domingo, 28 de fevereiro de 2010

Primeira de dez finais

À saída da jornada passada (a vigésima) o cenário era claríssimo: o Benfica para ser campeão apenas teria de contar consigo mesmo, fazer o seu trabalho e vencer todos os jogos que lhe restam jogar.

A tarefa apenas se apresenta de certa forma simplificada por um motivo manifestamente evidente: este Benfica, como poucos Benficas temos tido oportunidade de ver na vida, não teme qualquer adversário, não teme qualquer palco. É um Benfica, como poucos repito, que junta inelutavelmente trabalho, genialidade, conhecimento, técnica, classe, confiança, determinação, vontade, desejo, ambição.

Está explicado o titulo da crónica e das demais que por certo se lhe seguirão. Posto isto, vamos ao que importa: ontem foi um dia muito feliz!

Estava capaz de escrever páginas e páginas a relatar as emoções de ontem. Tentarei ser sucinto.

O fuNNil mobile, aka “velho cacilheiro”, lançou-se ao temporal A1 acima, tarde e a más horas. Pára aqui, litrada de Sagres ali, lá chegámos à costa de Gaia com o pior do temporal passado. Mar destroçado, temporal desfeito rimam com a simpatia das gentes do Norte e uma francesinha com o molho no pico certo.

Chegados ao jurássico Estádio do Mar, encontramos o cenário do costume. Benfica a jogar, arbitro a gamar e uma impressionante mole humana a cantar e a apoiar. Sobre o Benfica a jogar à bola, o momento principal, o nosso combustível, a rácio daquela viagem, é melhor lerem os jornais do dia pois não tenho queda para jornaleiro (muito menos onde cair).

O que eu vi, durante e no fim do encontro, foi uma massa humana onde não se distingue quem joga de quem treina de quem apoia. E esta foi a primeira vez que vi este coro em uníssono este ano. Jesus a agradecer o apoio ao seus fiéis seguidores, a ensinar os seus mais jovens discípulos quanto vale o nosso Valor. E nós, apaixonados adeptos, a prometer que podem sempre, mas sempre, contar connosco.

Depois dos golos do Benfica, deu-se um outro momento alto da noite, quando alguém avistou e disse: “olha, está ali a placa a dizer Lisboa!”. Dai para a frente alegria, cantorias, historias de vida, mais alguma Sagres, e uma sandes de leitão tão cara quanto inesquecível na estação de serviço da Mealhada; onde se juntavam centenas de benfiquistas do Sul, que tal como os bravos marujos do “velho cacilheiro” exultavam de alegria.

Obrigado querido Benfica por mais um dia tão bonito; e parabéns pelos teus 106 anos de gloria que hoje comemoramos.
Não tens rival, és maioral, E nunca és velho, e nunca és velho!

PS: Façam ainda o favor de ler este texto (link) texto carregado de emoção e razão.

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