terça-feira, 20 de novembro de 2007

N MÚSICAS XLIII

Quero partilhar convosco esta notável música de Peter Von Poehl, como tantas outras do álbum (julgo de 2006) "Going To Where The Tea Trees Are", que é absolutamente fantástico.

Não sou apreciador do tom de marcha, sugerido pela bateria, mas não há regra sem excepção. A partir do minuto e vinte e três esta música descola para um ritmo notável de crescendo e estranha euforia, como se partisse de vez deixando para trás alguma comemoração heróica. Ou, mesmo, fúnebre.
Aliás, numa das dezenas e dezenas de vezes que a ouvi, já pensei nela como sendo a marcha ideal para um funeral. Bom, para ser sincero, o meu próprio. Isto não tem nada de tétrico ou de deprimido, bem pelo contrário. É tão natural morrer que acontece a todos. Ao contrário das habituais e aparentes interpretações sobre quem fala da morte, considero este exercício um excelente ânimo para o estado de espírito e um reconhecimento da vida. Provavelmente, uma das maiores inspirações para a vida, são os exemplos vivenciados, heróicos, terminados ou não na morte. Por exemplo, a morte do protagonista (não tem que ser herói) de um filme. A mim, transmite-me autenticidade, verdade, força, prova de vida. E a causa, o motivo, é a morte. É também a morte. Com ou sem marcha.
Escutem a música e descubram o que ela vos transmite.

"The Bell Tolls Five"

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