domingo, 22 de fevereiro de 2009

Campo Contra Campo (CXXIX)

Ouvi na sexta-feira passada, Rui Portulez na manhã da Oxigénio e durante a hora Ípsilon, sair-se com esta para Vasco Câmara, jornalista e critico de cinema do Público: “mas agora toda a gente decidiu dizer mal dos críticos?”. Câmara calou-se, nada disse. Porquê tal questão? Porquê tal silêncio?
Também tenho andado de candeias as avessas com os críticos, em especial com os do Público, mas tem-me faltado tempo para construir textos minimamente sustentados sobre os muitos filmes que tenho visto. De uma forma geral, a critica de cinema em Portugal, em especial durante esta denominada "temporada de Óscares", tem andado pelas ruas da amargura. Será má vontade, incompetência, estupidez, ignorância, sacanice ou pura má fé? Ou será tudo isto e mais alguma coisa mais?
O que descubro agora é que este não é apenas um dilema meu, mas sim de muitos outros que como eu amam a sétima arte e detestam-na vê-la mal tratada por pessoas sem coração, sem alma, sem nada.

Sem prejuízo de voltar ao tema deixo no entanto aqui as palavras do Jorge Assunção (link) – mais um excelente reforço para o já de si extraordinário Delito de Opinião – com as quais me identifico totalmente: Ficando pelo meu caso pessoal, de que me serve a existência de quatro críticos no Público se raramente estou em acordo com qualquer um deles? Numa das suas principais funções, que é a de recomendação de filmes, são inúteis. E, digo-o absolutamente convicto de ter razão, são tão inúteis para mim como o são para a maior parte dos leitores do jornal que frequentam o cinema. Dito isto, longe de mim querer mudar a opinião dos actuais críticos, mas gostava muito de influenciar a escolha do jornal na próxima vez que decidir contratar um.

Uma última nota: O Ípsilon (link) vai seguir de perto a madrugada de hoje. O Delito de Opinião (link) também. Eu já sei qual vou escolher.

1 comentário:

Anónimo disse...

Obrigado, Pedro. Grande abraço.
P.C.