O Público diz que “inicia hoje uma nova etapa da sua história”. Quem somos nós para duvidar?
Aliás, lendo o editorial onde tal ideia é manifestada (link) - todo ele demasiadamente infeliz para ser verdade – ficamos certos que tal é mesmo verdade.
Reparem apenas na seguinte medida paradigmática: “os editoriais, a partir de hoje, deixarão de ser assinados”. Que é como quem diz, a partir de hoje o Público deixa de ser feito por pessoas, passando a ser feito por uma entidade, um espírito, um fantasma denominado “pensamento desta direcção”.
E isto é grave? De que maneira. Porquê? Porque nos dias que correm um jornal não vende notícias, pois estas são de borla, andam por ai soltas, livres, à espera de serem encontradas. Hoje um jornal vende opiniões, esclarecimentos, duvidas, questões. E estas têm de ser “postas” pelo Zé, pelo Paulo, pela Maria e pela Vanda. Nunca pelo vagamente Estalinista “pensamento desta direcção”.
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