quarta-feira, 30 de junho de 2010

Pangeia (XXIV)

Tentando evitar o meu momento “falem com o Carlos Queiroz”, deixei para hoje, dia da primeira pausa no Mundial, algumas palavra (poucas, tenho mais onde perder tempo) sobre a divertida eliminação de Portugal aos pés do arqui-rival.

Nunca a expressão “a selecção de todos nós” fez tanto sentido como ontem. Fomos, à imagem do país que somos, uma equipa pequena, curta, mesquinha, medrosa, traiçoeira, invejosa. Numa palavra: ridícula.

Mas mais ridícula ainda que a equipa do Prof. CQ, é a atitude do tuguinha que pude ouvir ao longo do dia: “perder com Espanha não é vergonha”, “tivemos azar”, “o árbitro estava comprado”, “aquilo estava feito para o espanhóis”, “o relvado estava horrível” e outras pérolas do género, soaram nos meus ouvidos como a nona sinfonia.

Clássico; a culpa nunca é nossa, é sempre do outro, ou dos outros. Não há meio de aprendermos a lição. Que fique tudo como está pois, no fundo, no fundo, o Prof. CQ é o treinador que os portugueses merecem ter à frente da sua equipa nacional de futebol.