terça-feira, 5 de outubro de 2010

No Centenário da República

Hoje é um dia triste.
Não muito diferente dos últimos dias, das ultimas semanas, dos últimos meses, dos últimos anos, até.
A República Portuguesa encontra-se gravemente doente. Politica, económica, socialmente. Há anos. Ainda assim há quem ínsita em lhe dar vivas.

Arranjei uma forma singela de comemorar a data. Aqui no trabalho o feriado não “era meu”. Pedi-o para mim ao seu dono. Trabalho no 5 de Outubro de 2010 e a República ainda me paga uma bela maquia para isso. Digamos que é o preço que lhe cobro pela minha tristeza.

Não é necessário ser muito inteligente. Qualquer nababo que um dia tenha perdido alguns minutos a pensar (despido de preconceitos e de pré-conceitos) na forma de governo, facialmente chegará à conclusão que não há (nunca houve nem sequer haverá) melhor do que a Monarquia Parlamentar Constitucional.

Isto não tem nada a ver com pessoas. Tem a ver com ideias. Mas como sabemos é cada vez mais difícil de debater estas em vez daquelas.

Sinceramente…, para este e outros peditórios já dei! Estou a envelhecer – bastante mais rápido do que gostaria –, e cada vez me importa menos o que se passa neste denso e pérfido lamaçal em que se tornou Portugal.

Parece que um antigo professor de Harvard terá dito um dia: “se pensam que a educação é cara, experimentem a ignorância”. A ignorância do Portugal contemporâneo, da República dos “Ídolos” e da “Casa dos Segredos”, da República do Partido Socialista e do “inglês técnico”, da República da corrupção no deporto, na politica, na educação, na República do facilitismo, na República dos lazeres e dos prazeres…, a ignorância do Portugal contemporâneo, dizia eu, vai nos – a todos! – sair caríssima.

Naturalmente, vai cheirando cada vez mais a fim de regime. A República está à beira da bancarrota, do incumprimento, do mandar vir e não ter para pagar. Há fome, desassossego, protesto social. Onde é que já vimos? E ainda será pior…, terrivelmente pior.

É a este mutante, a esta hydra, a este bicho-de-sete-cabeças que querem continuar a dar vivas? Ora essa, sempre fui um liberal. Eu junto-me a vocês e à demais “Orquestra do Titanic”: Viva Portugal! Viva a República!

2 comentários:

Unknown disse...

A sociedade portuguesa está moribunda, cheia de problemas, corrupção, etc.
Mais eu jamais queria voltar ao tempo dos condes, dos viscondes e das condessas, e ao Portugal de 1910 em que havia uma taxa de analfabetismo de 78%, para enumerar só uma das causas da monarquia.

António Duarte disse...

Escreves tu..."facilmente chegará à conclusão que não há (nunca houve nem sequer haverá) melhor do que a Monarquia Parlamentar Constitucional"... É uma opinião e eu ,como democrata que sou, respeito e aceito, mas apenas lembro que estamos no ano de 2010. Os males que o nosso país padece não são causados pela república. A Espanha que tem um regime próximo daquele que defendes está tão mal ou pior que o nós. Somos NÓS os PORTUGUESES quem tem de mudar as coisas. Viva PORTUGAL