sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Sensibilidade e bom senso

Já me tinha lembrado disto, mas ainda não tinha tido coragem de o escrever, não fosse ser tomado por estalinista. Mas, se a banca europeia está a ser financiada a a baixo custo, não é justo que beneficie da alta das taxas da Euribor.
Assim, como para grandes males, grandes remédios, há uma solução simples:
alterar administrativamente os contratos de crédito à habitação, indexando-os à taxa de referência do Banco Central Europeu e desligando-os da Euribor.
É uma violação dos contratos livremente assinados? É.
Apesar disso é uma medida justa? É.
Porquê? Uma vez que, para se salvar, a banca mandou às malvas o mercado, estendendo a mão para o contribuinte, é justo que este não seja ainda mais prejudicado, pagando duas vezes à banca: pagando mais juros e financiando-a via impostos.
E se até agora ainda não tinha tido coragem para manifestar este pensamento, sinto-me amparado pelo seguinte: ontem, o membro do Conselho de Governadores, Lorenzo Bini Smaghi, afirmou que «é necessário, por meios legais ou através de acordos privados, ligar a taxa dos empréstimos à taxa de referência do BCE em vez da Euribor».

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