The Artist – O Artista, ****
Um filme a preto e branco, “mudo”, vence prémios por onde passa e assume-se como um dos favoritos na corrida aos Oscars deste ano. É o que basta para “O Artista” se assumir como uma das grandes surpresas cinematográficas dos últimos anos. “Uma carta de amor ao cinema” lê-se amiúde por ai quando se fala deste artista. Será?
Bem, desde logo à que sublinhar que um filme sem diálogos não é um filme mudo. O filme é sonoro, a música, por vezes excelente, está lá e ouve-se bem. Logo não estamos, felizmente, perante um filme mudo. Depois temos um argumento genial que vai buscar múltiplos elementos da história do cinema de onde se destaca o drama do advento do sonoro e o fim abrupto e trágico da carreira de algumas estrelas da época.
Tudo magnifico não fosse alguma preguiça cinematográfica em fazer melhor com a câmara; digo preguiça pois há alguns planos geniais mas que não encontram repetição na banalidade de outras cenas.
Pela surpresa mas também, definitivamente, por muito do que o filme é em si mesmo “O Artista” é bem capaz de arrebatar muitos dos prémios para que vai nomeado na corrida aos Oscars. O que não deixa de ser uma enorme lição para uma industria que supõem estar o sucesso (e o dinheiro) no fogo de artificio dos efeitos especiais e na patetice do 3-D.
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