terça-feira, 26 de julho de 2005

Bis

Há quase um ano (19 de Agosto de 2004) escrevi um artigo no meu anterior blog, o Ad Libitum, em reacção a uma mentalidade existente na comunidade surfista sobre o localismo das suas modalidades, em geral, e a algumas opiniões e comentários sobre o assunto escritos na revista VERT, em especial. Apesar de nunca ter imaginado o impacto que ele viria a ter na revista, nos sites surfistas especializados e nas pessoas que conheço ligadas a este desporto, muito menos esperei que esse impacto durasse até hoje, consbustanciado em dezenas de e-mails a comentarem o post ou a solicitarem o envio do mesmo, pois o blog Ad Libitum já não está acessível na blogosfera (pelo menos enquanto não actualizar o meu site, que aspiro fazê-lo neste Verão). Ontem, com o pedido do José Rosado, resolvi republicar na íntegra o post, ficando assim acessível aos interessados e susceptível à crítica dos mesmos, em jeito também de promoção de algum balanço, uma espécie de estado da nação, desta modalidade na dimensão específica da liberdade vs. restrição da sua prática. Que o mesmo é dizer, por onde irá o futuro do bodyboard. Infelizmente, desconfio que a mentalidade portuguesa surfista pouco ou nada mudou nesta matéria. Mas, como está subjacente no que escrevi, deposito todas as esperanças nas jovens gerações actuais e vindouras, recusando-me a acreditar que o futuro do desporto surfista nacional, assim como toda a nação, está entregue a reaccionários conservadores em vez de a liberais progressistas.


«Mare Nostrum (local) vs. Mare Liberum (global)



O bodyboard, juntamente com o ténis, são os meus desportos de eleição, daí que quando leio, oiço ou vejo o seu espírito desportivo a ser atacado ou amesquinhado, algo me impele a reflectir e a responder na medida das minhas possibilidades.

Foi o que aconteceu quando li o último número da revista VERT, uma das minhas revistas preferidas de bodyboard, portuguesa por sinal, que leio e releio há alguns anos. Na verdade, fiquei (e continuo) estupefacto com as afirmações de certos bodyboarders e colunistas da VERT (revista de bodyboard) - com responsabilidade portanto na revista, assim como na pedagogia do espírito deste desporto - e das declarações de um bodyboarder supostamente conceituado, com 27 anos de idade e 14 de prática desta modalidade, ambas sobre um tema muito caro, sobretudo a quem tem espírito desportivo: o localismo ou, a sua pior dimensão, o abutrismo.

Seguindo as regras da legitimidade e transparência da crítica construtiva, refira-se que comecei a praticar bodyboard aos 16 anos, em 1987. No passado recente dia 16, fiz mais um aniversário da compra da minha primeira prancha digna desse nome, uma Mach 7-SS desenhada por Mike Stewart, da marca Morey Boogie. Comecei por surfar na Ericeira (terra que já na barriga de minha mãe frequentava, até hoje), desde S. Julião – passando, entre outras, pelo Lizandro, Abutre, Sul, Baleia, Peixe, Norte, Moita, S. Sebastião, Pedra Branca, Backdoor, Reef, Ribeira d’Ilhas, Pontinha, Coxos – até S. Lourenço, entre outros locais como Areia Branca, Consolação, Peniche, Furadouro, etc., etc., para chegar à zona de praias onde mais entro, actualmente, que é a da Costa da Caparica.

Voltando ao que importa, é de facto aterrador, em termos desportivos, o que leio neste número da VERT sobre o tema já citado: o localismo, que não se restringe ao boogiesport(refiro-o em homenagem a Tom Morey – actualmente conhecido por Y -, considerado o Pai deste desporto, fundador da Morey Boogie, a primeira marca de pranchas de bodyboard, apesar de ter sempre recusado esta designação bodyboard, preferindo boogieboard).

Ora leiam isto:

João Godinho, no seu Editorial de adjunto (pág. 78), depois de chamar aos cultores do localismo (e a si próprio) de «pandilha», «imberbes», «leões» e «bárbaros», após enunciar algumas das suas práticas, como «brandir de tacos de basebol», «pedras arremessadas do molhe contra os que ousavam invadir aquelas que considerávamos as nossas águas», ou recorrer «às ameaças para demarcar o seu território» ou a consciência de que «tudo aquilo não passou de uma daquelas manias de afirmação que acompanham os putos na adolescência», depois, ainda, de considerar a sua prática como meras «criancice» ou «atrocidades», a final, sossega-nos e diz o seguinte: «Mas estejam descansados que nunca matámos ninguém e raramente – arriscaria mesmo dizer nenhuma – chegámos a vias de facto» (jocandi causa, duas coisas se impõem dizer: uma, como diria Shakespeare, «too much ado about nothing», outra, mais prosaica, que raio de adolescência é esta que depois de tantas «histórias que davam para escrever um livro – daqueles bem grossos!» [sic] nunca chegou a vias de facto?!)

Na 4.ª coluna do seu artigo, João Godinho concretiza a grande confusão e contradição entre o imberbe e o adulto (com «mais de 16 anos» de surfada). Aliás, não é por acaso que a coluna começa com um «Mas», explicitamente adivinhava-se a soltura do «leão», depois de um discurso parece-nos ingenuamente incorrecto («uns fumam ‘ganzas’, nós éramos localistas»). João Godinho arremata a sua escrita com a seguinte tese: o localismo «mais do que uma lei» (!) «é um costume»! E, continua, «já diz o Direito que os costumes se sobrepõem às leis»!

De facto, é uma a seguir à outra. Sou jurista (e advogado) e professor de Direito, e não me lembro de ter aprendido tal coisa de forma tão dogmática. Julgava que os usos só eram juridicamente atendíveis se (e quando) a lei assim o determinasse e que as normas prevaleciam sobre os usos, mas devem-me ter ensinado outro Direito (talvez o de Hamurabi, onde era uso o afogamento ou a empalação dos escravos que se banhavam nos mares contra a vontade dos homens-livres) ou comprei o meu Código Civil com gralhas.

João Godinho finaliza, at last, com este primor:

«Racionalmente, deveriam ser eles [os ‘estrangeiros’, gíria que gosta de repetir] os primeiros a perceber que as honras são sempre para os da casa. Em última instância, em vez do habitual sinal da cruz, uma espécie de superstição entre a classe – crentes e descrentes -, o surfista ou bodyboarder deveria começar cada surfada em pico alheio a interiorizar a frase : “Jesus disse: se não nasceste aqui, então as melhores não são para ti.” Tudo em prol de um mundo melhor» (sic)!

Leiam agora, com a máxima objectividade que conseguirem, esta passagem da entrevista de Filipe Cardoso (FC), local de Supertubos:

«VERT: És conhecido como um dos abutres locais nos Super. São apenas bocas ou tens algo a dizer sobre isso?
FC: Sim, é verdade que quando estou na água tenho cara de poucos amigos, principalmente se estiver nos Super. (...) Não tenho por hábito dropinar, gosto de fazer as minhas ondas sozinho. Quando remo para uma onda e outra pessoa que não é local também o faz, eu só lhe digo que eu vou. Se ele insistir em ir eu não considero que o estou a dropinar, mas essa pessoa vai ter que me ouvir porque em em Peniche só faço ondas sozinho. Se isto se passar com um local aí tento simplesmente chegar primeiro. Quando estou na água não estendo a passadeira vermelha para ninguém, só não vou nas melhores ondas se não puder. Há pessoal que vem de fora para surfar os Super que tem que ter consciência que, como em qualquer outra onda de qualidade, existem locais que estão sempre lá quando esta funciona. É preciso, acima de tudo, saber respeitá-los [!] e só desta maneira é que poderão pensar [pensar, não é surfar] em apanhar umas quantas ondas do set.» (a brincar, apetece dizer, Obrigadinho pá, pela esmolinha! És um gajo bacano!).

Com afirmações destas quase não sobra nenhum ateu no mundo! São, na verdade, declarações surpreendentes. Confesso que quando acabei de ler isto pela primeira vez fiquei chocado! Ao mesmo tempo, duvidei da minha ingenuidade. Como é que é possível, já no século XXI, existir esta mentalidade territorialmente xenófoba e ideologicamente fundamentalista. Sendo o mar um bem de todos (ou não?!), público portanto, e sendo este país, um país livre (ou não?!), porque carga de água o apanhar das ondas deve ter outros critérios para além do mérito?

A incoerência e a contradição são dos maiores cancros do campo da discussão.

Este discurso, também extensível a alguns colegas meus (inclusive amigos) é assaz contraditório com o que defendem: exultam o desenvolvimento do bodyboard, apela-se ao fortalecimento e presença da dinâmica organizativa no bodyboard, queixa-se da falta de novos apoios publicitários e patrocínios para a modalidade assente, sobretudo, no crescimento da modalidade, endeusa-se o vício e o prazer das ondas e dos mares, paternaliza-se os «jovens miúdos» bodyboarders nos line-ups das nossas praias, reivindica-se uma não discriminação deste desporto («não tentem discriminá-lo como fazem há anos»), exulta-se a comunhão de valores e a coesão no bodyboard («somos na realidade uma praga assumida e unidos pelos mesmos valores», António Fonseca, p. 8) -e, no entanto, fazem-se declarações com a substância e o estilo de um tal radicalismo em relação à afectação dessa mesma liberdade e união da modalidade, que só deveria ter lugar nas manobras do nosso desporto.

Verificada esta tendência, não admira que a prática regular e competitiva do bodyboard esteja em declínio em todo o mundo (nos EUA o debate está bastante aceso por várias razões, entre as quais, o fecho de muitas publicações desta modalidade, o facto de a cultura não se diferenciar do surf e o discurso e imagem não serem apelativos às novas gerações, a acrescer o rápido e impressionante crescimento da modalidade do handboard, afiliada no bodyboard: pratica-se com duas pequenas pranchas, uma em cada mão e barbatanas-pato).

Um dos grandes problemas dos desportos radicais e dos seus praticantes é o défice de democraticidade e de cultura ou mentalidade abertas, factores condicionantes do desenvolvimento democrático. A naturalidade e o hábito de alguns comportamentos levam, por vezes, à involuntária implementação de regras restritivas ao acesso e funcionamento de qualquer disciplina. Acontece assim em todas as actividades humanas, profissionais e lúdicas, por conseguinte, e infelizmente, o bodyboard não escapa à regra.

Tenho esperança nas novas gerações, como o Miguel Contreras (Lisboa) e o Ricardo Ribeiro (Espinho) que, na pág. 10 da VERT fazem afirmações lúcidas e pedagógicas sobre o localismo. Quanto à velha geração (a minha), espero que um dia mudem de ideias e façam recuar o passado das suas acções através do seu novo ensinamento aos seus filhos, baseados nos princípios do desportivismo, da boa-fé, do mérito e da liberdade de surfar, seja em prancha de surf ou de bodyboard.

Como é que se respeita um desporto, sem respeitar os seus praticantes? Respeitá-lo não é baseá-lo numa lógica de local vs. estrangeiro, nobre vs. vassalo, senhorio vs. inquilino, entre outros exemplos picturais.

Ao contrário do que alguns argumentam, a supremacia que deriva do nível de manobras não é localismo, é saber, é técnica, é perícia. O localismo não tem (nem deve ter) nada a ver com experiência, até porque o localismo simplesmente não devia existir. Se um atleta for iniciado, independentemente de onde venha, seja da zona, de Portugal, do resto da Europa ou do Mundo, se atingir o pico primeiro, e segundo as regras desportivas, tem este atleta todo o direito de surfar a onda. Não vislumbro outro valor de regulação aplicável à prática do bodyboard ou no surf. O valor segundo o Direito (regras e princípios) e a Democracia (liberdade de acesso e de exercício), sem discriminações. As únicas discriminações que são admissíveis são as positivas, ou seja, aquelas que beneficiam ou o interesse geral de todo o desporto (por exemplo, ocupar uma praia para a realização de uma prova competitiva) ou os mais jovens ou iniciados na modalidade (para que não passem uma manhã inteira sem apanhar ondas, é de fair play solidário deixá-los, com alguma frequência, apanhar ondas, ou então ensinar-lhes como se devem posicionar próximo do pico ou no outside).

No desporto não há hierarquias, antes níveis diferentes de prática desportiva. E no desporto, ganha quem chega primeiro (no caso do bodyboard, à onda). Não é assim em todos os desportos? No bodyboard, o facto de se ser um dos melhores – se é que existem nos desportos náuticos - para além da maior probabilidade de se chegar ao pico ou de apanhar a onda em primeiro lugar, só dá para ganhar provas e campeonatos!

Não se pense que a questão do localismo não é ideológica ou que não tem sentido no campo das ideias, porque esta questão divide os boogieboarders, precisamente entre localistas vs. globalistas.

Os localistas são territorialmente limitados, com cariz egocêntrico, de cultura fechada e não liberal, adepta de uma hierarquia de comportamentos, em estrutura piramidal, atravessada por uma relação de domínio. São praticantes de zona, estáticos e conservadores no que respeita às regras que melhor servem o seu interesse pessoal. Defendem uma lógica desportiva assente, preferencialmente, na experiência do desporto e na antiguidade da naturalidade do local da(s) praia(s). Advogam a subalternização dos não locais, por cima da supremacia física e da perícia desportiva dos estrangeiros. Os localistas são tendencialmente mais sectários e corporativistas no que respeita ao desporto, daí que enfrentem o seguinte paradoxo: reclamar direitos e liberdades para a modalidade e, simultaneamente, defender a sua restrição para os seus praticantes, com base em critérios de mobilidade/naturalidade geográfica, revogatórios, deste modo, da liberdade de circulação e de exercício da modalidade. Por último, normalmente um local diz «a onda é minha!» (sucessor do mare nostrum), quando não é, e «respeitinho por quem é daqui!», sintoma de insegurança interior e de dificuldades em lidar com a concorrência e a adversidade desportivas.

Os globalistas defendem a liberdade de surfar acima de qualquer outro valor, uma liberdade colectiva exercida individualmente, pertencente a todos os indivíduos, como factor de promoção da dignidade humana, da igualdade de oportunidades e do desenvolvimento da modalidade. Consideram as praias e as ondas um bem público, explorável por todos, afirmando-se contra a atribuição de privilégios ou prerrogativas de utilização dos mares seja a quem for. Para os globalistas, a concorrência para a disputa da onda e a competição entre os praticantes da modalidade, mais do que bem-vindas, fazem parte da essência desportiva do bodyboard, quando praticada pelas regras e princípios de regulação da exploração das ondas e convivência dos bodyboarders, designadamente, os princípios da igualdade (proibição da discriminação, de hierarquias e do livre arbítrio), da liberdade responsável, do mérito, da solidariedade e entreajuda (sobretudo, com os praticantes de nível desportivo inferior, sobretudo os mais jovens e os mais velhotes), do bom senso e do revezar na disputa da onda quando se torna difícil clarificar o melhor posicionado segundo as regras gerais de prioridade, da convivência pacífica, racional e dinamizadora de todos os que surfam ondas (bodyboarders, surfistas no sentido restrito, entre outros). Os globalistas sublimam o prazer individual na viagem da onda, sem prejuízo de consideração da onda como um bem que não é propriedade de ninguém e, assim, nem do seu rider.

Esta divisão não é nenhuma separação entre o Mal e o Bem, nem uma diabolização dos localistas ou uma angelicalização dos globalistas. Ambas as correntes têm as suas vantagens (por exemplo, o localismo potencia o sentimento de protecção ambiental e de ordenamento da(s) praia(s)) e deméritos (no que respeita ao globalismo, a não fixação territorial pode implicar desvantagens financeiras e comerciais para a localidade ou desvalorização do património local) e muito menos não comportam excepções, porquanto não há liberdades ou direitos absolutos, todos os direitos e liberdades têm limites, tese que todos os anos insisto, e repito, em transmitir aos meus alunos. Ora, mas um direito ou liberdade só pode ser restringida em prole da consecução de um valor, direito ou liberdade de importância igual ou superior e de natureza geral e abstracta. Estes requisitos não vislumbro como possam ser aplicados ao localismo, quando um surfista, servindo o seu interesse individual e concreto, restringe a liberdade a outro surfista segundo regras limitativas que visam prosseguir satisfações individuais e temporárias.

Na Alemanha, porventura traumatizada pelo período ditatorial nazi que viveu e a que sobreviveu, ao nível da discussão jurídico-constitucional, defende-se que «não deve haver liberdade para os inimigos da liberdade», como princípio de protecção de uma ordem democrática, livre e de direitos fundamentais. Pessoalmente, não defendo este princípio, soa-me a radicalismo destemperado, sou avesso a radicalismo ideológicos, talvez seja por isso que faço bodyboard, para compensar a minha falta de radicalismo ideológico. Julgo que o caminho deve antes passar pela discussão e

Ideias, culturas e mentalidades que restrinjam a liberdade e o seu justo e igual desfrutar, não obrigado! Era só o que faltava, ainda por cima vindo de quem vem (muitos sem experiência de vida alguma), quando há décadas a Europa já proclama a liberdade de circulação (e fixação) de pessoas e bens por todo o espaço europeu, ter agora que cedê-la e anulá-la perante uns pseudo-desportistas, mimados pelo tempo e espaço do mar que ocupam há anos. Penso mesmo que, acima de tudo, é uma questão de bom senso e de senso comum. Que legitimidade terá quem ensina a vida baseada no mérito e na liberdade, perante os seus filhos, se alguma vez defendesse que em determinados bens públicos (o mar, as ondas) é defensável e admissível obliterar a liberdade dos outros (dropinar), independentemente do mérito das suas capacidades (abutrismo)?

E já que João Godinho gosta tanto da tradição e dos usos, sugiro-lhe (e a todos os que pensem como ele e, também, aos localistas extremistas) o estudo e a análise da política do Mare Liberum, sublimada pelos portugueses no tempo dos Descobrimentos, uma doutrina defendida pelos luso-navegadores, apesar do domínio destes e apesar de Portugal (juntamente com a Espanha), ser a maior potência marítima do mundo! Estes sim, são abutres dos mares, no sentido de grandiosidade, para quem o respeito vem de cima. Aquela sim, é a autêntica tradição e o verdadeiro costume portugueses, respeitante à fruição de um mar de liberdade, de que todos os que surfam o mar são legítimos aspirantes a sucessores dos daqueles navegadores e exploradores marítimos de outrora.

Esta sucessão não se pode ficar pelo espírito ao nível da garganta. Há que realizar o espírito de aventura, de descoberta e de liberdade, todos os dias, em cada praia, em cada onda, em cada manobra. E, acima de tudo, em cada comportamento relacional com os colegas exploradores de ondas, sejam do bodyboard ou do surf, sejam do caiaque ou do kite-surf.

O desporto é globalista. Parafraseando João Godinho (infelizmente com outro contexto), tudo em prol de um mundo melhor! Mas um mundo melhor, é um mundo colectivo, pacífico e tolerante, com pessoas e ideias diversas e adversas, não é um mundo só nosso. Não há vitórias sem adversários, nem prazer em ondas furtadas. Carl Lewis, considerado o melhor atleta de todos os tempos, dizia «I’m number one when I’ am alone». Somos sempre os melhores quando estamos sozinhos... até numa onda.

Que a discussão, neste país amorfo, (re)comece...

NCR

P.S. - Agradeço à VERT (e aos seus editores) sem a qual, provavelmente, nunca teria escrito o que escrevi.»

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