felizmente, a premonição que aqui deixei quanto à corrida aos Óscares (link) estava redondamente enganada. A edição deste ano foi particularmente feliz na atribuição de algumas das cobiçadas estatuetas douradas.
Foi o caso dos prémios para Melhor Actriz Secundária e Melhor Argumento Adaptado arrebatados pelo brutal “Precious”, um filme que nos conduz pelos labirintos – sempre insondáveis – dos limites da natureza humana.
Num cenário perfeitamente antagónico, é também esse o território que percorre o monumental “The Hurt Locker” (“Estado de Guerra” na versão portuguesa – ou mais uma tradução que merecia ver os seus autores a voarem em pedacinhos pelos céus de Bagdade…) vencedor, entre outros, dos prémios para Melhor Filme, Melhor Realização, Melhor Argumento Original e, last but not least, Melhor Montagem.
Subjectivamente aprecio bastante estes ensaios ontológicos sobre o bicho homem. Objectivamente, beijados pela "serpente" independente, ambos os filmes surgem como dois valentes murros no estômago do infeliz e desamparado espectador. E a longa distancia que medeia Nova Iorque de Bagdade acaba por ser a mesma a que estes dois filmes deixam o irrelevante Avatar (pelo menos na versão 2D).
A Academia ainda sabe distinguir o bom cinema.
The Hurt Locker – Estado de Guerra, *****
O que é que “Precious” tem a ver com “The Hurt Locker”?
Felizmente, a premonição que aqui deixei quanto à corrida aos Óscares (link) estava redondamente enganada. A edição deste ano foi particularmente feliz na atribuição de algumas das cobiçadas estatuetas douradas.
Foi o caso dos prémios para Melhor Actriz Secundária e Melhor Argumento Adaptado arrebatados pelo brutal “Precious”, um filme que nos conduz pelos labirintos – sempre insondáveis – dos limites da natureza humana.
Num cenário perfeitamente antagónico, é também esse o território que percorre o monumental “The Hurt Locker” (“Estado de Guerra” na versão portuguesa – ou mais uma tradução que merecia ver os seus autores a voarem em pedacinhos pelos céus de Bagdade…) vencedor, entre outros, dos prémios para Melhor Filme, Melhor Realização, Melhor Argumento Original e, last but not least, Melhor Montagem.
Subjectivamente aprecio bastante estes ensaios ontológicos sobre o bicho homem. Objectivamente, beijados pela "serpente" independente, ambos os filmes surgem como dois valentes murros no estômago do infeliz e desamparado espectador. E a longa distancia que medeia Nova Iorque de Bagdade acaba por ser a mesma a que estes dois filmes deixam o irrelevante Avatar (pelo menos na versão 2D).
A Academia ainda sabe distinguir o bom cinema.
segunda-feira, 15 de março de 2010
Entretanto…, no solarengo país do Pinóqiuo
Terceira de dez finais
Mais uma vez tentei. Não consigo!
Não consigo ver o Benfica na televisão. Não é apenas uma questão de “nervoso miudinho”. Não gosto, ponto. Final.
Já que não fui à Madeira, fugi para o cinema. Absorvido por um monumental “Estado de Guerra”, nem me lembrei que o Benfica existia. Missão cumprida.
Assim sendo, hoje não há muito a dizer. Tinha um estranho “feeling” em relação a este jogo, mas no final tudo acabou em bem…Contudo, não desejo ver o destino do nosso Querido Clube assente no esquizofrénico pé esquerdo de Cardozo.
Nesta caminhada que tracei há duas jornadas atrás, para já, estamos cem por cento vitoriosos. E assim desejo que estejamos até ao fim. Pois só a depender única e exclusivamente de nós podemos ter a certeza da vitória final.
O caminho faz-se andando!
Não consigo ver o Benfica na televisão. Não é apenas uma questão de “nervoso miudinho”. Não gosto, ponto. Final.
Já que não fui à Madeira, fugi para o cinema. Absorvido por um monumental “Estado de Guerra”, nem me lembrei que o Benfica existia. Missão cumprida.
Assim sendo, hoje não há muito a dizer. Tinha um estranho “feeling” em relação a este jogo, mas no final tudo acabou em bem…Contudo, não desejo ver o destino do nosso Querido Clube assente no esquizofrénico pé esquerdo de Cardozo.
Nesta caminhada que tracei há duas jornadas atrás, para já, estamos cem por cento vitoriosos. E assim desejo que estejamos até ao fim. Pois só a depender única e exclusivamente de nós podemos ter a certeza da vitória final.
O caminho faz-se andando!
domingo, 14 de março de 2010
paleta de palavras lxxxvi
O em um
«O amor amado é um peso-pesado,
um presente inconstantemente ausente,
momentâneo, trajado, como a felicidade inconsciente,
duplamente fugaz, rochado em rostos e toques passados,
sobejado em fugas e tactos actualizados,
rodeado de olhares constâncios, quedivos,
condenados ao futuro, sem paz, repetidos,
cheios de memória e esperança num final regressado,
sem fim, o fim, último, que com sombra do passado,
termina na companhia do outro, consorte do mundo,
e na réstia da festa do corpo separado... ou moribundo.»
Miguel Pessoa Campomaior, in "Poesias Urbanas".
Estação: Outono/Inverno 09/10 (XV)
Pussy Wagon. O nome diz-vos alguma coisa?
Pussy Wagon era a Chevrolet Silverado Truck (em português, a carrinha) em que “The Bride” (Uma Thurman) fugia do hospital em Kill Bill Vol.1, a obra-prima de Tarantino.
Ora, Jonas Akerlund ressuscitou-a (à carrinha, claro) para o magnifico clip de Telephone de Lady Gaga (onde Beyoncé também faz dá uma perninha). Aliás, todo o vídeo é pautado pelo imaginário de Tarantino.
E, se a música de Gaga fosse tão boa como os seus vídeos, tínhamos nova Rainha da Pop para as próximas décadas.
Pussy Wagon era a Chevrolet Silverado Truck (em português, a carrinha) em que “The Bride” (Uma Thurman) fugia do hospital em Kill Bill Vol.1, a obra-prima de Tarantino.
Ora, Jonas Akerlund ressuscitou-a (à carrinha, claro) para o magnifico clip de Telephone de Lady Gaga (onde Beyoncé também faz dá uma perninha). Aliás, todo o vídeo é pautado pelo imaginário de Tarantino.
E, se a música de Gaga fosse tão boa como os seus vídeos, tínhamos nova Rainha da Pop para as próximas décadas.
sábado, 13 de março de 2010
Congresso do PSD
Sábado ou Sábado e Domingo?
As agências de rating estão atentas à decisão maior do Congresso do PSD!
Os celibatários são pedófilos por Arrasto?
O Arrastão associa o celibato dos sacerdotes da Igreja de Roma aos inúmeros casos de pedofilia que a têm envergonhado.
Confesso que esperava outra posição de um blogue que se tem destacado pela livre orientação sexual. É que heterossexuais, homossexuais, bissexuais, celibatários, etc., a opção de cada um diz respeito apenas a cada um, não devendo tal opção ser condicionada pela moral da maioria.
sexta-feira, 12 de março de 2010
Isto anda tudo ligado
- Cavaco não sabia o que o seu assessor Fernando Lima andava a fazer em seu nome mas está convencido de que Sócrates sabia que a PT ia comprar a TVI. Conclusão: Sócrates sabe o que tem de saber e o que não tem de saber e Cavaco Silva só sabe que Sócrates sabe, desconhece tudo o resto, incluindo o que sabe na sua própria "casa". (O Jumento);
- Quando se é Presidente da República acho que o povo precisa de saber se o seu representante máximo está na plena posse das suas faculdades. (JN).
n músicas lxxxviii
Há histórias que davam uma música, há músicas que dão para muitas histórias...
Nada está perdido, Benfica
Na minha nada modesta opinião o Benfica optou hoje por uma estratégia de altíssimo risco. Até ao minuto 63, altura em que JJ troca Aimar por Martins, o Benfica jogou num estranho e atípico futebol de contenção. Acontece que este Benfica pura e simplesmente não sabe entreter-se com a bola. Este Benfica só sabe jogar de peito feito e olhos na baliza adversária. Foi o que fez a partir daquele minuto quando do banco veio a “senha” para tirar o açaime. Por momentos a estratégia parecia perfeita, mas esta, a perfeição, esbarrou com estrondo na barra da baliza do Topo Sul. E depois…, veio o balde de água gelada, para os fanfarrões que andaram o dia todo a dizer que menos de quatro era derrota, banharem o seu ego.
Enquanto muito provavelmente estes últimos acham que o caos é aqui e agora, eu penso que nada está perdido na aventura europeia. Sendo certo que daqui por uma semana vamos jogar num dos palcos mais difíceis do futebol mundial, certo é que o Benfica tem qualidade para derrotar este Marselha no seu doentio território.
Para mim, a confiança nesta equipa mantêm-se inabalável. Tanto que na sequência deste indesejado empate tratei de adquirir o meu bilhete para a final da “taça da carica”.
Ah…, e já que houve quem tivesse achado tanta gracinha a eu ter citado Camões no ultimo texto que escrevi sobre o nosso Querido Clube, hoje cito livremente Franklin Roosevelt: só tenho medo de ter medo.
Enquanto muito provavelmente estes últimos acham que o caos é aqui e agora, eu penso que nada está perdido na aventura europeia. Sendo certo que daqui por uma semana vamos jogar num dos palcos mais difíceis do futebol mundial, certo é que o Benfica tem qualidade para derrotar este Marselha no seu doentio território.
Para mim, a confiança nesta equipa mantêm-se inabalável. Tanto que na sequência deste indesejado empate tratei de adquirir o meu bilhete para a final da “taça da carica”.
Ah…, e já que houve quem tivesse achado tanta gracinha a eu ter citado Camões no ultimo texto que escrevi sobre o nosso Querido Clube, hoje cito livremente Franklin Roosevelt: só tenho medo de ter medo.
"Maney forda boys"
quinta-feira, 11 de março de 2010
quarta-feira, 10 de março de 2010
Campo Contra Campo (CXLVI)
Olá, hoje trago-vos um convite; uma proposta, vá; bem decente.
Não sou especialista em filmes de surf. Aliás, “filme de surf” é uma expressão que me abespinha um pouco. Um dia gostava que fosse possível falar em “cinema de surf” e não em “filmes de surf”.
É precisamente o que vos trago aqui hoje: cinema de surf.
Porque “Powers of Three” é muito mais do que meia dúzia de sequências bem filmadas, com uma músicaquinha “sempre a abrir”, para ver depois de uma matinal entre uma Sagres e uma ganza. “Powers of Three” é também muito mais que um visão documental de uma “onda”, de uma “cena”, de uma “moda”, de um “estilo” ou de um conjunto de bravos insanos.
Em “Powers of Three” estamos perante pura arte. Uma obra-prima absoluta com uma fotografia impressionante, um arrojo incomum e uma banda sonora icónica.
Se não estão para ganhar meia horitra da vossa vida com este monumento então podem ir andando. Não! Esperem. Pelo menos avancem até perto do minuto dez, aconcheguem-se, aumentem o volume e arrepiem-se. Obrigado.
Não sou especialista em filmes de surf. Aliás, “filme de surf” é uma expressão que me abespinha um pouco. Um dia gostava que fosse possível falar em “cinema de surf” e não em “filmes de surf”.
É precisamente o que vos trago aqui hoje: cinema de surf.
Porque “Powers of Three” é muito mais do que meia dúzia de sequências bem filmadas, com uma músicaquinha “sempre a abrir”, para ver depois de uma matinal entre uma Sagres e uma ganza. “Powers of Three” é também muito mais que um visão documental de uma “onda”, de uma “cena”, de uma “moda”, de um “estilo” ou de um conjunto de bravos insanos.
Em “Powers of Three” estamos perante pura arte. Uma obra-prima absoluta com uma fotografia impressionante, um arrojo incomum e uma banda sonora icónica.
Se não estão para ganhar meia horitra da vossa vida com este monumento então podem ir andando. Não! Esperem. Pelo menos avancem até perto do minuto dez, aconcheguem-se, aumentem o volume e arrepiem-se. Obrigado.
terça-feira, 9 de março de 2010
O litoral no país do Pinóquio
No país do Pinóquio a ordem é para brincar. Depois de estudos e debates, do gasto de uma pipa de massa e de rios de tinta o TGV já não avança.
No país do Pinóquio a ordem é para brincar. Quais Robins dos Bosques vão roubar aos ricos (?) para gastarem com os pobres (?). No país do Pinóquio a ordem é para brincar. E enquanto brincam uns e outros, o nosso campo de diamantes, a nossa reserva de petróleo está como podem ver nas imagens.
Por força das últimas tempestades chegadas de Sudoeste, Guincho, Fonte da Telha e São João da Caparica ficaram no calamitoso e terminal estado que as imagens - colhidas com a maré baixa - bem documentam.
No país do Pinóquio a ordem é para brincar e como tal nada, rigorosamente nada, tem sido feito nos últimos anos para salvar a nossa costa, a maior (e única?) riqueza nacional.
Uma vez mais, obrigado a todos. Ao Pinóquio, mas muito especialmente, aos que o suportam. Sintam-se orgulhosos!
No país do Pinóquio a ordem é para brincar. Quais Robins dos Bosques vão roubar aos ricos (?) para gastarem com os pobres (?). No país do Pinóquio a ordem é para brincar. E enquanto brincam uns e outros, o nosso campo de diamantes, a nossa reserva de petróleo está como podem ver nas imagens.
Por força das últimas tempestades chegadas de Sudoeste, Guincho, Fonte da Telha e São João da Caparica ficaram no calamitoso e terminal estado que as imagens - colhidas com a maré baixa - bem documentam.
No país do Pinóquio a ordem é para brincar e como tal nada, rigorosamente nada, tem sido feito nos últimos anos para salvar a nossa costa, a maior (e única?) riqueza nacional.
Uma vez mais, obrigado a todos. Ao Pinóquio, mas muito especialmente, aos que o suportam. Sintam-se orgulhosos!
segunda-feira, 8 de março de 2010
Esta também era contra as quotas
---
As mulheres e as quotas
Tenho uma espécie de "guião" das minhas conversas com os defensores das quotas.
Como as respostas deles são sempre as mesmas consigo – invariavelmente – conduzir sempre as conversas para os seguintes pontos:
1- Aos defensores das quotas de género pergunto sempre se as quotas são para aplicar em todas as profissões, como a docência no ensino básico (a escola primária) ou a enfermagem, profissões de maioria feminina.
Normalmente, dizem-me que nessas profissões não são necessárias quotas porque já há mulheres…
2- Depois “atiro” sempre com a lei n.º 14/2008, de 12/03, que “proíbe e sanciona a discriminação em função do sexo no acesso a bens e serviços e seu fornecimento”.
Todos os “quotistas” dizem concordar com esta lei.
3- De seguida pergunto se concordam com os ginásios que impedem a inscrição de homens.
Respondem-me sempre o que uma gerente de um desses ginásios me disse quando eu me tentei inscrever: “há mulheres que não se sentem bem a fazer ginástica na presença de homens, porque são olhadas”.
4- Prossigo sempre dizendo que esse é o argumento que determina a obrigatoriedade de uso de véus, burkas, shadores, etc. nos países islâmicos e pergunto se concordam com isso.
Por vezes dizem, “pois, mas é que as mulheres são diferentes dos homens e ponto final” e têm de ser tratados de maneira diferenciada.
5- Pergunto-lhes sempre se se dão conta que – tecnicamente – isso é discriminar e se concordam então com a discriminação entre sexos.
A conversa termina sempre com um olhar furioso proveniente do “quotista”.
E eu fico sempre sem respostas minimamente aceitáveis.
Como as respostas deles são sempre as mesmas consigo – invariavelmente – conduzir sempre as conversas para os seguintes pontos:
1- Aos defensores das quotas de género pergunto sempre se as quotas são para aplicar em todas as profissões, como a docência no ensino básico (a escola primária) ou a enfermagem, profissões de maioria feminina.
Normalmente, dizem-me que nessas profissões não são necessárias quotas porque já há mulheres…
2- Depois “atiro” sempre com a lei n.º 14/2008, de 12/03, que “proíbe e sanciona a discriminação em função do sexo no acesso a bens e serviços e seu fornecimento”.
Todos os “quotistas” dizem concordar com esta lei.
3- De seguida pergunto se concordam com os ginásios que impedem a inscrição de homens.
Respondem-me sempre o que uma gerente de um desses ginásios me disse quando eu me tentei inscrever: “há mulheres que não se sentem bem a fazer ginástica na presença de homens, porque são olhadas”.
4- Prossigo sempre dizendo que esse é o argumento que determina a obrigatoriedade de uso de véus, burkas, shadores, etc. nos países islâmicos e pergunto se concordam com isso.
Por vezes dizem, “pois, mas é que as mulheres são diferentes dos homens e ponto final” e têm de ser tratados de maneira diferenciada.
5- Pergunto-lhes sempre se se dão conta que – tecnicamente – isso é discriminar e se concordam então com a discriminação entre sexos.
A conversa termina sempre com um olhar furioso proveniente do “quotista”.
E eu fico sempre sem respostas minimamente aceitáveis.
Segunda de dez finais
Confesso, que apesar de terem passado cerca de doze horas desde o fim do jogo de ontem, ainda não vi nem li nada sobre o mesmo. Assim, o que vos escrevo neste momento é o que vi e senti ontem depurado apenas pelo (pouco) sono.
Apesar da relativa satisfação que encontrei na generalidade dos meus amigos benfiquistas após o jogo, o Benfica de ontem, se foi diferente dos anteriores, só o foi por excesso. Mais velocidade, mais arte, mais genica, mais ambição, mais futebol.
Sucede que…, há que contar com três coisas: uma velha, outra renovada e uma novíssima.
A velha: o adversário também conta independentemente da camisola que traz vestida. O Paços foi uma senhora equipa, das melhores que vi este ano passarem pela Luz. E por falar em adversários…, vem ai um ciclo terrível: Marselha duas vezes, deslocação à Madeira para defrontar o Nacional, Braga em casa e corruptos na final da ”Taça da carica”.
A renovada: Luisão, Saviola, e Di Maria ficaram à beira da exclusão se virem mais um cartão amarelo. Luisão, Saviola e Di Maria, cortesia de um arbitro do Porto que este ano já “tinha roubado” pontos ao Benfica por duas vezes. Esta tendência renovada para o gamanço já se tinha notado a semana passada em Matosinhos, com aquele golo do Di unanimemente mal invalidado. Obviamente, daqui até ao fim do campeonato, iremos ser mais prejudicados que nunca.
A nova: com os empates dos rivais na luta pelo título, o Benfica arranjou um novo adversário esta semana. Ele próprio. Provavelmente, o Benfica é mesmo o seu maior inimigo neste momento. Esse inimigo tem um rosto, chama-se ansiedade. Ganhar, ganhar, ganhar rapidamente e em força. Os adeptos em delírio ávidos pela conquista. Calma! Só um demente ou um imbecil pode achar que a esta distância já somos campeões.
Como escreveu Camões: “quem quer passar além do Bojador, tem que passar além da dor”. Que doa pois o que tiver de doer. Mas que se cumpra o nosso destino de vencer!
Apesar da relativa satisfação que encontrei na generalidade dos meus amigos benfiquistas após o jogo, o Benfica de ontem, se foi diferente dos anteriores, só o foi por excesso. Mais velocidade, mais arte, mais genica, mais ambição, mais futebol.
Sucede que…, há que contar com três coisas: uma velha, outra renovada e uma novíssima.
A velha: o adversário também conta independentemente da camisola que traz vestida. O Paços foi uma senhora equipa, das melhores que vi este ano passarem pela Luz. E por falar em adversários…, vem ai um ciclo terrível: Marselha duas vezes, deslocação à Madeira para defrontar o Nacional, Braga em casa e corruptos na final da ”Taça da carica”.
A renovada: Luisão, Saviola, e Di Maria ficaram à beira da exclusão se virem mais um cartão amarelo. Luisão, Saviola e Di Maria, cortesia de um arbitro do Porto que este ano já “tinha roubado” pontos ao Benfica por duas vezes. Esta tendência renovada para o gamanço já se tinha notado a semana passada em Matosinhos, com aquele golo do Di unanimemente mal invalidado. Obviamente, daqui até ao fim do campeonato, iremos ser mais prejudicados que nunca.
A nova: com os empates dos rivais na luta pelo título, o Benfica arranjou um novo adversário esta semana. Ele próprio. Provavelmente, o Benfica é mesmo o seu maior inimigo neste momento. Esse inimigo tem um rosto, chama-se ansiedade. Ganhar, ganhar, ganhar rapidamente e em força. Os adeptos em delírio ávidos pela conquista. Calma! Só um demente ou um imbecil pode achar que a esta distância já somos campeões.
Como escreveu Camões: “quem quer passar além do Bojador, tem que passar além da dor”. Que doa pois o que tiver de doer. Mas que se cumpra o nosso destino de vencer!
domingo, 7 de março de 2010
Horários: pacta sunt servanda, ou só quando dá jeito?
A quatro minutos do fim do concerto chega uma funcionário do Panteão. Estava no momento de fechar o monumento romano e a música ficava por ali. Os músicos hesitam, mas não têm alternativa. No local estavam 500 espectadores, grita-se vergonha. A agência France Presse conta que o ministro da Cultura de Itália ficou estupefacto com o caso. Sandro Ordi ordenou um inquérito e prometeu sanções contra os funcionários do panteão de Roma. O ministro diz que o caso ofendeu os turistas que visitam Itália, afectou a economia e deu uma péssima imagem do país.
Grécia na Finlândia
Parece que os cidadãos da liberal e moderna Islândia são como os gregos:
Cá como lá há quem queira que seja o cidadão a pagar os devaneios dos Hayeks e dos Friedmans da vida.
Cá como lá espero que os mandemos para as respectivas mãezinhas.
Pena que cá já lhes tenhamos pago o BPN...
sábado, 6 de março de 2010
Campo Contra Campo (CXLV)
Invictus, **
Mudança de planos. Invictus foi o escolhido para a o inicio da maratona cinematográfica do fim-de-semana. Imperdoável?
Há uma cena, repetida ad nauseam pela câmara de Eastwood que é a imagem perfeita de Invictus. No camarote presidencial da final da Taça do Mundo de Rugby de 1995, os olhos de Morgan Freeman vêem o jogo por detrás de uns supostos Ray Ban acastanhados. No reflexo das lentes, apercebemo-nos de um estádio vazio e frio que contrasta com as bancadas plenas de emoção quando a câmara faz o contracampo. Invictus poderia resumir-se a tal cena. A formalidade está toda lá mas destituída de qualquer substância.
Invictus não é apenas o pior filme de Clint Eastwood nos últimos tempos. Invictus é dos piores filmes de sempre do mestre norte-americano. Uma espécie de momento Sporting do decano realizador: fraquinho, fraquinho, fraquinho…
Imperdoável? Talvez não…, se acharmos que uma soberba reconstituição de gente e espaço, aliada a uma representação perfeita de Mandela podem salvar um filme.
Mudança de planos. Invictus foi o escolhido para a o inicio da maratona cinematográfica do fim-de-semana. Imperdoável?
Há uma cena, repetida ad nauseam pela câmara de Eastwood que é a imagem perfeita de Invictus. No camarote presidencial da final da Taça do Mundo de Rugby de 1995, os olhos de Morgan Freeman vêem o jogo por detrás de uns supostos Ray Ban acastanhados. No reflexo das lentes, apercebemo-nos de um estádio vazio e frio que contrasta com as bancadas plenas de emoção quando a câmara faz o contracampo. Invictus poderia resumir-se a tal cena. A formalidade está toda lá mas destituída de qualquer substância.
Invictus não é apenas o pior filme de Clint Eastwood nos últimos tempos. Invictus é dos piores filmes de sempre do mestre norte-americano. Uma espécie de momento Sporting do decano realizador: fraquinho, fraquinho, fraquinho…
Imperdoável? Talvez não…, se acharmos que uma soberba reconstituição de gente e espaço, aliada a uma representação perfeita de Mandela podem salvar um filme.
sexta-feira, 5 de março de 2010
Campo Contra Campo (CXLIV)
Esta um tempo magnifico!
Está um tempo magnífico para passar um fim-de-semana inteirinho (quase) totalmente dedicado à sétima arte. Bom cinema, no cinema e na televisão.
No cinema, programa das festas: “Estado de Guerra”, “Precious” e “Um Homem Singular”; a ordem dos factores é arbitrária. Na TV, amanhã, sábado, a RTP 2 exibe uma noite cinematográfica de gala com dois dos filmes menos conhecidos do mago Tim Burton. A saber, “Beetlejuice” de 1988 e “A Grande Aventura de Pee-Wee” de 1985. Absolutamente a não perder.
E na noite de Domingo: Oscars – não deixem de espreitar o sitio oficial - link.
Porreiro, pá!
Vinte anos
Cada vez trabalhamos mais; estudamos, temos de fazer desporto. Depois há a vida social, os amigos, os jantares a conversa. O cinema. Hoje, ter uma hora para a leitura do jornal em papel, aberto nas mãos, é um luxo. Caríssimo.
A vida não está fácil para os jornais em papel. Os estudos há anos que apontam o caminho. É mudar ou perecer. O on-line é o caminho. O paradigma alterou-se radicalmente em meia dúzia de anos. Primeiro o on-line não existia sequer, depois passou a ser um complemento ao papel, nos dias que correm é este que é um simples detalhe.
Hoje faz vinte anos aquele que já foi “o meu” jornal. Somos urbanos. Não nos chateamos, simplesmente separei-me dele. Quando nos encontramos falamos e damo-nos bem. Mas…nunca mais será a mesma coisa. Ando a sair - estamos ainda longe da maturidade que tive com o Público - com uma jovem letra. Modernissima, fresca, cosmopolita, sabedora daquilo que me dá prazer.
Duvido que algum dia volte para ti Público, mas tenho saudades. Muitos parabéns.
A vida não está fácil para os jornais em papel. Os estudos há anos que apontam o caminho. É mudar ou perecer. O on-line é o caminho. O paradigma alterou-se radicalmente em meia dúzia de anos. Primeiro o on-line não existia sequer, depois passou a ser um complemento ao papel, nos dias que correm é este que é um simples detalhe.
Hoje faz vinte anos aquele que já foi “o meu” jornal. Somos urbanos. Não nos chateamos, simplesmente separei-me dele. Quando nos encontramos falamos e damo-nos bem. Mas…nunca mais será a mesma coisa. Ando a sair - estamos ainda longe da maturidade que tive com o Público - com uma jovem letra. Modernissima, fresca, cosmopolita, sabedora daquilo que me dá prazer.
Duvido que algum dia volte para ti Público, mas tenho saudades. Muitos parabéns.
quinta-feira, 4 de março de 2010
O Papa e a pala
Ao que parece, a estrutura a construir no Terreiro do Paço para a celebração de uma eucaristia pelo Papa custará cerca de 200.000 euros. Se nos dizem que custará 200.000 podemos estar certos que custará para aí o dobro, mas também podemos estar certos que os verdadeiros valores ser-nos-ão ocultados.
Ora, considerando a penúria em que estão os cofres públicos e admitindo a imprescindibilidade da celebração de uma eucaristia ao ar livre, por que razão não se usa a pala que está sob a Ponte 25 de Abril?
Decerto custar-nos-ia muito menos...
Cavaco acusa Ferreira Leite de má fé
A greve e as agências de rating
Hoje de manhã na SIC Notícias, um director adjunto do Expresso dizia que a greve em Portugal pioraria a notação de risco de Portugal pelas agências de rating.
Os mercados não reagem bem às greves, parece, pelo que será bom acompanhar de perto a catástrofe que se avizinha na notação da Finlândia...
Eta? TGV? Almaraz?
Não!
Segundo Manuela Moura Guedes, José Sócrates ligou ao Rei de Espanha para que intercedesse junto do Presidente da Prisa para que o "seu" Jornal de Sexta fosse silenciado.
quarta-feira, 3 de março de 2010
...e eu sou o Pai Natal
Two passengers aboard a cruise ship were killed when 26-foot waves crashed into the vessel Wednesday, officials said. As many as fourteen others were injured.
Nove metros no mediterrâneo? Sim, claro, E eu sou o Pai Natal!
Nove metros no mediterrâneo? Sim, claro, E eu sou o Pai Natal!
O fado de Tiago Pires
Hoje as novas tecnologias da informação e comunicação permitem-nos acompanhar as principais provas mundiais de surf de uma forma fantástica. Mais do que o acompanhamento em directo ao estilo do que se faz hoje em qualquer desporto de massas, onde o surf tem inovado, é no acompanhamento em diferido. Hoje, o webespectador, pode escolher o que ver, quando ver nas quantidades que quer ver. Tudo com uma qualidade de imagem impecável. Experimentem ver aqui (link), por exemplo, a eliminatória do Tiago que decorreu há pouco; eram cerca de cinco da manhã em Portugal.
Posta esta “guitarrda” de abertura, vamos então cantar o fadinho: Não gosto de falar de "árbitros" mas…,..para terem noção de como o 8.17 do Tiago é ridiculamente baixo basta ver a primeira onda do Slater no heat imediatamente anterior que valeu um 7.77.
É pena a eliminação precoce, pois o Tiago está a surfar muito bem, ao seu melhor nível desde que subiu à elite mundial; é pena porque o seu score daria para passar em vários dos heats anteriores; é pena porque ele tem de fazer um esforço mental adicional pois tem sempre de surfar o dobro dos outros para sair vencedor
Isto nada tem a ver com o discurso do desgraçadinho; são simples evidencias. Mais do que isso, é o discurso da vitoria psicológica do Tiago que tem de ser mesmo muito forte, para aturar tanta injustiça tantos anos seguidos!!
Posta esta “guitarrda” de abertura, vamos então cantar o fadinho: Não gosto de falar de "árbitros" mas…,..para terem noção de como o 8.17 do Tiago é ridiculamente baixo basta ver a primeira onda do Slater no heat imediatamente anterior que valeu um 7.77.
É pena a eliminação precoce, pois o Tiago está a surfar muito bem, ao seu melhor nível desde que subiu à elite mundial; é pena porque o seu score daria para passar em vários dos heats anteriores; é pena porque ele tem de fazer um esforço mental adicional pois tem sempre de surfar o dobro dos outros para sair vencedor
Isto nada tem a ver com o discurso do desgraçadinho; são simples evidencias. Mais do que isso, é o discurso da vitoria psicológica do Tiago que tem de ser mesmo muito forte, para aturar tanta injustiça tantos anos seguidos!!
terça-feira, 2 de março de 2010
O Jumento
Camarate? Freeport? Submarinos?
Não... o jornalismo de investigação tuga conseguiu a identificação do autor d'O Jumento!
Porquê?
Um spread mais baixo no BCP? Vontade de sacar publicidade do banco para o jornal? Problemas nos impostos? Só o i saberá.
Anyway, espero para ver a reacção daqueles que urram de alegria por cada violação do segredo de justiça e que se autoproclamaram paladinos da liberdade de expressão.
Mais duas perguntas: se não fosse o blogue de um apoiante do Partido Socialista o jornal i faria o mesmo? E o denunciante Paulo Macedo, faria o mesmo?
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