1. Nos últimos dias tenho sido perseguido e (mesmo) assaltado por um terrível dilema: detesto abster-me mas não me apetece ir votar.
2. A abstenção não é pois solução; um indivíduo ao abster-se está a alienar a sua soberania política em favor daqueles que votam. Por outras palavras, eu, ao votar, sou detentor de mais uma (ainda que ínfima) parcela de soberania que foi perdida pelo abstencionista.
3. Votar em branco não é alternativa. Não confio em quem está nas mesas de voto, ponto.
4. Votar nulo não é hipótese. O valor e o sentido do voto nulo acabam por ser o mesmo que o do abstencionista. Pior…, agora surgiram por ai uns bandoleiros quaisquer a apropriarem-se desse não voto.
5. Por princípio não voto à esquerda.
6. O PSD fez uma campanha sem propostas verdadeiramente miserável. O discurso negativo e o discurso da asfixia democrática fizeram mesmo inverter a tendência de alta que o partido trazia da campanha para as Europeias. Hoje, o PSD não luta por ter mais votos mas sim por perder o menos votos possíveis. Lamentável.
7. Tenho um problema pessoal com o CDS: não compreendo a obsessão de Portas em querer deslocar tudo o que contenha a expressão “justiça” para a Administração Interna. Sim, tal basta para nele não votar.
8. Não me revejo nos pequenos partidos, muito menos naqueles que por ai surgiram há pouco tempo (o MEP parece ter algumas propostas interessantes, só isso).
9. Perante este cenário o que fazer?
10. De uma forma geral esta (como praticamente todas as outras) campanha ficou marcada pela política baixa em detrimento de um debate serio, altivo, positivo, esclarecedor – o episódio das putativas escutas em Belém é verdadeiramente terceiro-mundista.
11. Desejo votar. Mais não me resta do que faltar ao respeito a quem tanto me tem faltado ao respeito. De galhofa em galhofa até à vitória final
12. Desejo votar. Por isso votarei POUS. E apelo desde já a todos os meus queridos camaradas para no próximo domingo não ficarem em casa. Vão ajudar a eleger a querida líder Carmelinda Pereira.
13. Se os americanos tiveram os Founding Fathers, nós temos esta magnífica Founding Mother.
14. E cada povo deve ser governado pelos políticos que merece.
15. Domingo voto POUS, claro!
3 comentários:
...bandoleiros "quaisqueres"? Hum... Não será bandoleiros "quaisquer"...? hum? Calhando não existe plural de quaisquer? hum? Não será?
É posível; sabes pá nós operarius temos pouqa instrucao.
hahahah... de nada grande camarada. Viva o proletariado.Abraço.
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