segunda-feira, 24 de novembro de 2008

É deixá-los falir

Mais uma vez as "elites" portuguesas manifestam a sua veia rentista e devorista, tão bem sintetizada no cliché dos dias hoje: privatizar lucros e socializar prejuízos.
Ora vejamos:
  1. A Banca estava a pagar taxas de juro cada vez mais altas quando se estava a financiar no estrangeiro, isto por causa da crise de confiança do sistema financeiro;
  2. Em consequência, os juros para os clientes finais estavam também a aumentar (a euribor);
  3. Com as intervenções salvíficas dos Estados, a crise de "confiança" arrefeceu;
  4. Assim, as taxas de juros entre os bancos (euribor) estão em queda, ou seja, os bancos estão a pagar menos pelos seus financiamentos;
  5. A existência de um aval do Estado Português, fará com que as taxas de juro a pagar pelos bancos que àquele recorram tenderão a baixar;
  6. Logo, além de a Euribor estar em queda, o apoio do Estado Português fará com que as taxas de juro pagas pelos bancos desçam;
  7. Assim, a vontade que a Banca portuguesa tem de repercutir nos seus clientes as comissões a pagar para aceder ao Aval, demonstra à saciedade o seguinte:
Salvamo-los (pagando uma vez) e saciamo-los (pagando uma segunda vez). Não seria melhor deixá-los falir?

1 comentário:

AnaLu disse...

Sem qualquer espécie de dúvida. Era melhor mesmo deixá-los falir. Quem paga sempre é o zé povinho, seja em época de crise ou de bonança. Alguma coisa aqui não bate certo.