quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Esta primavera sem fim

Reparei ontem num jacarandá. Um dos muitos que tentam beijar as varandas de Lisboa. Estava a florir de novo, como se de primavera estivéssemos a falar. Dizem os especialistas que por vezes no tempo das castanhas os jacarandás voltam a florir. Eu cá não percebo nada de botânica. Mas este vento leste traz-nos manhãs frescas e limpas; tardes amenas e belas. Cheira a primavera, há um travo a primavera mas não é primavera. É uma nostálgica primavera. Nostálgica porque impossível.

Com Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, Marisa Monte ajuda a colorir com palavras e sons estes estranhos tempos. Oiçam este infinito particular e digam-me se tenho ou não razão. Porque a Marisa toca no ponto G desta questão. O grande problema é quando nos perdemos a entrar.

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