quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A declaração de Cavaco III

Terceira Questão (A desconfiança perante outra pessoa)
  1. Em Agosto, o Público divulgou uma história que lhe teria sido relatada pela Presidência e que ilustraria a vigilância que estaria a ser exercida por S. Bento.
  2. Era a actuação de um assessor do Primeiro Ministro na visita de Cavaco à Madeira.
  3. Esse assessor, Rui Paulo Figueiredo, teria estado em jantares oficiais, desconhecendo a Presidência a que título o mesmo estaria aí presente.
  4. Rui Paulo Figueiredo, segundo o Ministro Pedro Silva Pereira, é assessor jurídico do Primeiro Ministro, responsável pelos assuntos das regiões Autónomas.
  5. Segundo o e-mail publicado pelo Diário de Notícias (confesso que não me lembro se isto foi divulgado pelo Público), um assessor da Presidência entregou um dossiê completo sobre Rui Paulo Figueiredo.
  6. Até ontem, Cavaco não disse nada.
  7. Ontem, Cavaco disse que «pessoalmente, confesso que não consigo ver bem onde está o crime de um cidadão, mesmo que seja membro do staff da casa civil do Presidente, ter sentimentos de desconfiança ou de outra natureza em relação a atitudes de outras pessoas».
  8. Ontem, Cavaco disse que a Presidência não desconfiou de Rui Paulo Figueiredo.
Primeira Conclusão:
Cavaco assumiu que a desconfiança perante Rui Paulo Figueiredo foi apenas de um seu assessor e não da Presidência.
Segunda Conclusão:
Bastava uma pequena nota de imprensa da Presidência enunciando o ponto 8 que o problema teria morrido à nascença.

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