segunda-feira, 6 de março de 2006

Campo Contra Campo (XLII)

Quanto à pouco (ou nada...) glamorosa noite de ontem.
Só vi até meio...
Achei o espectáculo sem ritmo e pouco dado a novidades. Jon Stewart não esteve mal, mas andou longe do brilhantismo que se lhe conhece do Daily Show. A coisa estava até um pouco entediante...
Não acho que "O Segredo de Brokeback Mountain" (***) tenha sido um (ou sequer “o”) grande derrotado. Ter oito nomeações e ganhar três prémios, incluído o de melhor realização é bom de mais para um filme que se limita a ser uma bela e muitíssimo triste historia de amor – mais ou menos bem filmada – que apenas traz de original o facto do amor proibido ser entre pessoas do mesmo sexo. Não aquece nem arrefece e como diz o outro..., para mim o próximo filme de Ang Lee até pode ser sobre duas freiras lésbicas que não me incomoda nada.
Derrotados sim, como destaca o Publico foram: “ Dois filmes que se encontravam entre os mais nomeados ficaram ausentes da lista dos vencedores: "Boa Noite e Boa Sorte", de George Clooney, sobre o combate de um jornalista contra o "McCarthysmo", nomeado em seis categorias, e "Munique", de Steven Spielberg, que tinha cinco nomeações.”

Como se dizia nos bons velhos tempos..., and the winer is...
Eu bem tinha avisado nalguns círculos. Colisão é um filme enorme (para alem do Star Wars III, foi o único que vi duas vezes, este ano, nas salas de cinema). Um argumento fascinante, uma filmografia impecável e uma montagem genial. Como no filme, na vida (por vezes) também há magia.
Tudo isto foi, e bem, reconhecido pela academia e Colisão é o grande vencedor, num ano em que embora não existam clássicos, existe um conjunto alargado de filmes muito aceitáveis.
Nas categorias técnicas “Kong” foi Rei (três Óscares!) e merece sê-lo pelo brilhantismo do cinema de Jackson. Quem não reconhece qualidade a King Kong sabe tanto de cinema com eu de abóboras.
Nas categorias artísticas ganhou um filme que infelizmente perdi (Memoirs of a Gueisha –também três Óscares!), mas que me dizem ter sido, também ele, um justo vencedor.

Duas notas finais. Lamento a derrota de Paul Giamatti (Cinderella Man) para George Clooney (Syriana), mas..., não podiam vencer ambos. Tal como não podiam vencer os três nomeados para o melhor filme de animação. Ainda assim o Oscar teria ido melhor para o genio de Tim Burton no seu Corpse Bride.

PSL

2 comentários:

Dr. Assur disse...

~Bela história de amor essa dos rabetas?

Pedro Soares Lourenço disse...

Ai Assur que mau feitio..., aquela rapaziada também tem “direito” ao amor. Ou não?