Changeling - A Troca (****)
Já o disse noutros canais: De Eastwood esperamos sempre uma obra-prima. Não é possível. Nem o melhor realizador a trabalhar em Hollywood, e Clint Eastwood é muito provavelmente esse homem, consegue tal façanha. A Troca não é uma obra-prima. É simplesmente soberbo. Mas isso parece não bastar para a eterna avidez dos críticos. Pecará Eastwood "pelo relógio", quer pelos ritmos com que fragmenta a narrativa, quer pelos diversos epílogos com que estende o final do filme. Mas tudo o resto é magnífico, em especial Angelina Jolie (perfeita!) que arranca aqui, de longe, o seu melhor papel de sempre; mas também o cuidado colocado em toda a cinematografia (esta fotografia não foi escolhida sem cuidado – reparem nas maquinas, na maquilhagem, nas roupas, e se virem o filme, nas ruas, nas gentes, nas casas, nos carros, em todos os detalhes).
E o que dizer das sequências no hospital psiquiátrico que citam dois grande momentos da criação humana: Voando Sobre um Ninho de Cucos de Milos Forman e Mil Novecentos e Oitenta e Quatro (a "sala 101" é aqui apelidada de "sala 18") de Orwell?
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