sábado, 31 de outubro de 2009

Vá se lá saber porquê…

...nas ultimas horas, este vosso blogue, está a receber uma verdadeira enxurrada de visitas via google Espanha que buscam este (link) post.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A sexta nação mais feliz do mundo...

...é mesmo assim (link), tal e qual.
[falta tão pouco…]

Afinal as riscas não eram pretas, mas sim azuis...

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(...) «Pode acontecer a qualquer um e não vou comentar mais. Talvez por isso é que o FC Porto ganha mais vezes...»
«Sei é que [o FC Porto] ganha da maneira que ganha. Nunca fui mal recebido no Porto. O Nacional recebe bem as pessoas e quando a equipa vier aqui vai ser bem recebido».

Provavelmente o (grande) culpado "disto" tudo

António José Correia "The Coolest Mayor of the Tour"

E agora?

Dois jogos. Onze a um (11-1), para o SLB. Contra dois adversários ditos “europeus”.
Nada vi, pouco li. E agora, como faço para pôr tudo “isto” em dia?

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Um sonho

Como se de um lento despertar se tratasse, sinto um estranho torpor no espírito. O próprio corpo parece não estar cá. E alma liquidificou-se.

Poderá ter sido daquela tempestade desfeita que faz hoje uma semana, abraçou a mágica península e proporcionou aquela espantosa sessão de “tow in” na baia. Poderá ter sido ainda, do indescritível e inadjectivável dia de ontem nos Supertubos.

Mas também poderá ter sido dos surpreendentes momentos em que a licença me foi conferida para entrar. E surfar como se nunca tivesse havido ontem e não mais houvesse amanhã.

Como nos sonhos, agora que vou despertando, tudo parece ter sido demasiado fugaz. Como nos sonhos, algures lá pelo meio sinto ter perdido algo; mas ganho outro tanto.
E receio não se repita. Tal como os sonhos não se repetem, nunca.

Tinha prognosticado que seria “quase tão bom como sexo” (link); temo ter pecado por defeito.

Nunca caminharás (nas ondas) sozinho


Já tinha visto Jordy Smith, surfista sul-africano (numero dez mundial após o Rip Curl Pro Search disputado nos últimos dias em Peniche), na RTP empunhando o Manto Sagrado. Mas nunca esperei que ele tivesse estado na Catedral com ele vestido.
Jordy Smith, que encantou todos os que assistiram ao seu surf vertical, é dos nossos. E merece que não o deixemos nunca caminhar sozinho!

Ámen

Lentamente, lá vou voltando à realidade; pois estes últimos dias souberam-me a sonho.
Comecemos por aqui: bendito o fruto do vosso ventre (link) por Manuel Castro no Ondas.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Desculpem lá o excesso de futebol, mas...

Como é possível o Rui Moreira apenas falar do penalty do Aimar?

Se fosse o Mourinho era uma atitude confiante

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Como é o treinador do Benfica...

A frio

Os padrinhos e afilhados do sistema andam muito nervosos:
Guilherme Aguiar ontem não se calava com o penalty do Aimar dizendo que era uma situação igual ao derrube de Lizandro pelo Homem Invisível.
Antes do jogo de ontem, o Presidente que transformou o Braga em Porto-B andava a espalhar aos quatro ventos que estava à espera de pressões por parte do Benfica.
Rúben Micael, um óptimo jogador que infelizmente já deve ter contrato com o Porto, antes do jogo de ontem andava a dizer que ia marcar ao Benfica e depois não escondeu o nervosismo na flash interview atacando desajeitadamente o Benfica.
Jorge "hijo de puta telepata" Coroado, no Tribunal d'O Jogo consegue inventar um lance de expulsão para Aimar, e é de todos os árbitros o mais condescente com os erros contra o Benfica e o mais acintoso com o erro que favoreceu o Benfica.
Não duvidemos: até ao fim do campeonato o Benfica começará os jogos sempre em inferioridade numérica.

Seis a um cretino

Marcámos oito golos, mas o árbitro foi amigo e, como era o sexto aniversário do estádio da Luz, anulou dois golos limpos para ficarem só seis (desculpa lá Sílvio Cervan, mas no lance anulado da primeira parte o Saviola está em linha).
Manuel Machado diz que o penalty sobre Aimar não existiu, que o quarto golo do Benfica foi precedido de "falta grosseira" sobre Rúben Micael e que, com dois jogadores do Nacional expulsos, o resultado até podia ter sido mais volumoso.
Coitado do Manuel Machado.
Esqueceu-se de dizer que o golo do Nacional foi ilegal e, como já disse, foram mal anulados dois golos ao Benfica.
Mas Mário Machado queixa-se da arbitragem. Foram dois jogadores do Nacional expulsos? Sim, foram. Um aos 85 minutos e outro no período de descontos.
O Nacional queixa-se que estava um jogador seu no chão no lance do quarto golo do Benfica e que os jogadores benfiquistas não atiraram a bola para fora. Só que depois do Ruben Micael ter caído, a bola ficou com os jogadores do Nacional que prosseguiram a jogada. Perderam a bola e o resto é história.
Seis a um.
E anularam-nos dois golos!
Só um cretino se queixaria da arbitragem...

sábado, 24 de outubro de 2009

Saramago tem alguma razão III

Um dos aspectos curiosos do debate Saramago / Carreira das Neves foi este último, sacerdote católico, ter dito que a Bíblia não é para ser interpretada literalmente, não é para ser "lida à letra".
O padre acabou de me estragar o Natal e a Páscoa: é que a Bíblia "diz" que a mãe de Jesus era virgem e que este ressuscitou.
Mas pelos visto isso não é para ser levado à letra...
Não vejo um resquício de generosidade, uma minúscula fatia de sensibilidade humana nas últimas declarações do eng.º Francisco Van Zeller, patrão dos patrões da CIP. Pesarosamente o escrevo. O senhor surgia como um avô bondoso, voz limpa e pausada, voz sorridente se assim me posso exprimir. Agora, não. Parece outro homem. Até perdeu a dignidade do porte, Deus lhe perdoe. O eng.º Van Zeller opõe-se a quase tudo, menos aos interesses da classe que representa.

Opôs-se a que o novo Governo fizesse acordos com a Esquerda. Não se opôs a que os assinasse com o CDS. Vivemos num regime constitucional, republicano, cuja natureza exige a separação do poder económico do poder político. Às vezes, é verdade, o poder político volteia às cegas e recebe mais ordens do que toma decisões. Essa circunstância explica a desagregação da virtude e já chegámos a desinteressar-nos de discutir os princípios da liberdade e da democracia.

Notoriamente, o eng. Van Zeller aproveita-se deste vazio cívico, desta ausência ideológica e cultural para opinar sobre o que não deve, esquecendo-se do recato a que as suas nobres funções o devem obrigar.

Agora, opõe-se a que haja o menor aumento nos ordenados de quem trabalha. Quem trabalha que se aguente, dando continuidade a esse defeito nativo, à nossa vocação lacrimejante de sermos vítimas. Há dois milhões de portugueses na faixa da miséria: a expressão pobreza é um eufemismo apressadamente lançado à circulação quotidiana por políticos de baixa estirpe.

Conheço algumas famílias, e haverá certamente mais, cujos pais trabalham e os ordenados que recebem não chegam para as três refeições diárias. Acaso o deseje, sr. eng.º Van Zeller, acompanhá-lo-ei numa visita guiada aos redutos da miséria. Mas pode ir à Caritas, ou às outras várias organizações não governamentais (os Governos não se metem nisto) que socorrem milhares e milhares de portugueses.

António Perez Metello não ocultou, na TVI, a indignação que lhe causaram as ingerências dos patrões: ele não nomeou o engenheiro; disse: "o patronato", mas ferrou em público a indignidade. Os aumentos almejados são tão mínimos, tão escassos, tão módicos que qualquer objecção que se lhes faça soa a infâmia.

O eng.º Francisco Van Zeller, muito caritativo e assaz preocupado, manifestou a sua intensa solidariedade para com as pequenas e médias empresas, coitadas!, na síntese do opinante, que ficariam completamente desguarnecidas e até, talvez, tivessem de encerrar as portas. Ó eng. Van Zeller, ó eng.º Van Zeller, isso não são argumentos, são esconderijos esburacados de quem é, apenas e somente, o que sempre foi. Parece mal disfarçar-se com a capa da bondade quando está a defender o absolutamente indefensável.

Em 1845, Garrett escreveu, nas "Viagens na Minha Terra", o que custava um rico a um país: a ruína no trabalho, a dissolução moral, a miséria mais escanzelada. Garrett não era comunista.

Seria, agora, acusado dessa nefasta maldade. Só três anos depois de Garrett ter escrito aquela obra-prima, exactamente em 1848, é que foi editado o "Manifesto do Partido Comunista", de Marx e Engels. Será difícil admitir que o grande escritor tenha, por absurda antecipação, tomado as teses do "Manifesto" antes de ele ser publicado.

O eng.º Van Zeller foge à ideia que de ele fazia. O "bonhomme", elevado e atento, dissolveu-se a si mesmo. O patronato português, geralmente, é de um reaccionarismo bolorento. Além de demonstrar uma ignorância e uma incultura atrozes. Dir-me-ão: para ser bom empreendedor não é preciso saber quantos cantos tem "Os Lusíadas." Não é preciso, mas ajuda. O dr. Cavaco, por exemplo, não sabe. "Ao menos que sejam virtuosos os que não são instruídos", escreveu Ramalho Ortigão. A verdade é que nem isso. A virtude implica a consciência do que cada um de nós tem do dever e da honra. Ora, quem vive num plano alto da sociedade possui a responsabilidade ética de zelar e defender os interesses dos mais desprotegidos. Tirar-lhes o pouco que estes têm, compromete, inteiramente, quem o pratica.

Nenhum destes patrões conhecidos domina, pela admiração, as nossas curiosidades. O ressentimento é natural que nasça naqueles que sobrevivem nos tormentos das dificuldades e sabem que há "gestores" a auferir, mensalmente, vinte mil, trinta mil e dez mil euros, a beneficiarem de bónus vultuosíssimos e a pavonearem-se nos campos de golfe e nas festanças do jet-set (como é feia, aquela gente!).

Naturalmente, declarações deste jazes e estilo causam, naqueles que existem na miséria e no sofrimento, a maior das indignações. Homens e mulheres que trabalharam uma vida inteira e vivem em tugúrios, comem mal ou não comem, vêem-se impossibilitados de mandar os filhos para os estudos, esses homens e essas mulheres, muitos e muitos milhares, sentem-se ofendidos quando conhecem que há "gestores" com reformas de três mil e seiscentos contos mensais (moeda antiga) depois de seis meses de "funções" administrativas.

Constâncio, os economistas e os salários

Vivemos uma altura de deflação.
Logo, não é preciso aumentar os salários, o que até seria perigoso para as empresas, porque não o suportariam.
É preciso proteger a Economia.
Nos tempos de inflação não se pode aumentar os salários, porque tal aumento provoca tensões inflacionistas, porque é preciso refrear o consumo, porque o crescimento do consumo é feito à custa do aumento das importações.
É preciso proteger a Economia.
A lição que tiramos disto é a seguinte:
para se tirar uma licenciatura, um mestrado ou um doutoramento em Economia, basta dizer repetidamente, com ar circunspecto:
"é necessária moderação salarial".

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Ai liberdade

Nick Griffin, líder do BNP (Partido Nacionalista Britânico), participou ontem num debate com outros líderes políticos na BBC (que continua a ser um dos faróis de liberdade no mundo).
Nesse debate com perguntas do público presente em estúdio (vídeo), Nick Griffin foi o saco de areia dos seus companheiros de painel e de alguns espectadores. À porta da BBC centenas de manifestantes anti-BNP demonstraram a sua fúria por se dar tempo de antena a Nick Griffin, e houve mesmo alguns que conseguiram furar o cordão policial.
Em vez de Nick Griffin ser tratado apenas como mais um líder partidário, ele foi a estrela do evento. E o facto de todos naquele estúdio e na rua terem "atirado" sobre ele ter-lhe-á dado mais força na "Inglaterra profunda".
A liberdade e a democracia têm o dever de acolher aqueles que lhes são contrários até ao ponto em que estes (todos estes) sejam um perigo para a sua subsistência.
E se em Nick Griffin e o BNP há um perigo para a liberdade e para a democracia, nos manifestantes anti-BNP também os há...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Cinco a zero

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E eu que dei o meu bilhete por causa da pneumonia...

O novo Governo

José Sócrates apresentou, esta quinta-feira, a constituição do XVIII Governo Constitucional o ao Presidente da República. O novo Governo vai ter cinco mulheres em 16 ministros e apresenta no seu conjunto oito novos ministros.
Num total de 16 ministros, são novos Alberto Martins (Justiça), António Serrano (Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas), António Mendonça (Obras Públicas, Transportes e Comunicações), Dulce Pássaro (Ambiente e Ordenamento do Território), Helena André (Trabalho e Solidariedade Social), Isabel Alçada (Educação), Gabriela Canavilhas (Cultura) e Jorge Lacão (Assuntos Parlamentares).

Transitam do XVII para o XVIII Governo Constitucional, mantendo as mesmas pastas, seis ministros: Luís Amado (Estado e Negócios Estrangeiros), Teixeira dos Santos (Estado e Finanças), Pedro Silva Pereira (Presidência), Rui Pereira (Administração Interna), Ana Jorge (Saúde), Mariano Gago (Ciência, Tecnologia e Ensino Superior).

Embora mudando de pasta, continuam também no Governo Augusto Santos Silva (transita dos Assuntos Parlamentares para a Defesa Nacional), Vieira da Silva (muda do Trabalho e da Solidariedade Social para a Economia, Inovação e Desenvolvimento).

João Tiago Silveira, que foi secretário de Estado da Justiça, assume agora as funções de secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros.

Público

Colégio Militar

Parece que há pais preocupados que exigem a intervenção dos Ministérios da Educação e da Defesa no caso dos maus tratos no Colégio Militar. Após, há poucos meses, terem vindo a lume acusações de abusos sexuais, agora são os maus tratos.
Recorde-se que a matrícula no Colégio Militar não é obrigatória e que cada criança não custa menos que 600 euros por mês.
A opção das famílias apenas a si responsabiliza. Não tragam o Estado para isto.

Saca fora

Pela primeira vez na vida vi uma praia transformar-se numa plantação de melões; e das grandes!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Brutal...

...a sessão matinal de tow in hoje no Baleal, que juntou Mick Fanning e Taylor Knox a ondas de quatro metrões. Fotos? Existem algumas no sitio oficial (que teima em falhar...) e muitas mais por ai irão aparecer...

Quase tão bom como sexo

Daqui a umas horas parto para Peniche. E por lá ficarei durante vários dias a fazer algumas das coisas que mais me iluminam os sentidos.

Uma delas é viver na praia; por lá ficar até me cansar ou o corpo pedir um qualquer outro suplemento. Ficar por ali horas sem fim, simplesmente a olhar o mar; e sentir uns rapazes e raparigas a desenhar linhas impossíveis nas vagas que beijam a costa. Meninos e meninas mais ou menos crescidos, tão felizes como eu por estarem a fazer aquilo que mais gostam.

Quando me cansar de o mar olhar e assim que licença me conferir, terei o prazer de também nele penetrar. E com ele farei amor. À minha maneira, da forma que a vida me ensinou a ama-lo.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

O melhor surf do mundo, por Tiago Pires

O “i” não é apenas um jornal diferente. É um jornal “mais melhor bom”. Um jornal excelente, vá. Ora vejam lá este (link) extraordinário trabalho.

Não é só o Jardim...

Cá para mim este imbecil deve ser um dos "cavaquinhos" de que falava Miguel Veiga no Expresso desta semana...

Ah! Liberdade...

"A economia do surf"

Para ler aqui (link), por Pedro Adão e Silva.

Saramago tem alguma razão ("agora eu")

É muito curioso este (link) post do nosso Santos Silva.
Já eu, gosto de Saramago e da sua obra. Gosto por inúmeras razões, mas sobretudo gosto simplesmente porque gosto, o que é uma razão como outra qualquer.

E com o que li, vi e ouvi por ai durante o dia de ontem, fiquei tão curioso que aproveitei algum tempo livre entre o trabalho e o jantar para dar um salto à FNAC do Chiado e comprar “Caim” que comecei a ler de imediato.
Quanto à bíblia também ando curioso; espero levar comigo em viagem, uma dessas novas edições (das fáceis de ler, pois claro), em breve.

Mais mais do que a bíblia hoje interessa-me Saramago, "Caim" e o Nobel.
Correndo o risco da descontextualização não resisto a transcrever o que se pode ler a pp. 28 ab inicio: “(…) Diarreias, que é isso, perguntou o querubim, Também se lhes pode chamar caganeiras, o vocabulário que o senhor nos ensinou dá para tudo, ter diarreia, ou caganeira, se gostares mais desta palavra, significa que não consegues reter a merda que levas dentro de ti(…)”.

O juízo de valor fica para vocês. Ainda assim vou deixar-me cair em tentação: Saramago é claramente o Nobel que Portugal merece!

Saramago tem alguma razão

Da Esquerda à Direita, Saramago foi alvo de críticas pelo que disse sobre a Bíblia e sobre o Deus que aí é descrito. Desconfio, que a esmagadora maioria dessas mesmas críticas foram feitas por quem nunca leu mais que meia dúzia páginas da Bíblia e nem sequer reflectiu sobre a leitura.
Deus é um tipo complicado (cria o Homem duas vezes, Gen. 1, 27, e Gen. 2, 5), ciumento (Gen. 34, 14), enfim, cheio dos defeitos que caracterizam a maioria da humanidade.
A Bíblia é cada vez mais um livro diferente da sua versão real. Muitos episódios começam a ser suavizados, adulterados para não chocarem as mentes do Séc. XXI. Em Portugal há até uma Bíblia em português corrente! Se é ou não um manual de maus costumes, julgo que não, mas que retrata alguns maus costumes daqueles que são os "bonzinhos", ai isso é...
Abomino Saramago e a sua obra. Mas quando o homem tem razão... tem razão.
Para aqueles que nunca leram a Bíblia e quiserem uma versão fácil, sugiro a Bíblia não censurada em blocos de Lego.

domingo, 18 de outubro de 2009

Abanar a anca cinco minutos por dia nem sabe o bem que lhe fazia (XXXI)

…agora, assim, devagarinho. Enquanto assobiam comigo. Obrigado.

noah and the whale - 5 years time

Fantástico

Este ano voltei a acompanhar a Formula 1 muito de longe.
Ainda assim rejubilo com a vitória de Jenson Button no campeonato de pilotos e da Brawn no de construtores (link). É um ano fantástico para Ross Brawn que “com meia dúzia de tostões” conseguiu bater o pé aos grandes construtores e à embirrante nova estrela emergente alemã Sebastian Vettel.

Uns e outros

De cama com uma pneumonia, tive oportunidade para ver ontem uns quantos jogos de futebol. Vi o Benfica, com dois titulares, ganhar 6-0 a uma muito bem organizada equipa do Monsanto. Um jogo agradável.
Depois vi o Porto jogar com o Sertanense (tenho uma costela da Sertã).
Jesualdo apostou nos júniores Mariano, Rodrgiues, Hulk, Fernando e Farias para defrontar a equipa do Pinhal e conseguiu, ao fim de 15 minutos estar a ganhar por 2-0, com dois golos de bola parada, contra um Sertanense com 10 elementos e com com um penalty a seu favor não assinalado.
O Porto depois exerceu um domínio avassalador e conseguiu marcar mais... um golo.
A um quarto de hora do fim, o Porto teve finalmente oportunidade de aumentar o seu domínio com uma nova expulsão do lado do Sertanense.
O 4-0 chegou com um golo marcado a meias por Hulk e um outro avançado do Porto que desviou a bola para o fundo da baliza. Esse outro avançado estava "naquela zona" em que - contra adversários do Porto - os fiscais de linha não têm dúvidas em assinalar fora de jogo.
Enfim, um jogo normal do Porto, contra 10 ao fim de 10 minutos (tinham reclamado que o Benfica contra o caceteiro Leixões tinha beneficiado de uma expulsão à meia hora de jogo) e contra 9 a um quarto de hora do fim.
Os lagartos azuis rejubilaram e como sempre puxaram pela sua equipa urrando "SLB, SLB..."
Para a próxima criem um concelho das Antas: pode ser que a Elisa Ferreira consiga ganhar...

sábado, 17 de outubro de 2009

Circo de feras

É extraordinária, a entrevista que li no i de hoje a Victor Hugo Cardinali (link).
Extraordinária e muito reveladora deste pantanoso e pequenino Portugal dos pequeninos.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Défice democrático

O fim-de-semana quando nasce, nem sempre é para todos.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Endless silly season

O vídeo da Maitê Proença;
O anuncio do Pingo Doce;
As criticas ao vídeo da Maitê Proença;
O céu azul e a temperatura elevada;
As criticas às criticas ao vídeo da Maitê Proença;
A nova legislação que visa proibir os animais no circo;
As criticas às criticas das criticas ao vídeo da Maitê Proença;
Ronaldo e os bruxos.

Outras selecções nacionais

Só estudou na véspera (e no dia) do exame;
Vou ali meter o euromilhões que hoje é sexta-feira;
Lá fez a cadeira, mas foi à rasquinha e na oral;
Não veio trabalhar hoje, era o último dia para ”meter” o IRS;
Hoje de manhã não vem, aquele dente que lhe doía há meses fez-lhe um abcesso;
-Olhe que você ia gripando o motor por falta de óleo!
-Pois…, já devia ter vindo à revisão há mais de vinte mil quilómetros;

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Estação: Outono/Inverno 09/10 (II)

Só me apetece fugir, ouvimos (e dizemos) tantas vezes.
Com esta, é a segunda vez que “Papillon” dos Editors beijam este blogue. Justificadamente?
Na minha nada modesta opinião, sem duvida. Porque esta fuga para os sintetizadores dos Editors é um hino ao pop-rock que se fez (e faz) nas últimas três décadas. Uma musica como poucas; que nos inspira, faz viajar e vibrar. Não poupemos nas palavras: uma ode à electricidade. Fujamos, pois!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Temo, sinceramente, que tenha sido amor à primeira vista



É linda, especialmente em cinza.
E este filme é uma delícia, sobretudo para quem sabe o que é viver milhares de quilómetros de momentos assim.

As coisas são o que são

E o que eu gostaria de ter escrito isto (daqui por esta via):

Se me pusesse aqui a fazer comparações arrevesadas ao estilo de Bettencourt, diria que o prestígio do Benfica, via presença de Vieira na comissão de honra de António Costa, permite vitórias eleitorais, enquanto o do FCP perde em duas frentes – Elisa Ferreira alicerçou a sua campanha no Porto no diferendo que Rui Rio tem com os dragões; Pinto da Costa fez uma perninha em Oliveira de Azeméis tentando atrapalhar os intentos do presidente da Liga – e um ex-presidente do Sporting bate um recorde negativo histórico, assinando a primeira derrota de uma coligação de direita na corrida à CML, e com maioria absoluta para o vencedor, que nem concorria coligado com ninguém. E isto ao mesmo tempo que a empresa do paineleiro lagarto Rui Oliveira e Costa voltou a meter água nas previsões. Falando de paineleiros, um afecto ao Benfica ganhou a câmara de Sintra com goleada, um afecto ao FCP discutiu com um outsider (um independente) o segundo lugar e quedou-se pelo terceiro em Matosinhos. Um jogador do Sporting quase ganhou, quase, mas perdeu mesmo. Igualzinho à realidade futebolística, não?

domingo, 11 de outubro de 2009

Bloco fora de Lisboa

País pequenino este

Porque é que em noites eleitorais os três principais canais de televisão portugueses vão para intervalo ao mesmo tempo?

Felgueiras perdeu Felgueiras!

Quando Fátima Felgueiras era acusada de corrupção, com uma fuga para o Brasil pelo meio, ganhou as eleições.
Foi absolvida e perdeu-as...

Empate técnico? A sério?

Os sms que fui recebendo na última hora davam conta de um empate técnico entre Costa e Santana.
A RTP dá uma vantagem de 10% a Costa.
Grande empate técnico...

Belo voto

Tenho pena…, mas não foi meu.

sábado, 10 de outubro de 2009

Há “escutas” no Paço do Lumiar e arredores

É costume dizer-se: não acredito em bruxas, mas que as há, há!
Pois há, e desta vez, para variar, o assunto é sério.

Durante os últimos dias, o meu computador pessoal foi alvo de intercepção, suponho, ilegal.
Isto é: tenho a certeza que o meu computador pessoal foi alvo de intercepção dos fluxos comunicacionais digitais em que ele foi parte. Suponho que tal intercepção foi ilegal por diversos motivos, nomeadamente, o amadorismo “da coisa”.
E tenho a certeza que o meu computador pessoal foi alvo de intercepção dos fluxos comunicacionais digitais em que ele foi parte (para que fique bem claro) pois tive de me ver livre da intrusão levada acabo por este (link) software de venda e aquisição livres. Deu trabalho para limpar a sujeira, tive de recorrer a preciosa ajuda externa (obrigado camaradas amigos), mas lá me safei.

Mas, segundo me quer parecer (e desconfio), o “trabalhinho” não vai ficar por aqui. Assim sendo, venho por este simpático meio, dar uma palavrinha aos petizes piratinhas de “meia tigela”:
Cuidado. De forma a não afectarem dramaticamente a “minha vida informática” ou utilizam meios profissionais para interceptar os meus fluxos comunicacionais digitais, ou da próxima vez seguirá a respectiva queixa-crime nas competentes autoridades.

Escutas em Belém: cá está a prova que faltava

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Os poderes de Cavaco e a Madeira

O mesmo Presidente que se lamuriou perante todo o país pela sua perda de poderes por causa do Estatuto dos Açores mantém (outro) silêncio sobre o que se passa na Madeira.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Estação: Outono/Inverno 09/10 (I)

É mais forte que eu. Adoro esta música.
Mesmo sem vídeo – apareceu por ai esta semana – merece desde já o destaque da Estação.
Com uma música genialmente simples, estes “vampiros” continuam em grande forma; a inspirarem-nos.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Chocar com a realidade

Um excelente post no Vedeta da Bola (link).

Campo Contra Campo (CXXXVII)

Cloak and Dagger - O Grande Segredo, ****
Inglourious Basterds - Sacanas Sem Lei, ****


Quis o destino que em dias consecutivos assistisse a dois filmes realizados por dois monstros sagrados da sétima, separados por mais de sessenta anos, mas com imensos pontos em comum.
É espantoso como "Inglourious Basterds" de Quentin Tarantino e "Cloak and Dagger" de Fritz Lang partem de um gene comum. Nos últimos anos da II Guerra Mundial, se Tarantino “coloca” no Velho Continente um grupo de bons malandros à caça de nazis, Lang “envia-nos” um reputado cientista norte-americano à caça de outros cérebros. Espaçados por seis décadas é no “cabo da Ásia” que Tarantino quer ganhar a guerra decapitando (quase literalmente) o Terceiro Reich tal como Lang quis atrapalhar o programa nuclear de Berlim.

Sobre “Sacanas Sem Lei” já tudo foi escrito e dito. Quanto a “O Grande Segredo” não vai ser neste curto espaço que se vai escrever ou dizer grande coisa. Deste ficam contudo um par de sequências inesquecíveis e uma interpretação genial de Lilli Palmer (link). Mas fica também um elemento comum a Basterds: dos génios esperamos sempre obras-primas; e a Lang (tal como a Tarantino) já vimos maior arrojo – apesar de estarmos perante dois filmes enormes.

Uma nota: a programação da Cinemateca neste mês de Outubro é excelente – como se houvesse algum mês que não fosse. Por exemplo, nos próximos dias serão exibidas duas obras-primas absolutas, absolutamente imperdíveis para quem adora cinema. A saber: The Wind (1928) de Victor Sjöström e Ordet (1955) de Carl Th. Dreyer – porque é impossível compreender o presente do cinema sem conhecer o seu passado.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

A Nigel avança, com toda a confiança

Aleluia. Aleluia, pelo menos três vezes.
Aleluia porque, para variar, vemos hoje um politico visitar uma fábrica que trata uma das maiores riquezas portuguesas: o peixe.
Aleluia ainda porque esse politico, Jerónimo de Sousa, sempre muito crítico quanto ao tecido industrial português, veio defender que "na Nigel os direitos dos trabalhadores são respeitados, demonstrando-se que não é com precariedade e baixos salários que as empresas se desenvolvem”, classificando essa fábrica como “exemplo incentivador”.

Mas, aleluia também porque Peniche pode orgulhar-se de ter um dos presidentes de câmara, o comunista António José Correia, que se consubstancia num dos melhores exemplos autárquicos portugueses. O Tó-Zé, como é conhecido na sua terra, compreende perfeitamente quais as grandes riquezas com que aquele pedaço de terra espetado no mar foi abençoado, sabendo tirar partido dessa mesma dádiva para desenvolver Peniche, sustentadamente.

Ah…, já agora, ainda quanto à Nigel. Como não sou um papalvo que acha que só o que “é feito” em Portugal deve ser comprado e consumido, estou ainda mais à vontade para falar do que por lá se produz. Confesso que é da Nigel que vem parte substancial do peixe e marisco que degusto. Querem ver? Em vez de fazerem mais uma refeição bimba na bimby, que tal provarem as novas refeições prontas que o “exemplo incentivador” produz (dica: o polvo à lagareiro é de comer e chorar por mais).

domingo, 4 de outubro de 2009

"Notículas"

As "opiniões" e "comentários" de politólogos e "constitucionalistas" têm sido, na generalidade, deprimentes e, nalguns casos, verdadeiros atestados de incompetência profissional ou intelectual, que seria mais agravada não fora a quase total ignorância, legítima, da população sobre questões constitucionais e políticas. Mas todos erramos, daí que venho contribuir com algumas notas, meio argumentativas, meio opinativas.

Nos termos da Constituição portuguesa (CRP), o programa de Governo pode apenas ser apresentado e "apreciado"/disctutido, logo não tem necessariamente de ser votado. Acontece que, diz-nos a lei fundamental e a História político-constitucional recente, qualquer grupo parlamentar pode apresentar uma moção de rejeição do Programa do Governo, carecendo contudo de maioria absoluta (116) dos deputados em efectividade de funções para ser aprovada. Logo, o Programa do Governo pode não ser sufragado pelo parlamento.

Outro "mito" que perspassa no debate dos comentadores é a dissolução parlamentar de iniciativa presidencial, havendo cenários diversos, designadamente os que respeitam à rejeição do programa do Governo ou à não recandidatura do actual PR e que consequentemente poderá querer, antes de se ir embora, a dissolução da AR. As opiniões vão desde o curto-prazo, por resultado de um eventual chumbo orçamental, ao longo-prazo, antes de janeiro de 2011, data final do exercício de funções do actual PR. Ora, convém saber que "este" PR só pode dissolver a AR entre Abril e Junho de 2010, ou seja, durantes esses grosso modo três meses, porquanto a CRP impede que a AR seja dissolvida após 6 meses do início da sua legislatura e nos 6 meses anteriores ao termo do mandato presidencial. Logo, não é possível dissolver a AR antes de Abril, nem depos de Junho de 2010.

Por último, uma nota opinativa quanto às questões da composição do futuro Governo. Uma das leituras que faço dos objectivos do recente polémico comunicado presidencial ao país é a tentativa, não de vir a formar um governo de "iniciativa presidencial" digamos assim, mas antes de condicionar a composição do futuro governo socialista. Maquiavélico? Admito. Mas julgo que o "ataque" directo a alguns dirigentes socialistas é perseguir o objectivo, entre outros (marcação política e sinal de autoridade e controlo sobre o Governo, degradar a "ética" política do PS, contribuir para o fracasso eleitoral autárquico socialista, etc.), de que há candidatos a ministros que serão "vetados" pelo presidente! E refiro-me, por exemplo, a Augusto Santos Silva (ASS). Mas quase todos o dão como ministeriável "indiscutível"... enfim, vamos ver... O condicionamento presidencial não significa que ASS não seja nomeado, acontece que na "negociação política" joga-se com cedências e contrapartidas e trunfos, logo, tudo conta e contribui para os "preços" da oferta e da procura da nomeação governamental.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Estação: Outono/Inverno 09/10 (0)

Há tanta (mas tanta!) novidade musical na estação que agora começa, que seria uma pena não lhe entregarmos os nossos sentidos. Comecemos pelo fim; quer dizer, por uma música que remete para o fim deste verão que teima em não nos abandonar.
Os nossos conhecidos Kings Of Convenience vem de Bergen, lá longe na Nouruega, e anunciam assim, com esta sublime canção, a queda de um verão.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Quem é a sobrinha mais linda do tio? (V)

No passado sábado, com orgulho muito seu, a Madalena (aos quatro anos e pouco) assistiu – da segunda vez que foi ver o Nosso Querido Clube à Catedral – à primeira goleada da sua curta mas precocemente apaixonada vida Benfiquista.