sábado, 15 de novembro de 2008

Há Liberdade [(muito) especial]: manhã cilíndrica

Foi uma semana de manhãs cheias e intensas. Cheias de azul, de sol, de sal. Intensas de prazer(es), de emoção(ões). Mas como em tudo na vida, também no mar o tamanho nem sempre é "o" fundamental. Hoje, enquanto a esmagadora maioria da comunidade gritava a expressão excomungada ("flat!!!"), fiz-me à busca, à aventura, ao prazer. E como a sorte protege os audazes, os Deuses compensaram-me com quase duas horas das ondas mais perfeitas jamais por mim abraçadas. Foram longos minutos, eternos segundos, de solidão esfuziante. Pois, como os Antigos Clássicos tiveram o cuidado de nos legar, do abandono e da pequenez, por vezes, emerge a virtu. Mas, nem só aos Deuses presto a minha homenagem. Aos Homens, tantas vezes por mim maltratados, agradeço do fundo das minhas odiosas entranhas. Enquanto perdurarem na minha memória os ecos de tanto húmido prazer, jamais blasfemarei contra quem mandou reerguer das pedras, os areias das praias da Velha da Capa Rica.
[Na foto, um instantâneo dos novos parques de diversão à beira mar plantados]

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