domingo, 19 de abril de 2009

A falácia da mudança de treinador ano após ano (II)

Terá este post (link) respondido à questão que colocava? Isto é, porque muda o Benfica de treinador ano após ano?
Não, o post não respondeu à questão; pelo menos totalmente.

Há pelo menos dois casos que vale a pena recordar.
Em meados da época 2000-01, despedido que foi Jupp Heynckes, Vale e Azevedo vai buscar José Mourinho. Entretanto Manuel Vilarinho derrota aquele nas urnas (nunca escondendo que Toni seria o seu treinador). Após uma contundente e espectacular vitória por três a zero frente ao rival de sempre, Mourinho exige à sua direcção confiança e estabilidade para prosseguir o excelente trabalho que estava a desenvolver. Mourinho sai; para conquistar o Mundo.

Mais recentemente, em 2005-06, tivemos a sorte de contar com um treinador sabedor e inteligente. Na ressaca do título ganho no ano anterior, Ronald Koeman soube, com as parcas peças que tinha, montar uma equipa robusta de tracção traseira como qualquer bom carro clássico. Foi o ano em que voltámos a brilhar por essa Europa fora com, entre outras, aquela vitoria em Anfield; só caindo o no nosso Querido Clube na cidade condal aos pés do futuro campeão Europeu.
Terá esta direcção feito algo inequívoco e concreto para manter Koeman na Luz?

Em suma quanto à “falácia da mudança de treinador ano após ano”: sendo certo que, nos anos mais recentes, nem todos os treinadores que abandonaram o Benfica foram vitimas de "chicotadas psicológicas" (tendo mesmo alguns saído pelo seu próprio pé tentando ir lá para fora lutar pela vida) certo é que, por acção ou omissão, a direcção do clube – já agora, as diferentes direcções - tem sido a grande responsável por o Estádio da Luz se ter tornado num enorme cemitério de treinadores.
E, como já há tanto tempo aqui (link) se deixava no ar, será que flores fazem sempre falta num cemitério de treinadores?

Até para o erro e para a cretinice tem de haver um limite!

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