segunda-feira, 8 de março de 2010

As mulheres e as quotas

Tenho uma espécie de "guião" das minhas conversas com os defensores das quotas.
Como as respostas deles são sempre as mesmas consigo – invariavelmente – conduzir sempre as conversas para os seguintes pontos:
1- Aos defensores das quotas de género pergunto sempre se as quotas são para aplicar em todas as profissões, como a docência no ensino básico (a escola primária) ou a enfermagem, profissões de maioria feminina.
Normalmente, dizem-me que nessas profissões não são necessárias quotas porque já há mulheres…
2- Depois “atiro” sempre com a lei n.º 14/2008, de 12/03, que “proíbe e sanciona a discriminação em função do sexo no acesso a bens e serviços e seu fornecimento”.
Todos os “quotistas” dizem concordar com esta lei.
3- De seguida pergunto se concordam com os ginásios que impedem a inscrição de homens.
Respondem-me sempre o que uma gerente de um desses ginásios me disse quando eu me tentei inscrever: “há mulheres que não se sentem bem a fazer ginástica na presença de homens, porque são olhadas”.
4- Prossigo sempre dizendo que esse é o argumento que determina a obrigatoriedade de uso de véus, burkas, shadores, etc. nos países islâmicos e pergunto se concordam com isso.
Por vezes dizem, “pois, mas é que as mulheres são diferentes dos homens e ponto final” e têm de ser tratados de maneira diferenciada.
5- Pergunto-lhes sempre se se dão conta que – tecnicamente – isso é discriminar e se concordam então com a discriminação entre sexos.
A conversa termina sempre com um olhar furioso proveniente do “quotista”.
E eu fico sempre sem respostas minimamente aceitáveis.

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